sexta-feira, 31 de agosto de 2012

LIÇÃO 10 – A PERDA DOS BENS TERRENOS


                                                          Jó 1.13-21


INTRODUÇÃO
Nesta lição, definiremos o termo “perda”. Destacaremos as fontes por meio das quais o homem pode adquirir bens. Veremos também, que tudo o que possuímos materialmente é transitório, não dura para sempre e nem preenche o vazio da alma. Pontuaremos ainda o que pode levar a pessoa a perder as suas posses. E, por fim, elencaremos quais as atitudes que o cristão deve tomar diante da perda dos bens terrenos.


I – DEFINIÇÃO DE PERDA
Segundo o Aurélio, a palavra “perda” significa: “privação de alguma coisa que se possuía, extravio, sumiço, destruição, ruína, aniquilamento”. Do grego “zemioõ” significa “danificar” ou ainda “sofrer perda, perder”. Em (Mt 16.26 e Mc 8.36), fala de perder a vida; em (Lc 9.25) de prejudicar-se a si mesmo. Já o termo “zemia” significa “dano, perdição” e é usado acerca de um navio que perdeu sua carga (At 27.10, 21).


II – AS FONTES DOS BENS TERRENOS
2.1 A benção de Deus. Não resta dúvidas de que Deus concede bençãos materiais: “E a todo o homem, a quem Deus deu riquezas e bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus” (Ec 5.19). Afinal de contas, Ele é o dono de tudo (Sl 24.1), e outorga riquezas a quem Ele quer (I Sm 2.7; Pv 10.22). A exemplo disto temos: Abraão (Gn 24.1), Salomão (I Reis 3.13), Jó (Jó 1.2, 3), Davi (II Sm 12.7,8) entre outros (II Cro 18.1; 32.27).

2.2 Por herança. O homem pode adquirir posses também por herança. O Aurélio diz que herança é “bem, direito ou obrigação transmitidos por via de sucessão ou por disposição testamentária”. Exemplos bíblicos: Nabote (I Re 21.3), Mefibosete (II Sm 9.7).

2.3 Resultado do trabalho. É importante salientar que qualquer pessoa, seja ela crente ou não, que se qualifique, trabalhe, mostre dedicação e se esforce, obterá bons resultados para sua vida material, pois, Deus dispensa a sua benção a todos indistintamente: “E também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um dom de Deus” (Ec 3.13). Confira ainda: (Ec 2.24; 5.18, 19; Mt 5.45).

2.4 De forma ilícita. A expressão “ilícita” conforme o Aurélio, quer dizer: “proibido pela lei, ilegítimo”. Não se pode negar que nem todo bem adquirido é licito. Vivemos num país onde existe muita corrupção e têm seduzido muitas pessoas ao “dinheiro fácil”. A Bíblia, no entanto, adverte quanto ao perigo das riquezas obtidas de forma errada, ou seja, conquistados desonestamente: “A riqueza de procedência vã diminuirá, mas quem a ajunta com o próprio trabalho a aumentará” (Pv 13.11). Devemos ter cuidado, pois nem sempre o que é legal é moral (Hc 2.9; Pv 28.20; I Co 5.10; 6.10).


III – A TRANSITORIEDADE DOS BENS TERRENOS
Não é pecado desejar, buscar e adquirir bens terrenos. O pecado consiste em colocar a riqueza como prioridade (Mt 6.24; Lc  2.15; Ef 5.3; Cl 3.5). A Bíblia nos ensina que tudo o que o homem vier a possuir materialmente, não poderá levar para sempre consigo. O apóstolo Paulo asseverou isto quando disse: “Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele” (I Tm 6.7). Logo, deve-se destacar três verdades acerca dos bens terrenos:

3.1 Eles são transitórios. Tudo o que possuímos materialmente é transitório (Pv 27.24). O nosso dicionário define esta palavra como: “de pouca duração; passageiro”. Devemos estar conscientes de que os bens terrenos são passageiros, por mais que possamos usufruí-los. As posses estão restritas a esta vida, pois quando partirmos para estar com Cristo, nada levaremos “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”. (Ec 9.10).

3.2 Eles não são duradouros. Tudo o que é material se destrói, se corrompe (Tg 5.2,3). Somente os bens espirituais é que são permanentes (I Pe 1.4). Logo, devemos estar atentos para a exortação de Jesus quanto a preocupação exagerada com o acúmulo de bens terrenos, porque eles se estragam: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mt 6.19).

3.3 Eles não preenchem o homem. Por mais que os bens possam nos conceder regalias, conforto e direitos, eles não conseguem preencher o vazio que há dentro do homem. A Bíblia diz que Zaqueu era um homem que desfrutava de uma alta posição e que era rico (Lc 19.2), porém sentia falta de algo, pois “procurava ver quem era Jesus” (Lc 19.3). De fato, as riquezas atendem algumas necessidades do homem, mas não todas. Por isso Jesus disse: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” (Mt 16.26).


