sábado, 10 de setembro de 2022

LIÇÃO 11 – A SUTILEZA DAS MÍDIAS SOCIAIS

 
 
 
 
 
Rm 12.1-3,16,16 



INTRODUÇÃO
Nesta lição veremos a definição do que são as “mídias sociais; falaremos os pontos positivos e negativos nas mídias sociais; pontuaremos as sutilezas do inimigo através do mundo virtual; analisaremos os perigos que as mídias sociais podem trazer; demonstraremos como devemos evangelizar nos meios midiáticos; e por fim; relataremos alguns conselhos para a utilização sadia das mídias sociais.


I. DEFINIÇÃO DE MÍDIAS SOCIAIS
Mídia é um meio de comunicação em massa. Então no contexto do marketing, uma Mídia Digital é uma Plataforma com ênfase na comunicação. No contexto digital, é uma Mídia Social que conecta pessoas por meio de interesses em comum, e fortalece estas relações. É um meio que permite a comunicação em massa (Mídia) com o adicional de relacionamento (rede). A palavra “mídia” segundo o Houaiss (2001, p. 1328) significa: “o conjunto dos meios de comunicação, e que inclui, indistintamente, diferentes veículos, recursos e técnicas”.
 
 
II. PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS NAS MÍDIAS SOCIAIS
Com o advento das “Redes Sociais” as pessoas deixaram de ser meras receptoras de informação para serem produtoras de conteúdo. Isso modificou a forma de como as pessoas usam a Internet. Diante de tanta facilidade e amplitude, é certo que surgem pontos positivos e negativos. Por isso vejamos:
 
1. Pontos Positivos.
Há pessoas que usam as “Redes Sociais” para promoverem o bem como: Promovem o ensino acadêmico e a profissionalização; denunciam maus tratos; crimes e violência; encontram familiares perdidos e etc. Portanto, utilizemos este recurso para divulgar a maior informação que podemos compartilhar com as pessoas: o Evangelho. Esta mensagem é: a) as novas vinda do céu (Lc 2.10a; Rm 3.21); b) que traz alegria (Lc 2.10b); c) alcança todos os homens (Lc 2.10c; Rm 1.16); e, d) fala de salvação em Cristo (Lc 2.11; Rm 1.16).
 
2. Pontos Negativos.
Há pessoas que se escondem por trás de falsos perfis nas “Redes Sociais” para promoverem o mal. Esses acabam estimulando a difamação; fofoca; intriga; destroem relacionamentos; causam constrangimento; fazem apologia a crimes; prostituição, maus tratos contra animais e pessoas, violação dos direitos humanos; incentivo ao racismo; pedofilia; neonazismo; homofobia; intolerância religiosa e etc.


III. AS SUTILEZAS DO INIMIGO ATRAVÉS DAS MÍDIAS SOCIAIS
Nosso inimigo é sagaz (1Pd 5.8), ele está o tempo todo tentando enfraquecer-nos e desvirtua-nos da nossa vida de comunhão com Deus. Infelizmente na vida de muitos, ele tem colocado sutilezas para entreter e assim tornar vulneráveis a queda (2Co 4.4). Esse é o seu objetivo, nos deixar insensíveis as coisas de Deus. Para isso ele utiliza das seguintes sutilezas quase que imperceptíveis:
 
1. Roubar o tempo.
A falta de cuidado com o uso das “Mídias Sociais” resultará na indisciplina com os horários para descansar, estudar, se relacionar com os amigos, com os familiares, ir à Igreja e etc. Essa falta de cuidado conduz a falta de objetivo na vida. Por isso que a vida afetiva na área familiar, espiritual e profissional têm sido severamente afetadas, causando nos mais jovens a “adultização” precoce e frustrações no processo de maturidade (Ec 3.1; 12.1; Gl 5.22), bem como a “sexualização” também precoce nas crianças.
 
