sábado, 28 de setembro de 2024

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2024






Na Cova dos Leões –
O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o
Testemunho Cristão em Nossos Dias. 









Lição 13
 
Hora da Revisão
A respeito de “O Fim de Todas as Coisas”, responda:

  
1. Quem resistiu a entrega da mensagem a Daniel?
Foi resistida pelo príncipe do reino da Pérsia (v. 13).
 
2. Segundo nossos principais teólogos, quem é o príncipe do reino da Pérsia?
Um anjo maligno que obedece a Satanás.
 
3. De acordo com a nossa Declaração de Fé, como se dará a ressurreição dos mortos?
Os justos serão ressuscitados por ocasião da volta de Cristo (1Ts 4.16), para a vida eterna. A ressurreição dos injustos se dará após o milênio (Ap 20.5), para a eterna condenação.
 
4. O que será a Batalha do Armagedom?
Será um enfrentamento bélico espiritual que se dará na derradeira etapa da septuagésima Semana de Daniel.
 
5. Na época de Daniel, o que significava selar um livro?
Era uma forma de dar credibilidade pública, uma garantia da sua veracidade.

 


QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2024






O Deus que Governa o Mundo e Cuida da Família-
Os Caminhos Divinos nos Livros
de Rute e Ester para a Nossa Geração.









Lição 13

Revisando o Conteúdo
A respeito de “Ester, A Portadora de Boas-Novas” responda:  


1. Que impedimento havia para Assuero revogar o decreto que permitia o extermínio dos judeus?
Assuero não podia revogar seu decreto por causa do limite estabelecido pelo império da lei dos medos e persas.
 
2. Qual a importância de todos estarem sujeitos às leis?
Isso é necessário para que haja previsibilidade e segurança jurídica.
 
3. Qual a saída encontrada para livrar os judeus?
Assuero não podia revogar seu decreto, mas emitiu outro; uma espécie de contraordem, que permitia aos judeus exercerem seu direito de defesa diante de seus inimigos, no dia assinalado no decreto anterior (Et 8.8-13).
 
4. O que foi estabelecido para comemorar o livramento do povo judeu?
Mardoqueu registrou os fatos e escreveu cartas para os judeus de todas as províncias, instituindo uma festa comemorativa, a Festa de Purim.
 
5. Como Mardoqueu foi exaltado e que exemplo nos deixa?
Assuero deu a Mardoqueu o anel que havia dado a Hamã, e Ester o pôs sobre a casa do agagita (Et 8.2). Assuero engrandeceu ainda mais a Mardoqueu, pondo-lhe como o segundo maior do reino; posição que era ocupada por Hamã (Et 10.3). Com Mardoqueu aprendemos que o propósito de Deus é usar seus servos em todas as áreas da vida. Tudo o que fizermos deve ser feito para a glória de Deus (1 Co 10.31).



 

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

LIÇÃO 13 – ESTER, A PORTADORA DE BOAS-NOVAS






Et 8.4-8; 9.29-31; 10.1-3
 
 
 
INTRODUÇÃO
Nesta última lição, observaremos a coragem de Ester que é evidenciada em sua decisão de arriscar a própria vida para interceder pelo seu povo, desafiando a lei persa e entrando na presença do rei sem ser convocada. Pontuaremos sua bravura que é acompanhada por uma sensibilidade notável ao sofrimento dos seus compatriotas, o que a leva a buscar soluções que garantam a preservação e o bem-estar dos judeus. E por fim, veremos também a instituição da festa de Purim que comemora a salvação dos judeus e promove a alegria, a solidariedade e a generosidade.
 
 
I. DEFINIÇÕES DAS PALAVRAS CHAVES DA HISTÓRIA
1. Definição do termo boas-novas.
O dicionário Houaiss (2001, p. 470) define boas-novas como: “notícia muito boa; novidade feliz”. Essa palavra vem de duas palavras gregas, eu, advérbio, “bem”, e, angelia, que significa “mensagem, notícia, novas”. Assim, a palavra “euangelion” quer dizer “boas novas, boas notícias, notícias alvissareiras”.
 
