segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2024






O FUNDAMENTO DOS
APÓSTOLOS E DOS PROFETAS -
A Doutrina Bíblicas como Base para
uma Caminhada Cristã Vitoriosa.









Lição 08
 
Hora da Revisão
A respeito de “A Sã Doutrina”, responda:


1. O que indica o vocábulo “doutrina”?
Em Linhas gerais, doutrina é um termo que advêm do latim doctrina e indica ensino, o que implica em dizer que o ato de ensinar, em certa medida, se refere à tarefa de doutrinar, quer seja uma pessoa, ou ainda, um grupo de pessoas.

2. Quais são os três tipos de doutrina?
Biblicamente, há três tipos de doutrinas: doutrina de Deus: doutrina de demônios e doutrina de homens.

3. O que é a doutrina de Deus?
A doutrina de Deus é encontrada exclusivamente na Bíblia Sagrada, e pode ser compreendida como a expressão da vontade de Deus ao seu povo por meio de sua Palavra (Tt 2.10).

4. Segundo a lição, quais os instrumentos por meio dos quais a doutrina foi difundida no Novo Testamento?
O Novo Testamento apresenta alguns instrumentos por meio dos quais a doutrina foi difundida, como por exemplo, os apóstolos, por obreiros chamados por Deus e reconhecidos pela igreja e os discípulos de Cristo, em geral.

5. Como são denominados os cristãos em Mateus 5.13-16?
“Sal” da terra e “luz’ do mundo.




QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2024






O CORPO DE CRISTO-
Origem, Natureza e Vocação
da Igreja no Mundo. 









Lição 08
 

Revisando o Conteúdo
A respeito de “A Disciplina na Igreja” responda: 


1. Qual é uma das causas que justificam a necessidade da disciplina na igreja?
Santidade é um dos atributos de Deus e, por isso, é uma das causas que justificam a necessidade da disciplina na igreja.

2. O que acontece quando o pecado não é tratado na vida do crente?
Quando o pecado não é tratado na vida do crente, Cristo é desonrado.
 
3. Por que o apóstolo Paulo censura os crentes em 1 Coríntios 5?
Um dos seus membros adotou um comportamento flagrantemente pecaminoso sem, contudo, ter uma resposta enérgica da igreja. A condenação dessa prática, levou o apóstolo Paulo a censurá-la (1 Co 5.2).
 
4. Cite três formas de disciplina bíblica de acordo com a lição.
As formas de disciplina são: a disciplina como modo de correção; a disciplina como forma de restauração; e a disciplina como modo de exclusão.
 
5. Com o que a correção contribui?
A correção contribui para o crescimento e formação do caráter cristão.




sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

LIÇÃO 08 – A DISCIPLINA NA IGREJA





 
Hb 12.5-13

 
 
INTRODUÇÃO
É fato que a igreja tem o direito e o dever de disciplinar os seus membros quando for preciso. Tal autoridade foi-lhe dada pelo próprio Cristo, quando disse aos seus discípulos (e por extensão à Sua igreja): “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra terá sido ligado nos Céus, e tudo o que desligardes na Terra terá sido desligado nos Céus” (Mt 18.18). Assim, a igreja age em nome e na autoridade de Cristo e o espírito por trás da disciplina deve também ser o de Cristo de corrigir, elevar, restaurar, orientar, disciplinar e curar. Aplicada à disciplina cristã, fica evidente que ela nunca visa um mero castigo retribuidor, uma vingança contra o infrator, mas, visa “emendar” e “consertar” um indivíduo que sofreu danos e ferimentos com o seu erro.
 
 
I. DEFINIÇÃO DA PALAVRA DISCIPLINA
1. Definição etimológica.
Segundo Antônio Houaiss (2001, pp. 1051,1052), a palavra “disciplina” vem do latim “discere” e significa: “obediência às regras e aos superiores; submissão a um regulamento; regulamento sobre a conduta dos diversos membros de uma coletividade imposto ou aceito democraticamente que tem por finalidade o bem-estar dos membros e o bom andamento dos trabalhos; ordem, bom comportamento; castigo; penitência; mortificação; obediência ao regime, diretrizes e orientações de um grupo ao qual é filiado”.
 
