sexta-feira, 29 de outubro de 2021

IDENTIFICANDO A MENSAGEM

 
 
Objetivo:
Mostrar algumas qualidades da mensagem de Paulo.
 
Material: Um quadro.
 
Procedimento:
Sugerimos para a aula de hoje que você reproduza o quadro abaixo e ressalte as qualidades da mensagem de Paulo. Enfatize que Paulo sofreu muitas perseguições pelo teor de sua mensagem, mas ele não desistiu de pregar a respeito de Jesus Cristo. Peça que os alunos citem algumas características da pregação e do ensino cristocêntrico, como o de Paulo. O quadro abaixo é somente uma sugestão. 
 
 
PREGAÇÃO 
 CRISTOCÊNTRICA
PREGAÇÃO NÃO 
CRISTOCÊNTRICA
Jesus é o centro.
O pregador é o centro.
Não se baseia em experiência de homens, mas nos feitos de Cristo revelados nas Escrituras Sagradas.
Está centrada nas experiências de homens, nos testemunhos.
É para todos , pois o Pai não faz acepção de pessoas.
É exclusivista.
Tem a graça como alicerce.
Tem o legalismo como alicerce.
Leva o homem a ter uma experiência com Jesus Cristo.
Leva a seguir apenas uma liderança humana, sem atentar bem para Cristo.
Fala do amor, da misericórdia de Jesus e da Sua justiça para punir o pecado.
Fala somente do amor e da misericórdia, omitindo a justiça contra o pecado.
 
 
Por Telma Bueno e Flavianne Vaz.
 

LIÇÃO 05 – “JESUS CRISTO E ESTE CRUCIFICADO” – A MENSAGEM DO APÓSTOLO





 
1Co 1.18-25; 2.1-5
 
 
 
 
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje veremos que a mensagem do apóstolo Paulo era cristocêntrica, isto é, o centro da pregação paulina era Cristo e sua obra. Além disso, analisaremos os seus efeitos que consistiam em demonstração do Espírito Santo e de poder de Deus.
 
 
I. A MENSAGEM QUE PAULO PREGAVA ERA CRISTOCÊNTRICA
Neste primeiro tópico queremos destacar o fato de a pregação paulina ser essencial e predominantemente cristocêntrica. Ele exclamou aos coríntios: “Mas nós pregamos a Cristo [...]” (1Co 1.23), “Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor [...]” (2Co 4.5). Paulo recebeu a revelação da pessoa de Cristo Jesus, que era maior que seu próprio conhecimento, formação acadêmica, condição social ou conceitos pessoais (Fp 3.7-10). Vejamos, ao menos, três aspectos da pregação de Cristo no ministério do apóstolo Paulo:
 
1. A humanidade de Cristo.
Paulo pregava sobre a humanidade de Cristo, que nasceu de mulher: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4.4); possuiu um corpo: “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9); e foi chamado literalmente de homem: “[...] muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo [...]” (Rm 5.15). Mas ele defendia a Cristo, de forma apaixonada, mostrando que Ele não era apenas um personagem histórico, um revolucionário, um sábio ou um filósofo. Não. Paulo exaltava a superioridade de Cristo, mostrando que era maior e mais excelente que todos os homens: “Deus se manifestou em carne [...]” (1Tm 3.16).
 
2. A divindade de Jesus.
Ademais de pregar a humanidade de Cristo, Paulo também pregava a sua divindade. Um texto que ilustra nitidamente as duas naturezas de Cristo nos sermões e escritos paulinos é o de Filipenses 2.5-11. Nele vemos o Deus que se fez homem sem deixar de ser Deus (Cristo Jesus), e o homem que recobrou a glória divina sem deixar de ser homem (Jesus Cristo). Além de operar sinais, Ele evidencia Sua divindade ao ressuscitar. Jesus está vivo!
 
3. A messianidade de Jesus.
A revelação da superioridade de Cristo e a prova da Sua divindade iluminaram a mente de Paulo. Que mudança tão radical esta descoberta provocou neste homem! Poucos dias antes, isso seria considerado, para ele, uma blasfêmia. Agora, porém, Paulo via como uma verdade incontestável, pela qual ele daria a própria vida. O apóstolo, durante todo o seu ministério, aonde quer que chegasse, procurava demonstrar pelas Escrituras que Jesus era o Verbo encarnado, o Filho de Deus e o Messias desejado (Ag 2.7; At 9.22; 13.14-42; 14.1; 18.28). Paulo encontrou em Jesus a resposta da busca de toda a sua vida: “E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 9.5).
 
 
II. A MENSAGEM QUE PAULO PREGAVA ERA SOBRE A OBRA DE CRISTO
A mensagem do apóstolo não se limitava a pregar sobre a pessoa de Cristo. Ele pregava, principalmente, a maior de suas obras: sua morte vicária. Disse ele: “Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos” (1Co 1.23).
 
1. “[...] nós pregamos a Cristo crucificado [...]”.
A pregação poderosa nos lábios de Paulo era a pregação do Cristo crucificado: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (1Co 2.2). Era a loucura de Deus mais sábia do que os homens: “Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (1Co 1.25). Era a incompreensível atitude divina de se fazer homem, servo obediente e se submeter à mais dolorosa, cruel e constrangedora das mortes: a crucificação. Paulo pregou Cristo crucificado em todos os lugares por onde passou (At 13.28,29; 17.3; 26.23; 1Tm 2.5,6). Esse era o assunto que dominava a mente e a pregação do servo do Senhor. Imitemos o apóstolo Paulo. Proclamemos Cristo e este crucificado.
 