IV – O QUE PODE LEVAR UMA PESSOA A PERDER SEUS BENS
4.1 Falta de sabedoria. A expressão em destaque no grego é “phronesis” que significa: “entendimento, prudência”, ou seja, o uso correto da mente. Infelizmente, não são poucas as pessoas que por falta de sabedoria acabam perdendo aquilo que possuem. É preciso entender que qualquer coisa boa nas mãos de um falto de entendimento logo se destrói: “Passei pelo campo do preguiçoso, e junto à vinha do homem falto de entendimento, eis que estava toda cheia de cardos, e a sua superfície coberta de urtiga, e o seu muro de pedras estava derrubado” (Pv 24.30,31).

4.2 Falta de Equilíbrio. São muitos os que arruínam suas posses por falta de equilíbrio. É preciso agir com moderação também com aquilo que possuímos. A Bíblia nos relata a história de Nabal, que era um homem muito rico, porém muito duro e maligno (I Sm 25.2,3). Este negou ajudar Davi com suas posses, e Deus lhe feriu por ser avarento e sem compaixão (I Sm 25.37,38). Existe um aspecto do fruto do Espírito, que é implantado no crente regenerado, chamado de temperança (Gl 5.22). Esta palavra no grego é “engkrateia” que nos passa a ideia básica de força, poder ou domínio sobre o ego. Paulo exorta os que possuem riquezas a serem moderados (I Tm 6.8-10; 17-19).

4.3 Provação. Não podemos negar que um crente pode vir a perder suas posses por uma provação. O verbo provar no hebraico é “tsãraph” que quer dizer: “refinar, provar, fundir”. A Bíblia diz que Deus prova os seus (Êx 20.20; Dt 8.2; I Cr 29.17; Sl 7.9; Jo 6.6; At 14.22; I Pe 4.12-19). O patriarca Jó foi acusado por Satanás de servir a Deus com sinceridade, retidão, temor e prudência em troca de sua proteção (Jó 1.9-11). Todavia, Jó, em meio a mais intensa dor de ter perdido riquezas, filhos e saúde, permaneceu firme e glorificou ao Senhor (Jó 1.13-22), provando assim seu amor verdadeiro por Deus (Jó 19.25).


V – COMO LIDAR COM A PERDA DOS BENS TERRENOS
Enquanto estivermos no mundo, estamos sujeitos a passar por momentos difíceis: “No mundo tereis aflições...” (Jo 16.33-a). Enfermidade, morte, violência, privações materiais, perseguições, angústias e outros males podem sobrevir ao crente. No entanto, a Bíblia nos ensina como devemos proceder quando nos depararmos com momentos de perda. Vejamos:

5.1 Tendo fé em Deus. O termo fé, do hebraico “heemin” e do grego “pisteuõ” é definido pela própria Bíblia como “...o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11.1). É a confiança que depositamos em todas as providências de Deus (Gn 22.8). É a crença de que Ele está no controle de tudo, e que é capaz de manter as leis que estabeleceu (Is 43.13). No livro de Jó encontramos ele perdendo seus bens, no entanto, vemo-lo conservando a sua fé: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25). Semelhante convicção demonstrou o apóstolo Paulo diante das mais severas provações:
“Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia” (II Tm 1.12).

5.2 Aceitando a vontade divina. O nosso Deus é Soberano. Isto significa dizer que Ele exerce autoridade absoluta e inquestionável sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus. Portanto, como seus servos devemos aceitar seus desígnios sem questionar (Rm 9.20). É o que nos ensina Jesus Cristo na oração modelo: “... seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu...” (Mt 6.10). Vemos essa submissão a vontade de Deus bem expressa nas palavras de Jó, quando diante de todas as calamidades que lhe aconteceram, disse: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1.21).

5.3 Permanecendo firme. Definitivamente, é praticamente impossível viver sem passar por crises, pois a vida é composta inevitalmente de dias maus: “Porém, se o homem viver muitos anos, e em todos eles se alegrar, também se deve lembrar dos dias das trevas, porque hão de ser muitos. Tudo quanto sucede é vaidade” (Ec 11.8). Logo, o justo pode até vir a abalar-se diante das perdas, porém, deve permanecer firme no Senhor (Ef 6.13). O termo “firme” no grego “bebaios” significa: “estável, seguro”. Por isso, o alicerce da nossa vida não deve estar fundamentado nas posses materiais, e sim, na obediência à Palavra de Deus, porque quando as tempestades nos sobrevêem, avaliam a qualidade do nosso alicerce (Mt 7.24-27) e também onde realmente está o nosso coração - se nas coisas materiais ou espirituais: “Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração” (Lc 12.34). Portanto, imitemos a conduta do patriarca Jó diante das perdas que sofreu: “Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (Jó 1.22).


