sexta-feira, 30 de junho de 2023

LIÇÃO 01 - A IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA






Ap 17.1-6



INTRODUÇÃO
Neste terceiro trimestre do ano, estudaremos sobre A Igreja de Cristo e o Império do Mal: Como viver neste mundo Dominado Pelo Espírito da Babilônia. Serão treze lições que tratam sobre os desafios da Igreja nos dias atuais. E, nesta primeira lição, estudaremos sobre A igreja Diante do Espírito da Babilônia. Nesta aula introdutória, traremos as definições dos principais termos descritos no tema da lição; explicaremos o significado do texto da leitura bíblica em classe; e, finalmente, explicaremos qual deve ser a nossa atitude diante dos desafios impostos pelo espírito da Babilônia.
 
 
I. DEFINIÇÕES E EXPLICAÇÃO DO TEMA
1. O que é a Igreja.
“A palavra grega no Novo Testamento para igreja é ‘ekklesia’, que significa ‘uma assembléia de chamados para fora’. O termo aplica-se a: 1) Todo o corpo de cristãos em uma cidade (Atos 11:22; 13:1); 2) Uma congregação (1Cor. 14:19,35; Rom. 16:5); 3) Todo o corpo de crentes na terra (Efés. 5:32). A Igreja, portanto, é uma reunião de pessoas chamadas do mundo, as quais professam e provam submissão ao Senhor Jesus Crsito” (PEARLMAN, 2006, p. 342,343). No contexto desta lição, o termo “Igreja” aplica-se ao corpo de Cristo (Cl 1.24), ou seja, a reunião de todos os salvos espalhados pelo mundo (Ef 1.22; 3.10,21; 5.23-32; Fp 3.6; Cl 1.18; I Tm 3.5; 3.15; Hb 12.23).
 
2. O que é a Babilônia.
“A Babilônia foi uma importante cidade-estado situada na região da Mesopotâmia. Historicamente, surgiu por volta do século XIX a.C., sendo considerada como o berço da civilização nas áreas políticas e culturais, sociais e econômicas [...] A Bíblia menciona a Babilônia cerca de 200 vezes. Essas menções, na maioria das vezes, referem-se a “antiga cidade-estado situada em ambas as margens do rio Eufrates na terra de Sinar, distante cerca de 1.500 quilômetros de Jerusalém, fundada pelos descendentes de Cuxe e do seu filho, Ninrode (Gn 10.8-10). A Bíblia também identifica esse local como a Terra de Sinar (Gn 10.10; Gn 11.2; Is 11.11) e também como a Terra dos Caldeus (Jr 24.5; Jr 25.12; Ez 12.13)” (BAPTISTA, 2023, p. 10). O termo “Babilônia” mencionado nesta lição, não se refere a antiga cidade que foi o berço da civilização, nem ao grande império babilônico, onde os judeus foram levados cativos, mas, ao simbolismo que ele representa, como veremos a seguir.
 
3. O que vem a ser o espírito da Babilônia.
O termo “espírito da Babilônia” diz respeito a todo tipo de crenças e de práticas que vão contra os princípios estabelecidos na Palavra de Deus, ou seja, perversões, imoralidades, idolatrias, ocultismos, ideologias e heresias. Ou seja, o “espírito da Babilônia”, encabeçado pelo Diabo (Ef 6.11; Tg 4.7; I Pe 5.8), que é descrito na Bíblia como o “deus deste século” (II Co 4.4), “príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11); e “príncipe das potestades do ar” (Ef 2.2) faz uso de todos os meios possíveis: educação, política, cultura, religião, filosofia, tecnologia e ideologias, para se opor a Deus e a Sua Palavra (Rm 1.21-25; Ef 6.12; Cl 2.8,18; II Tm 4.3,4). O “espírito da Babilônia” é, na verdade, um sistema político e ideológico, dominado pelo reino das trevas, que se opõe diuturnamente a Deus e à Sua Igreja. Trata-se, portanto, de desafios de proporções mundiais, que todo salvo enfrenta em seu dia-a-dia.
 
