Gn 2.7, 18-25
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
veremos a definição das palavras: transgeneridade e transexualidade;
pontuaremos o que é cisgênero e transgênero e seus postulados; estudaremos o
que determina o sexo na pessoa; postularemos porque não aceitamos a transgeneridade;
e por fim, analisaremos as consequências dessa ideologia.
I. DEFINIÇÕES DAS PALAVRAS
1. Definição da
palavra transgeneridade.
Biblicamente, os
seres humanos possuem um sexo biologicamente determinado, de conformação
heterossexual (Gn 2.24). No entanto, a desconstrução dos valores e a revolução
sexual apresentam novas formas de sexualidade, dentre elas, a transgeneridade.
O transexualismo, também conhecido como transgeneridade,
considerado como “transtorno de identidade de gênero” ou “disforia
de gênero”, é um sentimento de que seu gênero
biológico/genético/fisiológico não corresponde ao gênero com o qual a pessoa se
identifica e/ou se percebe (BAPTISTA, 2023, p. 90).
2. Definição da
palavra transexualidade.
Para os
especialistas, a orientação sexual de uma pessoa é definida de acordo com o gênero
que ela se identifica e por qual gênero sente atração sexual, a saber: a)
heterossexual, quando a atração é pelo gênero oposto; b) homossexual,
quando a atração é pelo mesmo gênero; c) bissexual, quando a atração é
por ambos os gêneros; d) assexual, quando inexiste atração por gênero
algum; e) pansexual, quando a atração não depende de gênero. Além dessas
categorias, existem pessoas que se denominam não-binárias, que não se encaixam
em nenhum gênero, nem masculino nem feminino. Desse modo, como nessa ideologia
não há conexão entre sexo biológico e gênero, uma pessoa que se identifica como
Transgênero transita livremente em todo o tipo de relação sexual (BAPTISTA,
2023, p. 90).
II. A DIFERENCIAÇÃO DE CISGÊNERO E
TRANSGÊNERO
1. Definição de
cisgênero.
Cisgênero se
refere a pessoa cujo gênero está em concordância com o sexo de nascimento, ou
seja, a fêmea nascida com genitália feminina que se reconhece mulher e o macho
nascido com genitália masculina que se reconhece homem (BAPTISTA, 2023, p. 88).
A Bíblia diz que “[…] desde o princípio da criação, Deus os fez macho e
fêmea” (Mc 10.6).
1. Definição de
transgênero.
Transgênero ou
“disforia de gênero” classifica a pessoa cujo gênero está em oposição ao sexo
de nascimento, ou seja, indivíduo que nasce com genitália masculina, mas que se
assume mulher ou o que nasce com genitália feminina, mas que se assume homem. São
pessoas que alegam ter nascido no corpo errado e se identificam com o gênero diferente
do sexo biológico. O movimento social de representatividade desse grupo
é chamado de LGBTQIAPN+. Essa cosmovisão ratifica a ideia de que a identidade
de gênero independe do sexo biológico (BAPTISTA, 2023, p. 89 - grifo nosso).
III. O QUE DETERMINA O SEXO DA
PESSOA
Biblicamente (e
cientificamente), a orientação e o desejo sexual estão direta e
intrinsecamente relacionados às características físicas do sexo (masculino e
feminino). O conceito de “transgeneridade” não aceita o sexo
biológico (masculino e feminino) como fator determinante da
sexualidade. Ensinam que os indivíduos desenvolvem sua “identidade de gênero”
durante o processo de socialização com a cultura na qual estão inseridos. No
entanto, de acordo com as Escrituras e a ciência, existem apenas dois tipos de
gêneros: o masculino e o feminino. Vejamos o que define a
sexualidade de uma pessoa:
1. A ação do
Criador.
Do ponto de vista
bíblico, a sexualidade de uma pessoa é determinada por uma ação criadora do
próprio Deus de maneira bem definida: “E criou Deus […] homem e mulher os
criou” (Gn 1.27); “Porém, desde o princípio da criação, Deus os
fez macho e fêmea” (Mc 10.6 ver Mt 19.4); “[…] e Isabel tua
mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome João” (Lc 1.13); “[…]
A Noemi nasceu um filho, e chamaram ao menino Obede […]” (Rt 4.17). Até
com os animais a Bíblia mostra a diferença entre os sexos (Gn 6.19; 7.2,3,9,16).
A transexualidade está fora de sincronia com esta criação e é contrária
à ordem natural estabelecida pelo Criador (Rm 1.24-27 ver Lv 18.1-23; Is
28.15).