CONCLUSÃO
O cristão não está isento de sofrer abalos também em sua vida material, fazendo com que venha a perder seus bens (Jó 1.13-19). No entanto, a exemplo dos fiéis servos de Deus, devemos nos posiciar com fé, submissão e firmeza, sabendo que não somos donos do que temos, mas mordomos (I Co 7.30). Cientes de que os bens eternos, são melhores, pois estão guardados em um lugar totalmente seguro, e neles é que o nosso coração deve estar” (Mt 6.20,21). 



REFERÊNCIAS
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
• VINE, W.E et al. Dicionário Vine. CPAD
• ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
• GILBERTO, Antonio. O Fruto do Espírito. CPAD
• COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as aflições da vida. CPAD


Por Rede Brasil de Comunicação

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O SOFRIMENTO HUMANO

Subsídio Teológico
 
O sofrimento do ser humano não é novidade. Ele parece ser uma realidade sempre presente na raça humana. Em Jó 5.7 registra-se o seguinte: 'Mas o homem nasce para o trabalho, como as faíscas das brasas se levantam para voar'. Em Jó 14.1 afirma-se: 'O homem, nascido da mulher, é de bem poucos dias e cheio de inquietação'.
 
Há muito tempo, coisas têm acontecido a pessoas boas, até mesmo com as pessoas de Deus dos tempos bíblicos. Quem pode esquecer o horrível sofrimento de Jó (ele perdeu a família e suas posses)? Davi, que estava para se tornar rei de Israel , por anos a fio, foi caçado e perseguido pelo ciumento e furioso Saul (1 Sm 20.33; 21.10; 23.8). A esposa de Oseias foi infiel (Os 1.2; 2.2,4). José foi tratado de maneira cruel por seus irmãos e vendido como escravo (Gn 37.27,28). João Batista, a mando da enteada de Herodes, foi decapitado (Mt 14.6-10). Paulo, inúmeras vezes, foi jogado na prisão, sofreu naufrágio, foi açoitado e deixado quase morto e muito mais (2 Co 11.25).

Às vezes, os cristãos chegam a pensar que quem obedece a Deus e procura ser um bom cristão não passará por sofrimentos horríveis. Entretanto, se coisas ruins aconteceram com Jó, João Batista e o apóstolo Paulo, com certeza elas podem acontecer com os bons cristãos" (RHODES, Ron. Por que coisas ruins acontecem se Deus é bom? 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp.15,16).

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2012

                          (Vencendo as Aflições da Vida)
 
 
 
 Lição 09 

1. Em relação à porção do Senhor, o que não nos pertence?
R. A décima parte do nosso salário.

2. Segundo a lição, o que é preciso fazer para ser bem-sucedido financeiramente?
R. É preciso ter disciplina e orçamento financeiro.

3. O que devemos fazer antes da adquirir algum bem?
R. Fazer as contas e pesquisar preço.

4. O que Paulo ensina sobre as riquezas?
R. Ele ensina que “os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (1 Tm 6.9).

5. Você crê que com planejamento, responsabilidade, oração e confiança no Senhor suas crises financeiras podem ser controladas?
R. Resposta pessoal.

 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

LIÇÃO 09 – A ANGÚSTIA DAS DÍVIDAS


1 Tm 6.7-12
 
 
INTRODUÇÃO
Veremos nesta lição que o consumismo é um dos principais causadores do endividamento das pessoas, analisaremos ainda o que Jesus falou sobre as questões financeiras e, por fim, elencaremos algumas recomendações que nos ajudarão a nos livrarmos das angústias geradas pelas dívidas, e a vivermos de forma sóbria e equilibrada do ponto de vista financeiro. O apóstolo Paulo já dizia: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor...” (Rm 13.8). O crente em Jesus deve esforçar-se ao máximo para não se tornar uma presa das dívidas.
 

I – O CONSUMISMO E SUAS IMPLICAÇÕES
O consumismo é um descontrole para adquirir bens, serviços e produtos de forma indiscriminada, na tentativa de realizar-se emocionalmente. Geralmente, pessoas fragilizadas por alguma intempérie da vida, são tendenciosas a buscarem no consumo dos bens materiais a satisfação para o vazio da alma. No entanto, elas acabam endividadas, frustradas e desesperadas. Lembremos que os bens existem para os possuirmos, e não para sermos possuídos por eles. O consumista valoriza em extremo as coisas materiais, enquanto o verdadeiro crente em Jesus prioriza as coisas espirituais (Mt 6.33). Podemos perceber o sentimento contrário ao consumismo nas palavras do apóstolo Paulo: Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes” (I Tm 6.8). O contentamento é exatamente o oposto do consumismo. 

1.1 Contentamento. O Aurélio define esta expressão como: “Ter prazer com o que se tem, Tornar-se satisfeito com o que possui, ter satisfação com o necessário”. É exatamente isso que o cristão deve sentir, pois reconhece que o Senhor dispensa as bênçãos materiais sobre os seus filhos conforme sua soberana vontade, pois o ouro e a prata pertencem a Ele (Ag 2.8); e, por certo, não deixará um filho seu ser provado além das forças (I Co 10.13) e nem o deixará mendigar o pão (Sl 37.25). Se tivermos as coisas essenciais da vida, tais como: alimento, vestuário e um teto, devemos estar satisfeitos. O crente, além de ter uma vida piedosa, deve também estar sempre contente e consciente da transitoriedade desta vida (I Tm 6.6,7). 