 
II. O SIGNIFICADO DE APOCALIPSE 17.1-6
O capítulo 17 do Apocalipse descreve a visão de João acerca da queda de Babilônia. Trata-se de um evento escatológico, que ocorrerá no período da Grande Tribulação, mas, que foi escolhido como Leitura Bíblica em Classe desta Lição, por descrever claramente um sistema político-religioso, utilizado pelo Diabo, para enganar a humanidade e distanciá-la de Deus, como veremos a seguir:
 
1. “... Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas” (Ap 17.1).
Esta “grande prostituta” mencionada no texto refere-se a uma falsa religião. “A Bíblia frequentemente usa termos de imagens de adultério e prostituição para descrever a adoração de deuses pagãos, ou outros tipos de infidelidade ao Deus verdadeiro, incluindo a rebelião (vide Is 1.21; Jr 3.9; Ez 16.14-18,32; Tg 4.4). Consequentemente, muitos entendem este termo como figurativo em relação ao aspecto religioso de Babilônia, que inclui todas as falsas religiões, seitas e igrejas apóstatas” (HORTON, 2016, p. 228). Não se trata, portanto, de uma prostituta no sentido literal, e sim, a um sistema religioso cujo objetivo é propagar heresias e conduzir a humanidade a uma falsa adoração. As “muitas águas” mencionadas no texto refere-se a povos e nações, conforme (Ap 17.15). 

2. “Com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição” (Ap 17.2).
Este texto se refere ao alcance desse falso sistema religioso, que influenciará, não apenas os reis, ou seja, governadores, presidentes, ministros, etc., mas, também, os moradores da terra, ou seja, cidadãos comuns. Significa dizer, então, que este sistema religioso atingirá todas as classes sociais. Quando o texto diz que os reis e os moradores da terra: “se embebedaram com o vinho da sua prostituição” refere-se a propagação das heresias, ou seja, os falsos ensinos e falsas doutrinas pregadas e ensinadas pelo falso sistema religioso (II Tm 4.3; II Pe 2.1). Significa dizer então que Satanás, através da falsa religiosidade imposta pelo “espírito da Babilônia” cegará o entendimento dos incrédulos (II Co 4.4), afastará muitos cristãos da simplicidade do evangelho (II Co 11.3) e enganará a muitos através dos espíritos enganadores e das doutrinas de demônios (I Tm 4.1).
 
3. “E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia e tinha sete cabeças e dez chifres” (Ap 17.3).
Esta mulher assentada sobre a besta é a mesma do versículo 1, sendo que, o primeiro versículo fala de sua ação entre as nações, e este, aponta para sua influência no futuro governo do Anticristo. “Essa fera em que a mulher está montada é a besta que saiu do mar (Ap 13.1). Trata-se do Anticristo, que, pelo poder de Satanás, faz oposição a Cristo (2 Ts 2.4,9,10). Ele profere blasfêmias em consciente repulsa ao senhorio de Cristo (Ap 13.6; 17.3b). As suas sete cabeças e dez chifres simbolizam os poderes do mundo e a sua força política (Ap 17.3c,10,12). A união entre o cavaleiro (grande prostituta) e a montaria (besta) simbolizam a nefasta força do sistema religioso, econômico e político do espírito da Babilônia” (BAPTISTA, 2023, p. 13). E, embora o texto esteja se referindo a um tempo futuro, podemos dizer que o “espírito da Babilônia” que está presente no mundo, caminha para uma perfeita harmonia entre o falso sistema religioso e o sistema político e econômico.
 
4. “E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, adornada com ouro, e pedras preciosas, e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição” (Ap 17.4).
“A grande meretriz está vestida de púrpura e de escarlata, cores de realeza e de grandeza nos tempos bíblicos (Jz 8.26; Dn 5.7; Na 2.3). Tais tinturas eram extremamente caras e somente acessíveis aos ricos. Sua roupa e adornos de ouro, pedras preciosas e pérolas são indicações da prosperidade que o mundo sempre procura; simbolizam as riquezas e o poder do presente século. Sua beleza, porém, é apena superficial. O cálice de ouro da mulher pode ter bela aparência exterior, mas por dentro acha-se transbordante de abominações e de imundícias, que são sua corrupção moral e religiosa. Em lugar de oferecer ao mundo o cálice da salvação e do sofrimento por amor a Cristo, apresenta o cálice de satisfação carnal e de tudo quanto é abominável a Deus” (HORTON, 2016, p. 231).
 
5. “E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra” (Ap 17.5).
“Após descrever a grande prostituta, João desvenda o nome dessa meretriz: MISTÉRIO, A GRANDE BABILÔNIA (Ap 17.5a). Nesse aspecto, frisa-se que a palavra grega mysterion, utilizada por João, significa segredo ou doutrina secreta. Esse termo assinala alguma verdade divina que esteve oculta e passou a ser conhecida. Assim sendo, o termo ‘mistério’ indica que o nome Babilônia não é meramente um local geográfico, mas, sim, um simbolismo” (BAPTISTA, 2023, p. 13). “O nome Babilônia provém de Babel, que simboliza a religião falsa, a feitiçaria, a astrologia, e a rebelião contra Deus (Gn 10.8-10; 11.4; Is 47.13)” (STAMPS, 1995, p. 2004). A Babilônia é descrita ainda como a mãe das prostituições e abominações da Terra, o que significa dizer que este sistema político religioso é o principal responsável pela propagação de heresias, apostasia, vãs filosofias e todo tipo de perversões e imoralidades.
 
