terça-feira, 27 de dezembro de 2016

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2016







   O DEUS DE TODA PROVISÃO –
Esperança e sabedoria divina para
a Igreja em meio às crises  
  





Lição 13

Para Refletir
A respeito da fidelidade de Deus, responda:


Como Paulo se apresenta na Carta aos Efésios?
Na Epístola aos Efésios, Paulo se apresenta como “embaixador em cadeias” (Ef 6.20).

As cadeias impediram Paulo de proclamar o Evangelho? As crises têm impedido você de servir ao Senhor?
Não, pois o evangelho que Paulo pregava era mais poderoso do que as cadeias e grilhões. As crises não iriam impedi-lo de servir ao Senhor.

Cite o nome de um cooperador de Paulo.
Epafrodito.

Qual o nome das irmãs que estavam brigadas, promovendo a desarmonia?
Evódia e Síntique.

Quem ensinou Paulo a vencer as crises e a se contentar em toda e qualquer situação?
O Senhor Jesus Cristo.



LIÇÃO 13 – A FIDELIDADE DE DEUS








Fp 4.10-20




INTRODUÇÃO
Chegamos ao final desse último trimestre de 2016, e nessa última lição teremos a oportunidade de destacar o que significa o termo fidelidade no que diz respeito ao ser de Deus, também pontuar a fidelidade divina na condução da história; bem como ressaltar a gratidão de Paulo aos filipenses pela sua cooperação, e sobre tudo notar que em meio aos sofrimentos podemos contar com a fidelidade de Deus.


I. DEFININDO O TERMO FIDELIDADE
1.1 Fidelidade. 
O Aurélio diz que esta palavra significa: “qualidade de fiel; lealdade. Constância, firmeza nas afeições, nos sentimentos; perseverança. Observância rigorosa da verdade; exatidão” (FERREIRA, 2004, p. 894). Do hebraico “aman” e do grego “aletheia”, ambos os termos significam: “o firme compromisso de Deus em manter as alianças por Ele estabelecidas com seu povo”. Sua fidelidade advém da natureza absoluta e infinitamente justa (2 Ts 3.3) e do exercício destes atributos: onipotência, onisciência e onipresença (ANDRADE, 2006, p. 190).

1.2 Fidelidade como atributo divino. 
A fidelidade como um atributo de Deus, denota a certeza que tudo quanto Ele declarou ser sua vontade, terá pleno cumprimento. O Senhor não é arbitrário e nem displicente, antes, é sempre confiável em tudo que d iz e promete (Hb 6.18; 10.23; Ap 1.5; 3.7, 14). Sobre a fidelidade divina ainda podemos destacar: a) Sua fidelidade é grande (Lm 3.23); b) Permanente (Sl 100.5; 2 Tm 2.13); e c) Extensa (Sl 36.5) (CHAMPLIN, 2004, p.725 – acréscimo nosso).


II. A FIDELIDADE DE DEUS AO CONDUZIR A HISTÓRIA
Esta carta aos Filipenses foi escrita em circunstâncias difíceis enquanto o apóstolo Paulo estava preso. Apesar dessa condição podemos perceber em cada momento dessa epístola e também fora dela, a fidelidade de Deus é reafirmada na história humana.

2.1 Direcionando os seus servos na obra missionária. 
Em sua segunda viagem missionária a intenção do apóstolo Paulo era ir para Ásia, e depois para Bitínia, mas foi impedido pelo Espírito Santo (At 16.6,7). Estando em Trôade, Lucas conta que Paulo teve uma visão, que lhe deu nova rota para sua tarefa missionária (At 16.9). Após esta visão, o apóstolo concluiu que Deus o chamava para ali pregar o evangelho (At 16.10-12).

2.2 Na fundação da igreja em Filipos. 
“A primeira igreja estabelecida na Europa, na colônia romana de Filipos, nos revela o poder do evangelho em alcançar pessoas de raças diferentes, de contextos sociais diferentes, com experiências religiosas diferentes (Lídia asiática, a escrava era grega e o carcereiro romano), dando a elas uma nova vida em Cristo; formando uma igreja multicultural, mostrando que o evangelho de Cristo alcança a todas as pessoas” (LOPES, 2004, p.13 – acréscimo nosso) (At 16.14-18, 27-33). Embora Paulo tenha encontrado dificuldades (At 16.19-24); Deus conduziu em triunfo a pregação do evangelho naquela cidade, tornado-se “a porta de entrada para o evangelho na Europa” (At 16.12).

