3º Trimestre de 2018
domingo, 30 de setembro de 2018
sábado, 29 de setembro de 2018
sexta-feira, 28 de setembro de 2018
LIÇÃO 14 – ENTRE A PÁSCOA E O PENTECOSTES
Êx
34.18-29
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
veremos informações sobre a Festa da Páscoa como o seu nome, sua data, seus
participantes bem como os elementos desta cerimônia judaica e sua
aplicabilidade para a Igreja hoje. Estudaremos também sobre a quarta festa de
Israel que é Pentecostes onde pontuaremos informações sobre o seu nome, o seu
objetivo, e a sua comemoração para o povo judeu com sua correlação com a noiva
de Cristo.
I. A FESTA DA
PÁSCOA
1. O nome da festa.
A palavra
portuguesa “Páscoa” é usada para designar a festa dos judeus que, no
hebraico, é chamada “Pêssach”, que significa: “saltar
por cima”, ou “passar por sobre”. Esse nome surgiu
em face do registro bíblico de que o anjo da morte, ou anjo destruidor, passou
por sobre as casas marcadas com o sangue do cordeiro pascal, e matou os
primogênitos do Egito: “E aquele sangue vos será por sinal nas casas
em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não
haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito”
(Êx 12.23 ver Dt 6.20-25).
2. A data da festa.
O nome hebraico
do mês que aconteceu a primeira Páscoa foi em Abibe, que significa “espigas
verdes”. Corresponde a Março-Abril em nosso calendário.
Durante o Exílio babilônico foi substituído pelo nome Nissã que significa “começo,
abertura” (Ne 2.1). Ainda hoje o ano civil começa no outono, com a
Festa das Trombetas (Lv 23.24; Nm. 29.1), chamado “Rosh hashanah” que
significa “cabeça do ano”, “ponta do ano”, ou “início
novo” (ano novo).
3. Os participantes da festa.
O registro
bíblico nos mostra que a Páscoa era uma cerimônia familiar: “Falai
a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si
um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família”
(Êx 12.3). Quando a família fosse pequena demais deveria unir-se a outra. De
acordo com a tradição judaica, a expressão “pequena demais”
significava com menos de dez pessoas. Eles deviam calcular quanto cada um
poderia comer e assim determinar se deviam se reunir com alguma outra família
(Êx 12.4). O estrangeiro também poderia participar desde que fosse circuncidado
(Êx 12.43-49).
4. Os elementos da festa.
Os participantes
da Páscoa deveriam ter os lombos cingidos, sandálias
nos pés e cajado na mão. Conforme o registro bíblico, a festa da
Páscoa deveria ser preparada com os seguintes elementos: um cordeiro ou cabrito, pães
asmos, ervas amargas e o sangue do cordeiro que deveria ser aplicado na
verga e nos umbrais da porta. Cada um dos componentes desta celebração tinha um
sentido literal e espiritual (Êx 12.24-27). Notemos:
ELEMENTOS
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EXIGÊNCIAS PARA A FESTA DA PÁSCOA
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TIPOLOGIA
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Cordeiro
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Este animal
deveria ser: macho, de um ano, e sem mancha (Êx 12.5). Os hebreus deveriam
avaliar o cordeiro durante quatro dias (Êx 12.3,6).
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Este cordeiro substituiria
o primogênito de cada família dos hebreus (Êx 12.12,13) e dos animais (Êx
13.1,2,12-15 ver Mt 27.45-50).
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Sangue
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Os hebreus
deveriam sacrificar o cordeiro no décimo quarto dia no período da tarde (Êx
12.6) e colocar o sangue na verga e nos umbrais da porta (Êx 12.7).
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O sangue no
umbral e nas vergas das portas serviria como sinal para livramento (Êx
12.12,13). O Sangue representa a expiação (Hb 9.22; 11.28).
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Pães asmos
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Os pães asmos
é um pão assado sem fermento e feito somente de farinha de trigo e água (Êx
12.8).
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A farinha
amassada sem ter recebido o fermento simboliza pureza (Mt
16.11; Mc 8.15).
