Rm 12.1-3,16,16
INTRODUÇÃO
Nesta
lição veremos a definição do que são as “mídias sociais; falaremos os pontos
positivos e negativos nas mídias sociais; pontuaremos as sutilezas do inimigo
através do mundo virtual; analisaremos os perigos que as mídias sociais podem trazer;
demonstraremos como devemos evangelizar nos meios midiáticos; e por fim;
relataremos alguns conselhos para a utilização sadia das mídias sociais.
I. DEFINIÇÃO DE MÍDIAS SOCIAIS
Mídia
é um meio de comunicação em massa. Então no contexto do marketing, uma Mídia
Digital é uma Plataforma com ênfase na comunicação. No contexto digital, é uma
Mídia Social que conecta pessoas por meio de interesses em comum, e fortalece
estas relações. É um meio que permite a comunicação em massa (Mídia)
com o adicional de relacionamento (rede). A palavra “mídia” segundo o Houaiss
(2001, p. 1328) significa: “o conjunto dos meios de comunicação, e que
inclui, indistintamente, diferentes veículos, recursos e técnicas”.
II. PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS NAS MÍDIAS SOCIAIS
Com
o advento das “Redes Sociais” as pessoas deixaram de ser meras receptoras de
informação para serem produtoras de conteúdo. Isso modificou a forma de como as
pessoas usam a Internet. Diante de tanta facilidade e amplitude, é certo que surgem
pontos positivos e negativos. Por isso vejamos:
1. Pontos Positivos.
Há
pessoas que usam as “Redes Sociais” para promoverem o bem como: Promovem o
ensino acadêmico e a profissionalização; denunciam maus tratos; crimes e
violência; encontram familiares perdidos e etc. Portanto, utilizemos este recurso
para divulgar a maior informação que podemos compartilhar com as pessoas: o
Evangelho. Esta mensagem é: a) as novas
vinda do céu (Lc 2.10a; Rm 3.21); b)
que traz alegria (Lc 2.10b); c) alcança
todos os homens (Lc 2.10c; Rm 1.16); e, d)
fala de salvação em Cristo (Lc 2.11; Rm 1.16).
2. Pontos Negativos.
Há
pessoas que se escondem por trás de falsos perfis nas “Redes Sociais” para
promoverem o mal. Esses acabam estimulando a difamação; fofoca; intriga;
destroem relacionamentos; causam constrangimento; fazem apologia a crimes; prostituição,
maus tratos contra animais e pessoas, violação dos direitos humanos; incentivo
ao racismo; pedofilia; neonazismo; homofobia; intolerância religiosa e etc.
III. AS SUTILEZAS DO INIMIGO ATRAVÉS DAS MÍDIAS SOCIAIS
Nosso
inimigo é sagaz (1Pd 5.8), ele está o tempo todo tentando enfraquecer-nos e
desvirtua-nos da nossa vida de comunhão com Deus. Infelizmente na vida de muitos,
ele tem colocado sutilezas para entreter e assim tornar vulneráveis a queda (2Co
4.4). Esse é o seu objetivo, nos deixar insensíveis as coisas de Deus. Para
isso ele utiliza das seguintes sutilezas quase que imperceptíveis:
1. Roubar o tempo.
A falta
de cuidado com o uso das “Mídias Sociais” resultará na indisciplina com os
horários para descansar, estudar, se relacionar com os amigos, com os
familiares, ir à Igreja e etc. Essa falta de cuidado conduz a falta de objetivo
na vida. Por isso que a vida afetiva na área familiar, espiritual e
profissional têm sido severamente afetadas, causando nos mais jovens a
“adultização” precoce e frustrações no processo de maturidade (Ec 3.1; 12.1; Gl
5.22), bem como a “sexualização” também precoce nas crianças.
2. O grande incentivo a autoimagem.
As
“mídias sociais” promovem uma preocupação excessiva com a autoimagem, a Bíblia adverte:
“[...]