1.2 O querer ser rico. No afã de querer consumir e gastar, o indivíduo busca ardorosamente mais dinheiro, mais riquezas e acaba naufragando na fé: “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (I Tm 6.9). Muitas vezes o crente acaba se afundando nas dívidas por querer ser rico, buscando um nível e um estilo de vida que o seu salário não permite. Tudo isso acontece por causas de dois terríveis sentimentos que brotam no coração daqueles que se deixam envolver na dimensão material. Vejamos: 

Inveja. Temos um exemplo claro disso na vida do salmista Asafe, que por invejar os ímpios, que eram mais sucedidos financeiramente do que ele, quase se desviou (Sl 73.1-4). Interessante que a inveja de Asafe o levou a uma vida extremamente perturbada (Sl 73.16), pois se perturbam os que vivem em função das riquezas (Pv 11.28). A felicidade do salmista foi despertar antes da queda propriamente dita (Sl 73.17). O seu desejo, então, passou a estar nas coisas celestiais (Sl 73.25). 

Cobiça. Tem sido a causa de muitos males financeiros e espirituais. Temos exemplos bíblicos de pessoas que, por não se contentarem com o que tinham, terminaram por naufragar definitivamente. Foi o caso de Acã, que cobiçou os despojos dos inimigos do povo de Deus e acabou morrendo com toda a sua família e todas as suas propriedades (Js 7.21-25). O que dizer de Geazi, que por cobiçar o prêmio de Naamã acabou leproso (II Rs 5.20-27).
 

II – OS ENSINAMENTOS DE JESUS SOBRE O DINHEIRO
O Senhor Jesus deixou bem claro que não deveríamos empreender grandes esforços para ajuntar bens nesta vida, pois as riquezas são incertas, efêmeras e não satisfazem a alma e nem as expectativas humanas (Mt 6.19,20). O Mestre também sabia que o coração de alguém inclinado às riquezas pode ser totalmente dominado por elas (Mt 6.21). É tanto que Ele explica a possibilidade das riquezas se tornarem uma espécie de divindade na vida do crente (Mt 6.24). Nos versículos 25 ao 33, podemos observar diversas lições:
 
• Deus nos deu algo sublime, que foi a vida. Ele pode, portanto, nos dar o que necessitamos (v.25);
• Se ele sustenta criaturas tão simples como os pássaros, haverá de sustentar a coroa de sua criação, que somos nós (v.26);
• A ansiedade não é capaz sequer de acelerar o crescimento de uma ave, muito menos de resolver os nossos problemas (v.27);
• Se Deus veste as plantas e cuida delas, Ele proverá também a vestimenta dos seus filhos (v.28);
• Devemos crer que a nossa vida está nas mãos do Senhor, e Ele, a seu tempo, enviará o necessário (v.30);
• Deus conhece as nossas necessidades e não nos desamparará (v.32);
• A prioridade da nossa mente e do nosso coração deverá ser sempre o Reino de Deus (v.33);
• O crente deve viver um dia de cada vez, sempre convicto dos cuidados constantes e minuciosos do Senhor (v.34).
 

III – FAZENDO MAL USO DO DINHEIRO
Vejamos alguns problemas do mal uso do dinheiro:
 
3.1 Compulsividade - De acordo com o Aurélio, compulsividade é o “Sistema que favorece o consumo exagerado” é a “tendência a comprar exageradamente”. A Bíblia adverte: “O que amar o dinheiro nunca se fartará de dinheiro; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade” (Ec 5.10). Alcançar todos os bens que se deseja não confere a ninguém a satisfação plena. O apóstolo Paulo encontrou na pessoa de Cristo, o equilíbrio no que tange às coisas materiais: “...aprendi a contentar-me com o que tenho” (Fp 4.11). 

3.2 Avareza - É o amor ao dinheiro, que causa uma verdadeira escravidão e dependência. “Por que o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns de desviaram da fé e se transpassaram a si mesmos com muitas dores” (I Tm 6.9,10). Deus não condena o dinheiro em si, mas, a ambição, cobiça, exploração, e usura. Abraão era homem muito rico; Jó era riquíssimo, antes e depois de sua provação (Jó 1.3,10); Davi, Salomão e outros reis acumularam bens e nenhum deles foi condenado por isto. O que a Bíblia condena é a ambição desenfreada pelos bens (Pv 28.20; Dt 8.11; Pv 11.28; Mc 4.19; Pv 23.4,5; Pv 28.11; Pv 5.10). 