6. “E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus” (Ap 17.6).  Como se não bastasse as suas prostituições e abominações, a mulher também estava embriagada com o sangue das testemunhas de Jesus. As testemunhas a que João menciona no texto, diz respeito aos cristãos que foram mortos desde os primórdios da era cristã (At 7.59,60; 8.1; 12.2; Hb 11.36,37). Durante o seu ministério, Jesus preveniu os discípulos acerca das perseguições (Mt 5.10-12; 10.23; Lc 21.12; Jo 15.20). Ele afirmou que chegaria ocasião em que qualquer que perseguisse ou matasse um dos seus seguidores, pensariam que estariam fazendo uma obra para Deus (Jo 16.1-3). E, após a sua morte e ressurreição, os discípulos foram presos (At 4.1-3; 5.17,18; 9.1,2,14; 12.3; 16.19); foram açoitados (At 5.40; 16.22,23; 22.19-25); e foram apedrejados e mortos (At 7.58,59; 12.2). Mas, profeticamente falando, o texto de (Ap 17.6) aponta para os cristãos que sofrerão perseguições no período da Grande Tribulação, que será marcado por uma grande perseguição contra a fé cristã (Ap 6.9,10; 7.9-14; 13.7,15).
 
 
III. A NOSSA ATITUDE DIANTE DOS DESAFIOS PROMOVIDOS PELO ESPÍRITO DA BABILÔNIA

  • Batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos (Jd 3; II Tm 4.7,8; I Jo 5.4);
  • Viver em constante oração (Rm 12.12; Ef 6.18; I Ts 5.17);
  • Viver em santidade (Hb 12.14; I Pe 1.15,16); 
  • Ler, meditar e obedecer incondicionalmente a Palavra de Deus (Sl 1.1-3; Js 1.6-9; Jo 17.17; Ef 6.17);
  • Pregar e ensinar a Palavra de Deus (Mt 28.19,20; Mc 1.15; At 1.8; I Tm 4.13);
  • Aguardar a volta de Jesus em vigilância (Mt 24.36-44; Mc 13.32-37).
  


CONCLUSÃO
Como pudemos ver, o “espírito da Babilônia” está presente no mundo em todas as esferas da sociedade: na política, na economia, na falsa religiosidade, na filosofia, nas ideologias, além de outras. Assim como Deus preparou o mundo para receber o Messias, o Diabo está preparando o mundo para receber o Anticristo. Devemos, então, batalhar pela fé, vivendo em santidade e oração, lendo e praticando a Palavra de Deus, aguardando Jesus voltar a qualquer instante.

  


REFERÊNCIAS
Ø  BAPTISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o Império do Mal. CPAD.
Ø  LADD, George. Apocalipse: Introdução e Comentário. VIDA NOVA.
Ø  HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. CPAD.
Ø  PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. VIDA.
Ø  SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse versículo por versículo. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
 

Por Rede Brasil de Comunicação.
 


RESISTINDO AO ESPÍRITO DA BABILÔNIA




Objetivo:
Sondar o conhecimento prévio dos alunos a respeito da temática do trimestre e fazer a introdução da primeira lição.
 
Material: Papel ofício, caneta, folha de papel pardo com o quadro sugerido (abaixo), fita adesiva e quadro branco.
 
Procedimento:
Escreva no quadro as seguintes perguntas: 1) O que significa Babilônia no contexto da primeira lição? 2) Quais são os efeitos do espírito da Babilônia no sistema religioso? 3) Qual deve ser a posição da igreja diante do "espírito da Babilônia"? Depois, peça que os alunos se reúnam formando três grupos. Cada grupo deverá ficar com uma questão para ser respondida. Em seguida, reúna os alunos novamente formando um único grupo. Explique que para estudar a temática apresentada na primeira lição de modo efetivo, precisamos responder a essas questões. Depois, juntamente com os alunos, complete o quadro. Conclua enfatizando que só podemos resistir de modo diligente ao "espírito da Babilônia" se não negligenciarmos o ensino e a pregação ortodoxa da Palavra de Deus.