2. Definição do termo humildade.
O termo humildade segundo o dicionário Houaiss (2001, p. 1555) significa: “qualidade da pessoa humilde, modesta, simples, sem vaidades; simplicidade; escassez de ostentação; sobriedade; qualidade de quem tem consciência de suas limitações; modéstia; demonstração de fraqueza diante de algo ou alguém; inferioridade; uem expressa algum tipo de submissão em relação aos seus superiores; subordinação”. A Bíblia diz que a humildade vai diante da honra (Pv 15.33). O Senhor Jesus também afirmou que o Reino dos Céus pertence aos humildes (Mt 5.3). Ele é o nosso maior exemplo de humildade, e nos ensinou que, no Reino de Deus, o maior não é quem está sendo servido, e sim aquele que serve (Mt 23.11).
 
3. Definição do termo súplica.
O dicionário Houaiss (2001, p. 2643) define súplica como: “oração feita com insistência e submissão; prece, rogativa; solicitação em que se pede um favor, graça ou esmola; qualquer pedido que se faz insistente e permanentemente, geralmente por desespero”. A Bíblica nos ensina a suplicar pelo favor de Deus: “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18). A palavra também é a mesmo coisa que “intercessão”. Intercessão latim “intercessionem” que é uma “súplica em favor de outrem”. A intercessão pressupõe sofrer com os que sofrem; chorar com os que choram.
 
 
II. A NOVA LEI TRAZ CONSIGO BOAS NOTÍCIAS, TRAZENDO ESPERANÇA E ALEGRIA
Naquele mesmo dia o rei presenteia a rainha Ester com a casa de Hamã. Ele está falando de todas as posses de Hamã, inimigo dos judeus, adversário do povo do Senhor. Mas agora tudo pertence a Ester, que é Hadassa do povo do Senhor. Por certo uma quantia vultuosa. A situação mudou radicalmente. Os vastos recursos que pertenciam a Hamã agora são de Ester (Et 8.1-2) (Neto, 2021. p.133).
 
1. Embora Hamã tenha desaparecido, o decreto ainda permanece em vigor (Et 8.3).
Hamã estava morto, mas o decreto ainda continua bem vivo. O edito estava escrito, tinha que ser feito e era irrevogável. Os judeus morreriam no mês de dezembro. Sabendo disto, Ester chora. A situação continuava complicada para o povo de Deus. O povo judeu estava sob ameaça de genocídio e isso não mudou com a execução de Hamã.
 
2. O cetro de ouro como símbolo de autoridade e favor (Et 8.4).
A extensão do cetro é um gesto de aceitação e benevolência real. Na cultura persa, o cetro simbolizava a autoridade do rei e a extensão do cetro indicava que Ester havia encontrado favor (Et 4.11). Este ato é comparável ao favor divino que Deus concede aos seus servos, como mencionado em Salmos 84.11: “Porque o Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor dará graça e glória”. O gesto do rei, portanto, pode ser visto como uma manifestação do favor divino, permitindo a Ester interceder com sucesso. O ato de Ester se levantar e se posicionar diante do rei demonstra sua coragem e o papel de intercessora. Isso é um reflexo do papel de mediação que alguns personagens bíblicos desempenharam em situações críticas. Por exemplo, Moisés intercedeu pelo povo de Israel diante de Deus (Êx 32.11-14).
 