2.3 Através da prisão de Paulo. 
Paulo estava preso, impedido de viajar, de visitar as igrejas e de abrir novos campos. O apóstolo não cria na casualidade nem no determinismo, antes, na fidelidade de Deus. Ele sabia que a mão soberana da providência guiava o seu destino e que os seus sofrimentos estavam incluídos nos planos do Eterno para o cumprimento de propósitos mais elevados (Fp 1.12-14; Is 55.9). Paulo diz que as coisas que lhe aconteceram, em vez de desmotivá-lo, decepcioná-lo ou ainda, atrapalharem o projeto missionário, contribuíram para o progresso do evangelho. O termo grego “prokope” significa: “avanço pioneiro”; é um termo militar que se referia aos engenheiros do exército que avançavam à frente das tropas para abrir caminho em novos territórios […] “O mesmo Deus que usou o bordão de Moisés, os jarros de Gideão e a funda de Davi usou as cadeias de Paulo” (WIERSBE, 2006, p.85). Mesmo na prisão os planos de Deus não foram frustrados, Paulo aproveita-se da oportunidade para evangelizar a guarda pretoriana (Fp 1.13); que era a guarda imperial, a tropa de elite de Roma. Segundo Lopes “Dia e noite, durante dois anos, Paulo era preso a um soldado dessa guarda por uma algema. Visto que cada soldado cumpria um turno de seis horas, a prisão de Paulo abriu caminho para a pregação do evangelho no regimento mais seleto do exército romano. Paulo, no mínimo, podia pregar para quatro homens todos os dias. Toda a guarda pretoriana sabia a razão pela qual Paulo estava preso, e muitos desses soldados foram alcançados pelo evangelho” (Fp 4.22) (LOPES, 2004, p.72). As cadeias de Paulo não apenas o colocaram em contato com os perdidos, mas também serviram para encorajar os salvos (Fp 1.14).


III. A FIDELIDADE DEUS ATRAVÉS DOS FILIPENSES
Não há dúvida de que havia um carinho especial do apóstolo Paulo em relação à igreja de Filipos, isso se dá pela demonstração do cuidado de Deus para com Paulo por meio daqueles irmãos.

3.1 A gratidão do apóstolo. 
É interessante a forma suave como Paulo agradece aos filipenses por terem lhe enviado o sustento necessário: “Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade” (Fp 4.10). A preocupação daqueles irmãos com o seu líder nada mais era do que uma retribuição à sua dedicação para com eles, ou seja, havia uma reciprocidade amorosa entre o pastor e as ovelhas. Isso está claro nas palavras de Paulo em toda a epístola (Fp 1.3-8; 2.19; 4.1).

3.2 O cuidado da igreja para com Paulo. 
A igreja em Filipos era dotada de uma profunda consciência no que dizia respeito ao sustento dos obreiros. Quando o evangelho começou a avançar na Macedônia e adjacências foram esses crentes que proveram as necessidades do apóstolo Paulo (Fp 4.15); depois, quando estava em Tessalônica, por duas vezes foi ajudado pelos filipenses (Fp 4.16). Quando escreveu a epístola, Paulo agradeceu novamente por mais uma ajuda a ele enviada (Fp 4.10). Muito diferente da consciência dos filipenses, era a dos crentes de Corinto. Alguns deles chegavam a duvidar do apostolado de Paulo e se esqueciam de que fora ele quem fundara aquela igreja (1 Co 9.1). Paulo teve ainda que justificar o direito que ele tinha como apóstolo, de ser sustentado pela igreja (1 Co 9.2-10). Ele fez isso traçando um paralelo entre a Antiga e a Nova Aliança. Paulo demonstrou que o princípio válido para os levitas (mais especificamente para os sacerdotes), que eram, por determinação divina, sustentados pela nação de Israel, continuava válido no período da Igreja em relação àqueles que se dedicam integralmente à obra do Senhor (Nm 18.20-24; 1 Co 9.13,14).


IV. A FIDELIDADE DE DEUS EM MEIOS AOS SOFRIMENTOS
É inspirador observar o contentamento do apóstolo Paulo em meio às mais variadas provações. A carta aos filipenses é uma prova incontestável dessa verdade. Em vários trechos, Paulo manifesta sua alegria e a recomenda aos crentes, mesmo estando ele preso (Fp 1.3,4; 2.2,17,18; 3.1; 4.4). O apóstolo deixa claro que, apesar de está grato pelo envio do sustento, o seu bem-estar não dependia disso, pois a sua suficiência estava em Cristo.