2. O grande incentivo a autoimagem.
As “mídias sociais” promovem uma preocupação excessiva com a autoimagem, a Bíblia adverte: “[...] Sobre tudo o que se deve guardar, guardar o teu coração [...]” (Pv 4.23a). O comportamento promovido pelas “mídias sociais” ensina que o importante não é ser e nem ter, mas parecer ser e parecer ter. Não podemos esquecer de que aparência é passageira (Pv 31.30). Muitos vão em busca da autoafirmação por não protegerem o coração. Muitos estão com o coração vazio, consumindo todo o tipo de conteúdo por vídeos, áudios e imagens (Mt 6.16; 23.13; Jo 7.24; 1Pd 3.3-4; Pv 14.12).
 
3. A necessidade quanto as informações.
A necessidade de estar atualizado com todo tipo de informação que as “mídias sociais” oferecem, levam muitos a obrigação de ter muitos seguidores; curtir; compartilhar ou seguir tudo sem nenhum filtro. A Bíblia aconselha: “[...] Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é boa de fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai [...]” (Fp 4.8).
 
 
IV. PERIGOS QUE AS MÍDIAS SOCIAIS PODEM TRAZER
1. Falta de privacidade e pudor.
As redes sociais exploram muito as imagens e infelizmente não são poucos que estão comprometendo a sua privacidade se expondo demasiadamente. Não podemos estar desatentos aos que podem estar acessando maliciosamente as nossas informações com fins perversos. A Bíblia tanto orienta a privacidade quanto ao cuidado com o pudor (1Tm 2.9; Tt 2.3,4). Por isso, não convém expormos a nossa intimidade de forma tão banal. O cristão precisa usar de forma sábia as redes sociais e só compartilhar fotos que honrem a sua família e glorifiquem a Deus (1Co 10.31; Cl 3.17; 1Pe 4.11), pois as bênçãos de Deus para o lar restringem-se aqueles que temem ao Senhor (Sl 128.1).
 
2. O pecado da pornografia.
Pornografia “é a representação, por quaisquer meios, de cenas ou objetos obscenos, destinados a serem apresentados a um público e expor práticas sexuais diversas, com o intuito de despertar desejo sexual no observador” (RENOVATO, 2013, p. 49). Com o advento da internet, a pornografia tomou proporções mundiais e fora de qualquer controle, ficando mais acessível por meio de smartphone e computador, trazendo destruição física, psíquica, moral e espiritual, tanto na vida de solteiros quanto casados. Quanto aos males da pornografia é bom destacar que “o pecado virtual e secreto é comparado ao cupim que se infiltra no tronco da árvore” (SENNA, 2013, p. 103). A Bíblia nos adverte quanto a santificação do corpo (Êx 20.14,17; Sl 101.3; 1Co 6.18-20; Fp 4.8; 1Ts 4.1-3).
 
3. O uso de perfis fakes.
O Facebook e o Instagram são redes sociais com bilhões de pessoas. Infelizmente nem todos que utilizam esta ferramenta tem intenção boa e honesta. No entanto, do cristão se espera transparência, honestidade e bom caráter. Portanto não convém ao servo de Deus usar um perfil falso, se passando por uma pessoa que realmente não é. A Bíblia condena a hipocrisia (Mt 23.28; 1Tm 4.2). A palavra “hipócrita” no grego “hupokrites” denota primariamente “aquele que responde”; ou seja, representação, portanto, “ator de palco” (VINE, 2002, p. 691 – acréscimo nosso). Enquanto reprova a hipocrisia, a Escritura louva a sinceridade (Jó 31.6; Pv 2.7; 10.9; 20.7; 1Co 5.8; Ef 6.24).
 
4. O risco dos relacionamentos virtuais.
Como através da internet é possível relacionar-se com pessoas em sites de bate papo, não são poucas as pessoas que tentam achar o par perfeito através destes mecanismos. Não é recomendável construir um relacionamento virtual, pois, têm acontecido muito casos enganosos. Se num relacionamento pessoal existe a probabilidade de a pessoa sofrer danos, muito maior probabilidade existe num relacionamento construído a distância pela internet.
 