2. Definição exegética.
No AT o termo hebraico para “disciplina” é “musar” e significa “correção, advertência, castigo” (Dt 11.2; Pv 5.12; 15.10). Já no NT a palavra “disciplina” é a tradução dos termos gregos: a) “didaskalia” - ensino, orientação (Mt 28.20); b) “paraklesis” - exortação (1Tm 4.13); c) “paideia” - educação, algumas vezes esse verbo é também empregado com o sentido de punir, castigar (Hb 12.4-11), e também utilizado para se referir à instrução de crianças (WILBUR, 1993, p. 153) de onde vem a palavra pedagogia (VINE, 2010, p. 153), visa o mesmo que ensino, repreensão, correção (2Tm 3.16); d) “nouthesia” - admoestação, advertência (1Co 4.14); e) “elenxin; elenchos” - repreensão, punição, expor à luz, convencer (Jo 16.8); f) “orthos” - retidão; “epannothosin” - correção (2Tm 3.15-17; Ef 4.12) (SHEED, 2013, pp. 13-35). Muito esclarecedora é a abordagem de Barclay (2000, pp. 119-120), no estudo sobre o termo “katartizeim” onde afirma que um dos seus significados no grego clássico é “ajustar, pôr em ordem, restaurar”. O Dr. Harold L. Willmington (2015, p. 314), diz que: “Disciplinar é penalizar uma pessoa por quebrar as leis de uma unidade de sociedade a qual pertence, com vistas de restaurá-la a essas leis”.
 
 
II. EXEMPLOS DE DISCIPLINA NO ANTIGO TESTAMENTO
A disciplina é tão preciosa quanto à própria vida (Pv 6.23). Eis o que diz Salomão: “O que ama a correção (disciplina) ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é um bruto” (Pv 12.1). Como somos ainda pecadores e imperfeitos, a disciplina na igreja é necessária. Por isso, uma igreja que não pratica a disciplina vai se destruindo e pervertendo a doutrina. A disciplina é necessária para que haja ordem e harmonia.
 
1. Israel praticava a disciplina.
A primeira ideia de disciplina está em Números 5.1-4, onde está prescrito que tudo aquilo que fosse considerado imundo, deveria ser mantido “fora do arraial”, tais como: os leprosos, os imundos e os que sofriam de hemorragia. Em Deuteronômio, aparece nove vezes a prescrição disciplinar: “tirarás o mal do meio de ti” (Dt 13.5; 17.7; 19.19; 21.21; 22.21,24; 24.7). O sacerdote tinha autoridade de disciplinar os desobedientes (Dt 17.8-13). Além disso, encontramos também na Lei, um complexo sistema de punições, cujo intuito é reforçar os mandamentos divinos (Lv 25.23; Dt 4.36; Êx 20.20). Diversas ocasiões no AT registram que Deus exerceu a disciplina por intermédio de um juízo, como ocorreu com os desobedientes de Israel (Êx 32.25-29); Mirian (Nm 12.10-15); Acã (Js 7.1,19-26); Corá, Datã e Abirão (Nm 16.1-3, 30-35); Nadabe e Abiú (Lv 10.1-11); Hofni e Fineias (1Sm 1.12-17; 4.11;17) e, Geazi (2Rs 5.20-27).
 
 
III. EXEMPLOS DE DISCIPLINA NO NOVO TESTAMENTO
Podemos dizer que a disciplina é uma das prerrogativas que Deus se utiliza para preservar a santidade do seu povo, primeiramente com Israel, e, posteriormente, com a igreja. Na prática, é uma atitude preventiva, formativa e corretiva, com o intuito de tornar o povo santo, ainda mais santo. Assim, ao estudarmos esta palavra, vemos que a disciplina cristã nunca é vingativa, mas ela sempre é construtiva. A disciplina é um meio de purificação e santificação da igreja. Notemos:
 
