sexta-feira, 27 de março de 2020

LIÇÃO 08 – A QUEDA DO SER HUMANO (SUBSÍDIOS)






Gn 4.1-16 



INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, iremos estudar sobre o início da civilização humana; veremos como Deus a partir do primeiro casal originou a todos os povos; estacaremos também, a soberania de Deus sobre as nações da terra; e por fim, pontuaremos o destino final da civilização humana.


I. DEFINIÇÕES
1.Civilização.
De acordo com o dicionário da língua portuguesa (HOUAISS, 2001, p. 734) civilização é: “ato ou efeito de civilizar-se, conjunto de aspectos peculiares à vida intelectual, artística, moral e material de uma época, de uma região, de um país ou de uma sociedade”. De modo que a civilização é um conceito da antropologia, da sociologia e também da história. É o estágio mais avançado de determinada sociedade humana, caracterizada pela sua fixação ao solo mediante construção de cidades, daí derivar do latim: “civitas” que designa: “cidade”, e o termo: “civile” de onde vem: “civil” que é: “o habitante desta cidade”. Pode-se dizer ainda que a civilização é: “a soma das realizações espirituais, morais, sociais, materiais e econômicas, que tornam a vida humana possível num determinado lugar. Foi o que demonstraram Adão e seus descendentes logo após a Queda” (Gn 4) (ANDRADE, 2019, p. 98).


II. A ORIGEM DA CIVILIZAÇÃO HUMANA
A civilização humana teve início quando Adão recebeu Eva como esposa (Gn 2.18-25). A partir daí, não somente a família, mas a nação, o povo e o Estado tornaram-se possíveis (Gn 5; 10) (ANDRADE, 2019, p. 98). Após o pecado do primeiro homem, duas linhagens irão se desenvolver, a de Caim e a de Sete. Essas duas irão formar a primeira civilização, marcada por pessoas ímpias, como também por pessoas piedosas.

1. O início da civilização com Adão e seus descendentes.
O início da civilização começa com o surgimento do primeiro homem, Adão, (Gn 1.26; 2.7) a partir dele toda humanidade é criada (At 17.26), pois a Bíblia relata que Adão teve filhos e filhas (Gn 5.4) e que ele viveu 930 anos. Os filhos de Adão foram gerados depois da queda, a palavra de Deus não relata uma descendência anterior a Adão, e nem, a existência de filhos antes da queda do homem, no Éden (Gn 3.28; 4.2) caso contrário, existiria uma geração que não herdaria o pecado universal e a afirmação bíblica que todos pecaram seria contraditória (Rm 3.9,12,23; Rm 5.12,18). Dessa forma, toda a descendência adâmica, logo após a expulsão do Jardim, deu origem aos primeiros povos e nações.

2. A linhagem de Caim.
Os descendentes de Caim foram os primeiros a se desenvolver em tecnologias, músicas e cidades, Caim edificou uma cidade (Gn 4.17), Jabal, foi o pai dos que habitam em tendas (Gn 4.20), Jubal este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão, e Tubalcaim foi mestre de toda obra de cobre e ferro (Gn 4.22). Porém, essa sociedade também se destacou pelo pecado; cometeram homicídios e foram polígamos (Gn 4.23). Um dos descendentes, Lameque, orgulhosamente se proclamou senhor de seu destino [...] essa alegação titânica é o ponto culminante da lista de pecados que começou com o egoísmo orgulhoso de Caim (BRUCE, 2003, p. 14). Dessa maneira, a linhagem de Caim, tanto se destaca pelos avanços em várias áreas, como também pelos diversos pecados. Isso é muito semelhante à nossa sociedade; desenvolvida, mas pecadora (1Jo 5.19).

3. A linhagem de Sete.
É a partir de Sete, filho de Adão, que se desenvolve uma nova geração. Esta prioriza a Deus, pois um dos seus filhos, Enos foi o pioneiro da oração e da adoração pública. Já a família ímpia de Caim buscou a autossuficiência ao desenvolver e centrar sua vida em torno das artes e atividades seculares. Por outro lado, a família de Sete invoca “o nome do Senhor” afim de expressar a sua dependência dEle (STAMPS, 2018, p. 12). É dessa linhagem que surge Enoque (Gn 5.19-22), o homem que andou com Deus e que o Senhor o tomou para si (Hb 11.5). Judas nos informa que Enoque se manifestou contra a impiedade e imoralidade daquela época, além de anunciar o juízo vindouro (Jd 14,15). Semelhantemente, a Igreja do Senhor vive no mundo, mas não é desse mundo (Jo 15.19; 17.14; 1Jo 3.1; 4.5). Ela proclama o reino de Deus (Mt 28.19-20; Mt 4.17; Mc 1.15; 16.15) e convoca o mundo ao arrependimento (At 2.38; 3.19)

4. Os pecados da primeira civilização.
O texto bíblico destaca os erros dessa civilização: a) os filhos de Deus casaramse com as filhas dos homens (Gn 6.2). A expressão “os filhos de Deus” embora seja uma expressão polissêmica (mais de um significado dependendo do contexto) nessa passagem referem-se à descendência de Sete, uma vez que esta expressão é utilizada também nas Escrituras, para se referirem a pessoas que servem a Deus (Dt 14.1; 32.5; Sl 73.15; Os 1.10). A Teoria de que “os filhos de Deus” são anjos caídos não tem sustentação bíblica, pois a palavra de Deus afirma que os anjos não se casam e nem se dão em casamento (Mt 22.30; Mc 12.25); e, b) a Bíblia revela que a maldade dos homens cresceu extremamente, tanto de ordem sexual como em violência (Gn 6.4-5), de maneira que Deus declarou que o seu Espírito não “contenderia” ou “permaneceria” mais com homem (Gn 6.3 ARA), e determinou a destruição daquela geração (Gn 6.7). Tudo isso evidencia um princípio: quando o pecado de um povo ultrapassa todos os limites (Gn 15.16; Mt 23.32; 1Ts 2.16), Deus exerce o seu justo juízo (Ez 36.23; 39.21,22; 1Sm 2.25; Jn 1.1,2).