Sobre
tudo o que se deve guardar, guardar o teu coração [...]” (Pv 4.23a). O
comportamento promovido pelas “mídias sociais” ensina que o importante não é
ser e nem ter, mas parecer ser e parecer ter. Não podemos esquecer de que aparência
é passageira (Pv 31.30). Muitos vão em busca da autoafirmação por não
protegerem o coração. Muitos estão com o coração vazio, consumindo todo o tipo
de conteúdo por vídeos, áudios e imagens (Mt 6.16; 23.13; Jo 7.24; 1Pd 3.3-4;
Pv 14.12).
3. A necessidade quanto as informações.
A
necessidade de estar atualizado com todo tipo de informação que as “mídias sociais”
oferecem, levam muitos a obrigação de ter muitos seguidores; curtir;
compartilhar ou seguir tudo sem nenhum filtro. A Bíblia aconselha: “[...]
Quanto
ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é
justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é boa de fama, se há
alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai [...]” (Fp 4.8).
IV. PERIGOS QUE AS MÍDIAS SOCIAIS PODEM TRAZER
1. Falta de privacidade e pudor.
As
redes sociais exploram muito as imagens e infelizmente não são poucos que estão
comprometendo a sua privacidade se expondo demasiadamente. Não podemos estar
desatentos aos que podem estar acessando maliciosamente as nossas informações
com fins perversos. A Bíblia tanto orienta a privacidade quanto ao cuidado com
o pudor (1Tm 2.9; Tt 2.3,4). Por isso, não convém expormos a nossa intimidade
de forma tão banal. O cristão precisa usar de forma sábia as redes sociais e só
compartilhar fotos que honrem a sua família e glorifiquem a Deus (1Co 10.31; Cl
3.17; 1Pe 4.11), pois as bênçãos de Deus para o lar restringem-se aqueles que
temem ao Senhor (Sl 128.1).
2. O pecado da pornografia.
Pornografia
“é a representação, por quaisquer meios, de cenas ou objetos obscenos,
destinados a serem apresentados a um público e expor práticas sexuais diversas,
com o intuito de despertar desejo sexual no observador” (RENOVATO, 2013, p.
49). Com o advento da internet, a pornografia tomou proporções mundiais e fora
de qualquer controle, ficando mais acessível por meio de smartphone e
computador, trazendo destruição física, psíquica, moral e espiritual, tanto na vida
de solteiros quanto casados. Quanto aos males da pornografia é bom destacar que
“o
pecado virtual e secreto é comparado ao cupim que se infiltra no tronco da
árvore” (SENNA, 2013, p. 103). A Bíblia nos adverte quanto a
santificação do corpo (Êx 20.14,17; Sl 101.3; 1Co 6.18-20; Fp 4.8; 1Ts 4.1-3).
3. O uso de perfis fakes.
O
Facebook e o Instagram são redes sociais com bilhões de pessoas. Infelizmente
nem todos que utilizam esta ferramenta tem intenção boa e honesta. No entanto,
do cristão se espera transparência, honestidade e bom caráter. Portanto não
convém ao servo de Deus usar um perfil falso, se passando por uma pessoa que
realmente não é. A Bíblia condena a hipocrisia (Mt 23.28; 1Tm 4.2). A palavra “hipócrita”
no grego “hupokrites” denota primariamente “aquele que responde”;
ou seja, representação, portanto, “ator de palco” (VINE, 2002, p. 691 –
acréscimo nosso). Enquanto reprova a hipocrisia, a Escritura louva a
sinceridade (Jó 31.6; Pv 2.7; 10.9; 20.7; 1Co 5.8; Ef 6.24).
4. O risco dos relacionamentos virtuais.
Como
através da internet é possível relacionar-se com pessoas em sites de bate papo,
não são poucas as pessoas que tentam achar o par perfeito através destes
mecanismos. Não é recomendável construir um relacionamento virtual, pois, têm
acontecido muito casos enganosos. Se num relacionamento pessoal existe a
probabilidade de a pessoa sofrer danos, muito maior probabilidade existe num
relacionamento construído a distância pela internet.