3. O pedido decisivo (Et 8.5).
A rainha Ester inicia seu pedido com uma solicitação condicionada ao favor real: “Se bem parecer ao rei, e se eu achei graça perante ele […]”. Esta abordagem demonstra a compreensão de Ester sobre a importância da graça real. Seu pedido reflete a ideia de que a intercessão eficaz depende do favor e da aceitação por parte do soberano. Em termos teológicos, isso é paralelo à intercessão de Cristo por nós. Como Paulo afirma em Romanos 8.34, Cristo intercede por nós junto ao Pai, evidenciando o papel de mediador que garante nossa aceitação e favor diante de Deus (Swindoll, 1999. p. 171). “Nós, que vivemos numa cultura em que tais coisas ocorrem com certa frequência, dificilmente nos surpreendemos quando alguma autoridade muda de opinião. Mas, naquela época, nunca se ouvira falar de coisa como essa no reino persa”.
 
4. Empatia e compromisso com o povo (Et 8.6).
A dor e a angústia de Ester refletem uma profunda empatia e compromisso com seu povo. Ester está tão identificada com a situação de seus compatriotas que o sofrimento deles é visto como uma extensão de seu próprio sofrimento. Esse lamento demonstra um desejo genuíno de fazer algo para mudar a situação. Este sentimento é consistente com o mandamento bíblico de amar o próximo como a si mesmo (Lv 19.18). Este tipo de empatia também é um reflexo da liderança justa e responsável encontrada em outros líderes bíblicos, como Moisés, que intercedeu por Israel durante crises graves (Nm 14.13-19).
 
5. Justiça e recompensa (Et 8.7-8).
Segundo o dicionário Houaiss o termo justiça significa: caráter, qualidade do que está em conformidade com o que é direito, com o que é justo(2001, p. 1696). O rei Assuero declara que deu a Ester a casa de Hamã e que Hamã foi executado devido à sua ação contra os judeus. A execução de Hamã é uma demonstração de justiça e retribuição pelo mal que ele havia planejado contra o povo de Deus. Este conceito de justiça retributiva é um tema recorrente nas Escrituras, onde Deus garante que o mal será punido e a justiça será feita: “O fazer justiça é alegria para o justo, mas é terror para os que praticam a iniquidade” (Pv 21.15). A decisão do rei reflete a ideia bíblica de que a justiça deve prevalecer sobre a injustiça. O rei não poderia revogar seu édito por meios legais, mas era possível publicar um novo decreto favorecendo os judeus. Esse novo decreto informaria a todos no império que o rei desejava que todo seu povo tivesse uma atitude diferente em relação aos judeus e que os tratasse de modo favorável. Este é um exemplo clássico, mostrando porque devemos opor-nos com firmeza e lutar em prol da verdade, embora pareça que as leis existentes nunca mudam (Is 1.17) (Swindoll, 1999. p. 172).
 
 
III. A INSTITUIÇÃO DA FESTA DE PURIM
A criação e a confirmação da festa de Purim por Ester e Mardoqueu são um ato significativo de preservação da memória e celebração da libertação do povo judeu. Purim é instituído para recordar a intervenção divina e a salvação dos judeus da ameaça de extermínio planejada por Hamã. Em Dt 16.3, Deus ordena a celebração da Páscoa como um meio de recordar a libertação do Egito. Assim como a Páscoa, Purim serve para manter viva a memória dos atos de salvação de Deus.
 
1. A transformação de tristeza em alegria (Et 9.22).
O texto menciona que os dias de Purim são uma transformação de “tristeza em alegria e de luto em festa”. Essa mudança é emblemática da capacidade de Deus para transformar situações adversas em ocasiões de alegria e celebração. Em Isaías 61.3 é prometido que Deus “trocaria a tristeza por alegria”. A festa de Purim é uma celebração desta mudança divina. Além do mais o texto enfatiza que durante a festa de Purim, os judeus devem dar presentes uns aos outros e oferecer dádivas aos pobres. Esta prática de generosidade reflete o valor bíblico da caridade e da solidariedade. Em Provérbios 19.17 fala muito bem sobre esse gesto. A doação durante Purim é uma forma de expressar gratidão pela salvação recebida e de demonstrar cuidado pelos necessitados.
 