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Ervas amargas
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A tradição
judaica menciona alface, escarola, chicória, hortelã e dente-de-leão (Êx
12.8).
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As ervas
amargas deveriam ser comidos para recordar a opressão do
Egito (Êx 1.14; 12.8).
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II. APLICABILIDADE
DA FESTA DA PÁSCOA PARA A IGREJA
Embora a
celebração da festa da Páscoa seja uma ordenança divina para aos judeus (Êx 12;
Nm 9.2,4; Dt 16), ela tem um profundo significado para o cristão por
representar a obra de Cristo para a nossa redenção, pois as festas de Israel
eram “sombras das coisas futuras […]” (Cl 2.17). Observemos algumas
similaridades entre a Páscoa e Cristo:
1. O significado profético da páscoa.
Assim como um
cordeiro foi sacrificado no dia da páscoa para a libertação dos judeus no
Egito, Cristo foi sacrificado para a libertação dos nossos pecados: “[…]
Ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21); “…pelo
seu sangue nos libertou dos nossos pecados” (Ap 1.5); “[…]
Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado” (1Co 5.7). Há uma perfeita
identificação entre o pecado do crente e a oferta pelo pecado (Jo 3.14 ver Jo
1.29).
2. O poder profético do sacrifício de Cristo.
Este era o
método usado por Deus, desde os tempos de Adão, para perdoar os pecados: O
sangue deveria ser derramado: “Porque a vida da carne está no sangue”
(Lv 17.11). “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez (oferta pelo) pecado por nós
[…]” (2 Co 5.21). Por isso: “[…] sem derramamento de sangue não há
remissão de pecados” (Hb 9.22). No tempo do AT o sangue dos animais
apenas cobria os pecados, no NT o sangue de Cristo tira o pecado do mundo (Jo
1.29; Hb 10.10-12). Vejamos alguns detalhes do cordeiro pascoal e Cristo:
A PÁSCOA JUDAICA
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JESUS CRISTO
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A perfeição do
cordeiro (Êx 12.5)
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Jesus é
comparado a um cordeiro (Is 53.4; Jo 1.29; At 8.32-35). O Messias nasceu e
viveu uma vida imaculada e irrepreensível (1 Pe 1.19; 2.22; Hb 7.26).
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O exame do
cordeiro (Êx 12.3,6).
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Jesus foi
examinado pelos religiosos (Mt 22 15-46); pelo sumo sacerdote (Jo 18.29), por
Herodes (Lc 23.7-11), por Pilatos (Jo 18.28; 19.4,6), e pelo soldado ao pé da
cruz (Lc 23.47).
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O sacrifício
do cordeiro (Êx 12.6,23; 12.8).
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Jesus foi
morto pelos judeus (Mc 15.11-14; At 2.23,36); e o seu sangue foi derramado
para livrar a todos os homens da ira divina (Rm 3.25; 5.1; 1Ts 1.10).
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III . A FESTA DE PENTECOSTES
Das sete festas
comemoradas por Israel, três eram realizadas no primeiro mês (Abibe) do
calendário judaico: Festa da páscoa (Êx
12.5; Lv 23.4-5; Dt 16.1); Festa dos pães asmos (Êx 12.8,18;
13.7; Lv 23.6-8); e, Festa das primícias (Lv 23.9-14). A
celebração destas três festas é realizada entre os dias 14 e 22 do primeiro
mês. A festa da páscoa (14 de Abibe) é um dia antes dos pães asmos (15 de
Abibe) e dois dias antes das Primícias (16 de Abibe) (Lv 23.4-6). A Festa dos
Pães Asmos era a continuação da Festa Páscoa (Lc 22.1) e durante essas duas,
ainda tinha entre elas a Festa das Primícias. As três últimas festas eram
realizadas no sétimo mês (Tishrei): Festa das trombetas (Lv 23.23-25); Festa
do dia da expiação (Lv 23.26-32); e, Festa dos tabernáculos
(Lv 23.33-44) e uma festa era realizada “no meio” (no mês de Sivan) que é a Festa
de Pentecostes (Lv 23.15-22) onde é celebrada durante sete semanas (49
dias) contadas a partir do primeiro dia depois da “páscoa”, ou seja, no 50º
dia. Era uma festa abrangente sem acepção de grau parentesco, raça, nação, idade,
sexo ou statos social (Dt 16.9-11,14).