1. A igreja primitiva praticava a disciplina.
A Igreja de hoje não está dispensada desta obrigação. Divisões, heresias, imoralidades, etc. são mencionadas como causa para disciplina na igreja (At 5.11; Mt 18.17; 1Co 5.6-8,13; Rm 16.17; 2Ts 3.6,14; Tt 3.10,11; 2Jo 10). Shedd (2013, pp. 53-67) chama os exemplos a seguir de disciplina negativa: a) O homem que cometeu incesto (1Co 5.1-8); b) A igreja de Corinto (1Co 11.30-32); c) Ananias e Safira (At 5.1-11); d) Simão, o mágico (At 8); e) Himineu e Alexandre (2Co 2.17-18; 1Tm 1.20); f) Os hereges (Gl 1.9); e, g) Os que pecam para a morte (1Jo 5.16-17). Em 1Timóteo 1.20, Paulo informa que Himeneu e Alexandre foram excluídos da igreja: “entreguei a Satanás” com o intuito de que “aprendam a não blasfemar”. A exclusão deve servir como um tratamento de choque para o crente que demonstra resistência em se arrepender sirva de exemplos para os demais: “Desviai-vos deles” (Rm 16.17); “Que vos aparteis de” (2 Ts 3.6); “Aparta-te dos tais” (1Tm 6.3,5); “Evita-o” (Tt 3.10); “Não vos mistureis com ele” (2Ts 3.14); “Ele deve ser entregue a Satanás” (1Co 5.5; 1Tm 1.20). A disciplina serve também para ensinar a igreja que não se pode confundir amor com tolerância ao pecado. As igrejas de Pérgamo e Tiatira estavam tolerando o erro ao permitirem que pessoas que já haviam dado prova de uma vida incompatível com o evangelho, fossem ainda membros de suas comunidades (Ap. 2.14,15,20). Jesus advertiu essas igrejas, que devido ao não exercício da disciplina, Ele mesmo faria com que o erro fosse punido (Ap 2.16; 21-24).
 
 
IV. PROPÓSITOS DA DISCIPLINA NA IGREJA
O propósito da disciplina é manter os padrões da Igreja diante de um mundo observador (Mt 5.13-16). Deus não deseja que a Igreja apresente o mesmo mau testemunho que Israel uma vez apresentou (Rm 2.24). O uso da disciplina na Igreja é para: a) valorizar a santidade (Hb 12.10); b) preservação da reputação (Rm 2.23,24); c) repreender os transgressores (1Ts 5.17; 2Tm 2.24,25); d) restaurar a comunhão (Hb 12.12,13); e) gerar temor nos demais (Dt 13.11; 17.13; Pv 19.25; At 5.11; 1Tm 5. 20), e, f) evitar o juízo de Deus sobre todo o povo (Js 7.1,13; Ap 2.14-15). A disciplina evita que o pecado se dissemine por toda a Igreja (1Co 5.6,7), e ajuda o culpado a encontrar seu caminho de volta para Deus (2Co 2.6-8) (WILLMINGTON, 2015, p. 315). Ao lermos a Bíblia, podemos observar que a disciplina não é uma invenção humana e muito menos um capricho da liderança da igreja. Vejamos pelo menos três objetivos principais. Vejamos:
 
1. Testemunhar a santidade de Deus.
A base da disciplina de uma igreja local é a santidade de Deus (Sl 93.5; 1Pe 1.16). Deus é santo e não pactua com o pecado (Êx 15.11; Lv 11.44,45; 20.26; Js 24.19; lSm 2.2; Sl 5.4; 111.9; 145.17; Is 6.3; 43.14,15; Jr 23.9; Tg 1.13; 1Pe 1.15,16; Ap 4.8; 15.3,4). A santidade de Deus significa sua absoluta pureza moral e, através da disciplina, Ele nos revela Seu caráter e Sua santidade. A Bíblia nos diz que o ímpio odeia a disciplina (Sl 50.17) e o tolo aborrece a correção e quem lhe corrige (Pv 12.1; 15.12); mas, o sábio recebe a correção e ama ao que lhe corrige (Pv 13.1; 9.8).
 
2. Preservar a santidade do povo de Deus.
Deus sempre exigiu santidade do seu povo (Lv 20.7; Nm 11.18; Js 3.5; 7:13; 1Cr 15.12; 2Cr 35.6; Is 8:13; 1Pe 1.15,16; 3.15; Hb 12.14). Deus, através da disciplina e correção, sempre conduziu os transgressores ao arrependimento preservando, assim, a santidade do Seu povo (Sl 119.67,71; Pv 3.12; Ap 3.19). A disciplina protege a pureza da igreja e não permite que o Nome de Jesus seja difamado pelas pessoas de fora. A igreja não pode permitir que o Nome do Senhor seja desonrado com o erro de alguns de seus membros, da mesma forma que o nome de Deus era “blasfemado” por causa do comportamento de alguns judeus na época de Paulo (Rm 2.17-24; 1Co 10.32)
 