 
IV. ESTER: UMA MULHER DE SENSIBILIDADE E CORAGEM
A rainha Ester demonstra uma coragem excepcional ao se arriscar por seu povo. Em Ester 4.16, ela toma uma decisão ousada para interceder perante o rei Assuero, apesar do risco de morte. A coragem de Ester é evidente em sua disposição de desobedecer à lei persa, que estipulava que se alguém entrasse na presença do rei sem ser chamado, poderia ser executado. Sua disposição para enfrentar esse risco em prol do bem-estar de seu povo reflete um compromisso profundo e uma coragem que transcende o medo pessoal.
 
1. A coragem de falar verdade ao rei (Et 7.3-4).
A rainha Ester também mostra coragem ao confrontar o rei com a verdade sobre Hamã e seu plano maligno. Em Ester 7.3 ela revela sua identidade e a ameaça que paira sobre os judeus. Ao se revelar como judia e expor o plano de Hamã, Ester arrisca sua posição e segurança pessoal, mas age com coragem e sinceridade para proteger seu povo.
 
 
CONCLUSÃO
A coragem e a sensibilidade de Ester são aspectos centrais de sua história e são fundamentais para entender seu papel como heroína na narrativa bíblica. Sua disposição para arriscar sua vida por seu povo, sua empatia pelo sofrimento dos outros e sua capacidade de liderar com compaixão demonstram qualidades que são não apenas admiradas na Escritura, mas também são exemplares para a vida cristã. Estes atributos fazem de Ester uma figura de inspiração, cuja história é rica em lições sobre coragem, liderança e sensibilidade. Tenhamos também a coragem de Ester!
 
 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Ø  HUBBARD JR, Robert L. Comentário do Antigo Testamento. CULTURA CRISTÃ.
Ø  NETO, Emilio Garofalo. Ester na Casa da Pérsia. FIEL.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  SWINDOLL, Charles R. Ester: uma mulher de sensibilidade e coragem. MUNDO CRISTÃO.
Ø  VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
Ø  WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo do Antigo Testamento. GEOGRÁFICA.   
 
Por Rede Brasil de Comunicação.

 

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

LIÇÃO 13 - O FIM DE TODAS AS COISAS


Vídeo Aula - Pastor Valmir
 




LIÇÃO 13 - ESTER, A PORTADORA DE BOAS-NOVAS (V.02)


Vídeo Aula - Pastor Silas
 




LIÇÃO 13 - ESTER, A PORTADORA DE BOAS-NOVAS (V.01)


Vídeo Aula - Pastor Ciro
 




QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2024






Na Cova dos Leões –
O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o
Testemunho Cristão em Nossos Dias. 









Lição 12
 
Hora da Revisão
A respeito de “Estudo, Oração e as Setentas Semanas de Daniel”, responda:
 
 
1. Qual o sentido da expressão “cidadela”?
A expressão cidadela refere-se a um local específico, referindo-se a uma fortaleza situada em lugar estratégico, que domina e protege uma cidade.
 
2. Quem o carneiro, na visão de Daniel, simbolizava?
O Império Medo-Persa.
 
3. Na história, com quem é identificado o bode?
Alexandre, o Grande (356-323 a.C) rei da Macedônia.
 
4. Em razão de suas características e descrições bíblicas, Antíoco é tido por muitos intérpretes da Escrituras como sendo quem?
Como um tipo de Anticristo, um líder no fim dos tempos que se levantará contra o povo de Deus e fará coisas semelhantes (v.v. 23-24).
 
5. O que retrata do verso 25 da passagem em estudo?
O verso 25 retrata o Armagedom apocalíptico, quando o poder gentílico mundial, sob o Anticristo será sobrenaturalmente destruído por Cristo na sua vinda.

 

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2024






O Deus que Governa o Mundo e Cuida da Família-
Os Caminhos Divinos nos Livros
de Rute e Ester para a Nossa Geração.









Lição 12

Revisando o Conteúdo
A respeito de “O Banquete de Ester: Denúncia e Livramento” responda:  
       

1. Como foi a atitude de Ester diante de Assuero e Hamã?
Ester se revelou uma mulher forte e decidida, denunciando o mau Hamã (Et 7.3-6).
 