1. O nome da festa.
Esta festa é
chamada “shavuot” que quer dizer “semanas” (Dt 16.16). Esta
festividade possui alguns nomes diferentes: a) Festa das semanas que
se refere a sete semanas após a oferta das primícias (Êx 34.22; Dt 16.10; 2Cr
8.13); b) Festa da colheita referindo-se à conclusão das colheitas de
grãos (Êx 23.16), e por fim, c) Festa de pentecostes referindo-se
ao período de cinquenta dias após a oferta das primícias que acontecia junto
com a festa dos pães asmos (Lv 23.16-18).
2. O objetivo da festa.
A festa de
pentecoste era uma festa basicamente agrícola que era celebrada no fim da
primavera, quando a nova colheita de trigo era colhida (Êx 23.14-16). Como
podemos ver, esta festa segue o mesmo princípio da Festa das Primícias que
é o de agradecer a Deus por tudo que Ele tem providenciado, reconhecendo a sua
bênção (Dt 16.10).
3. A comemoração da festa.
A Bíblia nos
mostra que no dia da festa todas as atividades normais deviam ser suspensas a
fim de que o povo se reunisse para uma “santa convocação” (Lv 23.21). Além
do caráter de agradecimento, a festa tinha um propósito caridoso, pois as
necessidades dos pobres e estrangeiros também deveriam ser lembradas nessa
ocasião (Lv 23.22).
IV. APLICABILIDADE
DA FESTA DE PENTECOSTES PARA A IGREJA
Jesus foi
sacrificado durante a Festa da Páscoa (Mt 26.2; Mt 27.15),
foi sepultado durante a Festa dos pães asmos (Mt 26.17; Mc
14.1,12; Lc 22.1), ressuscitou na Festa das Primícias (Mc 5.16), e
cinquenta dias depois, no dia da Festa de Pentecostes, veio o
derramar do Espírito Santo sobre os discípulos (At 2.1-4 ver Jl 2.28,29).
Vejamos:
1. O alcance da festa.
Pentecostes fala
de uma promessa: a) segura “derramarei
o meu Espírito” (Lc 24.49; At 1.4; 2.17); b) abundante “sobre toda a carne” (At 2.4,39;
10.44); c) abrangente, pois
ela quebra toda acepção racial: “toda a carne”, sexual: “filhos
e filhas”, etária: “jovens e velhos”, e social: “servos
e servas” (Jl 2.28,29); e, d)
atual “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os
que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar” (At 2.39).
Um dos propósitos desta festa era também a aproximação de todos que estavam
distantes: “Todos reunidos no mesmo lugar” (At 2.1); “Todos foram cheios do Espírito
Santo” (At 2.4); “Todos os que estão longe; tantos quanto…”
(At 2.39); e “Todos os que criam estavam juntos” (At 2.44).
2. A abrangência da festa.
Na Festa das
Primícias era movido perante o Senhor um molho (feixe) de espigas de trigo (Lv
23.9- 11), já na Festa de Pentecostes eram movidos perante o Senhor dois pães
de trigo (Lv 23.15-17). Isso falava da Igreja, que seria formada de judeus
e gentios, formando, assim, um só corpo (Ef 2.14; Jo 11.52). O feixe de
espigas fala da união, mas os pães vão além, pois eles falam de unidade (Ef
4.3). Em um feixe de espigas, os grãos estão simplesmente presos às espigas,
porém isolados uns dos outros, mas, em um pão é diferente: o trigo é o mesmo,
mas os grãos passaram por um multiforme processo e formam agora um todo, um
corpo único. O derramamento pentecostal fez isso na formação da Igreja em Atos
2.