3. Corrigir o povo de Deus.
A autoridade máxima para disciplinar reside em Cristo, que autoriza Sua igreja a exercitar a disciplina quando necessário (1Co 5.4). Existem, pelo menos, três tipos de disciplinas: a) disciplina preventiva que ocorre por meio da exortação e compete a todos os cristãos (Hb 3.13), e que se destina a evitar que os males surjam no meio do povo de Deus (Dt 28; 30.19,20; 1Cr 28.9; 1Co 6.12; 10.12; 10.32; Hb 3.12; 1Jo 2.1); b) disciplina corretiva que ocorre por meio do afastamento do crente e compete aos pastores (2Ts 3. 6,14,15), e que tem por objetivo corrigir os transgressores (Js 7.1,19-26; Jz 4.1,2; 6.1; 13:1; Nm 16.1-3, 30-35; At 5.1-10; 1Co 5.5; 10.1-11), para que outros não sigam seu exemplo.; e, c) disciplina cirúrgica ou formativa que ocorre por meio da exclusão do crente e compete ao pastor e a igreja (1Co 5.3-5; 1Tm 1.20). Na carta aos Hebreus 12.5-6, é dito que Deus toma a iniciativa de corrigir os filhos que se desviam. No versículo 8 é mencionado que sem disciplina não somos filhos, mas bastardos. E no versículo 11 é descrito que o projeto de Deus na disciplina não é simplesmente provocar dor, (embora a disciplina produza certa dor no cristão), mas fazer com que ele viva uma vida que produza frutos que o glorifiquem (Cl 1.10).
 
 
CONCLUSÃO
A disciplina é necessária para que haja ordem no Corpo de Cristo. Ela pode ser coerciva como também educativa. Tanto no Antigo como em o Novo Testamento, o Criador sempre disciplinou os seus servos, para que esses vivam em plena comunhão com Ele. O propósito da disciplina na vida do cristão é, em suma, fazer com que este cresça em santificação e viva uma vida frutífera para a glória de Deus. O objetivo da disciplina cristã é proporcionar ao crente uma intimidade profunda com o seu Criador.
 


 
REFERÊNCIAS
Ø  ANDRADE, Claudionor C. Dicionário Teológico: Um suplemento biográfico dos grandes teólogo e pensadores. CPAD.
Ø  DAKE, Finis J. Bíblia de Estudo Dake: Anotações, esboços e referências. Editora Atos.
Ø  CHAMPLIN, Russel Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø  GINGRICH, F. Wilbur. Léxico do Novo Testamento Grego/Português. Vida Nova.
Ø  WILLMINGTON, Harold L. Guia de Willmington para a Bíblia: Um ensino bíblico completo. ACADÊMICO.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. CPAD
Ø  VINE, W. E. et al. Dicionário Vine: O significado exegético e expositivo das palavras do AT e do NT. CPAD.


Por Rede Brasil de Comunicação.
 



segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2024






O FUNDAMENTO DOS
APÓSTOLOS E DOS PROFETAS -
A Doutrina Bíblicas como Base para
uma Caminhada Cristã Vitoriosa.









Lição 07
 
Hora da Revisão
A respeito de “A Doutrina que Dá Vida e Expulsa Demônios ”, responda:


1. Qual o sentido da palavra “autoridade” utilizado na lição?
O sentido de autoridade utilizado diz respeito à doutrina de Cristo, referindo-se à sua fonte divina, o que faz dela digna de toda aceitação (1 Tm 1.15).

2. A autoridade da doutrina de Cristo está relacionada a que fato?
A autoridade tem relação direta com a representação da pessoa de Jesus, e isso por meio da exposição da mensagem do Evangelho.

3. Qual o propósito da autoridade de Jesus?
A autoridade de Jesus tem o propósito de habilitar os seus discípulos a cumprirem a sua missão (Lc 10.19).

4. Como é descrito em Efésios o homem sem Deus?
Em Efésios 2.1-3. Paulo ensina que o homem sem Deus se encontra morto em suas ofensas e pecados.

5. Para que Jesus se manifestou?
Jesus se manifestou “para desfazer as obras do diabo” (1 Jo 3.8).
 



QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2024






O CORPO DE CRISTO-
Origem, Natureza e Vocação
da Igreja no Mundo.
 