2. “[...] que é escândalo para os judeus [...]”.
Os judeus não compreenderam que o Messias viria como o “servo sofredor” profetizado por Isaías (Is 53.1-11). Os descendentes de Abraão tinham por certo que o Messias viria com toda força e imponência reais, para libertá-los do jugo romano e implantar o reino messiânico na terra, com sede em Jerusalém. Paulo, porém, não se envergonhava do Evangelho que pregava: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê [...]” (Rm 1.16). Eis um exemplo a ser imitado. Aleluia!
 
3. “[...] e loucura para os gregos [...]”.
Os gregos esperavam um sábio nos moldes dos grandes filósofos, com um sistema de pensamento complexo e sofisticado. Entretanto, o Cristo do Senhor veio humilde: “Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei aí te vem, manso, e assentado sobre uma jumenta, e sobre um jumentinho, filho de animal de carga” (Mt 21.5), nascendo numa manjedoura (Lc 2.7), como filho de um carpinteiro (Mt 13.55), sem aparência ou formosura (Is 53.2,3), sem ter onde reclinar a cabeça (Lc 9.58). Seu discurso era simples, mas poderoso: “E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina; porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas” (Mt 7.28,29). E morreu crucificado. Um escândalo! Pois só os malditos seriam pendurados no madeiro: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gl 3.13). Jesus não veio satisfazer as questões filosóficas, acadêmicas e intelectuais dos homens. Ele veio trazer salvação a todos os homens, ricos ou pobres, sábios ou leigos. A mensagem do Evangelho transforma a vida de todos que crerem no Cristo crucificado, não importando suas origens, ideologias ou convicções.
 
 
III. A PREGAÇÃO DE PAULO E OS SEUS EFEITOS
A temática principal da mensagem de Paulo era: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder. Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1Co 2.4,5).
 
1. A mensagem de Paulo era simples.
Ele não se estribava no seu conhecimento acadêmico e filosófico, nem na sua oratória, para pregar o Evangelho. Ele colocava-os à disposição de Deus, até porque foi chamado para pregar também “[...] diante dos reis [...]” (At 9.15; 26.26-32). Paulo tinha conhecimento e aptidões específicas, mas confiava inteiramente no poder do Evangelho (At 16.31). Ele afirmou com muita convicção: “E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria” (1Co 2.1).
 
2. A mensagem de Paulo demonstrava o Espírito Santo.
Persuasão é o meio do homem de convencer o seu próximo. O meio de Deus de convencer o homem é a demonstração do poder do Espírito Santo. Vejamos isso em Paulo: a) Ele foi cheio do Espírito Santo desde a sua conversão: “E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo” (At 9.17); b) Ele foi separado pelo Espírito Santo para a obra missionária (At 13.2): “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado”; c) Seu ministério foi marcado pelo poder do Espírito Santo (At 13.6-11; 19.6); e, d) “Pelo poder dos sinais e prodígios, e pela virtude do Espírito de Deus; de maneira que desde Jerusalém, e arredores, até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo” (Rm 15.19).
 
3. A mensagem de Paulo era poderosa.
O poder reside na verdade contida na mensagem. O que Paulo pregava não era fruto da sua mente, mas da revelação de Deus: “Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus. O qual nos fez também capazes de ser ministros [...]” (2Co 3.5,6a). Ele tinha convicção daquilo que pregava: “[...] eu recebi do Senhor o que vos ensinei [...]” (1Co 11.23). Com a mesma confiança do apóstolo Paulo, preguemos as verdades incontestáveis da Bíblia Sagrada, e o poder do Evangelho será suficiente para alcançar os corações e mentes daqueles que nos ouvirem (2Tm 4.1-5).
 
4. A mensagem de Paulo era de salvação a todos os homens.
A mensagem do Cristo crucificado é destinada a todos os homens, sem exceção (At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9; 1Pe 1.17). Pois a salvação é ofertada a todos indistintamente: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11). Outros textos bíblicos apontam para essa realidade da pregação do apóstolo Paulo (Rm 5.1,10,11; 2Co 5.18-20; Ef 2.16). Sendo assim, a pregação da cruz é a mensagem de Salvação para a humanidade.
 
 
IV. SIGNIFICADOS DA MENSAGEM DA CRUZ NA MENSAGEM DE PAULO
Existem alguns significados da verdadeira mensagem da cruz pregada pelo apóstolo Paulo. Notemos:
a) A cruz fala de substituição pelos pecadores (2Co 5.21; 1Tm 2.5,6).
b) A cruz fala de sofrimento vicário (Rm 3.25).
c) A cruz fala de mediação entre Deus e o homem (1Co 1.20; 1Co 15.25-28; Gl 3.14,15).
d) A cruz fala de redenção da servidão do pecado (Rm 6; 1Co 1.1-3; Gl 2.20).
e) A cruz fala de reconciliação com Deus (Rm 5.1,10,11; 2Co 5.18-20; Ef 2:16).
f) A cruz fala de propiciação para com Deus (Rm 3.25).
g) A cruz fala de julgamento e destruição do princípio do pecado e de seus frutos (Rm 5.15,17,18; 6.14; 8.3).
h) A cruz fala de perdão (Rm 3.25; 4.7).
i) A cruz fala de o justo juízo divino (Rm 9.22).
j) A cruz fala de expiação dos pecados (Rm 3.25).
l) A cruz fala da derrota dos poderes angelicais (1Co 2.15).
m) A cruz fala da salvação nacional de Israel (Rm 11.25-27).
n) A cruz fala da completa redenção dos remidos, aguardando sua redenção definitiva (Tt 2.13).
 