2. Qual a reação do rei diante da revelação do plano de extermínio do povo da rainha?
De surpresa ao fato de saber que se tratava do povo da rainha, já que até então Assuero não sabia que Ester era judia (Et 2.10).
 
3. Seria razoável que Assuero não conhecesse detalhes de seu próprio decreto?
Não era razoável que não tivesse conhecimento da extensão do decreto assinado em seu nome (Et 3.12,13). Todavia, não se pode presumir que um rei ou qualquer governante saiba, em detalhes, tudo o que acontece em seu palácio ou jurisdição.

4. Como Assuero interpretou a atitude de Hamã, de se lançar sobre o leito da rainha?
O rei voltou do jardim e viu Hamã prostrado sobre o divã da rainha e fez uma péssima interpretação da cena: Hamã estaria querendo desonrar a rainha diante do próprio rei? (Et 7.8 – NAA).
 
5. Como se deu o fim de Hamã?
Harbona soube ser bem perspicaz para sugerir a forca para seu ex-superior. Ele não apenas informou ao rei que havia uma forca preparada por Hamã para Mardoqueu, mas foi sutil ao dizer: aquele que “falara para bem do rei” (Et 7.9). A insinuação foi explícita e o rei logo acatou.

 

sábado, 21 de setembro de 2024

LIÇÃO 12 – O BANQUETE DE ESTER: DENÚNCIA E LIVRAMENTO





Et 7.1-10 


INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos que depois da leitura do livro das memórias das crônicas e a consequente exaltação de Mardoqueu e a humilhação de Hamã (Et 6.1-14), a rainha Ester ofereceu um segundo banquete ao rei Assuero, juntamente com Hamã, onde ela denunciou o plano diabólico de Hamã, de matar todos os judeus e saquear os seus bens, resultando, em um novo decreto, dando aos judeus o direito de se defender e de se vingar de seus inimigos. Ainda nesta lição, pontuaremos o significado dos termos “banquete”, “denúncia” e “livramento”; explicaremos como se deu os dois banquetes oferecidos pela rainha Ester ao rei Assuero e a Hamã; e, finalmente, elencaremos a denúncia de Ester e a sentença de Hamã.
 
 
I. DEFINIÇÕES DAS PALAVRAS-CHAVE DA LIÇÃO
1. Definição do termo banquete.
Segundo o dicionário Houaiss (2001, p. 397), o termo ‘banquete’ significa: “refeição festiva” ou “refeição formal e solene, de que participam muitos convidados”. O livro de Ester menciona diversos banquetes: o do rei Assuero, para mostrar as riquezas e a glória do seu reino (Et 1.3-8); o da rainha Vasti, para as mulheres da casa real (Et 1.9); outro do rei Assuero, depois que tomou Ester como sua esposa (Et 2.18); e dois outros banquetes preparados pela rainha Ester para o rei Assuero e para o ímpio Hamã (Et 5.4,5; 7.2-8).
 
2. Definição do termo denúncia.
O termo ‘denúncia’ é definido pelo dicionário Houaiss (2001, p. 940) como: “ato ou efeito de denunciar”, “acusação em que se atribui a alguém uma falta ou crime”. No livro de Ester lemos acerca de três graves denúncias: a primeira, quando Mardoqueu descobriu a conspiração de Bigtã e Teres, que eram eunucos e guardas do rei, e o fez saber a rainha Ester (Et 2.21-23); a segunda, quando Hamã denunciou ao rei Assuero que os judeus não obedeciam as leis persas (Et 3.8); e, a terceira, feita pela própria rainha Ester ao rei Assuero, denunciando o plano maligno de Hamã de matar todos os judeus (Et 7.3-6).
 