3. A colheita da festa.
Após sua
ressurreição Jesus ficou na terra por 40 dias quando foi ascendido ao céu e dez
dias depois na Festa de Pentecostes, no 50º dia depois da páscoa, cumpriu-se a
promessa do “derramamento do Espírito Santo” (Jl 2.28,29; At 1.4,5; 2.1), e
durante a festa de Pentecostes os discípulos ficaram cheios do Espírito Santo
(do hebraico “Ruah Kadosh” e do grego “Hagios Pneumathos”) e logo após, os
apóstolos colheram os primeiros frutos de (At 2.37-41).
CONCLUSÃO
Concluímos que
assim como a Festa da Páscoa para o judeu lembra o livramento físico da
escravidão do Egito, para os cristãos existe uma recordação do livramento
espiritual do reino das trevas, e assim como a Festa de Pentecostes para Israel
era para entregar ao Senhor os primeiros frutos da colheita, para a igreja fala
também da primeira “colheita” com a conversão dos gentios e do derramamento do
Espírito Santo.
REFERÊNCIAS
ü MCMURTRY,
Grady Shannon. As Festas Judaicas do
Antigo Testamento. ADSantos.
ü HOUAISS,
Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa.
OBJETIVA.
ü STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.
CPAD.
ü SITTEMA,
John. Encontrei Jesus Numa Festa de
Israel. Mundo Cristão.
Por Rede
Brasil de Comunicação.
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2018
MILAGRES DE JESUS –
A
Fé Realizando o Impossível
Hora da Revisão
A respeito do tema “O Milagre da Mulher Grega e Siro-Fenícia”, responda:
1. Dentro
do contexto, a narrativa da libertação da filha da siro-fenícia fora uma
demonstração concreta de quê?
A demonstração concreta de que realmente não havia
diferença entre judeu e gentio, pois não é o ritual que define a pessoa e sim o
coração.
2. Quais
são as duas opções interpretativas da resposta de Jesus à mulher?
Há os que acreditam ser uma resposta dura, marcada
pela distinção que o judeu faz entre ele e as demais pessoas, tratando muitas
vezes os gentios como “cães”, enquanto outros defendem a ideia de que se trata
de um “dito espirituoso” que pedia uma resposta igualmente “engenhosa”.
3. A
sábia resposta da mulher traz à mente uma cena. Qual é?
Uma grande mesa em que uma família banqueteia e, no
entorno, cães de estimação, ou não, se deliciam com os restos que caem ou que
são lançados.
4. O
que foi decisivo para o desfecho final dessa história?
A resposta da mulher.
5. Qual
seria sua reação diante da resposta de Jesus?
Resposta pessoal.
QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2018
ADORAÇÃO, SANTIDADE E SERVIÇO –
Os
Princípios de Deus para
a
sua Igreja em Levítico.
Lição 13
Para Refletir
A respeito de “As Orações dos Santos no Altar de
Ouro”, responda:
O que era o altar do incenso?
Feito de
madeira de acácia, o altar de incenso era revestido de ouro, sendo estas as
suas medidas: um côvado de comprimento, um de largura e dois de altura.
Onde, segundo Hebreus 9.3,4, ficava o altar do
incenso?
Ficava
depois do segundo véu, no Santo dos Santos.
Por que a fórmula do incenso não podia ser
reproduzida para fins profanos?
Porque
era de uso exclusivo do Senhor e se alguém o reproduzisse para uso profano
seria punido severamente.
O que representa o incenso?
Simboliza
a oração dos santos.
Descreva a experiência de Zacarias.
Sua
experiência com o Senhor foi completa. Ele viu o anjo, ouviu deste o anúncio
profético sobre a vinda do Messias, e, finalmente, sua velhice foi consolada
com a promessa de um filho, que seria o precursor do Filho de Deus.
sábado, 22 de setembro de 2018
LIÇÃO 13 – AS ORAÇÕES DOS SANTOS NO ALTAR DE OURO (SUBSÍDIO)
Lv 16.12,13;
Ap 5.6-10
INTRODUÇÃO
Nesta lição
falaremos de um dos móveis que estava no lugar santo do tabernáculo: o altar de
incenso. Destacaremos detalhes a respeito deste utensílio e sua finalidade;
trataremos ainda sobre o incenso e o seu devido uso; por fim, finalizaremos
mostrando que há um altar de incenso no céu, para onde vão as orações dos
santos.