2. A genética.
Os hormônios
sexuais são encarregados de conceder a uma pessoa as características físicas de
seu sexo genético. Estes cromossomos contêm as chaves que
desencadeiam a regulação dos hormônios sexuais nos homens e mulheres.
Essas instruções estão localizadas em segmentos do DNA chamados “genes” que
definirão o sexo da pessoa […] (TAY, 2015, p. 90 – grifo nosso). Os
cromossomos sexuais são um tipo de plasma encontrado no núcleo das células e
que determina o sexo dos seres vivos. As fêmeas normalmente possuem o
mesmo tipo de cromossomos sexuais “XX”, e por isso chamado de sexo
homogamético. Os machos são o sexo heterogamético,
contendo dois tipos distintos de cromossomos sexuais, um “X” e
outro cromossomo “Y” (TAY, 2015, p. 92 – grifo nosso). Então,
alterar o fenótipo (aparência) não consiste em alterar o genótipo (genes).
3. A fisiologia.
Fisiologia é uma
área de estudo da biologia responsável em analisar o funcionamento físico, orgânico,
mecânico e bioquímico dos seres vivos. O termo fisiologia se originou a partir
da junção do grego “physis”, que significa “funcionamento” ou
“natureza”, com a palavra “logia”, que quer dizer “estudo”
ou “conhecimento (TAY, 2015, p. 92 – grifo nosso).
Deus criou dois sexos (heterossexualidade) anatomicamente distintos
(Gn 1.27). Portanto, o órgão genital e as características físicas de nascimento
de um ser humano, também determinam sua sexualidade.
IV. PORQUE NÃO ACEITAMOS A
TRANSGENERIDADE
1. Porque ela é
anticientífica.
A homossexualidade
assim como outros transtornos relacionados com a identidade de
gênero, trata-se de uma conduta patológica, um desvio da
pulsão sexual, tanto no que concerne ao objeto quanto ao alvo sexual
(SILVA, 2018, p. 23 – grifo nosso). Fisiologicamente, o ser humano
normal, sem nenhum distúrbio, nasce menino ou menina. A sexualidade de
uma pessoa não deve, naturalmente, ser diferente do seu sexo, a menos que ela,
já madura, resolva renunciar sua própria natureza. Mesmo que haja alguma
deturpação física, permanecem homens ou mulheres biológicos. Não há nenhuma
dúvida que não existe “gene gay” ou “gene trans”: “Cientificamente,
não existe um ‘terceiro sexo’, visto que a sexualidade humana é binária por
princípio, com a finalidade óbvia de reprodução e florescimento de nossa
espécie” (Jornal Mensageiro da Paz, nº 1.583, junho/2016, p.15).
2. Porque ela é
antirracional.
O conceito de “transgeneridade”
não aceita o sexo biológico (masculino e feminino) como
fator determinante da sexualidade. Se pegarmos qualquer coisa que tenha sido
criada ou projetada para funcionar de determinada maneira e reverter a
sequência da operação, e o resultado inevitável será a destruição. Uniões do
mesmo sexo (homossexualidade) agridem a própria imagem de Deus e a
ordem natural e racional da criação (Rm 1.25-27) (STAVER apud SHELDON,
2004, p.102).
3. Porque ela é
antiética.
A transgeneridade
mais uma daquelas mentiras com ares de suposta verdade que infestam o
mundo contemporâneo […] é um dos subprodutos da ditadura do relativismo
moral, cuja origem se encontra no marxismo cultural […] é um
ataque frontal e violento a família e à dignidade do homem (HENRIQUE
apud SILVA, 2018, pp. 29,30 – grifo nosso). É o desdobramento do
marxismo que também pretende eliminar o modelo ético familiar monogâmico,
patriarcal e heterossexual (BAPTISTA, 2018, p. 19 – créscimo nosso).
A transgeneridade, também conhecida como ‘ausência de sexo’, é um mal
presente na sociedade pós-moderna e indica o grau da corrupção da espécie
humana […] (BAPTISTA, 2018, pp. 17,18).
4. Porque ela é
antibíblica.
A transgeneridade
está exatamente no contrário do que Deus ordenou (Rm 1.24-27 ver Is 28.15). Ao instituir
o casamento, Deus ordenou: “o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua
mulher, e eles se tornarão uma só carne” (Gn 2.24). Isso significa que
a união monogâmica (um homem e uma mulher) e heterossexual (um
macho e uma fêmea) sempre fez parte da criação original de Deus. A
diferenciação dos sexos visa à complementaridade mútua na união conjugal: “nem
o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão” (1Co 11.11 ver Gn
1.27; 1Co 6.10; Ef 5.22-25).