 
1. Resposta: "Babilônia é o símbolo para todo o sistema mundial que tem sido dominado por Satanás ao longo da história, aplicando seus planos perversos aos aspectos político, religioso, econômico e comercial" (Bíblia de Estudo Pentecostal: CPAD).
2. Resposta: Apostasia; cultura do ego, amor ao dinheiro, narcisismo, afrouxamento moral.
3. Resposta: Não negociar a ortodoxia bíblica (investir no ensino bíblico sistemático e doutrinário); investir na formação do caráter cristão (primar por um discipulado eficiente e um ensino cristocêntrico) e aguardar a Volta de Cristo (não viver desapercebido, mas esperar o Senhor em oração, adoração e vigilância.
 
 


Por Telma Bueno e Flavianne Vaz.
Adaptado pelo Amigo da EBD.

 


LIÇÃO 01 - INTRODUÇÃO À PRIMEIRA CARTA A TIMÓTEO (VÍDEO AULA)




 

LIÇÃO 01 - A IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA (V.02)

 
Vídeo Aula - CPAD




terça-feira, 27 de junho de 2023

LIÇÃO 01 - A IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA (V.01)



Vídeo Aula - Pastor Ciro 




QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2023






ENCORAJAMENTO,
INSTRUÇÃO E CONSELHO -
Alcance uma Vida Cristã Feliz
com os Ensinos dos Salmos.









Lição 13
 
Hora da Revisão
A respeito de “A Beleza da Unidade Espiritual”, responda: 
 

1. Qual a característica principal dos Salmos dos degraus ou das peregrinações? 
A característica principal deles é a de ser canções de adoração enquanto o povo de Deus peregrinava ao Monte Sião para adorar o Senhor. 

2. O que o salmista deseja demonstrar no Salmo 133?
O salmista deseja demonstrar a beleza da unidade entre irmãos de uma família natural para animar a unidade espiritual da nação. 

3. Para representar a ideia de unidade, qual imagem o Senhor Jesus apresentou?
A imagem de um Corpo e Cristo. O cabeça (1 Co 12.12: Ef 5.23); um edifício cujo fundamento é Cristo (1 Co 3.10,11). 

4. A que a palavra “doutrina” se refere?
A “doutrina” aqui, ou “ensino”, é o ensino de Jesus em seu ministério e quando por ocasião de sua aparição aos apóstolos durante 40 dias, após ter ressuscitado (At 1.3). 

5. Com o podemos desenvolver o nosso relacionamento com Cristo?
Quando exercemos a piedade por meio das disciplinas da oração, do jejum, da leitura devocional da Bíblia, das presenças regulares aos cultos e reuniões de oração da igreja local, estamos desenvolvendo um relacionamento pessoal com Jesus Cristo.


 

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2023






RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA -
Superando Desafios e Problemas
com Exemplos da Palavra de Deus. 









Lição 13
 

Revisando o Conteúdo
A respeito de “A Amizade de Jesus com uma Família de Betânia” responda:  

 
1. Como era formada a família em Betânia, amiga de Jesus?
Por Marta, Maria e Lázaro (Jo 12.1,2).
 
2. Segundo a lição, o que Marta, Maria e Lázaro descobriram e entenderam em Jesus?
Entenderam que essa relação com o Salvador era mais que mera relação social. Era a presença real do Filho de Deus dentro de sua casa (Mt 10.40).
 
3. Em que converge a amizade de uma família com Jesus?
A amizade de uma família com Jesus converge em adoração, contrição e quebrantamento espiritual.
 
4. À luz da história de amizade e amor com a família de Betânia, o que aprendemos sobre o amor em nossa família?
Aprendemos que o amor é o sentimento que deve nortear a relação da família cristã.
 
5. Que tipo de ambiente deve ser o da nossa família?
A nossa família deve ser o ambiente em que a nossa vida com Deus seja potencializada a fim de que nossa vida social seja produtiva e abençoada.



 

sábado, 24 de junho de 2023

LIÇÃO 13 - A BELEZA DA UNIDADE ESPIRITUAL (VÍDEO AULA)




 

LIÇÃO 13 – A AMIZADE DE JESUS COM UMA FAMÍLIA DE BETÂNIA





 
Lc 10.38-42; Jo 11.5,11
 



INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos a definição exegética e bíblica da palavra “amizade”, bem como a definição etimológica do termo “amigo”; estudaremos sobre uma família da cidade de Betânia; analisaremos as prioridades de uma família amiga de Jesus; e por fim; pontuaremos os benefícios de uma família amiga de Jesus.
 