 
CONCLUSÃO
Estudamos na lição de hoje que a mensagem paulina era exclusivamente cristocêntrica. Essa mensagem não somente abrange a sabedoria e a verdade, mas também o poder ativo de Deus, para salvar, curar, expulsar demônios e redimir as almas do poder do pecado.
 

 
REFERÊNCIAS
Ø  BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. Brasil: Editora Vida, 1991.
Ø  CABRAL, Elienai. O Apóstolo Paulo: Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a igreja de Cristo. CPAD, 202.
Ø  BALL, Charles Ferguson. A vida e os tempos do apóstolo Paulo. CPAD.1.
Ø  BRUCE, F. F. Paulo, o apóstolo da graça. VIDA NOVA.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD. 2010.

  

Por Rede Brasil de Comunicação.



 

LIÇÃO 05 - "JESUS CRISTO E ESTE CRUCIFICADO" - A MENSAGEM DO APÓSTOLO (VÍDEO AULA)

 


terça-feira, 26 de outubro de 2021

LIÇÃO 05 - AS BODAS DO CORDEIRO (VÍDEO AULA)

 


LIÇÃO 04 - O TRIBUNAL DE CRISTO (VÍDEO AULA)




QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2021

 
 
 
 
 
JESUS CRISTO VOLTARÁ -
Fé e Perseverança para o Glorioso
Dia com o Senhor da Igreja.
 

 
 
 




Lição 04
 
Hora da Revisão
A respeito de “O Tribunal de Cristo”, responda:
 
 
1. Quem vai participar do Tribunal de Cristo?
Todos os crentes em Jesus Cristo.
 
2. Quando se dará o Tribunal de Cristo?
Segundo a Declaração de Fé das Assembleias de Deus o “Tribunal de Cristo se dará após o Arrebatamento da Igreja”.
 
3. Segundo a lição, o que é o Tribunal de Cristo?
E um julgamento individual dos crentes pelo uso que fizeram dos dons e tal que receberam de Deus.
 
4. Qual a palavra que Paulo usou para Tribunal de Cristo em 2 Coríntios 5.10?
Bema. Uma plataforma usada pelos governantes e juízes nos discursos.
 
5. O que receberemos no Tribunal de Cristo?
Receberemos os galardões.

 

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2021

 
 
 
 
 
  O Apóstolo Paulo -
Lições da Vida e Ministério do Apóstolo
dos Gentios para a Igreja de Cristo.
 

 
 
 
 



Lição 04

Para Refletir
A respeito de “Paulo, a Vocação para Ser Apóstolo”, responda:
 
 
Segundo a lição, em que a vocação de Paulo foi estabelecida?
A vocação de Paulo foi estabelecida segundo a presciência de Deus.
 
O que explica a mudança de ênfase do nome de “Saulo” para “Paulo”?
O que explica a mudança de ênfase do nome de Saulo para Paulo é a origem do apóstolo.
 
Qual era a vontade de Deus para Paulo?
A vontade de Deus para Paulo era torná-lo um embaixador de Cristo, um pregador do Evangelho (At 9.20).
 
Do que o ministério de Paulo precisava?
O ministério de Paulo precisava de uma preparação austera, silenciosa, de comunhão com Deus e de reflexão.
 
Segundo a lição, cite algumas lições do deserto aprendidas por Paulo.
No deserto, ele aprendeu que a simplicidade era a chave que abria a porta do cristianismo, que era preciso dominar suas paixões, substituindo-as pela alegria da salvação em Cristo. Ele também aprendeu que a imensidão do deserto esmaga o poder e a fraqueza do homem; agora ele só pode depender de Deus.


sexta-feira, 22 de outubro de 2021

LIÇÃO 04 – PAULO, A VOCAÇÃO PARA SER APÓSTOLO





 

At 9.15-22; Gl 1.11-18
 
 
 
 
INTRODUÇÃO
Nesta lição iremos estudar a vocação que Deus concedeu a Paulo para ser apóstolo. Veremos a definição do termo vocação, analisaremos o chamado de Paulo e os respectivos propósitos. Por fim, estudaremos os requisitos bíblicos para servir na obra de Deus.
 
 
I. DEFINIÇÃO DA PALAVRA VOCAÇÃO
1. Definição no sentido secular.
Conforme o dicionarista Antônio Houaiss o termo vocação significa: Ato ou efeito de chamar-se; denominação. Apelo ou inclinação para o sacerdócio, para a vida religiosa. Disposição natural e espontânea que orienta uma pessoa no sentido de uma atividade, uma função ou profissão; pendor, propensão, tendência. Chamamento de alguém para exercer certa função obrigatória ou para a posse de um direito (HOUAISS, 2001, p. 2877).
 