3.3 Dívidas - Muitas pessoas estão em situação difícil, por causa do uso irracional de benefícios oferecidos como: facilidades pelo comércio, cartão de crédito, cheque, crediário, empréstimos, etc. As dívidas podem causar muitos males, tais como: desequilíbrio financeiro, inadimplência, intranquilidade; provocando até certos aparecimentos de doenças, desavenças no lar; perda de autoridade e o mau testemunho perante os ímpios (Pv 6.1-5; 11.15). “O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7).
 

IV - EVITANDO AS DÍVIDAS
Esta lição fala sobre a angústia das dívidas, e o dicionário Aurélio define angústia como: “aflição intensa, agonia, sofrimento, tribulação”. Há vários fatores que podem levar alguém a ficar endividado tais como: uma enfermidade que demande a compra de muitos remédios; o desemprego prolongado; uma catástrofe natural; ser fiador de uma pessoa emprestando-lhe (dinheiro, cartão de crédito ou cheque). Mas, geralmente as dívidas têm origem no mau uso das finanças. Vejamos algumas dicas que podem nos auxiliar a administrarmos melhor o que nos foi dado: 

4.1 Sejamos dizimistas fiéis. Há muitos que estão afundados nas dívidas por não honrarem o Senhor com a sua fazenda (Pv 3.9). Por não trazerem os dízimos à Casa do Tesouro, não estavam experimentando as provisões celestiais (Ml 3.10,11). Na época do profeta Ageu, o povo havia desprezado a Casa do Senhor e haviam cerrado as mãos quanto à contribuição. Por isso, nada dava certo na esfera financeira. Eles até ganhavam bem, mas o dinheiro simplesmente não rendia (Ag 1.4-11). 

4.2 Respeitemos as prioridades. Depois de entregar o dízimo, o crente deverá discernir o que é prioritário, o que é secundário e o que é supérfluo. Por exemplo: saúde, alimentação, moradia, estudos e vestimentas básicas são prioridades. Gastos com lazer é algo secundário, e a compra de roupas de marca ou aparelhos eletrônicos de última geração é supérfluo. 

4.3 Evitemos o desperdício. Nunca devemos comprar o que não necessitamos, e nem gastar além do que ganhamos. Deus não se alegra com o desperdício (Jo 6.12; cf. Lc 15.13,14). Às vezes o crente mergulha nas dívidas por desperdiçar o que tem. 

4.4 Planejemos os nossos gastos. Jesus deixou claro que o crente só deve iniciar um empreendimento (construção, compra de algum bem, realização de um viagem) depois de planejar e ter a certeza de que vai conseguir concluí-lo (Lc 14.28-32). 

4.5 Economizemos o máximo. Dentro das possibilidades, o crente deve ter uma reserva financeira, visando dias maus que possam lhe sobrevir. Esse princípio fica evidente na administração de José na terra do Egito (Gn 41.33-35). Para que se consiga isso, são necessários equilíbrio e sabedoria por parte do servo de Deus.
 

CONCLUSÃO
Fica claro que as dívidas podem ser causadas por fatores alheios à vontade do crente, mas também podem acontecer pela insensatez e desequilíbrio do mesmo. O fato é que num e noutro caso, elas geram angústias e perturbações. Oremos, vigiemos e sigamos os princípios bíblicos no tocante a administração das finanças, e certamente experimentaremos as provisões de Deus, que há de nos proporcionar dias melhores e mais prósperos. 

 

BIBLIOGRAFIA
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
• DANIEL, Silas; COELHO, Alexandre. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD.
• FERREIRA, A B. de Holanda, Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Positivo.  

Por Rede Brasil de Comunicação

CONSUMISMO



Objetivo: Refletir sobre o consumismo exagerado e suas consequências.

Material: Tablóides de propaganda de grandes lojas de departamentos para os alunos.

Procedimento:
- Distribuam 01 tablóide para cada aluno. 
- Falem: Olhem o tablóide, anotem os valores dos objetos que vocês desejam comprar e depois somem. 
- Agora, perguntem: O que vocês fariam para adquirir estes objetos? Aguardem as respostas. 
- Em seguida, realizem uma série de questionamentos, tais como:
Há necessidade de comprar todos os objetos?
Eles são prioritários? São realmente necessários?
Comprar os objetos porque estão em promoção, mesmo não tendo condições de comprar?
As condições de pagamento: comprar parcelado ou no cartão, vai comprometer o orçamento doméstico? Pagar com cheque especial, mesmo sabendo dos altos juros? Comprar uma parte a vista e o restante parcelado? As parcelas cabem no bolso?
- Escolham 02 alunos, um que teve cuidado com as compras e o outro que se excedeu, e questionem sobre a escolha dos produtos e condições de pagamento.
- Perguntem: vocês já compraram algo que não tinham necessidade? Já se endividaram por causa de compras exageradas? Que outras consequências surgiram?
- Para concluir, reflitam sobre o consumismo evidenciado pela mídia e o incentivo de alguns líderes quanto ao ensino do “ter” como sendo prosperidade.
- Leiam I Tm 6. 9 e 10. 
Por Sulamita Macedo