4.1 “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi […]” (Fp 4.11a). 
O termo utilizado, traduzido por “aprendi” é “manthano”, que dentre outros significados aponta para: “aprender ou compreender de uma vez por todas através da experiência”. O apóstolo teve experiências de atravessar as mais terríveis provações e sair vitorioso, porque entendia que o sofrimento tem objetivo pedagógico (Fp 4.12). Confira também (Sl 119.67,71). 

4.2 “[…] a contentar-me com o que tenho” (Fp 4.11b). 
A palavra “contente”, no grego “autarkes”, era muito utilizada naquela época pelos filósofos estóicos. Eles diziam que “um homem que em quaisquer circunstâncias conseguisse permanecer contente, era um homem verdadeiramente feliz”. No contexto desta e de outras passagens Paulo condena a ambição, que é o antônimo (contrário) do contentamento (Rm 12.16; 1 Tm 6.8). Aqueles que não sabem se contentar com o que tem “caem em tentação, em laço, em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (2 Tm 6.9). São bastante adequadas às palavras do sábio Agur para nos vacinar contra isso (Pv 30.8,9). Não é demais lembrar que o apóstolo Paulo estava preso quando escreveu a mais alegre de todas as suas epístolas (Fp 1.12,13,17; Fp 1.3,4; 2.2,17,18; 3.1; 4.4). Então, ele tinha autoridade para ensinar acerca do contentamento cristão.

4.3 “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Fp 4.13). 
Antes de Paulo fazer esta declaração, ele diz o que podia em Cristo: “Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade” (Fp 4.12). Percebe-se claramente aqui o que realmente Paulo queria dize: “ele podia em Cristo viver sob qualquer condição”. A Bíblia NTLH (Nova Tradução da Linguagem de Hoje), traz uma tradução bastante interessante deste versículo é a seguinte: “Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação”. Logo, o apóstolo apoiava-se na dependência de Cristo, e não em si mesmo.


CONCLUSÃO
Concluímos, portanto, por meio da experiência do apóstolo Paulo que a fidelidade de Deus é garantida em quaisquer situações aos crentes que lhe são fiéis. Aprendemos também que Deus possui o controle da história em sua mão e tudo faz para a glória do Seu Nome. De modo que, podemos nos alegrar em meio aos sofrimentos, crendo que Ele é poderoso para suprir todas as nossas necessidades em Cristo Jesus (Fp 4.19).




REFERÊNCIAS
ANDRADE, Claudionor Correa de. Dicionário Teológico. CPAD.
CHAMPLIN, Norman. Enciclopédia de Bíblia e Teologia e Filosofia. HAGNOS.
LOPES, Hernandes Dias. Comentário Expositivo Filipenses. HAGNOS.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. GEOGRÁFICA.




Por Rede Brasil de Comunicação.



quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2016







   O DEUS DE TODA PROVISÃO –
Esperança e sabedoria divina para
a Igreja em meio às crises  






Lição 12

Para Refletir
A respeito da sabedoria divina para a tomada de decisões, responda:


O que Adonias fez diante da fragilidade do rei?
Diante da fragilidade de Davi, Adonias intitulou-se rei.

Quais as autoridades no reino que não apoiaram Adonias?
O sacerdote Zadoque, o profeta Natã e os valentes de Davi não apoiaram a atitude de Adonias, pois ele estava desrespeitando, publicamente, o rei e usurpando o trono.

O que Bate-Seba fez depois de ouvir o profeta Natã?
Ela toma a atitude certa na hora certa. A mãe de Salomão vai até Davi e relata-lhe tudo o que estava acontecendo.

Por que Deus não permitiu que Davi construísse o Templo?
O Senhor não permitiu que Davi construísse o Templo, pois ele havia empreendido muitas batalhas.

O que Salomão pediu a Deus em Gibeão?
Ele pediu a Deus sabedoria para reinar com justiça e equidade.


LIÇÃO 12 – SABEDORIA DIVINA PARA A TOMADA DE DECISÕES








1 Rs 4.29-34




INTRODUÇÃO
Veremos nesta lição a definição da palavra sabedoria; estudaremos algumas informações sobre o rei Salomão pontuando aspectos da sua habilidade; veremos exemplos de sabedoria em alguns personagens bíblicos; analisaremos o ensino bíblico sobre a busca do saber; e por fim, concluiremos citando os dois tipos de sabedoria, a terrena e a celestial.