Lição 07
 

Revisando o Conteúdo
A respeito de “O Ministério da Igreja” responda:  

 
1. Como o Novo Testamento apresenta o sacerdócio da Antiga Aliança?
O Novo Testamento apresenta o sacerdócio da Antiga Aliança como um tipo de Cristo (Hb 8.1) que operou o derradeiro sacrifício pelos pecados do povo.
 
2. Qual movimento histórico fez o resgate da doutrina bíblica do sacerdócio universal de todos os crentes?
Foi uma obra da Reforma Luterana do século 16.
 
3. Cite os cinco ministérios de Efésios 4.11.
O texto de Efésios 4.11 diz que Deus pôs na Igreja apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres.
 
4. Segundo a lição, qual é a distinção entre 0 ministério de Profeta e o dom da profecia?
A Escritura distingue o ministério de profeta do dom da profecia. Assim, somente alguns eram chamados para ser profetas (Ef 4.11) enquanto todos poderiam exercer O dom da profecia (1 Co 14.5,31).
 
5. Quais as naturezas da qualificação ministerial?
São duas: qualificação de natureza moral e qualificação de natureza social.

 


sábado, 17 de fevereiro de 2024

LIÇÃO 07 – O MINISTÉRIO DA IGREJA




 
 
Ef 4.11-16
 
 
 

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos sobre os “dons ministeriais”; pontuaremos cada um [apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre] com suas especificidades; falaremos também sobre as funções do presbítero e mencionaremos a diferença entre o diaconato e a diaconia, mostrando que o primeiro é uma função eclesiástica para alguns escolhidos e o segundo um serviço para todo os crentes.
 
 
I. DEFINIÇÃO E ORIGEM DOS APÓSTOLOS
“O termo deriva-se do grego e significa literalmente “enviado” (Lc 6.13; 9.10). Paulo foi comissionado diretamente pelo próprio Senhor (1Co 9.1; 15.8), depois de sua ascensão, para levar o evangelho aos gentios” (At 9.1-15) (VINE, 2002, p. 407). O título “apóstolo” se aplica a certos líderes cristãos no NT. O verbo: “apostello” significa: “enviar alguém em missão especial como mensageiro e representante pessoal de quem o envia. O título é usado para Cristo (Hb 3.1), os doze discípulos escolhidos por Jesus (Mt 10.2), o apóstolo Paulo (Rm 1.1; 2Co 1.1; Gl 1.1) e outros (At 14.4,14; Rm 16.7; Gl 1.19; 2.8,9; 1Ts 2.6,7).
 
1. O termo apóstolo no sentido especial e no sentido geral.
No sentido especial, refere-se àqueles que viram Jesus após a sua ressurreição e que foram pessoalmente comissionados por Ele a pregar o evangelho e estabelecer igrejas (os Doze, Paulo e outros). Eles tinham autoridade ímpar na igreja, no tocante à revelação divina e à mensagem original do evangelho, como ninguém mais até hoje. O ministério de apóstolo nesse sentido restrito é exclusivo, e dele não há repetição (1Co 15.8). Já os apóstolos no sentido geral refere-se àqueles que são enviados pelo Senhor Jesus e pela Igreja para levar as boas novas de salvação a outros povos (Rm 10.13-17). Nesse sentido, existem homens que exercem um trabalho apostólico. Podemos dizer que todo aquele que realiza a obra missionária pode ser denominado, nesse aspecto apóstolo (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20).
 
2. O colégio apostólico.
Dá-se o nome de “Colégio Apostólico” ao grupo de doze homens que foram chamados pelo próprio Senhor Jesus para segui-lo durante o seu ministério terreno (Mt 10.2; Mc 6.30; Lc 6.13). Em seu ministério, Jesus teve muitos seguidores. Mas, apenas os doze faziam parte de um grupo especial (Mt 10.1-5; Mc 3.14; 6.7; Lc 6.13; 8.1). Jesus deu aos doze autoridade para expulsar os espíritos imundos, para curar os enfermos, limpar os leprosos e para ressuscitar os mortos (Mt 10.1-8; Mc 3.13-15; Lc 10.1-9). Eles foram enviados, à casa de Israel (Mt 10.6) e depois ao mundo inteiro (Mt 28.16-20; Mc 16.14-20).
 