terça-feira, 21 de agosto de 2012

TRATAR DO CRÉDITO COM CUIDADO


Subsídio Vida Cristã 

As intermináveis pressões de 'mês mais comprido que o dinheiro' é o bastante para separar famílias. Mas, em alguns casos, ter mais dinheiro não é solução. Devemos começar a administrar corretamente o que temos. O marido e a esposa têm de trabalhar juntos (e haverá o tempo e o lugar para envolver os filhos). Olhe além dos pagamentos mensais. Faça uma imagem mental de toda a dívida em destaque. Damos graças a Deus porque uma taxa de crédito nos permitirá tomar dinheiro emprestado, mas não nos enganemos: os juros serão altos. Cartões de crédito têm sido a ruína de muitos lares. Melhor deixar de comprar a crédito, a menos que tenha disciplina e limite. Abandone o uso de cartões de crédito, se você sabe que não haverá dinheiro para pagar. Pague suas contas no vencimento. Quando os pagamentos não puderem ser efetuados, comunique ao credor.

Deixar de dizimar é retirar-se da terra da bênção. Deus não honrará a má administração. Precisamos ser mordomos fiéis. Devemos honrar ao Senhor com as nossas riquezas (Pv 3.9,10). As riquezas são mais que o dízimo. O dízimo pertence a Deus. Somos chamados a honrar a Deus com a parte que nos resta depois de dizimar (Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. p.146).

EVITANDO DÍVIDAS FORA DO SEU ALCANCE


Subsídio Vida Cristã 

Muitos têm ficado em situação difícil, por causa do uso irracional do cartão de crédito (na verdade, cartão de débito). As dívidas podem provocar muitos males, tais como falta de tranquilidade (causando doenças); desavenças no lar; perda da autoridade e independência. Devemos lembrar: 'O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta' (Pv 22.7). Outro problema é o mau testemunho perante os ímpios, quando o crente compra e não paga.


Evitando os extremos

De um lado, há os avarentos, que se apegam demasiadamente à poupança, em detrimento do bem-estar dos familiares. São os 'pães-duros'. Estes preferem ver os filhos sob um padrão baixo de conforto, não adquirindo os bens necessários, somente com o desejo de 'poupar', de entesourar para o futuro.

De outro lado, há os que gastam tudo o que ganham, e compram o que não podem, às vezes para satisfazer o exibicionismo, a inveja de outros, ou por mera vaidade. Isso é obra do Diabo (LIMA, Elinaldo Renovato de. Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais do Nosso Tempo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. p.172).

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2012

                       (Vencendo as Aflições da Vida)


Lição 08 

1. O que é disciplina?
R. Disciplinar é dar limites e estabelecer parâmetros, não castigar.

2. O que é não disciplinar?
R. Castigar fisicamente.

3. Cite alguns exemplos bíblicos de filhos que se rebelaram contra os seus pais.
R. Caim, Hofni, Fineias e Absalão.

4. Fale sobre as consequências advindas peia rebeldia de Absalão.
R. A morte prematura do jovem e a fuga do rei Davi.

5. O que você pode fazer diante da rebeldia do seu filho?
R. Não buscar culpados e demonstrar um amor incondicional.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

LIÇÃO 08 – A REBELDIA DOS FILHOS


                                         1 Sm 2.12-14,17,22-25 


INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos que a rebeldia dos filhos, muitas vezes, está relacionada a falta de disciplina, a ausência de exemplos de uma conduta cristã correta e na influência do mundanismo no seio da família. As consequência dessa rebeldia podem trazer prejuízos irreparáveis à família, tais como: tristeza, amargura, afastamento do convívio familiar e até mesmo a morte prematura de muitos jovens. Veremos também, que a maneira de prevenir os filhos da rebeldia é criá-los no temor do Senhor (Pv 22.15; 23.13,14; 29.17; Ef 6.4), e que a disciplina bíblica é o melhor caminho para uma vida familiar saudável diante de Deus.


I – DEFINIÇÃO DO TERMO REBELDIA
A expressão rebeldia do hebraico “mãrãh” significa “oposição a alguém motivado por orgulho” (Dt 21.18). O significado primário desta expressão é “desobedecer”. No grego este termo é traduzido por “parepikraino” que significa: “amargar-se, irar-se, provocar”, e também por “atheteo” que quer dizer: “rejeitar, não reconhecer”.


II – AS CAUSAS DA REBELDIA DOS FILHOS
2.1 A falta de disciplina no lar. Segundo o dicionário Aurélio, disciplina é “um regime de ordem imposta ou livremente consentida”; “uma ordem que convém ao funcionamento regular de uma organização, observância de preceitos e normas, ensino, instrução, educação, correção, discipular” ou “o treinamento que melhora, molda, fortalece e aperfeiçoa o caráter”. O que podemos apreender desta definição é que a disciplina serve para manter o perfeito funcionamento do lugar onde ela é aplicada. Quando o padrão bíblico de conduta no lar (disciplina cristã) é deficiente, ou não existe, inevitavelmente ocorre a rebeldia entre o filhos. Podemos observar isto nos seguintes exemplos que a Bíblia nos apresenta.