I. O ALTAR DE OURO:
UM IMPORTANTE UTENSÍLIO DO TABERNÁCULO
Deus revelou
como deveria ser o tabernáculo com os seus móveis a Moisés no monte (Êx
25.9,40; 26.30). No entanto, para fabricação destes móveis, Deus capacitou,
pelo Espírito Santo, a Bezalel e a Aoliabe (Êx 31.1-6). Um destes móveis
construídos foi o altar de incenso (Êx 30.1). Abaixo destacaremos
especificamente algumas coisas a respeito do altar de ouro. Vejamos:
1. Construção (Êx 30.1).
Deus mostrou a
Moisés que este altar deveria ser: a)
de madeira de acácia (Êx 30.1); b)
com um formato “quadrado” ou “quadrangular” e precisas medidas que
equivalem a “45 cm de largura e 90 cm de altura” (Êx 30.2); c) forrado de “ouro puro” completamente
(Êx 30.3); e, d) deveria ter “quatro
pontas”, uma em cada canto (Êx 30.2); (e) duas argolas nos cantos, para
receber os varais e ser transportado junto com o tabernáculo, quando necessário
(Êx 30.4; 37.25-27); e, f) uma
moldura (coroa) desenhada a volta do altar e abaixo desta (Êx 30.3-b).
2. Localização (Êx 30.6).
Diferente do
altar do holocausto que ficava no pátio do tabernáculo, o altar de incenso
ficava no interior deste, precisamente no “lugar santo”, em frente ao véu que
dava acesso ao santíssimo lugar: “E o porás diante do véu que está diante da
arca do testemunho, diante do propiciatório […]” (Êx 30.6). O altar
do incenso relacionava-se mais estreitamente com o lugar santíssimo do que com
os demais móveis do lugar santo. É descrito como o altar “que está perante a face do Senhor”
(Lv 4.18). A localização deste utensílio era tão próxima do Lugar Santíssimo,
que fez o escritor aos hebreus considerá-lo como pertencente a este (Hb 9.3,4).
3. Finalidade (Êx 30.7-10).
O altar de ouro
foi construído para que unicamente nele se queimasse incenso ao Senhor (Êx
30.7,8). Neste, não poderia ser oferecido incenso estranho nem ofertas de
sangue, nem libações (Êx 30.9). Somente uma vez no ano, o altar do incenso era
purificado com sangue de um sacrifício oferecido no altar do holocausto (Êx
30.10). Os sacerdotes tinham acesso ao altar de ouro para oferecer incenso no
tempo aprazado (Êx 30.7,8). Era neste altar que Deus se encontrava
particularmente com a pessoa que, dia a dia, oferecia o incenso (Êx 30.6-b).
II. O INCENSO
SAGRADO PARA SER QUEIMADO NO ALTAR DE OURO
O incenso era
feito de uma substância aromática que, quando era queimada, exalava um odor
agradável. Abaixo destacaremos alguns detalhes sobre o incenso. Notemos:
1. Quem podia oferecer o incenso (Lv 2.2).
Somente os
sacerdotes estavam habilitados para a queima do incenso na presença do Senhor
(Êx 30.7,8). Com a multiplicação do número de sacerdotes, havia uma escala para
a queima do incenso (Lc 1.9-a). Quando o rei Uzias intentou queimar incenso,
assumindo a função sacerdotal, foi ferido com lepra pelo Senhor (2 Cr 26.19).
Aqueles que tentaram usurpar a função sacerdotal da oferenda de incenso foram
punidos com a morte, como o caso de Corá, Datã e Abirão (Nm 16.31-33), ou com
doenças, como Uzias (2Cr 26.19), e até mesmo os sacerdotes que ofereceram
incenso indevidamente foram mortos (Lv 10.1,2). Enquanto o sacerdote entrava no
Lugar Santo para queimar o incenso, o povo ficava do lado de fora do
tabernáculo ou do templo em oração (Lc 1.9-b).