 
II. DEFINIÇÃO E ORIGEM DOS PROFETAS
A palavra hebraica para profeta é: “navi”, que vem da raiz verbal: “nava”. Essa palavra significa: “anunciador”. Os temos hebraicos: “roeh” e “hozeh” também são usados para profeta. Ambos significam “aquele que vê”, ou seja, “vidente” (1Cr 29.29). A palavra grega comumente usada é: “prophétes” (Mt 1.22; 2.5,16; Mc 8.28; Lc 1.70,76; Ap 10.7; 11.10). O substantivo “propheteia”, siginifica: “profecia”. Essas palavras derivam do grego: “pro”, “antes” e, “phemi”, “falar por outrem” (CHAMPLIN, 2004, p. 424).
 
1. Diferença entre o dom de profeta e o dom de profecia.
Quanto ao dom de profecia (1Co 12.10-b) precisamos fazer algumas observações porque no AT, havia um “ministério profético”, reconhecido e considerado por toda nação. Hoje, não existe esse ministério nas igrejas cristãs. Existem pessoas ou mensageiros de Deus, que possuem o “dom de profecia”, usado em determinadas ocasiões, com propósitos definidos (BERGSTEIN, 1993, 113,115,116).
 
2. Dom de profeta (permanente).
Os profetas constituíam o “ministério da palavra” de Deus, impulsionado por inspiração profética (At 13.1; 15.32). Por meio dessa inspiração, esse ministério é acompanhado de “edificação, exortação e consolação” (1Co 14.3). O simples uso do “dom de profecia” não faz de ninguém um profeta, pois profeta é um ministro da Palavra (At 21.9,10) (BERGSTÉN, 2007, pp. 115,116).
 
3. Dom de profecia (esporádico).
Profecia é uma mensagem de Deus dada a pessoa a quem o Espírito manifesta este dom. Tal pessoa deve transmiti-la exatamente como a recebeu (Jr 23.28). A atitude de quem profetiza deve ser: “A palavra que Deus puser na minha boca essa falarei” (Nm 22.38b). A mensagem recebida por inspiração do Espírito Santo não é transmitida mecanicamente, mas fiel e conscientemente (1Co 14.32). No momento em que a profecia é transmitida, não é Deus quem está falando, mas é o homem quem está transmitindo o que de Deus recebeu (1Co 14.29). Se fosse o próprio Deus falando, não haveria necessidade de se julgar a mensagem (1Co 14.29; 1Ts 5.21) (BERGSTÉN, 2007, p. 113).
 
 
III. DEFINIÇÃO E ORIGEM DOS EVANGELISTA
1. Definição do termo evangelista.
A palavra evangelista vem do grego: “euangelistes”, que literalmente significa: “mensageiro de boas novas” formado de “eu” que é “bem”, e “angelos” que é “mensageiro” (At 8.5,26,40; 21.8). Por isto, podemos dizer que os missionários são verdadeiros evangelistas por serem essencialmente pregadores do Evangelho. Paulo era um evangelista (1Co 1.17), bem como também Timóteo (2Tm 4.5). Uma das características de quem recebe este dom ministerial é a dedicação ao evangelismo: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo” (Fp 3.7).
 
2. A diferença do ministério de evangelista da função de evangelizador.
Evangelista é um termo encontrado apenas três vezes no NT: “Felipe, o evangelista [...]” (At 21.8); “Ele mesmo concedeu uns para evangelistas [...]” (Ef 4.11) e, “Faze o trabalho de um evangelista [...]” (2Tm 4.5). A primeira referência é um homem como evangelista, a segunda, ao dom de evangelista e a terceira, ao trabalho de evangelista. A chamada especial de Deus para o ministério de evangelista está reservada a alguns crentes (Ef 4.11), mas a chamada geral para ganhar almas é feita a todos os crentes (Mc 16.15,19; At 1.8,9).
 
 
IV. O USO DA PALAVRA PASTOR
No hebraico, “raah” tem o sentido de “pastor”. No seu sentido literal, “um pastor” é alguém que cuida dos rebanhos de ovelhas. Os pastores eram conhecidos como profissionais que alimentavam e protegiam os rebanhos (Jr 31.10; Ez 34.2), que procuravam as ovelhas perdidas (Ez 34.12) e que livravam dos animais ferozes as ovelhas que estivessem sendo atacadas (Am 3.12)” (CHAMPLIN, 2004). Na igreja local, o pastor é um guia espiritual do povo de Deus. O termo pastor do grego “poimēn” no Novo Testamento tem o significado de “apascentador de ovelhas”.
 