2.1.1 Davi. Um dos reis mais conhecidos na história de Israel; um guerreiro notável; um homem “segundo o coração de Deus” (I Sm 13.14). Porém, falhou na aplicação da disciplina dos seus filhos:
• Ele não agiu quando Amnom estuprou a sua meia-irmã, Tamar. Davi “ficou indignado” com ele, (II Sm. 13. 21), mas, depois do estupro Tamar foi acolhida por seu irmão, Absalão, e não pelo seu pai (II Sm. 13. 20-22);
• Davi ignorou o ódio e os planos de Absalão para matar Amnom. Apesar de chorar muito pela perda de Amnom
(II Sm 13.36-37; II Sm. 18.33-19.8), ele não corrigiu o seu filho Absalão;
• Quanto a Adonias, a Bíblia diz que “seu pai Davi nunca o havia contrariado; nunca lhe perguntava: Por que você age assim?” (I Re 1.6).

2.1.2 Eli. Apesar de ser sacerdote em Israel, e mesmo tendo conhecimento dos pecados que seus filhos cometiam, nunca os corrigiu (I Sm 2.28,29). Por isso, Eli é um exemplo de pai:
Ausente: Eli era um pai que nunca estava em casa, sempre esteve muito ocupado cuidando dos filhos dos outros, e
esqueceu-se dos seus (I Sm.1.9);
Omisso: Ele não abriu seus olhos para os sinais de perigo dentro do seu lar (I Sm 2.22-24);
Conivente: O principal pecado de Eli foi a conivência. Ele sabia o que seus filhos faziam, mas não os corrigiu (I Sm 2.22);
Passivo ao fatalismo: Ele aceitou passivamente a decretação da derrota sobre a sua casa (I Sm. 3.18).


III - A FALTA DE EXEMPLOS CORRETOS NO LAR CONDUZ OS FILHOS A REBELDIA
Noé. Entregou-se sem limites ao vinho, ignorando a sua (família) (Gn. 9.21,22). Faltou em Noé a vigilância necessária para não tropeçar (Mc. 13.33; Sl. 42.7). Os pais devem ser exemplo para os seus filhos (II Cr. 26.3,4; Ez. 16.44; I Tm 4 .12). A falta de prudência, leva à tentação (Tg. 1.13-15).
Abraão. Devido a fome que sobreveio a terra de Canaã, Abraão desceu ao Egito e mentiu, negando que Sara era sua esposa. Anos mais tarde, Isaque, quando estava na terra de Gerar, mentiu igualmente a Abraão (compare Gn 12 com Gn 26).
Davi. O rei passeava pelo seu eirado quando deveria estar à frente do seu exército em Rabá (II Sm. 11.1,2). O pecado de Davi foi reproduzido em escalas maiores por seu filho Absalão (II Sm 16.21,22).

3.1 A influência do mundanismo no seio da família. A mídia, de um modo geral, é, sem dúvida alguma, a maior difusora da inversão de valores na sociedade. Essas influências podem ser vistas nos seguintes aspectos:
• As pessoas passam a pensar da forma como a TV lhes influencia (Cl 3.1-3);
• O modo de vestir. O que é mostrado na TV passa a ser moda (Gn 35.2; Ex 19.10; Ex 28.2a);
• No vocabulário. As pessoas passam a falar aquilo que a TV determina que falem (Ef 4.29);
• No Modelo de família. O conceito de família, é o que é visto nas novelas, no qual não existe respeito e fidelidade entre os cônjuges e nem entre filhos para com os pais (Ef 5.22).


IV – AS CONSEQUÊNCIAS DA REBELDIA DOS FILHOS
4.1 Desajuste familiar. A rebeldia dos filhos acarreta uma desestruturação no lar podendo até mesmo ocasionar o fim de uma família. A Bíblia nos mostra algumas consequências de rebeldia, como ocorreu com Absalão, filho de Davi, que revoltou-se com Amnom, e mandou que seus moços o matassem (II Sm 13.22-30); e também rebelou-se contra Davi, obrigando-o a fugir para não ser morto (II Sm 15.1-37).

4.2 Envolvimento com Drogas. Pesquisas comprovam que os viciados em drogas, em sua maioria, são oriundos de lares desajustados. Por falta de uma educação adequada, de afeto e de carinho no seio da família, e, principalmente, por não terem uma educação cristã, muitos se deixam levar pelos falsos amigos da escola ou do trabalho enveredam pelo caminho das drogas. A Palavra de Deus ensina aos filhos honrarem os pais, e aos pais a criarem os filhos na doutrina e admoestação do Senhor (Ef 6.1-4; Cl 3.20,21).