5. A civilização pós-dilúvio.
O dilúvio foi o juízo de Deus exercido sobre a maldades dos homens (Gn 6.13-16). Após esse evento, Noé, o homem justo no meio daquela geração perversa (Gn 7.1; Hb 11.7) foi o precursor da nova civilização. Seus filhos: Sem, Cão e Javé deram origem as principais nações (Gn 10.1,32). O propósito desse capítulo é demostrar como as nações e povos tiveram origem a partir de Noé e seus filhos. Essa expansão de nações também é explicada pela confusão das línguas na torre de Babel (Gn 11.7,8).

6. A torre de Babel.
Uma cidade e uma torre foram construídas para evitar que a população se espalhasse pela Terra, em rebelião direta à ordem de Deus (Gn 9.1). Esta torre serviu como um ponto de reunião e símbolos da fama e grandeza daquela civilização. Ao confundir as línguas, Deus estabeleceu as línguas básicas da Terra, à partir das quais se desenvolveram outras línguas e dialetos (existem hoje mais de 7.000 línguas catalogadas). O resultado dessa confusão foi a dispersão da humanidade (RYRIE, 2007, p. 17 – acréscimo nosso).


III. A SOBERANIA DE DEUS SOBRE A CIVILIZAÇÃO HUMANA
Deus é soberano (Dt 10.17; Sl 103.19; 135.5) sobre toda sua criação, inclusive sobre as nações. É Ele que estabelece o lugar dos povos no planeta e intervém nos reinos humanos. Vejamos:

1. Deus tem controle sobre as nações.
Deus por ser o criador dos céus e da terra (Gn 1.1; 2Cr 6.30; Sl 33.6; Sl 124.8; Sl 146.6; Is 66.1; At 7.48; At 14.15; Ap 14.7) tem domínio sobre as nações que compõe a civilização. Esse domínio é de tão grande majestade que até o local onde as nações habitam foi determinado por Deus: “Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando dividia os filhos de Adão uns dos outros, pôs os termos dos povos...” (Dt 32.8; ver At 17.26). Ele é quem estabelece os reis das nações e mudas os tempos. (1Sm 2.8; Dn 2.20). Todas as nações para o Senhor são como pó miúda da balança ou como uma gota d’água (Is 40.15). Por isso, o salmista afirma: “[…] Ele domina entre as nações” (Sl 22.29). Nenhuma nação está fora do controle soberano de Deus.

2. Deus intervém nas nações.
Como Deus possui o controle tudo, é fato que o Senhor intervém nas nações: a) destronando reis e estabelecendo reinos (Sl 75.7; Dn 2.21,44), b) destruindo nações (Jr 51.1), como também c) revertendo o juízo quando existe arrependimento: “No momento em que eu falar contra uma nação e contra um reino, para arrancar, e para derribar, e para destruir se a tal nação, contra a qual falar, se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe” (Jr 18.7-8). A prova bíblica mais contundente que Deus intervém nas nações é o povo de Israel; quantas nações tentaram destruí-la, mas Deus não permitiu. Sempre houve uma intervenção do Senhor no sentido de evitar a aniquilação do Estado de Israel (2 Sm 7.16).


IV. O DESTINO FINAL DA CIVILIZAÇÃO HUMANA
O destino final da civilização humana já estar revelado por Deus em sua Palavra. De acordo com as profecias bíblicas, três julgamentos ocorrerão no futuro em relação a humanidade, sendo que, em ocasiões diferentes, para propósitos distintos e para pessoas específicas. Notemos a tabela abaixo:

JULGAMENTO
TRIBUNAL DE CRISTO
JULGAMENTO DAS NAÇÕES
JUÍZO FINAL
“TRONO BRANCO”

Quando será?
Após o Arrebatamento (Ap 22.12).
Após a Grande Tribulação (Mt 25.31-33).
Após a última revolta do Diabo (Ap 20.11-15).

Para quem será?
Para os salvos que serão ressuscitados e arrebatados (Rm 14.10).
Para os que sobreviverem na Grande Tribulação (Mt 25.32).
Para todos os vivos e mortos ímpios e os anjos caídos (Jd 6; Ap 20.12).
Quais os propósitos?
Galardoar os salvos (2Co 5.10).
Decidir quem entrará no Reino Milenial (Mt 25.34-46).
Condenação eterna (Ap 20.12- 15).



CONCLUSÃO
Aprendemos nesta lição que a partir de Adão e Eva a civilização humana foi originada, vimos que Deus é soberano entre as nações. E que o Senhor tem traçado um plano de redenção que envolve toda humanidade: novos céus e nova terra para os que aceitarem Jesus como Salvador, e condenação para os ímpios. 



REFERÊNCIAS
Ø  ANDRADE, Claudionor correia. A RAÇA HUMANA, Origem, Queda e Redenção. CPAD
Ø  ICE, Thomas. Profecias de A a Z. ACTUAL.
Ø  LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. CPAD.
Ø  RYRIE, Charles C. A Bíblia de Estudo AnotadaExpandida. MUNDO CRISTÃO.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.


Por Rede Brasil de Comunicação.



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