1. O dom ministerial de pastor.
Entre os dons ministeriais concedidos a igreja, encontra-se o dom de pastor (Ef 4.11). O pastor é o responsável pela direção e pelo apascentamento do rebanho. É “o anjo da igreja” (Ap 2.1). Serve sob a direção do Bom Pastor, a quem pertence a Igreja (1Pe 5.2,4), e deve andar nas suas pisadas (Jr 17.16) e sob a sua direção (Jr 3.15). Cabe ao pastor velar pelas ovelhas, como quem tem de dar conta delas (Hb 13.17) (BERGSTÉN, 2007, p. 116).
 
2. A necessidade de um pastor para a igreja e as suas muitas atribuições.
“Sua missão é múltipla e polivalente. Um pastor agi como ensinador, conselheiro, pregador, evangelizador, missionário, profeta, juiz de causas complexas, fazer as vezes de psicólogo, conciliador, administrador eclesiástico dos bens espirituais e de recursos humanos sob seus cuidados, na igreja local; é administrador de bens materiais ou patrimoniais; gestor de finanças e recursos monetários, da igreja local” (RENOVATO, 2014, p. 114). Algumas outras atribuições do pastor são: a) cuidar da sã doutrina, refutar a heresia (Tt 1.9-11); b) ensinar a Palavra de Deus e exercer a direção da igreja local (1Ts 5.12; 1Tm 3.1-5); c) ser um exemplo da pureza e da sã doutrina (Tt 2.7,8) e, d) esforçar-se no sentido de que todos os crentes permaneçam na graça divina (Hb 12.15; 13.17; 1Pe 5.2) (STAMPS, 1995, p. 1815).
 
 
V. DEFINIÇÃO DO DOM DE MESTRE OU DOUTOR
O termo mestre deriva-se do grego “didáskalos”, que significa: “instrutor”, “doutor” ou “mestre”. É aplicado a Jesus (Mt 8.19; 12.38; 17.24; Mc 5.35; 14.14; Jo 11.28); aos mestres da Lei (Mt 9.11; 10.24,25; Lc 2.46; 6.40; Jo 3.10); a João Batista (Lc 3.12); e ao apóstolo Paulo (1Tm 2.7). A atividade primordial do mestre, doutor ou ensinador é cuidar do ensino fundamental das Sagradas Escrituras. Os mestres são aqueles que têm de Deus um dom especial para esclarecer, expor e proclamar a Palavra de Deus, afim de edificar o corpo de Cristo (Ef 4.11,12) (STAMPS, 1995, p. 1814).
 
1. A importância do dom ministerial de mestre.
O “dom ministerial” de Mestre ou Doutor é, sem dúvida, um dos mais importantes e necessários à Igreja do Senhor Jesus. Por isso, ele é mencionado nas três listas dos dons (Rm 12.6-8; 1Co 12.28; Ef 4.11). O ensino da Palavra de Deus é indispensável e de fundamental importância para o crescimento e a edificação da Igreja do Senhor Jesus (Rm 15.4; Cl 1.28; 2.7; 3.16). Por isso, Ele mesmo vocacionou e comissionou alguns para serem doutores ou mestres (Ef 4.11-13). Alguns escritores erroneamente confundem o “dom ministerial” de mestre com o “dom de ensinar” (serviço). Mas, é importante salientar que o dom ministerial de mestre ou doutor é exclusivo para obreiros (At 13.1-3; Ef 4.11). Já o dom de ensinar, como dom de serviço (Rm 12.6-8) está acessível a todo cristão.
 
