Jo 4.7-15
INTRODUÇÃO
I. CARACTERÍSTICAS DE
UM REAL AVIVAMENTO ESPIRITUAL
1. O
avivamento deve ser diário.
Assim
como o corpo físico revigora-se diariamente, nosso homem interior precisa de
constante renovação para manter-se fortalecido e plenamente saudável
espiritualmente. Conforme nos orienta a Palavra de Deus, o avivamento
espiritual deve ocorrer “[…] de dia em dia” (2Co 4.16). Deus quer
que nos apresentemos sempre prontos e renovados espiritualmente diante dEle (Fp
4.4).
2. O
avivamento deve ser consciente e desejado.
Precisamos
desejar e ter consciência da urgente necessidade da renovação espiritual (Rm
12.2). Assim como a chuva cai sobre as plantações, gerando e produzindo fruto
(Sl 65.7-13), devemos pedir ao Senhor que envie sobre nós, sua lavoura, uma
abundante chuva de renovação (Os 6.3; Sl 72.6,7; 1Co 3.10).
3. O
avivamento mantém o crente afastado do mundo.
Em
Efésios 4.25-31 encontramos uma relação de vícios e práticas mundanas, emanadas
do velho homem, que muitas vezes atingem sorrateiramente a vida do crente.
Precisamos não somente abandonar, mas abominar estas coisas que entristecem o
Espírito de Deus (Ef 5.11). Pelo avivamento espiritual nos mantemos firmes no
processo de “despir-se do velho homem e revestir-se do novo” (Ef
4.22-24).
4. O
avivamento aprofunda o crente na Palavra de Deus.
Quando
somos avivados, nosso espírito é impelido pelas verdades eternas da Palavra (Jo
6.63), e nossa fé cresce abundantemente (Rm 10.17). O avivamento dá poder ao
crente assim como no dia de Pentecostes, todos os crentes foram cheios do
Espírito Santo (At 2.4; ver também At 4.30,31).
5. O
avivamento torna o crente sensível à direção do Espírito.
Quando
somos renovados ficamos bem atentos à voz do Espírito, para sermos conduzidos e
instruídos por Ele (At 16.6,7; 10.19). Se o Espírito Santo conhece todas as
coisas em seus pormenores, pode nos guiar com precisão. Só um crente avivado
tem sensibilidade espiritual para ouvir e obedecer a voz do Senhor (Is 30.21).
II. A CONSTÂNCIA DO
AVIVAMENTO ESPIRITUAL
1.
Quem permanece avivado não perde o ânimo.
Muitas
vezes as lutas e tribulações nos fazem diminuir o passo, reduzir o ritmo de
nossa corrida e até pararmos. Para não sermos vencidos na batalha contra o mal,
busquemos a renovação espiritual em Cristo: “Desperta, ó tu que dormes, e
levanta-te dentre os mortos [...]” (Ef 5.14 ver ainda 1Rs 19.7; Mq
2.10).
2. Quem
permanece avivado é purificado.
Temos
de zelar para que as causas do esfriamento sejam imediatamente removidas (Ef
4.30). Isaías confessou o pecado de seus lábios, e foi purificado (Is 6.4-8). O
mesmo se deu com Jeremias (Jr 1.4-10; 20.7-11).
3.
Quem permanece avivado não “apaga” o Espírito Santo.
Assim
diz a prescrição bíblica: “Não apagueis o Espírito” (1Ts 5.19). A
conservação do avivamento vem pela constante renovação espiritual do crente.
Tito 3.5 fala da renovação do Espírito Santo. (ver ainda At 4.8,31; 6.5; 7.55;
11.24; 13.9,52; 2Co 4.16; Ef 4.23; 5.18; Cl 3.10).
III. IMPEDIMENTOS PARA
O AVIVAMENTO ESPIRITUAL
1. O
pecado é um impedimento para o avivamento.
Quando
o crente negligencia sua vida de santidade e permite que o pecado reine em seu
coração, o fervor começa a diminuir. E quando isso acontece, esfria também o
amor por Jesus, o amor próprio, e o amor pelo semelhante (Mt 24.12). O pecado
leva à morte (Rm 6.23) e afasta a glória de Deus (Rm 3.23). O fogo do
avivamento leva à santificação e o cristão avivado deseja ardentemente viver
uma vida de santidade.
2. A
falta de dedicação é um impedimento para o avivamento.
No AT
o sacerdote tinha tarefas diárias, tais como: sacrificar, acender as lâmpadas
do candelabro e ofertar incenso, diariamente. Tais atribuições apontam para a
necessidades que temos, como sacerdotes de Deus (1Pe 2.9; Ap 1.6), de
diariamente, apresentar a nossa vida em total consagração a Deus (Rm 12.1), se
enchendo do Espírito (Ef 5.18), orando (Ef 6.18; 1Ts 5.17), e lendo diariamente
a Bíblia (Sl 1.1-3).