2. O tempo da queima do incenso (Êx 30.7,8).
Haviam tarefas
diárias no tabernáculo para o sacerdote, e uma delas era a queima do incenso,
que deveria ocorrer pela manhã (Êx 30.7), e novamente à tarde (Êx 30.8). No Dia
da Expiação, o sumo sacerdote oferecia o incenso composto em um incensário
sobre a Arca (Lv 16.12,13).
3. A composição do incenso (Êx 30.34-36).
O incenso que
era oferecido ao Senhor era composto de ingredientes especiais, a saber: “estoraque,
e onicha, e gálbano” (Êx 30.34). Estas especiarias aromáticas deviam
ser moídas junto com incenso para ser queimado no altar de ouro, coisa
santíssima era (Êx 30.36).
4. Advertências acerca do incenso (Êx 30.37,38).
O povo de Israel
foi orientado a não reproduzir o incenso do culto levítico, pois este era
santo, ou seja, separado exclusivamente para o Senhor (Êx 30.37), e aquele que
tentasse fabricar essa especiaria para cheirar, deveria receber como punição a
morte: “o homem que fizer tal como este para cheirar, será extirpado do seu
povo” (Êx 30.38). Outra forma condenável de queimar incenso também era
quando o povo o fazia a outros deuses e não ao Senhor (Jr 44.5,8,15,17; Os
2.13).
IV. O ALTAR DE OURO
E O INCENSO E SUA APLICAÇÃO PARA A IGREJA
Quando Deus
ordenou a Moisés que construísse o tabernáculo conforme o modelo que lhe foi
mostrado no monte (Êx 25.9,40; 26.30), o escritor aos hebreus disse que o
tabernáculo terrestre é uma figura do tabernáculo celeste (Hb 8.5). O apóstolo
João confirmou essa interpretação, no livro do Apocalipse, quando foi
arrebatado ao céu viu um altar de incenso perante o Senhor: “E veio outro anjo,
e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito
incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que
está diante do trono” (Ap 8.3). Tradicionalmente, o incenso é o símbolo da
oração, do louvor (Lv 16.12,13; Sl 141.2; Lc 1.9,10). Como o incenso é colocado
no altar pelo homem, e ao queimar, sobe até Deus. Da mesma forma, nossas
orações começam em nosso coração e ascendem aos céus até Deus. Abaixo
destacaremos algumas aplicações sobre o incenso na vida cristã:
1. Quem pode oferecer o incenso.
Na Antiga
Aliança apenas os descendentes de Arão estavam habilitados para a queima do
incenso na presença do Senhor (Êx 30.7,8; Lv 1.9). Na Nova Aliança a igreja é
chamada de “o sacerdócio real […]” (1 Pd 2.9). E, cada crente foi feito
sacerdote (Ap 1.6; 5.10). Portanto, podemos entrar na presença de Deus para lhe
oferecer incenso que é o louvor e a oração que sobem a Sua presença como cheiro
suave (Sl 141.2).
2. O tempo da queima do incenso.
O incenso
deveria ser queimado pela manhã pela tarde (Êx 30.8). Isso nos ensina que a
oração deve ser uma prática diária, sem cessar (Lc 18.1; Rm 12.12; Ef 6.18; Cl
4.2; 1 Ts 5.17).
3. A composição do incenso.
Cada uma das
especiarias que compunha o incenso sagrado (Êx 30.34-35) nos transmite verdades
espirituais acerca da adoração e da oração. Vejamos:
INGREDIENTES DO INCENSO
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APLICAÇÃO
|
a) O estoraque. O estoraque era uma resina extraída
sem precisar fazer incisão, ou seja, um corte. Ela brotava do arbusto
espontaneamente.
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A adoração, a
oração e o louvor que prestamos a Deus deve ser voluntário e não forçado (Sl
54.6; 119.108).
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b) A onica ou onicha. Uma
substância extraída de certos tipos de moluscos, e que emite um aroma forte e
penetrante, quando queimado. O mar Vermelho exibe várias espécies desse
molusco.