I. DEFINIÇÃO DO TERMO SABEDORIA
1.1 Definição de Sabedoria.
O termo grego para sabedoria é “sophia” e significa: “habilidade nas questões da vida”, “sabedoria prática”, “administração sábia e sensata” ou “uso correto do conhecimento” (Lc 21.15; At 6.3; 7.10; Cl 1.28;3.16; 4.5). A sabedoria é a capacidade espiritual de ver e avaliar nossa vida e conduta do ponto de vista de Deus. Inclui fazer escolhas acertadas e praticar as coisas certas de conformidade com a Palavra de Deus e na direção do Espírito Santo (STAMPS, 1995, p. 1926). Ter sabedoria é pensar bem e agir bem em qualquer empreendimento realizado, seja secular ou espiritual (CHAMPLIN, 2004, p. 7). A Bíblia diz que a sabedoria é: a) um atributo divino (1 Rs 3.28; Dn 2.20; Sl 104.24; Rm 11.33); b) uma dádiva de Deus (Dt 34.9; Ed 7.25; Pv 2.6,7); c) o temor do Senhor (Jó 28.28; Sl 111.10; Pv 9.10); d) é dada por Deus (Sl 19.7; 119.98; Pv 8.33; Cl 3.16); e) somos exortados a buscá-la (Pv 4.5,7; 23.23; Tg 1.5); e, f) é mais valiosa que pedras preciosas (Pv 8.11; 16.16).


II. O REI SALOMÃO
2.1 O rei Salomão.
Era filho do rei Davi e o seu nome foi escolhido pelo próprio Deus (1 Cr 22.9), e aparece na genealogia de Jesus (Mt 1.6,7). É mencionado quase trezentas vezes no AT e uma dúzia de vezes no NT. É citado como um exemplo de esplendor (Mt 6.29; Lc 12.27), e de sabedoria (Mt 12.42; Lc 11.31), e reinou em Israel durante quarenta anos (1 Rs 11.42). É identificado também como o construtor do templo (At 7.47), e uma das colunas do templo recebeu seu nome (Jo 10.23; At 3.11; 5.12). Salomão passou sete anos construindo o templo de Deus, e treze anos construindo seus palácios para si mesmo (1 Rs 6.37 até 7.1). Construiu uma casa em Jerusalém para sua esposa egípcia, a filha do Faraó (2 Cr 8.11). Edificou ainda cidades para servir de celeiro em locais estratégicos (1 Rs 9.15-19; 2 Cr 8.1-6). O esplendor dessas construções era motivo de admiração para os visitantes do reino (1 Rs 10.4-7) (WIERSBE, 2010, p. 401).

2.2 O significado do seu nome.
Salomão vem do termo hebraico shalom”, que significa “paz”, e, durante seu reinado, Israel teve paz com seus vizinhos (1 Rs 5.1-10). Seu pai, Davi, havia arriscado a vida no campo de batalha e derrotado as nações inimigas a fim de tomar suas terras para Israel, mas Salomão usou uma abordagem diferente em relação a diplomacia internacional. Fez tratados de paz com outros governantes casando-se com suas filhas, o que ajuda a explicar o fato de ele ter setecentas esposas princesas bem como trezentas concubinas (1Rs 11.3). No entanto, a lei de Moisés advertia que os reis de Israel não deveriam multiplicar esposas para si (Dt 17.14-20) (WIERSBE, 2010, p. 401).


III. A SABEDORIA DO REI SALOMÃO
Sem dúvida, uma das grandes virtudes do rei Salomão foi sua sabedoria. Quando o Senhor lhe apareceu em Gibeão e lhe disse: “pede-me o que queres que eu te dê” (1 Rs 3.5) ele respondeu: “A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo?”. Esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor, e Ele lhe deu não apenas sabedoria, mas, também, riqueza e glória (1 Rs 3.1-12). A oração de Salomão foi curta, direta e proferida com humildade, pois três vezes se referiu a si mesmo como “teu servo” (1 Rs 3.6-9). É provável que, nessa época, Salomão tivesse cerca de 20 anos de idade. Referiu-se a si mesmo como “uma criança” (1 Cr 22.5; 29.1).