5. Traições virtuais.
“O Facebook é citado como motivo de uma em cada três separações na Grã-Bretanha” (CARDOSO, 2012, p. 19). Certa revista de circulação nacional asseverou: “a internet criou uma nova maneira de ser infiel”. A Bíblia, porém, exorta aos jovens solteiros a serem cautelosos e prudentes (Pv 1.4; 7.4; 8.12; 16.16); e, aos casados a serem fiéis ao seu cônjuge (Mt 5.27,28; 19.6; Hb 13.4). Infelizmente, há até pessoas casadas que estão traindo o cônjuge de forma virtual.
 

V. A EVANGELIZAÇÃO ATRAVÉS DA MÍDIAS SOCIAIS
Embora estejamos vivendo na era da informação, precisamos ter cuidado para não confundirmos a utilização de recursos para o evangelismo com o modelo bíblico de evangelismo. Precisamos utilizar as ferramentas contemporâneas sem, no entanto, alterar o padrão. Portanto, embora possamos utilizar a internet para promover a obra de Cristo, precisamos ter alguns cuidados. Eis alguns: a) o evangelismo virtual não substituiu o real; b) o evangelismo virtual deve ser somado ao real; c) sob o pretexto de evangelizar as pessoas em locais distantes não podemos esquecer as que estão perto nós; e, d) devemos ter cuidado com as pessoas mal-intencionadas que estão usando a internet, a fim de não sermos participantes involuntários do pecado com eles (Sl 1.1-2; 101.1-8; Ef 5.11).
 
 
VI. CONSELHOS PARA A UTILIZAÇÃO SADIA DAS MÍDIAS SOCIAIS
É necessário entender que a tecnologia em si, não é nem boa nem ruim, pois apenas é um instrumento que leva à informação às pessoas, agilizando e facilitando a vida em sociedade. Quando colocada a serviço de Deus, é uma benção, porém, quando a serviço do diabo, uma maldição (Tt 1.15). Vejamos algumas sugestões práticas que o cristão deve observar na utilização da mídia:
 
  • O cristão deve administrar bem o seu tempo para não o desperdiçar com coisas triviais (1Co 10.31; Ef 5.16);
  • O cristão deve ser criterioso na escolha do que vai ter acesso (Jó 31.1; Fp 4.8; 1Ts 5.21; 1Co 6.12; 10.23);
  • O cristão deve possuir domínio próprio, que é uma das características do fruto do Espírito (Gl 5.22,23);
  • O cristão deve priorizar as coisas espirituais e não as coisas passageiras (Mt 6.33; Cl 3.1-3);
  • O cristão deve permitir que o evangelho influencie todas as áreas da sua vida (Ef 4.22-32; 1Ts 5.23; 1Pe 1.15).
 
 
CONCLUSÃO
O cristão não deve participar de nada que comprometem a sua conduta de fé (1Co 5.11; Rm 16.17). Ele é uma nova criatura em Cristo (2Co 5.17). Esse cristão resplandece como astro no mundo (Fp 2.16-17). Ele não curte, ele não compartilha e nem segue quem não tem compromisso com o Evangelho (Ef 5.11-12), pelo contrário, ele aproveita as oportunidades para anunciar a Salvação oferecida em Cristo Jesus (Mc 16.15; Mt 28.19,20; At 1.8 2Tm 4.2).
 
 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø GILBERTO, Antônio. A Prática do Evangelismo Pessoal. CPAD.
Ø RENOVATO, Elinaldo. A Família Cristã e os ataques do inimigo. CPAD.
Ø SENNA, Arnaldo. Alerta Geral: seu filho pode estar brincando com o perigo. CPAD.
Ø STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
 
 
Por Rede Brasil de Comunicação.



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