3. Definição do termo livramento.
Este termo deriva-se do verbo ‘livrar’, que o dicionário Houaiss (2001, p. 1773) define como “tornar-se livre”, “soltar”, “escapar”. Duas das três acusações mencionadas do livro de Ester eram verdadeiras e ambas resultaram em livramentos. A primeira impediu que o rei Assuero fosse morto (Et 2.21-23), e, a segunda, impediu que os judeus fossem executados (Et 8.1-17). Por uma providência divina, mesmo depois que o decreto mandando matar todos os judeus estivesse assinado (Et 3.8-15) o rei Assuero escreveu outro decreto, dando aos judeus o direito de se defender e de se vingar de seus inimigos (Et 8.10-14).
 
 
II. OS DOIS BANQUETES OFERECIDOS PELA RAINHA ESTER
Após o período de jejum de três dias (Et 5.1) a rainha Ester vestiu-se com suas vestes reais e compareceu à presença do rei, mesmo sem ser chamada. Assuero, então, lhe estendeu o cetro e lhe deu a liberdade de pedir o que ela quisesse, “até a metade do reino” (Et 5.3). Mas, Ester agiu com prudência e convidou o rei para comparecer a dois banquetes, juntamente com Hamã. Vejamos:
 
1. O primeiro banquete (Et 5.5-8).
Nesse primeiro banquete, a rainha Ester não denunciou o plano de Hamã. Ela apenas convidou o rei para comparecer ao segundo banquete, juntamente com Hamã, que seria realizado no dia seguinte (Et 5.8). Sua atitude foi prudente. Ela esperou o momento oportuno. “Mesmo o rei prontificando-se a atender Ester de forma imediata, ela agiu com cautela, esperando o momento certo. Na primeira ocasião, apenas convidou o rei para um banquete, junto com Hamã. Na hora do banquete, o rei renovou a sua disposição em atender a qualquer pedido de Ester. Era a segunda oportunidade, mas ainda não era o momento adequado. Ester convidou Assuero e Hamã para outro banquete no dia seguinte, quando, então, faria o seu pedido (5.8). Uma noite importante separava os fatos. Os desígnios de Deus são perfeitos, e Ester estava mesmo em sintonia com a providência divina. Confiar em Deus e depender dEle faz com que vivamos experiências extraordinárias. Assuero e Hamã foram para casa. As próximas 24 horas seriam decisivas” (Queiroz, 2024, p. 120).
 
2. O segundo banquete (Et 7.1-9).
No segundo dia, o rei compareceu ao banquete do vinho, juntamente com Hamã. Assuero, então, perguntou a Ester: “Qual é a tua petição? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até metade do reino se fará” (Et 7.1,2). “Da mesma forma como a pergunta, a resposta de Ester foi imediata. A essa altura, talvez o coração da rainha estivesse acelerado. Uma jovem judia, sem nenhuma tradição real, estava diante do grande imperador persa e do algoz do seu povo, os judeus, e teria que ser firme na sua declaração. Ester revelou-se uma mulher forte e decidida, denunciando o mau Hamã (Et 7.3-6). A força moral de Ester certamente vinha do fato de ela ter sido criada em obediência e temor. Em tempos nos quais tanto se critica o obedecer a regras, é preciso considerar que não há crescimento moral sem disciplina; não se forja o caráter sem ela, muito menos se constrói uma estrutura emocional forte, e isso se aplica a todos. [...] Ester foi essa mulher, que não titubeou no momento de denunciar ao mau Hamã” (Queiroz, 2024, p. 135).
 