4.3 Violência. Nas suas diversas formas, a violência é consequência direta da rebeldia. O apóstolo Paulo diz: “Estando cheios de toda a iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia” (Rm 1.29-31). De uma forma direta ou indireta, os itens dessa relação são atos de violências como frutos de rebeldia.

4.4 Morte Prematura. A grande maioria dos óbitos entre jovens, principalmente nas grandes cidades, acontecem  orque eles estão envolvidos com drogas, sexo ilícito e furtos. Por certo, muitos deles são oriundos de lares desajustados.


V – COMO PREVINIR A REBELDIA DOS FILHO NO LAR ?
5.1 Realizando o Culto Domestico. A prática do culto doméstico está se tornando cada vez mais escasso nos lares cristãos, e isto tem contribuído para o enfraquecimento espiritual da família. O culto doméstico, além de ser uma ordenança bíblica (Dt 11.19), é uma das formas que protegemos nossos filhos da influência do mundo e de outras consequências desagradáveis.

5.1.1 Os resultados do Culto Domestico
Filhos tementes – Através do culto doméstico, os pais devem motivar seus filhos a buscarem a Deus, e assim desfrutarem de experiências espirituais que nunca se esquecerão, pois o temor do Senhor estará em seus corações (Pv 22.6);
Filhos obedientes – A obediência dos filhos aos pais é mandamento bíblico e devemos preservá-lo. Isto, também, é aprendido no culto doméstico (Ex.20.12; Dt.5. 16; Ef.6.1-3);
Filhos crentes – Eunice, mãe de Timóteo, é um modelo de mãe exemplar. Mesmo não tendo o marido crente, ela conseguiu educar seu filho Timóteo nos caminhos do Senhor, o que o tornou um cooperador na obra do Mestre (II Tm 1.5; 3.14,15);
Família estruturada e unida – O culto doméstico também une e dá estrutura à família, como a família de Filipe, o evangelista (At. 21. 8.9).

5.2 Vejamos quais as recomendações bíblicas de como criar os filhos:
• Escondendo seus filhos em casa, como Joquebede (Êx. 2.1,2) e orientando seus filhos, como Eunice (I Tm. 4.5);
• Levando seus filhos para a casa do Senhor, como Ana (I Sm 1. 20-24) e criando seus filhos na disciplina do Senhor
(Ef. 6.4);
• Instruindo seus filhos, como recomendou Salomão (Pv. 22.6) e não descuidando, como Eli (I Sm. 2.12, 22, 23);
• Lendo a Bíblia com a família (Js. 1. 8; Sl.119. 11; 119.170) e orando com eles (At. 10. 30, 31; Ef. 6. 18);
• Levando a família à casa de Deus (Gn. 35. 1, 3) e dedicando seus filhos a Deus (I Sm 1.28; Lc 2.22);
• Ensinando seus filhos a temer ao Senhor e desviar-se do mal, a amar a justiça e a odiar a iniquidade (I Cr 28.9);
• Ensinando seus filhos que Deus os ama e tem um propósito específico em suas vidas (Lc 1.13-17; Rm 8.29,30; I Pe 1.3-9);
• Ensinando seus filhos a obedecerem aos pais (Dt 8.5; Pv 3.11,12; 13.24; 23.13,14; 29.15,17; Hb 12.7);
• Protegendo seus filhos da influência pecaminosa, pois, Satanás procurará destruí-los espiritualmente (Pv 2.15-17; 13.20)
• Dizendo a seus filhos que Deus está sempre observando e avaliando aquilo que fazem, pensam e dizem (Sl 139.1-12);
• Levando seus filhos bem cedo na vida à fé pessoal em Cristo, ao arrependimento e ao batismo em água (Mt 19.14);
• Ensinando seus filhos a observar o princípio: “companheiro sou de todos os que te temem” (Sl 119.63);
• Motivando seus filhos a permanecerem separados do mundo (II Co 6.14-7.1; Tg 4.4);
• Ensinando a seus filhos sobre a importância do batismo com o Espírito Santo (At 1.4,5,8; 2.4,39);
• Instruindo seus filhos diariamente nas Sagradas Escrituras (Dt 4.9; 6.5,7; I Tm 4.6; II Tm 3.15);
• Intercedendo constante e fervorosamente por seus filhos (Jó 1.5; Ef 6.18; Tg 5.16-18); e, acima de tudo, amando-os.


CONCLUSÃO
A disciplina Bíblica, quando aplicada e vivenciada no seio familiar, é a melhor maneira para prevenir que os filhos se tornem rebeldes. O sábio Salomão disse: Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem.” (Pv 3.12); e o Senhor Jesus disse: “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te” (Ap 3.19). O que podemos concluir é que a maior medida preventiva contra a rebeldia no lar (a disciplina) é um mandamento bíblico para os pais.



REFERÊNCIAS
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
• COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as aflições da vida. CPAD.
• Apostila Protegendo a Família.