3. A negligência com o Espírito Santo é um
impedimento para o avivamento.
Paulo exortou a
igreja de Éfeso que não entristecesse o Espírito Santo no qual eles foram
selados (Ef 4.30). E aos crentes de Tessalônica Paulo diz também: “Não
extingais o Espírito” (1Ts 5.19). O verbo “extinguir” no original grego
“sbennumi” significa: “apagar, extinguir” e
figuradamente “suprimir”. Esse verbo era usado para dar a ideia
de “apagar fogo”. A vinda e atuação do Espírito Santo é
mencionada com frequência metaforicamente ao fogo (Mt 3.11; Lc 3.16; At 2.3; Rm
12.11; 2Tm 1.6). Se não tivermos o devido cuidado, poderemos apagar o Espírito
em nossa vida, pois foi assim com Saul (1Sm 16.14) e Sansão (Jz 16.20).
IV. RESGATANDO O
AVIVAMENTO ESPIRITUAL
1. O
avivamento é precedido por quebrantamento.
O
primeiro passo para se resgatar o avivamento espiritual na caminhada cristã, é
quebrantar-se diante de Deus, rogando-lhe com humildade a sua misericórdia (Sl
51.1). Após reconhecer que não era o mesmo servo de Deus como antes, diferente
de Saul, Davi prometeu-lhe um coração quebrantado (Sl 51.17 ver ainda Sl
34.18).
2. O
avivamento é precedido por arrependimento.
O
arrependimento sempre precedeu o derramar do Espírito Santo (At 2.38; Mt 3.1;
Mt 4.17). Assim como foi na Igreja Primitiva, a mensagem de hoje é “arrependei-vos”
pois o Espírito Santo quer derramar um grande avivamento em nossos dias
(At 2.38). Para que haja uma renovação espiritual, é necessário que aconteça
quebrantamento; confissão de pecado e abandono (Pv 28.13; 1Sm 7.3).
3. O
avivamento é precedido pela oração.
O
cristão deve entender que a oração é algo indispensável ao seu avivamento
espiritual. A oração é um mandamento bíblico (1Cr 16.11; Is 55.6; Am 5.4,6; Mt
26.41; Lc 18.1; Jo 16.24); é o meio pelo qual recebemos as bênçãos de Deus (Lc
11.5,13; At 1.14). Na oração falamos com Deus, e Ele fala conosco (2Co
12.9,10), recebemos ajuda divina (Hb 4.16) e alcançamos o que pedimos (Mt
7.7,8).
4. O
avivamento é precedido pelo ensino da Palavra.
A
Palavra de Deus produz nutrição e crescimento espiritual (At 2.42). Ela é
indispensável à vida espiritual como o alimento é para o corpo (1Pe 2.2). Um
bom apetite pela Bíblia, é sinal de saúde espiritual.
V. ASPECTOS DO
VERDADEIRO AVIVAMENTO
1. O
avivamento verdadeiro vem do céu e não da terra.
O
primeiro fato importante que podemos identificar quanto ao derramamento do
Espírito em Pentecoste é que veio do céu: “…de repente, veio do céu…” (At
2.2).
2. O
avivamento verdadeiro vem de uma experiência com Deus.
A
palavra diz: “E todos ficaram cheios do Espírito Santo” (At 2.4).
Precisamos buscar uma experiência pessoal e profunda com Deus: “[…] mas
recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo [...]” (At 1.8).
3. O
avivamento verdadeiro vem de uma experiência pentecostal.
Como
se pode verificar nos versículos 3 e 4 de Atos 2, no momento do derramamento do
Espírito Santo repousou “línguas repartidas, como que de fogo”, e
depois eles foram capacitados a falar em línguas. A distribuição livre de dons,
e a manifestação do Espírito é um sinal de avivamento genuíno (1Co 12.7-11;
14.26).
4. O
avivamento verdadeiro vem de um coração missionário.
A
distribuição de línguas em At 2 foi um milagre transcultural, ou seja,
missionário (At 2.5-12). Isso mostra o desejo de Deus de alcançar essas pessoas
de outras nações (At 4.31). Uma Igreja avivada é uma Igreja que tem sede de
evangelismo e missões, pois isso é uma marca indispensável do avivamento
genuíno.
CONCLUSÃO
No
geral, o Novo Testamento revela o plano de Deus para o mundo, bem como suas
diretrizes para que a Igreja exerça, de maneira avivada, a sua missão na Terra.
REFERÊNCIAS
Ø ANDRADE, C. C. Fundamentos
bíblicos de um autêntico avivamento. CPAD.
Ø COLEMAN, R. Como avivar a
sua igreja. CPAD.
Ø HORTON, S. M. O
avivamento Pentecostal. CPAD.
Ø STAMPS, Donald. Bíblia de
Estudo Pentecostal. CPAD.
Por
Rede Brasil de Comunicação.
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