 
III. A DENÚNCIA DE ESTER E A SENTENÇA DE HAMÃ
Sem dúvida Ester tinha plena convicção de que havia se tornado rainha por um propósito divino: ser o instrumento de Deus para preservação do povo judeu. E, o momento havia chegado para denunciar os planos malignos de Hamã, de matar todos os judeus e saquear os seus bens. Vejamos como a rainha Ester agiu de forma sábia e prudente:
 
1. A petição e o requerimento de Ester.
Diante da pergunta do rei Assuero: “Qual é a tua petição? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até metade do reino se fará” (Et 7.1,2), a rainha Ester, respondeu então: “Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me aminha vida como minha petição e o meu povo como meu requerimento.” (Et 7.3). Ester era uma mulher e altruísta. Segundo o dicionário Aurélio, a palavra altruísta, quer dizer: “sentimento de quem põe o interesse alheio acima do próprio”, ou seja, uma pessoa altruísta está mais preocupada com o interesse do próximo do que com o seu. Assim sendo, altruísmo é, acima de tudo, uma demonstração de amor, pois, o amor não busca os seus interesses (I Co 13.5). Ester destaca-se também na história bíblica como uma autêntica intercessora. De forma sábia, ela pediu ao rei não apenas pela sua própria vida, mas, também pelo povo judeu, como fizeram também Moisés (Êx 32.11-14; Nm 14.13-20); Neemias (Ne 1.5-11; 2.1-5); Daniel (Dn 9.3-20); Jesus (Jo 17.1-24); Paulo (Fp 1.4-6); além de outros.
 
2. A denúncia de Ester.
Disse, então, a rainha ao rei Assuero: “Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e lançarem a perder...” (Et 7.4). É bem possível que o rei tenha pensado sobre qual seria a petição da rainha Ester. O que era tão importante para ela, a ponto de ela preparar dois banquetes para fazer a sua petição? E, para a surpresa do rei Assuero, ela falou que a sua vida e a do seu povo estava em risco. “Se tivesse vendido os judeus como escravos, o pagamento poderia ser considerado justo, mas vendê-los para a morte e destruição absoluta era algo que não havia dinheiro que pudesse pagar. De acordo com Ester, se tivesse sido apenas uma questão de escravidão, ela teria permanecido calada. Para que incomodar o rei com algo assim? Porém, um extermínio em grande escala era algo que não se poderia ignorar. A rainha Ester intercedeu corajosamente por seu povo” (Wiersbe, 2010, p. 723).
 
3. A pergunta do rei Assuero.
Ao tomar conhecimento que a rainha Ester estava ameaçada de morte, o rei perguntou, então: “Quem é esse? E onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim? E disse Ester: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã” (Et 7.5,6). “Procure imaginar, a essa altura da história, o que se passava pela cabeça do rei Assuero. Sem acusá-lo explicitamente, Ester havia envolvido o rei num crime terrível, e, por certo, ele se sentiu culpado. O rei sabia que aprovara aquele decreto de modo impensado. Porém, não percebeu que aquilo fazia parte de uma conspiração. Assinara a ordem de execução da própria esposa! O rei deveria encontrar um modo de salvar, ao mesmo tempo, a esposa e a honra” (Wiersbe, 2010, p. 723). Depois disso, o rei levantou-se furioso e foi até o jardim do palácio (Et 7.7), possivelmente para refletir sobre a sua decisão precipitada, de dar autonomia a Hamã para mandar exterminar todos os judeus (Et 3.10-12) e pensar sobre qual seria a sentença que deveria ser dada a Hamã.
 
4. A súplica de Hamã pela sua vida.
Depois de ouvir a acusação da rainha e presenciar a fúria do rei, Hamã, então, pôs-se a rogar pela sua vida. E, quando o rei Assuero retornou do jardim, viu Hamã prostrado sobre o leito onde estava a rainha Ester, fazendo com que a fúria do rei aumentasse ainda mais. “Porventura, quereria ele também forçar a rainha perante mim nesta casa? (Et 7.7,8). “Que paradoxo! Hamã havia se enfurecido porque um judeu recusava-se a curvar-se diante dele, e agora Hamã se prostrava diante de uma judia, suplicando por sua vida! Quando o rei entrou no aposento e viu a cena, acusou Hamã de tentar molestar a rainha” (Wiersbe, 2010, p. 724). A história de Hamã nas páginas da Bíblia se inicia com o rei Assuero o exaltando e o colocando acima de todos os príncipes (Et 3.1), mas, foi marcada pelo ódio e crueldade não apenas contra Mardoqueu, mas, também, contra o povo judeu (Et 3.5-15). Por essa razão, ele tem um fim trágico, como veremos a seguir.
 
