Js 24.14,15; Ef
5.22-25,28
INTRODUÇÃO
Nesta lição
traremos uma definição de família; destacaremos quais os propósitos de Deus ao
criá-la; falaremos ainda sobre a mordomia da família cristã segundo a Bíblia; pontuaremos
que o adversário tem atacado ferozmente esta instituição sagrada e o que
devemos fazer para conservar a nossa família na presença de Deus.
I. DEFINIÇÃO DE
FAMÍLIA
A nossa
Declaração de fé (2017, p. 203) diz que: a família é uma instituição criada por
Deus, imprescindível à existência, formação e realização integral do ser
humano, sendo composta de pai, mãe e filho(s) - quando houver - pois o Criador,
ao formar o homem e a mulher, declarou solenemente: “Portanto, deixará o varão o seu
pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”
(Gn 2.24). Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança e os fez macho e
fêmea: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e
mulher os criou” (Gn 1.27), demonstrando a sua conformação
heterossexual. A diferenciação dos sexos visa à complementariedade mútua na
união conjugal (1 Co 11.11), essa complementariedade mútua necessária à
formação do casal e à procriação. Reconhecemos preservada a família, quando, na
ausência do pai e da mãe, os filhos permanecerem sob os cuidados de parentes
próximos (Et 2.7,15; 1Tm 5.16). Rejeitamos o comportamento pecaminoso da
homossexualidade por ser condenada por Deus nas Escrituras, bem como qualquer
configuração social, que se denomine família, cuja existência se fundamente em
prática, união ou qualquer conduta que atente contra a monogamia e a
heterossexualidade consoante o modelo estabelecido pelo Criador e ensinado por
Jesus (Mt 19.6).
II. OS PROPÓSITOS
DE DEUS COM A FAMÍLIA
Deus criou a
família com propósitos sublimes, para o indivíduo e para toda a humanidade. O
Pr. Elinaldo Renovato no livro: “A família cristã e os ataques do inimigo”
(2013, p. 08) pontua pelo menos quatro propósitos. Vejamos:
1. Evitar a solidão.
Quando Deus se
propôs a criar a mulher, fez pensando em oferecer companhia ao homem (Gn 2.18;
Pv 18.22). A mulher foi criada para ser a amável companheira do homem e sua
ajudadora. Daí, ela ser participante da responsabilidade de Adão e com ele
cooperar no plano de Deus para a vida dele e da família por meio do casamento.
2. Bem-estar social.
O homem é um ser
gregário por natureza. A palavra “gregário” significa: “que
tende a viver em bando” (HOUAISS, 2001, p. 1481). Ele sente a
necessidade de viver em grupo, de socializar-se. Desde o princípio, Deus fez
uma comunidade de “macho e fêmea” e lhes disse que multiplicassem a sua espécie em
uma comunidade maior (Gn 1.27,28).
3. Bem-estar emocional.
Marido e mulher
complementam-se em suas necessidades emocionais (Gn 2.23). Nos momentos
alegres, compartilham seus sentimentos de felicidade (Pv 5.18). Nos momentos
tristes ou difíceis, ajudam-se mutuamente, impulsionados pelo amor conjugal.
Pais e filhos, vivendo em família, sentem-se mais seguros do que pessoas que
vivem solitárias: “Deus faz que o solitário viva em família […]” (Sl 68.6).
4 A multiplicação da espécie.
Quando os fez
macho e fêmea, Deus tinha o propósito de tornar possível a reprodução do gênero
humano (Gn 1.28a), visto que dois iguais não se reproduzem, por isso a prática
homossexual é vista na Bíblia como uma abominação (Lv 18.22); e, algo
antinatural (Rm 1.26,27). Portanto, “o princípio da heterossexualidade
estabelecido na criação, continua a ser parte integrante do plano de Deus para
o casamento” (KOSTENBERGER, 2011, p. 40 – acréscimo nosso).
III. A MORDOMIA DA
FAMÍLIA CRISTÃ SEGUNDO A BÍBLIA
A Bíblia é o
manual da família. Nela encontramos os preceitos e mandamentos divinos para os
cônjuges, filhos, pais, a fim de que o lar funcione de forma ordeira e
saudável. Notemos:
1. Os deveres do esposo:
§ Amar a esposa (Ef 5.25-30; Cl 3.19);
§ Governar bem a sua casa (1Tm 3.4,12);
§ Trabalhar para prover o sustento familiar (Gn 3.19; 1Ts 4.11,12);
§ Ser o sacerdote do lar (Gn 18.19; Jó 1.5; Sl 128.1);
§ Conceder a devida benevolência a esposa (1 Co 7.3-b);
2. Os deveres da esposa:
§ Edificar o seu
lar (Pv 14.1);
§ Ser submissa ao
marido (Ef 5.22-24; Cl 3.18);
§ Atender as
necessidades do lar (Pv 31.21-22; Tt 2.5);
§ Quando
necessário, ajudar nas despesas financeiras (Pv 31.16-18,24);
§ Ensinar as
mulheres mais novas a desempenharem seu papel de esposa e mãe (Tt 2.3-5);
§ Conceder a
devida benevolência ao marido (1 Co 7.3-a).