2. Definição teológica.
Do latim: “vocatione, chamamento. Ato de chamar, escolher. A vocação divina pode ser compreendida de dois modos distintos: a geral e a específica. a) Geral: Toda a humanidade, de maneira indistinta, é convocada a participar gratuitamente dos benefícios do Evangelho com base nos méritos da morte de Cristo (Jo 3.16; Mt 28.18,19). b) Específica: Embora todos sejam convidados a usufruir dos meios da graça nem todos serão convocados a exercer ministério da Palavra (Ef 4.8-11). É um caso que depende única e exclusivamente dos desígnios e da soberania de Deus. (ANDRADE, 1998 p. 289).
 
 
II. O CHAMADO DE PAULO PARA O APOSTOLADO
A conversão do apóstolo Paulo aconteceu após a ressurreição de Cristo, e devido a isso, alguns cristãos influenciados pelo judaísmo questionavam a legitimidade do seu apostolado (1 Co 9.2). Por essa razão Paulo defende o seu chamado usando os seguintes argumentos:
 
1. O chamado de Paulo foi feito pelo próprio Senhor Jesus.
A conversão de Saulo ocorreu após a morte e ressurreição do Senhor Jesus (At 9.1-18). Logo, ele não tinha as “credenciais” que eram comuns aos demais apóstolos (At 1.21,22). Mas, o Senhor o chamou para este ministério, embora ele se considerasse indigno como dizendo ser “...o menor dos apóstolos” (1Co 15.8,9). Paulo enfrentou muitas oposições por parte dos falsos mestres que questionavam sua autoridade apostólica. Por essa razão, na epístola aos Gálatas (1.1) Ele apresenta-se: "Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos). Em outras ocasiões reafirma esse chamado feito pelo Senhor (1Co 1.1). Além disso, em suas cartas, ele ressalta repetidas vezes que foi chamado para ser o “apóstolo dos gentios” (Rm 11.13; 15.15,16; Gl 1.16; 2.7,8).
 
2. Um chamado confirmado por sinais.
O apóstolo, além de reivindicar o seu apostolado como um chamado divino, afirma que o seu apostolado foi confirmado por sinais: “Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas” (2Co 12.12). Isso era a confirmação de Deus; assim como ocorreu com Pedro, estava agora acontecendo com Paulo: “...porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios...” (Gl 2.8). Dessa forma, os milagres autenticavam Paulo como apóstolo de Cristo.
 
3. Um chamado confirmado pelo trabalho.
O apóstolo Paulo quando defendia seu apostolado, trazia a memória que o seu eficiente trabalho entre os coríntios era uma das garantias de que Deus o havia chamado; para isso Paulo usa a figura de um selo: “... porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor...” (1Co 9.2). O Selo era uma figura cortada em pedra e colocada em um anel no qual se gravavam letras de autoridade. [...] . Paulo utilizou esta figura para expressar o fato de que a própria conversão deles era prova de sua autoridade apostólica. (DAKE, 2010, p. 2042). Com isso, Paulo lembra que a própria experiência deles (os Coríntios) como igreja era o selo do seu apostolado no Senhor. Em outra ocasião, o apóstolo declara que trabalhou mais que os outros apóstolos (1Co 15.10). Fica evidente que o trabalho de Paulo o confirma com apóstolo.
 
4. Um chamado confirmado pela visão do Cristo Ressurreto.
Um dos critérios para o apostolado era ser testemunha da ressurreição: “...ao dia em que dentre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição” (At 1.22). Outros textos evidenciam esse fato (At 2:32; 3:15; 4:33); e Paulo cumpria esse critério, pois tinha visto Jesus, o Cristo ressurreto, na estrada para Damasco (At 9:4-5). O apóstolo declara: “...Não vi eu a Jesus Cristo, Senhor nosso?...” (1Co 9.1). Paulo estava reafirmando a igreja de Coríntio que ele atendia as credencias para ser apóstolo de Cristo, e que nada era inferior aos demais apóstolos (2Co 12.11).
 
 
III. OS PROPÓSITOS DA VOCAÇÃO DE PAULO
Como disse o próprio Senhor Jesus a Ananias, Saulo era “[...]um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (At 9.15). Podemos observar, então, que Paulo:
 
1. Era um vaso escolhido.
O Senhor Jesus utilizou-se de uma metáfora para dizer que Paulo era um homem escolhido por Ele. Assim como o oleiro faz vasos para diversos fins, Deus também fez os seres humanos para seus propósitos (Jr 18:1-11; 22:28; Os 8:8; 2 Co 4:7; 2Tm 2:20, 21). Devemos entender, no entanto, que o termo “vaso escolhido” não se refere a uma predestinação, e sim, à presciência divina. Deus sabia, de antemão, que ele era a pessoa ideal (devido a sua cultura, conhecimento das Escrituras, profissão, etc.) para executar os seus desígnios.
 
2. Tinha uma missão específica.
Paulo foi chamado com o propósito de fazer o Nome do Senhor conhecido entre os gentios, os reis e os filhos de Israel. Ele cumpriu na íntegra a sua tarefa, como podemos ver no livro dos Atos e nas Epístolas. Em suas cartas, ele ressalta repetidas vezes que foi chamado para ser o “apóstolo dos gentios” (Rm 11.13; 15.15,16; Gl 1.16; 2.7,8); pregou para reis (At 26.281-32); e para os filhos de Israel (At 9.20; 13.5; 22.1-21).
 