3.1 Salomão sentiu o peso da responsabilidade de governar um povo.
Por esse motivo, não pediu riqueza ou outra coisa que lhe trouxesse vantagens pessoais. Ele pediu sabedoria para governar com justiça. O rei Salomão compôs três mil provérbios e mil e cinco cânticos (1 Rs 4.31,32), e é autor de três livros: Provérbios, Eclesiastes e Cantares. As Escrituras afirmam que pessoas de todas as nações vinham a Jerusalém para ouvir suas palavras de sabedoria (1 Rs 4.34; 10.6,7). Salomão buscou, em Deus, sabedoria para reinar (RICHARDS, 2010, p. 223).

3.2 Salomão pediu a Deus a verdadeira sabedoria e não simplesmente inteligência.
O texto bíblico destaca que Salomão “falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que nasce na parede; também falou dos animais, e das aves, e dos répteis, e dos peixes. E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria” (1 Rs 4.33,34). De onde vinha tanta sabedoria? O texto bíblico revela que Salomão orou pedindo a Deus sabedoria (1 Rs 3.9), e que o Senhor respondeu-lhe integralmente (1Rs 3.10-12). Esta é a fonte da sabedoria de Salomão e explica o porquê de ninguém conseguir superá-la.


IV. ALGUNS EXEMPLOS DE SABEDORIA NA BÍBLIA
A sabedoria é o reconhecimento que tudo que temos e somos vem do Senhor: “[...] porque dele é a sabedoria e a força [...] ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos” (Dn 2.20,21). A Bíblia registra diversos exemplos de pessoas que usaram a sabedoria. Vejamos alguns: a) Abigail. Sua sabedoria fez com que Davi poupasse a sua vida e de sua família (1 Sm 25.1-35); b) A mulher anônima. Sua sabedoria fez com que Joabe poupasse uma cidade (2 Sm 20.15-22); c) O sábio anônimo. Com sua sabedoria ele livrou a sua cidade de um grande e poderoso exército (Ec 9.14,15); d) Daniel. Ele era mais sábio do que todos em Babilônia; mas, atribuía sua sabedoria a Deus (Dn 1.17-20; 2.23-30); e) Jesus. Sua sabedoria causava admiração em todos que lhe ouviam (Mt 13.54; Mc 6.2); e, f) Paulo. Pregou e ensinou de acordo com a sabedoria de Deus (1 Co 2.6,7; 2 Pe 3.15).


V. O ENSINO BÍBLICO SOBRE A BUSCA DA SABEDORIA
5.1 Precisamos desejar a sabedoria (Tg 1.5,6).
O desejo de Deus é que andemos em sabedoria (Cl 1.9,28). O apóstolo Tiago ensina que a única maneira de alcançá-la é pedindo a Ele (Tg 1.5). Por isso, sempre que precisarmos de sabedoria devemos recorrer a Ele, que é a fonte de toda sabedoria (Dn 2.20; Rm 11.33; Tg 1.17). É interessante observar que o termo grego para pedir neste texto é “aiteõ” e tem o sentido de “implorar”, “desejar ardentemente”, ou seja, devemos recorrer a Deus pedindo-lhe sabedoria, tendo ardente desejo no coração, pois, ela é concedida a pessoas que reconhecem o seu valor e a buscam com diligência (Pv 4.5-7; 8.17).

5.2 Precisamos pedir a sabedoria (2 Cr 1.10; 1 Rs 3.8).
O apóstolo ensina ainda que Deus tem prazer em dar sabedoria. Ele dá liberalmente, ou seja, sem limites ou reservas (Êx 28.3; 31.3,6; 35.31; Dt 34.9; I Rs 3.28; 5.12; Ed 7.25; Pv 2.6). “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?” (Rm 8.32).

5.3 Precisamos procurar a sabedoria (Pv 2:4-5).
O maior exemplo bíblico pela busca da sabedoria é o do rei Salomão, que diante da grande responsabilidade de reinar sobre todo o povo de Israel, não hesitou em pedir um coração sábio e entendido (1 Rs 3.7-9). O Senhor, então, lhe deu sabedoria, mais do que a todos os homens (1 Rs 3.10-14; 4.29,30,34; 10.24; 1 Cr 1.10-12). E, mesmo quando o rei pecou, Deus não lançou-lhe em rosto a sabedoria que lhe havia dado (1 Rs 11.1-13). O verdadeiro tesouro não está exposto e não é tão fácil de se conseguir. Ele está escondido esperando para ser descoberto (Pv 2.6).