3. Os deveres dos pais:
§ Educar os filhos
com disciplina (Pv 13.24; 19.18; 22.6,15; 23.13,14; 29.15,17);
§ Ensinar, desde
cedo aos filhos a temerem e amarem ao Senhor (Dt 6.1-9);
§ Conduzir os
filhos a Deus (Jó 1.5; Js 24.15; At 16.30-34; Ef 6.4);
§ Ser exemplo para
os filhos (Pv 22.6). 3.4 Os deveres dos filhos:
§ Ser obediente
aos pais no Senhor (Ef 6.1; Cl 3.20);
§ Honrar aos pais
(Êx 20.12; Dt 5.16; 27.15);
§ Ajudar aos pais
nos afazeres domésticos (Gn 29.9; Êx 2.16; 1 Sm 17.15);
§ Assisti-los em
suas necessidades (Mt 15.3-6; 1 Tm 5.4,8).
IV. OS ATAQUES PÓS
MODERNOS A FAMÍLIA
A palavra ataque
refere-se a todo o investimento de Satanás por meio da educação, do sistema
político, da sociedade sem Deus e etc, contra a família. Vejamos alguns:
1. Incentivo ao divórcio.
A mídia tem dado
grande incentivo a prática do divórcio, consequentemente tornando-o prática
comum na sociedade. O princípio da “indissolubilidade do casamento” tem sido
quebrado em grande escala a cada ano, evidenciando a falta de temor a Deus e do
verdadeiro amor e respeito que deve existir entre os casais. A natureza
indissolúvel do casamento vem desde a sua origem (Gn 2.24). Jesus disse que
esse registro bíblico fala da indissolubilidade do casamento (Mt 19.5,6). O
Mestre disse também que somente a infidelidade pode legitimar um segundo
casamento, o contrário configura em adultério (Mt 19.9). É bom destacar que
Jesus nunca estimulou ou encorajou o divórcio. Portanto, o divórcio não deve
ser a primeira opção no caso de infidelidade conjugal, mas o perdão (Mt
18.21-35; Lc 17.4).
2. A impureza no leito conjugal.
Desde a Queda, o
sexo e a sexualidade têm sido deturpados. Por meio da mídia escrita, televisiva
e até de alguns ensinadores que se levantaram no cenário nacional, têm havido
um ensinamento deturpado do ato conjugal com práticas impuras e inconvenientes.
A Escritura, porém nos mostra que o sexo foi criado por Deus com propósitos
elevados, saudáveis e benéficos para o ser humano, e por isso reprova
severamente práticas sexuais corrompidas,
tais como o: (a) adultério (Êx 20.14; Dt 5.18; Mt 5.27; Rm 13.9); e, (b) outras
perversões que são impróprias para o casal (Êx 20.17; 1 Co 6.19,20; 1 Pd 3.7;
Hb 13.4).
3. A falta de espiritualidade.
Em alguns lares
a espiritualidade da família está entrando em crise. A frieza e a mornidão
espiritual têm impedido que os membros da família vivam em comunhão com Deus
(Ap 3.15,16). Isto se dá pelo fato de alguns lares, darem pouca importância a
oração, adoração e a leitura bíblica no seio familiar. Todavia, a Bíblia nos
mostra o que devemos priorizar (Mt 6.33; Cl 3.1).
V. PROTEGENDO A
FAMÍLIA CONTRA OS ATAQUES DE SATANÁS
Não podemos
evitar que nossa família sofra investidas do diabo, mas podemos proteger a
nossa família das suas astutas ciladas (Ef 6.10,11). Vejamos como podemos
proteger nossa família:
§ Santificando
o lar (Lv 20.26; 2 Co 7.1; 1Ts 4.7);
§ Praticando
o culto doméstico regularmente (Dt 6.7-9);
§ Mantendo
uma vida de oração e jejum (Rm 12.12; Cl 4.2; 1Ts 5.17);
§ Ensinando
a Palavra de Deus no lar (Pv 22.6; At 5.42);
§ Frequentando
os cultos no templo assiduamente (2 Cr 7.15,16; Sl 122.1);
§ Vigiando
em todo tempo (At 20.31; 1 Co 16.13; Cl 4.2; 1Ts 5.6.10; 1Pd 5.8).
CONCLUSÃO
A Bíblia não
fala somente da instituição da família, como também destaca quais os papéis que
cada um dos membros que a compõe deve exercer para que esta permaneça unida e
espiritualmente saudável na presença de Deus. Se formos excelentes mordomos da
nossa família, jamais sucumbiremos ante os ataques de Satanás.
REFERÊNCIAS
Ø HOUAISS,
Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Ø KOSTENBERGER,
Andreas J. com JONES, David. Deus, Casamento e Família. VIDA
NOVA.
Ø RENOVATO,
Elinaldo. A Família Cristã e os ataques do inimigo. CPAD.
Ø SILVA,
Esequias Soares da (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus.
CPAD.
Ø STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.
CPAD.
Por Rede
Brasil de Comunicação.