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A adoração, a
oração e o louvor não podem ser superficiais (Is 29.13; Jl 2.13), mas devem
partir do mais profundo da nossa alma (Sl 42.1; 103.1,2; 130.1).
|
c) O gálbano. O gálbano é um arbusto do
deserto. Para ser extraído suas folhas deviam ser moídas e quebradas.
|
A adoração, a
oração e o louvor deve brotar de um coração quebrantado e contrito (Sl 34.18;
51.17).
|
4. Advertências acerca do incenso.
As restrições
quanto ao uso do incenso sagrado nos transmite as seguintes lições:
A) Não podemos
adorar a nós mesmos.
A palavra
“autolatria” é formada por dois vocábulos gregos: “autos”, que significa “a si
mesmo” e “latria”, que quer dizer “adoração”. Logo, “autolatria”
significa “adoração a si próprio”. Esse tipo de idolatria também é
conhecida como “egolatria”. Encontramos alguns exemplos na Bíblia, tais como:
Lúcifer (Ez 28.11-19; Is 14.12-14), o rei Nabucodonosor (Dn 4.29,30; 5.5.18-21)
e Herodes (At 12.21-23).
B) Não podemos
adorar a ídolos.
No Decálogo, os
dois primeiros mandamentos são contrários diretamente à idolatria (Êx 20.3,4;
Dt 5.6-8). Esta ordem foi repetida em outras ocasiões (Êx 23.13,24; 34.14-17;
Dt 4.23,24; 6.14; Js 23.7; Jz 6.10; 2 Rs 17.35,37,38). O Senhor Deus ordenou
também a destruição dos ídolos das nações que habitavam na terra de Canaã (Êx
23.24; 34.13; Dt 7.4,5; 12.2,3). A Palavra de Deus nos revela que quem oferece
sacrifícios aos ídolos, oferece aos demônios (Lv 17.7; Dt 32.17; 2 Cr 11.15; Sl
106.37; 1 Co 10.20,21).
C) O louvor e a
adoração pertencem unicamente ao Senhor.
O louvor como
forma de adoração deve ser prestado unicamente a Deus (Lv 22.29; Dt 10.21; Sl
150.6; Is 42.8). A Bíblia aponta diversos motivos devemos louvar ao Senhor.
Vejamos alguns: a) Sua majestade (Sl
96.1,6); b) Sua glória (Sl 138.5); c) Sua excelência (Sl 148.13); d) Sua grandeza (Sl 145.3); e) Sua bondade e Suas maravilhas (Sl
107.8); f) Sua fidelidade (Sl 89.1);
g) Sua longanimidade e veracidade
(Sl 138.2); h) Sua salvação (Sl
18.46); i) Suas maravilhosas obras
(Sl 89,5); j) Suas consolações (Sl
42.5); l) Seus juízos (Sl 101.1); m) Seus conselhos eternos (Sl 16.7); n) Sua proteção (Sl 71.6); o) Seu livramento (Sl 40.1-3); p) Porque Ele é digno (Sl 145.3); q) por sua resposta às orações (Sl
28.6); r) porque Ele perdoa pecados
(Sl 103.1-3); s) Porque Ele é bom
(Sl 106.1); e, (t) porque é bom louvar ao Senhor (Sl 92.1).
CONCLUSÃO
Nossas orações
sobem a presença de Deus e são depositadas na presença de Deus como incenso.
Tal verdade deve nos motivar a buscarmos intensamente ao Senhor, pois Ele está
atento às orações dos santos.
REFERÊNCIAS
ü ALMEIDA,
Abraão de. O tabernáculo e a igreja.
CPAD.
ü ANDRADE,
Claudionor Corrêa de. Dicionário
Teológico. CPAD.
ü CHAMPLIN,
R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e
Filosofia. HAGNOS.
ü CONNER,
Kevin J. Os segredos do Taberrnáculo de
Moisés. ATOS
ü HOUAISS,
Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa.
OBJETIVA.
ü STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.
CPAD.
Por Rede
Brasil de Comunicação.
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