V. CONSEQUÊNCIAS DA IDEOLOGIA DA
TRANSGENERIDADE
Como já vimos, a
transgeneridade teve sua origem no fim do século XIX; desde então, vem criando
consequências funestas para a vida em sociedade. Citaremos quatro sérias
consequências, que são produtos dessa agenda:
1. A eliminação do
conceito de “pessoa”.
A pessoa é uma
realidade primária e original, e a aceitação do “eu” é o primeiro
passo para vivermos nossa vida feliz. Na transgeneridade, há uma
constante rejeição e negação do que as pessoas são. Deus nos fez a Sua
imagem e semelhança, e isso tem um valor incalculável (Gn 1.26). O ser “pessoa”
não é um elemento qualquer, mas a construção mais autêntica de cada ser humano
feito a imagem do Criador como coroa da criação (Sl 8.4-9).
2. A suplantação
da sexualidade pelo sexuado.
O propósito
transgeneridade na área da moralidade é desassociar o sexo da sexualidade e com
isso provocar a inversão dos valores no casamento e na família. Tal posição
despreza os papéis biblicamente constituídos (Rm 1.25-32; Ef 5.22-33). Devemos
rejeitar esta ideia, porque entendemos que em cada um de nós, Deus plasmou (formar
ou modelar em barro) o seu querer santo em nós e o homem sempre será homem a
mulher sempre será mulher: “E, quando forem cumpridos os dias da sua
purificação por filho ou por filha […] Esta é a lei da que der a luz a menino
ou menina” (Lv 12.6,7). “Não tendes lido que aquele que os fez no
princípio macho e fêmea os fez” (Mt 19.4).
3. A eliminação
das relações afetivas e os vínculos familiares.
A transgeneridade
postula que os critérios familiares são secundários e devem ser rejeitados
como: a figura do pai, da mãe e dos irmãos. Assim também a monogamia, a
fidelidade, a exclusividade e o compromisso são desnecessários, e tudo passa a
ser relativizado e permitido, e o casamento heterossexual e a família tradicional
são totalmente desconsiderados (BAPTISTA, 2018, p. 22). Por isso e
muito mais, esta ideologia de vida agride em todas as suas dimensões a família
e deve ser rejeitada (Ef 5.22; 6.1-4).
4. A depravação da
sexualidade.
Depravações
sexuais como zoofilia (sexo do homem com animais); necrofilia (atividade
sexual com cadáver) e até a pedofilia (sexo de adultos com
criança) serão toleradas como resultado da aceitação da transgeneridade.
Convém aqui registrar que a prática da zoofilia é tipificada como crime (Art.
32, Lei 9.605/1998), a necrofilia (Art. 212, Código Penal Brasileiro),
bem como a pedofilia, é considerada crime contra vulnerável previsto no Código
Penal Brasileiro (Art. 217-A), além de ser tipificada como doença na
categoria “Transtornos da preferência sexual” listada na Classificação
Internacional de Doenças (CID-10, Código F65.4) (BAPTISTA, 2018, p. 23 –
acréscimo nosso).
CONCLUSÃO
O plano de Deus
foi criar um casal, sendo um macho e a outra fêmea, ou seja, um homem e uma
mulher. Entre muitos propósitos divinos estava a união heterossexual entre um
homem e uma mulher. Portanto, a revelação divina contida na Bíblia Sagrada está
acima da ideologia de gênero e transcende a cultura pós-moderna relativizada de
nossa época.
REFERÊNCIAS
Ø ANKERBEG,
J; W, J. Os fatos sobre a
homossexualidade. CMN.
Ø BAPTISTA,
Douglas. Valores cristãos.
CPAD.
Ø CHAMBENS.
Alan. A Graça de Deus e o homossexual.
Graça.
Ø DALLAS,
Joe. Operação de Erro. Cultura
Cristã.
Ø GEISLER,
N. L. B, Peter. Fundamentos
inabaláveis. Vida.
Ø LOBO.
M. Famílias em perigo. Central
Gospel.
Ø SEVERO,
Júlio. O movimento homossexual.
Editora Betânia.
Ø SHELDON,
L. P. A estratégia. Central
Gospel.
Ø STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.
CPAD.
Ø WEINGAERTNER,
M. (Ed.). Igreja e homossexualismo.
IECLB.
Ø TAY,
Dr. John S.H Nascido Gay? Central
Gospel.
Por
Rede Brasil de Comunicação.
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