 
VI. DEFINIÇÃO DA PALAVRA PRESBÍTERO
O termo presbíteros do grego “presbyteros” é uma forma comparativa da palavra grega: “presby” que significa: “uma pessoa experiente, madura, mais velha, anciã”. Os presbíteros tomavam parte ativa no apascentamento da igreja (At 20.28) e também no ensino, pois uma das qualidades exigidas do candidato ao presbitério era que fosse: “apto para ensinar” (1Tm 3.2). Os presbíteros constituíam um corpo auxiliar no governo da igreja, sob a presidência do pastor (BERGSTÉN, 1999, p. 270). Os presbíteros não são pastores, mas, podem exercer funções pastorais (1Pe 5.1; 2Jo 1; 3Jo 1). A evidência bíblica indica que “bispo” é simplesmente outro termo para presbítero também (At 20.17-35; Tt 1.7). A maioria dos estudiosos reconhece isso, que na linguagem do NT o mesmo ofício na Igreja é chamado de bispo “episkopos” [ancião] ou presbítero “presbyteros”. Em terminologia bíblica, presbíteros pastoreiam, supervisionam, lideram e cuidam da igreja local (1Tm 5.17; Tt 1.7; 1Pe 5.1-2); ensinam a Palavra (1Tm 3.2; 5.17; 2 Tm 4.2; Tt 1.9); protegem a igreja de falsos mestres (At 20.17, 28-31; 1Tm 4.1; Tt 1.9); exortam os santos na sã doutrina (1Tm 4.13; 2Tm 3.13-17; Tt 1.9); visitam e oram pelos doentes ungindo-os com óleo (Tg 5.14; At 20.35); julgam questões doutrinárias (At 15.16); dirigem igrejas (1Pe 5.2; 1Tm 5.17); e, apascentam e cuidam da igreja (1Pe 5.2; Hb 13.17).
 
 
VII. DEFINIÇÃO DA PALAVRA DIÁCONO
A palavra diácono no grego: “diákonos” denota primariamente: “servo, criado” (At 6.1-3). “A própria palavra diácono é usada de várias maneiras, nas páginas do NT, subentendendo serviço de qualquer espécie, espiritual ou material” (CHAMPLIN, 2005, p. 312). “Os diáconos poderão realizar diversas tarefas, na Casa do Senhor, com dignidade, cuidado e zelo (Cl 3.23). A função principal dos diáconos, atualmente, é auxiliar o pastor ou ao dirigente da congregação, nas atividades espirituais, ligadas ao culto ou não, bem como nas atividades sociais e materiais da igreja, para as quais for designado” (RENOVATO, 2014, p. 144).
 
1. O serviço de diácono na igreja hoje.
O diáconato é um encargo sob a direção dos ministros da igreja (At 6.3), relacionado com os serviços de ordem material e social (Rm 12.8) e o socorrer (1Co 12.28). Conforme o modelo do NT os diáconos não tomavam parte na administração e direção da igreja, mas, além de fazer serviços materiais e sociais, alguns cooperavam na pregação da Palavra, como Estevão (At 6.8,10) e Filipe (At 6.5; 8.4). Há uma diferença entre o “diáconato” como uma função ministerial e “diaconia” como serviço comum na igreja (BERGSTÉN, 2007, p. 117).
 
 
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos o ministério sob diferentes aspectos. Vimos também que Deus pôs na Igreja alguns para o exercício de determinadas funções específicas. Esses ministérios devem ser vistos como dons de Deus à Igreja.
  


 
REFERÊNCIAS
ü  ANDRADE, Claudionor Correa de. Dicionário Teológico. CPAD.
ü  RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais. CPAD.
ü  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
ü  VINE, W. E. Dicionário Vine. CPAD.  
 
 
Por Rede Brasil de Comunicação.




domingo, 11 de fevereiro de 2024

QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2024



  
 
 
O FUNDAMENTO DOS
APÓSTOLOS E DOS PROFETAS -
A Doutrina Bíblicas como Base para
uma Caminhada Cristã Vitoriosa.
  









Lição 06
 
Hora da Revisão
A respeito de “A Doutrina e o Amor pelo Senhor ”, responda:


1. Qual era a cidade mais importante da Ásia Menor?
Éfeso era a cidade mais importante da Ásia Menor.

2. O que atraía os peregrinos à cidade de Éfeso?
O suntuoso templo da deusa Diana.

3. Qual casal contribuiu para o desenvolvimento de Apoio?
O casal Priscila e Áquila.

4. Qual a exortação do Senhor Jesus para a igreja de Éfeso?
A igreja de Éfeso foi exortada por Jesus a se lembrar de onde caiu, a fim de que se arrependesse (Ap 2.5).

5. O que a igreja de Éfeso havia abandonado?
Às primeiras obras, pois estas foram praticadas com o amor genuíno.