3. Sofreria por amor à Cristo.
O Senhor disse a Ananias acerca de Paulo: “...eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (At 9.16). Se por um lado se tornaria um privilégio ser o embaixador de Cristo entre os reis, judeus e gentios; por outro lado, Paulo teria um preço a pagar: padecer pelo Nome de Jesus. E, como Cristo havia predito, ele enfrentou todo tipo de sofrimento, durante o seu ministério (At 16.23; 2Co 1.4-8; 2.4; 12.10; 11.24-33). No entanto, seu sofrimento não impediu que ele demonstrasse zelo e dedicação à obra de Deus. Seu objetivo era servir ao Mestre, a despeito de toda e qualquer circunstância. Ele mesmo disse aos anciãos da igreja em Éfeso: “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (At 20.24).
 
 
IV. A VOCAÇÃO DIVINA PARA SERVIR NA OBRA DE DEUS
A vocação para atuar na obra de Deus é uma ação exclusivamente divina na pessoa do crente (Ef. 4.11), todavia exige também uma capacitação pelo Espírito Santo, pois o Senhor vocaciona e prepara, no entanto, o envio é realizado por meio da Igreja. Notemos:
 
1. Deus chama pessoas para trabalhos específicos.
Todos são chamados para a salvação em Cristo (Jo 3.16, 1Tm 2.4; 4.10, Tt 2.11, 2Pe 3.9), sem exceções, no entanto alguns servos de Deus são chamados para trabalhos específicos em sua obra, como foi o caso do apóstolo Paulo: “que desde o ventre de minha mãe me separou [...]” (Gl 1.15). Outros textos confirmam essa chamada especial do apóstolo Paulo (At 9.15; 22.14; 2Tm 1.11). Dessa forma, não está dentro das atribuições unicamente do homem selecionar, chamar, qualificar ou nomear; nem tampouco ninguém pode nomear-se a si próprio para a obra do ministério, pois tudo, é e deve ser, absolutamente da competência divina: “E subiu ao monte e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele” (Mc 3.13). A escolha para servir no santo ministério é de Deus.
 
2. Deus chama pessoas e capacita para servir.
O apóstolo Paulo foi um homem dotado de grandes habilidades intelectuais e também espirituais, porém, o apóstolo nunca deixou de entender que sua capacidade era proveniente do Senhor (1Co 15.10). Lemos nas Sagradas Escrituras: “...Porque não ousaria dizer coisa alguma, que Cristo por mim não tenha feito, para obediência dos gentios, por palavra e por obras.” (Rm 15.18). Em outra ocasião o Paulo declara: “...não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus...” (2Co 3.5). Esta postura de Paulo é um grande exemplo que devemos imitar, pois quem concede inteligência é Deus. ...a quem o SENHOR dera sabedoria e inteligência...” (Ex 36.1). Por mais capacitados que sejamos, tudo provem do Senhor (Ef 4.11).
 
3. Deus chama pessoas e envia os vocacionados por meio da Igreja.
Mesmo o apóstolo Paulo tendo sido chamado por Deus desde o ventre de sua mãe (Gl 1.15), Ele não trabalhava de modo independente, ou seja, sem orientação dos anciões em Jerusalém; pelo contrário, Paulo foi enviado pela Igreja (At 13.1-3); sobre o caso da circuncisão dos gentios Paulo procurou solução junto aos apóstolos (At 15.1-2), além de reconhecer que os decretos vindos de Jerusalém tinham que ser observados pelas demais igrejas recém fundadas (At 16.4). Isso nos ensina que aqueles que são chamados e enviados por Deus estão debaixo da autoridade de Deus e da Igreja local que envia. (At 14.23; Hb 13.17). 


CONCLUSÃO
Aprendemos que Deus concedeu a vocação a Paulo para ser apóstolo de Cristo, e além disso, o Senhor capacitou o apóstolo Paulo para ser dos maiores instrumentos de Deus para a propagação do Cristianismo.
 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  HOUAISS. Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. OBJETIVA, 2001.
Ø  ANDRADE. Claudionor Correia. Dicionário teológico. CPAD, 1998.
Ø  BÍBLIA DE ESTUDO DAKE. ATOS, 2010. 
 
 
Por Rede Brasil de Comunicação.

 

LIÇÃO 04 - PAULO, A VOCAÇÃO PARA SER APÓSTOLO (VÍDEO AULA)

 


terça-feira, 19 de outubro de 2021

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2021

 
 
 
 
 
JESUS CRISTO VOLTARÁ -
Fé e Perseverança para o Glorioso
Dia com o Senhor da Igreja.
 

 
 
 




Lição 03
 
Hora da Revisão
A respeito de “O Arrebatamento da Igreja”, responda:
 
 
1. Qual a palavra grega para Arrebatamento e qual o seu significado?
A palavra grega para arrebatamento é harpazo e significa “retirada brusca”.
 
2. O que é o Arrebatamento?
O Arrebatamento nada mais é do que uma retirada sobrenatural e rápida da Igreja do Senhor da Terra, culminado com o encontro com Jesus nos ares.
 
3. Quando se dará o Arrebatamento?
A Palavra de Deus afirma que “daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai” (Mc 13.22).
 