5. Traições virtuais.
“O
Facebook é citado como motivo de uma em cada três separações na Grã-Bretanha”
(CARDOSO, 2012, p. 19). Certa revista de circulação nacional asseverou: “a
internet criou uma nova maneira de ser infiel”. A Bíblia, porém, exorta aos
jovens solteiros a serem cautelosos e prudentes (Pv 1.4; 7.4; 8.12; 16.16); e,
aos casados a serem fiéis ao seu cônjuge (Mt 5.27,28; 19.6; Hb 13.4).
Infelizmente, há até pessoas casadas que estão traindo o cônjuge de forma virtual.
V. A EVANGELIZAÇÃO ATRAVÉS DA MÍDIAS SOCIAIS
Embora
estejamos vivendo na era da informação, precisamos ter cuidado para não
confundirmos a utilização de recursos para o evangelismo com o modelo bíblico
de evangelismo. Precisamos utilizar as ferramentas contemporâneas sem, no
entanto, alterar o padrão. Portanto, embora possamos utilizar a internet para
promover a obra de Cristo, precisamos ter alguns cuidados. Eis alguns: a) o evangelismo virtual não substituiu
o real; b) o evangelismo virtual
deve ser somado ao real; c) sob o
pretexto de evangelizar as pessoas em locais distantes não podemos esquecer as
que estão perto nós; e, d) devemos
ter cuidado com as pessoas mal-intencionadas que estão usando a internet, a fim
de não sermos participantes involuntários do pecado com eles (Sl 1.1-2;
101.1-8; Ef 5.11).
VI. CONSELHOS PARA A UTILIZAÇÃO SADIA DAS MÍDIAS SOCIAIS
É
necessário entender que a tecnologia em si, não é nem boa nem ruim,
pois apenas é um instrumento que leva à informação às pessoas, agilizando e
facilitando a vida em sociedade. Quando colocada a serviço de Deus, é uma
benção, porém, quando a serviço do diabo, uma maldição (Tt 1.15).
Vejamos algumas sugestões práticas que o cristão deve observar na utilização da
mídia:
- O cristão deve administrar bem o seu tempo para não o desperdiçar com coisas triviais (1Co 10.31; Ef 5.16);
- O cristão deve ser criterioso na escolha do que vai ter acesso (Jó 31.1; Fp 4.8; 1Ts 5.21; 1Co 6.12; 10.23);
- O cristão deve possuir domínio próprio, que é uma das características do fruto do Espírito (Gl 5.22,23);
- O cristão deve priorizar as coisas espirituais e não as coisas passageiras (Mt 6.33; Cl 3.1-3);
- O cristão deve permitir que o evangelho influencie todas as áreas da sua vida (Ef 4.22-32; 1Ts 5.23; 1Pe 1.15).
CONCLUSÃO
O
cristão não deve participar de nada que comprometem a sua conduta de fé (1Co
5.11; Rm 16.17). Ele é uma nova criatura em Cristo (2Co 5.17). Esse cristão
resplandece como astro no mundo (Fp 2.16-17). Ele não curte, ele não
compartilha e nem segue quem não tem compromisso com o Evangelho (Ef 5.11-12),
pelo contrário, ele aproveita as oportunidades para anunciar a Salvação
oferecida em Cristo Jesus (Mc 16.15; Mt 28.19,20; At 1.8 2Tm 4.2).
REFERÊNCIAS
Ø GILBERTO, Antônio. A
Prática do Evangelismo Pessoal. CPAD.
Ø RENOVATO, Elinaldo. A
Família Cristã e os ataques do inimigo. CPAD.
Ø SENNA, Arnaldo. Alerta Geral: seu filho pode
estar brincando com o perigo. CPAD.
Ø STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.
CPAD.
Ø VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
Por
Rede Brasil de Comunicação.
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