VI. DOIS TIPOS DE SABEDORIA
A sabedoria que vem de Deus, e o apóstolo Tiago fala desta sabedoria que vem do alto para distingui-la da humana de origem terrena e má (Tg 3.13-17). Irrefutavelmente, a sabedoria que vem de Deus é o meio pelo qual o homem alcança o discernimento da boa, agradável e perfeita vontade divina (Pv 2.10-19; 3.1-8,13-15; 9.1-6; Rm 12.1,2). Sem esta sabedoria, o ser humano vive à mercê de suas próprias iniciativas, dominado por suas emoções, sujeitando-se aos mais drásticos efeitos das suas reações. Vejamos a diferença entre a sabedoria terrena e a divina:

6.1 A sabedoria que é de baixo (Tg 3.15).
Esta sabedoria não procede de Deus e possui três características principais. Vejamos: a) terrena: É a sabedoria deste mundo, em contraste com a que procede do céu (Jo 3.12; I Co 1.20,21; Tg 1.5). É uma sabedoria limitada, egocêntrica, como a dos inimigos da cruz de Cristo, que só pensam nas coisas terrenas (Fp 3.19); b) animal: É uma sabedoria totalmente à parte do Espírito de Deus; e c) diabólica: Essa foi a sabedoria usada pela serpente para enganar Eva, induzindo-a a querer ser igual a Deus e fazendo-a descrer de Deus para crer nas mentiras do diabo (Gn 3.1-5).

6.2 A sabedoria que é do alto (Tg 3.17).
A verdadeira sabedoria vem de Deus (Tg 1.5; 17). Essa sabedoria está em Cristo (1Co 1.30; Cl 2.3). Essa sabedoria está na Palavra, visto que ela nos torna sábios para a salvação (2Tm 3.15). Ela nos é dada como resposta de oração (Ef 1.17; Tg 1.5). Podemos ver algumas características desta sabedoria: a) Ela é pura: A sabedoria que vem do alto não pode conduzir o homem ao pecado e impureza (Pv 2.7; 4.11); b) Ela é pacífica: A sabedoria divina não é contenciosa, nem facciosa (Pv 3.17; Mt 5.9; Tg 3.14); c) Ela é moderada. A sabedoria do alto trata de não criar conflitos; d) Ela é tratável: Essa sabedoria faz uma pessoa comunicável e de fácil acesso (Fp 3.7); e) Ela é cheia de misericórdia: A verdadeira sabedoria produz profundo sentimento de misericórdia no homem (Rm 12.30; Cl 2.12); e f) Ela é justa e sem parcialidade. Quando a temos julgamos conforme a verdade (1 Rs 3.16-28).


CONCLUSÃO
Podemos entender que Deus dá inteligência aos homens para que estes possam analisar as situações da vida e tirar delas conclusões que servirão para si mesmos e para outras pessoas, em forma de conselhos e advertências, como ocorreu na vida de Salomão. Ninguém pode ser considerado sábio se os seus conselhos não revelarem princípios do saber divino. O sábio não se caracteriza apenas por ter muita informação ou inteligência, mas é alguém que aprendeu o temor do Senhor como a base de toda sua vida e, por isso, sabe viver e conviver (Tg 3.13-18).




REFERÊNCIAS
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
ELLISEN, Stanley. Conheça Melhor o Antigo Testamento. VIDA.
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.




Por Rede Brasil de Comunicação.



terça-feira, 20 de dezembro de 2016

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2016







   O DEUS DE TODA PROVISÃO –
Esperança e sabedoria divina para
a Igreja em meio às crises  






Lição 11

Para Refletir
A respeito do socorro de Deus para livrar seu povo, responda:


Segundo a lição, qual o significado da palavra providência?
A palavra providência vem do latim providentia e o prefixo “pro” significa “antes” ou “antecipadamente”. O sufixo videntia deriva de videre que significa “ver”. Logo, ao tratarmos a respeito da providência divina, dizemos que Ele faz e vê tudo antecipadamente.

Por que Vasti se recusou comparecer ao banquete do rei?
Vasti recusou ser exibida como objeto naquela festa profana. Aquele não era o ambiente para uma rainha.

Quem havia criado Ester e a levado até a fortaleza de Susã?
Seu primo Mardoqueu.

Qual a posição que Hamã possuía no reino de Assuero?
Hamã era uma espécie de primeiro-ministro de Assuero. Ele era o segundo homem mais importante do reino.

Qual a atitude de Ester ao saber da sentença de morte contra o seu povo?
Ela jejuou e orou ao Senhor.