4. Quais são as duas fases da volta de Jesus?
Na primeira fase ocorrerá o Arrebatamento da Igreja e Cristo voltará de forma invisível nas nuvens; os ímpios não o verão. A segunda etapa acontecerá no fim da Grande Tribulação e dessa vez todos verão a Cristo acompanhado dos crentes que foram arrebatados.
 
5. Quais são as três parábolas que Jesus utilizou no sermão profético iniciado em Mateus 24?
O Senhor usou a parábola dos dois servos, das dez virgens e dos dez talentos.
 

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2021

 
 
 
 
 
  O Apóstolo Paulo -
Lições da Vida e Ministério do Apóstolo
dos Gentios para a Igreja de Cristo.
 

 
 
 




Lição 03

Para Refletir
A respeito de “A Conversão de Saulo de Tarso” responda:
 
 
O que Lucas narra em Atos 9.3?
Em Atos 9.3, Lucas narra a impactante experiência sobrenatural de Saulo no caminho para Damasco.
 
Qual é o ponto de partida da salvação de todos os homens?
O ponto de partida da experiência de salvação de todos os homens é a graça de Deus.
 
O que significa “arrepender-se”?
A palavra “arrepender-se” no grego bíblico é “metanoeõ”, que significa “pensar de maneira diferente; sentir remorso”, uma disposição interior para mudar.
 
O que é a verdadeira conversão?
A verdadeira conversão é a que nasce da tristeza para com o pecado e o reconhecimento de que o homem precisa “dar meia volta” para Deus. É uma mudança que tem raízes na obra regeneradora do Espírito Santo efetuada na vida do pecador.
 
Quais as três faculdades interiores que são transformadas na conversão?
A faculdade intelectual, a das emoções e a da vontade.


 

sábado, 16 de outubro de 2021

METAMORFOSE


 
 
Objetivo:
Compreender como se deu a conversão e transformação de Paulo.
 
Material: Folhas de papel ofício, caneta e Bíblia Sagrada.
 
Procedimento: Para a aula de hoje, sugerimos que os alunos formem dois grupos. Cada grupo deverá receber uma folha de papel ofício e uma caneta. Depois que os grupos estiverem formados, peça para que cada grupo, olhando apenas a Bíblia, cite algumas referências bíblicas que falem a respeito da graça salvadora de Cristo. Eles devem fazer a tarefa em grupo e terão apenas 3 minutos. Vence o grupo que conseguir listar o maior número de versículos. Conclua a atividade lendo Efésios 2.8: "Pela graça sois salvos por meio da fé, isto não vem de vós, é dom de Deus". Diga que a salvação é um dom, um presente de Deus que hoje está à disposição de todos.
 
Por Telma Bueno e Flavianne Vaz.
Adaptado pelo Amigo da EBD.
 
 

LIÇÃO 03 - O ARREBATAMENTO DA IGREJA (VÍDEO AULA)




segunda-feira, 11 de outubro de 2021

LIÇÃO 03 – A CONVERSÃO DE SAULO DE TARSO


 
 
 
 
At 9.1-9 
 
 
 
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos sobre uma das mais importantes conversões da história, a de Saulo de Tarso; veremos alguns conceitos sobre a palavra conversão à luz das Escrituras; pontuaremos alguns aspectos importantes da experiência de Saulo no caminho para Damasco; e, por fim, quais as principais lições que podemos aprender sobre a sua conversão a Cristo.
 
 
I. DEFINIÇÃO DA PALAVRA CONVERSÃO
1. Definição exegética.
De acordo com Houaiss (2001, p. 827): conversão é: “o ato ou efeito de converter-se; transformação de uma coisa, de um estado, de uma forma etc., em outra”. No Antigo Testamento encontramos o termo hebraico: “shuv” que significa: “girar ou voltar”, que é usado tanto em ações físicas (2Rs 2.13), quanto morais e espirituais (1Rs 8.35; 2Cr 7.14; Pv 1.23; Is 59.20; Jl 2.12,14) (CHAMPLIN, 2004, p. 892 – acréscimo nosso). Já no Novo Testamento o equivalente para conversão é o substantivo: “epistrophe” que quer dizer: “virada de um lado para o outro ou em volta, conversão”, que aparece uma única vez no NT (At 15.3) (VINE, 2002, p. 508 - acréscimo nosso); de acordo com Tenney (2008, vol 1, p. 1147), o verbo “epistrephein” é a palavra grega mais comum para “converter”, aparecendo mais de trinta e cinco vezes. Basicamente, assim como com o substantivo cognato, esta palavra significa: “voltar”, “mudar de atitude”. É usada para designar o ato físico de virar-se, como Jesus fez quando a mulher o tocou (Mc 5.30). Quando é usada para descrever a conversão religiosa, diz respeito a desviar-se do pecado e voltar-se para Deus; a palavra implica em: “virada de e virada para”, correspondendo a arrependimento e fé (1Ts 1.9) (VINE, 2002, p. 508 - acréscimo nosso).
 