5. A sentença do rei Assuero para Hamã.
Depois disso, Hamã foi preso e um dos eunucos do rei Assuero, por nome Harbona informou ao rei Assuero que Hamã também havia mandado fazer uma forca para Mardoqueu. Então, o rei determinou que Hamã fosse enforcado nela (Et 7.8,9). “A forca construída para Mordecai num local tão visível mostrou-se conveniente para a execução de Hamã. Assim, o rei a usou para esse fim. [...] ‘Não vos enganeis: de Deus não se zomba’, advertiu Paulo. ‘Pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará’ (Gl 6.7). O primeiro-ministro semeou ódio contra Mordecai e colheu a fúria do rei. Hamã desejava matar Mordecai e todos os judeus, mas foi morto pelo rei. ‘Segundo eu tenho visto, os que lavram a iniquidade e semeiam o mal, isso mesmo eles segam’ (Jó 4.8). ‘O que semeia a injustiça segará males.’ (Pv 22.8)” (Wiersbe, 2010, p. 724).
 
 
CONCLUSÃO
Dentre as muitas virtudes da rainha Ester, destacamos nesta lição a sua coragem, seu altruísmo e sua intercessão. De forma sábia e prudente, ela agiu em favor de sua vida e do seu povo. Por outro lado, aprendemos sobre a lei da semeadura. Hamã, que planejou a morte de Mardoqueu, bem como a de todos os judeus do reino da Pérsia, foi enforcado na própria forca que preparou. Sejamos, pois, sábios, altruístas e intercessores como Ester; e jamais venhamos agir como o astuto e maligno Hamã.
 
 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  BALDWIN, Joyce G. Ester: Introdução e Comentário. VIDA NOVA.
Ø  QUEIROZ, Silas. O Deus que Governa o Mundo e Cuida da Família. CPAD.
Ø  HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo do Antigo Testamento. GEOGRÁFICA.   
 
Por Rede Brasil de Comunicação.

 



LIÇÃO 12 - ESTUDO, ORAÇÃO E AS SETENTAS SEMANAS DE DANIEL

 
Vídeo Aula - Pastor Valmir





LIÇÃO 12 - O BANQUETE DE ESTER: DENÚNCIA E LIVRAMENTO (V.02)

 
Vídeo Aula - Pastor Silas





quarta-feira, 18 de setembro de 2024

LIÇÃO 12 - O BANQUETE DE ESTER: DENÚNCIA E LIVRAMENTO (V.01)


Vídeo Aula - Pastor Ciro
 




QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2024






Na Cova dos Leões –
O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o
Testemunho Cristão em Nossos Dias. 









Lição 11
 
Hora da Revisão
A respeito de “Revelações sobre o Tempo do Fim”, responda:

 
1. Qual o sentido da expressão “cidadela”?
A expressão cidadela refere-se a um local específico, referindo-se a uma fortaleza situada em lugar estratégico, que domina e protege uma cidade.
 
2. Quem o carneiro, na visão de Daniel, simbolizava?
O Império Medo-Persa.
 
3. Na história, com quem é identificado o bode?
Alexandre, o Grande (356-323 a.C) rei da Macedônia.
 
4. Em razão de suas características e descrições bíblicas, Antíoco é tido por muitos intérpretes da Escrituras como sendo quem?
Como um tipo de Anticristo, um líder no fim do tempos que se levantará contra o povo de Deus e fará coisas semelhantes(v.v. 23-24).
 
5. O que retrata do verso 25 da passagem em estudo?
O verso 25 retrata o Armagedom apocalíptico, quando o poder gentílico mundial, sob o Anticristo será sobrenaturalmente destruído por Cristo na sua vinda.