2. Definição teológica.
Do ponto de vista teológico, conversão é à mudança que Deus opera na vida do que aceita a Cristo com o seu Salvador pessoal, modificando radicalmente a maneira de ser, pensar e agir (ANDRADE, 2006, p. 115). A conversão e o arrependimento andam juntos (At 3.19; 26.20). Enquanto o arrependimento se refere à mudança total do sentimento do homem e à sua nova atitude para com Deus, a conversão expressa a nova posição para com o mundo, e representa, nesse sentido, uma mudança de situação: o homem que vinha andando no caminho largo para a perdição, muda repentinamente a direção e passa a andar no caminho estreito para o céu (Mt 7.13,14; Lc 13.24,25) (BERGSTEN, 2016, pp. 171,172 – grifo nosso). Com isso em vista, não podemos confundir conversão com regeneração, embora andem de mãos dadas, possuem aspectos diferentes, como afirma Gilberto (2008, p. 361 - grifo nosso): regeneração é o ato interior da conversão, efetuada na alma pelo Espírito Santo. Conversão é mais o lado exterior e visível da regeneração. Uma pessoa verdadeiramente regenerada pelo Espírito Santo é também convertida(Lc 22.32). Enquanto a regeneração enfatiza o nosso interior, a conversão, o nosso exterior. Quem diz ser regenerado deve demonstrar isso no seu dia-a-dia. É o que exatamente aconteceu de forma exemplificada na vida de Saulo.
 
 
II. A CONVERSÃO DE SAULO
A conversão de Saulo é com certeza um dos eventos mais importantes da história da igreja desde o primeiro século até o momento atual. O evangelista Lucas ressalta isto, ao relatar por três vezes em Atos dos apóstolos, o encontro desse homem com Cristo (At 9.1-18; 22.1-16; 26.9-18). É o único acontecimento que é descrito três vezes no livro de Atos. Vejamos os principais pontos desta importante conversão:
 
1. O local da conversão.
Saulo como uma fera selvagem (At 9.1), e motivado por sua fúria implacável, decidiu não só perseguir os que em Jerusalém serviam a Cristo (At 26.10), como também nas cidades vizinhas (At 26.11). Com autorização dos principais dos sacerdotes se dirigiu a Damasco, capital da Síria, numa exaustiva viagem, cerca de duzentos e trinta quilômetros, o que levaria em torno de uma semana para realizar (BARCLAY, 1995, p. 65), com a expressa finalidade de: “[...] trazer maniatados para Jerusalém aqueles que ali estivessem, a fim de que fossem castigados” (At 22.5). Talvez Saulo tenha pensado que, eliminando o cristianismo em Damasco, evitaria a sua divulgação em outras áreas; mas, enquanto ainda estava: “indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu” (At 9.3), o Senhor Jesus de forma inesperada, interceptou a Saulo, lançando ao chão, frustrando os seus projetos e revelando a Sua glória.
 
2. A hora da conversão.
O encontro de Jesus com Saulo, deu-se por volta do meio dia (At 22.6; 26.13), hora em que os viajantes costumavam parar para se alimentar e descansar. Mas, apesar do sol causticante, Saulo não parou a viagem, pois tinha pressa de chegar à cidade e pôr as mãos nos seguidores de Cristo. Porém, sem que ele esperasse, o Senhor Jesus apareceu a ele, antes que ele entrasse na cidade. A luz mais forte do que o sol do meio dia brilhou sobre a vida de Saulo: “Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo” (2Co 4.6). o apedrejaram [...]” (At 7.58), ele mesmo confessou sua participação (At 22.20). A igreja conhecia os males que esse homem violento fazia à fé dos crentes (At 26.11), das prisões, açoites e mortes decorrentes das suas ações (At 22.19).
 
3. A revelação de Cristo na conversão.
Ao ressuscitar, o Senhor Jesus enviou seus discípulos para pregar o evangelho a toda criatura (Mt 28.19,20; Mc 16.15; At 1.8). Mas, como Saulo não queria ouvir falar de Cristo e de Sua ressurreição, Jesus decidiu apareceu-lhe, pessoalmente. A primeira pergunta que Saulo ouviu do Senhor Jesus foi a seguinte: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9.4). Com essas palavras, Jesus estava lhe dizendo que perseguir os cristãos significa perseguir o próprio Cristo (Mt 10.40; 25.15), visto que a igreja é o corpo de Cristo (1Co 12.12,13,26,27). Saulo perseguia a Cristo, e perdeu a batalha! Sem dúvidas, Saulo era um homem temido pelos cristãos, pois, havia feito muitos males com os santos (At 8.3; 9.13; 26.10,11). E, como se não bastasse sua fama, ele estava acobertado pelos principais dos sacerdotes. Mas, diante do Cristo ressurreto, ele caiu por terra. Mas não apenas ele, caiu também seu “eu” e seus projetos de exterminar o cristianismo, sendo Saulo conquistado por Cristo: “[...] mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus(Fp 3.12 - NAA).
 
 
III. EVIDÊNCIAS DA CONVERSÃO DE SAULO
Saulo a princípio, foi desacreditado por alguns irmãos, quanto a ser ele um autêntico cristão (At 9.26); sendo, portanto, necessário, dar evidências que de fato havia se convertido. Notemos:
 
1. Mudança de caráter.
Saulo pretendia entrar na cidade como um representante do sinédrio, onde, possivelmente, seria recebido com honra. No entanto, sua entrada foi bem diferente: abatido, trêmulo e cego. E, como se não bastasse, ficou três dias sem comer e sem beber (At 9.9). Durante esse período, ele jejuou e dedicou-se à oração (At 9.9,11). Fisicamente, houve uma tragédia, pois ele ficou cego; mas, espiritualmente, ocorreu um milagre, pois ele pôde ver a luz da glória de Cristo. Morreu um judeu orgulhoso e cruel, mas nasceu um cristão humilhado e quebrantado. Daquele momento em diante, Saulo tornou-se uma nova criatura em Cristo: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17). Seu testemunho de conversão foi concretizado ao ser cheio do Espírito e ter sido batizado (At 9.17,18).
 
2. Mudança de relacionamento.
Ao chegar na casa em que Saulo estava, o discípulo chamado Ananias impôs as mãos sobre ele e disse: “[...] irmão Saulo [...]” (At 9.17); o que era antes chamado de perseguidor e opressor dos cristãos, agora é um irmão em Cristo (2Pd 3.15), pertencente à família de Deus (Ef 2.19), sendo herdeiro de Deus e cordeiro de Cristo (Rm 8.17).
 
3. Mudança de teologia.
A transformação na vida de Saulo decorrente do encontro com Cristo, além de mudar o seu caráter mudou também a sua visão a respeito da natureza de Jesus e de sua obra. O evangelista Lucas registra que na sinagoga Saulo anunciava aos judeus, tanto a natureza divina de Jesus: “pregava a Jesus, que este era o Filho de Deus(At 9.22); como também a sua messianidade: “[...] e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que aquele era o Cristo(At 9.22). Saulo que antes entendia que perseguia os discípulos de alguém que permanecia morto, passou a defender que Jesus havia morrido: “Mas nós pregamos a Cristo crucificado [...]” (1Co 1.23), mas, também havia ressuscitado: “[...] os que cremos naquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor(Rm 4.24), com o propósito de garantir a salvação de quem nele crer: “[...] se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo(Rm 10.9).
 
4. Mudança de propósito.
A obediência é um dos principais aspectos do caráter convertido de Saulo. Aquele que tinha como finalidade de sua vida perseguir os que serviam a Cristo, agora tem como propósito obedecer ao Senhor. Quando ele perseguiu a igreja de Deus, o fez por ignorância e incredulidade (1Tm 1.13). Em seu primeiro diálogo com Cristo, ele perguntou: “Senhor, que queres que faça?” (At 9.6; 22.10). Deste momento em diante alguém lhe diria o que teria que fazer. Além de reconhecer o senhorio de Cristo, Saulo demonstrou, desde então, uma entrega incondicional à Cristo, bem como sua disposição para obedecê-lo (At 20.24; 21.13; Fp 3.7). O autêntico cristão é alguém que deixou de fazer o que ele desejava e começou a fazer o que Jesus Cristo quer que faça, como o próprio Paulo afirmou: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20).

5. Mudança de missão.
Saulo antes da conversão, tinha como zelo religioso de varrer o cristianismo da face da terra (Fp 3.6). Mas, logo após a sua experiência com Cristo no caminho para Damasco, sua missão passou a ser testemunha de Jesus: E logo nas sinagogas pregava a Jesus, que este era o Filho de Deus. Saulo, porém, se esforçava muito mais, e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que aquele era o Cristo(At 9.20,22); o que o próprio Deus se encarregou de deixar claro que para isso ele havia sido escolhido (At 9.15).
 
 
IV. PRINCIPAIS LIÇÕES QUE APRENDEMOS COM A CONVERSÃO DE SAULO
1. A grandiosidade da graça de Deus para salvar.
Fica evidente na experiência de conversão de Saulo, quão grande é a graça de Deus para salvar o mais vil pecador: “[...] Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna” (1Tm 1.15-17). Tornando-se um exemplo de que todos podem desfrutar da salvação em Cristo Jesus por meio da sua maravilhosa graça (Rm 5.20; Ef 2.8). Em Tito 2.11 Paulo diz: “[...] a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens”. A vinda do Messias mostra claramente que, Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9; 1Pe 1.17).
 
2. O poder do evangelho para transformar.
Uma vez que sua vida foi alcançada, Paulo ressalta a capacidade que o evangelho tem em transformar: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego” (Rm 1.16). O Evangelho são boas novas de perdão dos pecados, de salvação para a alma e de vida eterna em Cristo Jesus (Mt 11.5; Mc 1.15; Lc 9.6; At 8.1; Rm 1.15).
 
 
CONCLUSÃO
A conversão de Paulo é um dos principais assuntos do livro dos Atos dos Apóstolos (At 9.1-19; 22.4-16; 26.12-18). Depois do seu encontro com o Senhor Jesus no caminho de Damasco, ele teve a sua vida transformada e tornou-se um grande pregador do Evangelho. Sua vida, ministério e ensinamentos trouxeram benefícios não só para os seus contemporâneos, mas também, para toda a humanidade. Ele foi “um vaso escolhido” pelo Senhor Jesus para fazer com que o Seu Nome fosse conhecido por todos os povos de sua época (At 9.15; Cl 1.23) e não foi desobediente à visão celestial (At 26.19).
 
 
 
REFERÊNCIAS
ü  ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. CPAD.
ü  CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
ü  BERGSTEN, Eurico. Teologia Sistemática. CPAD.
ü  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
ü  TENNEY, Merril C. Enciclopédia da Bíblia: Cultura Cristã. Vol 1. EDITORA CULTURA CRISTÃ.
ü  TEOLOGIA SISTEMÁTICA PENTECOSTAL. CPAD.
 
  
Por Rede Brasil de Comunicação.