 
I. DEFINIÇÃO DO TERMO AMIZADE
1. Definição exegética e bíblica do termo amizade.
De acordo com Houaiss (2001, p. 191) amizade é: “sentimento de grande afeição, de simpatia por alguém; atitude ou gesto de benevolência, de complacência, reciprocidade de afeto, companheiro, aliança, pacto”. No hebraico um dos principais termos usados é “avabah” que traz a ideia de: “amor humano por uma pessoa em relação a outra pessoa, amizade, amor entre amigos” (Pv 17.9; 2Sm 1.26). No Novo Testamento a palavra grega para amizade é: “philia”, cognato de “philos”, “amigo”, é traduzido em Tg 4.4 por amizade (do mundo) que envolve a ideia de amar como também ser amado (cf. o verbo em Jo 15.19) (VINE, 2022, p. 394). A Bíblia fala de vários tipos de amizades, as que devem ser evitadas (Tg 4.4; Mt 6.24; 1Jo 2.15), as falsas amizades (Pv 19.4; Jó 6.14,27); como as amizades que devem ser nutridas, como a de Davi e Jônatas (1Sm 18.1-4); e a amizade com Deus (2Cr 20.7; Is 41.8; Jo 15.15; Tg 2.23).
 
2. Definição etimológica do termo amigo.
Algumas bases do sentimento de amizade são a reciprocidade do afeto, ajuda mútua, compreensão, fidelidade e confiança. O termo amizade do latim “amicus” se deriva de “amore”; que é o mesmo que “amar”. O amigo é “aquele que ama, que demonstra afeto, amizade, afeição, benevolência por alguém; aquele que é ligado ao outro; apreciador, aquele que ampara, que defende, amável, amante, partidário, camarada, companheiro” (HOUAISS, 2001, p. 189). A amizade é uma relação afetiva entre duas ou mais pessoas. Em sentido amplo, é “um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo, afeição e lealdade, sentimento de grande afeição e fidelidade, simpatia, apreço entre pessoas” (FERREIRA, 2004, p. 121). É o relacionamento que as pessoas têm de afeto por outra, que possuem um sentimento proteção (Pv 17.17; 27.10; 27.17).
 
 
II. UMA FAMÍLIA DE BETÂNIA
A família em destaque se limita a três irmãos, todos eles seguidores de Jesus, vistos entre seus amigos mais próximos (Jo 11.5). Vejamos algumas informações a respeito de cada um deles e seu lugar de origem:
 
1. Marta. Seu nome quer dizer: “senhora”, ao que parece, era a irmã mais velha; seu nome geralmente é citado primeiro (Jo 11.5;12.2,3), e ao demostrar uma preocupação em receber os visitantes da melhor forma possível (Lc 10.40), pode indicar ser a responsável pela casa. Se demonstrou uma piedosa serva de Deus e que tinha dentre outras coisas, a virtude da hospitalidade (Lc 10.38).
 
2. Maria. O nome Maria é derivado da mesma raiz hebraica do nome “Miriã”, que tanto pode significar: “ser amargo ou amargurar”, como também: “ser forte ou fortalecer” (HARRIS et al, 1998, p. 880) sendo esse último, o que descreve muito bem a personagem em destaque. Maria a irmã de Lázaro, aparece apenas três vezes nos Evangelhos, e em todas as ocasiões estava aos pés de Jesus para aprender (Lc 10.39), para chorar (Jo 11.32,33) e, para agradecer (Jo 12.1-3) (LOPES, 2006, p. 398).
 
3. Lázaro. O seu nome significa: “Deus é auxílio” (CHAMPLIN, 2002, p. 457) que recebeu também um destaque especial nas Escrituras ao ser ressuscitado por Jesus (Jo 12.1), sendo lembrado como aquele a quem Cristo amava (Jo 11.3).
 
4. Local de origem. Maria e família eram residentes de uma aldeia chamada Betânia, uma vila no declive leste do monte das Oliveiras, situada a cerca de três quilômetros ao leste de Jerusalém (Jo 11.18); um estádio era uma medida grega de distância equivalente a 200 metros (BRUCE, 1987, p. 210). Betânia era um local que sempre aparece a fatos importantes ligados a Jesus durante o seu ministério (Mt 21.17; Mc 11.11; Lc 24.50); hoje a cidade é chamada de “el Azariyeh”, ou seja, “o lugar de Lázaro(TYNDALE, 2015, p. 246).
 
 
III. PRIORIDADES DE UMA FAMÍLIA AMIGA DE JESUS
1. Prioriza a presença de Jesus.
Muitos tiveram a oportunidade, de abrir as portas de sua casa para receber personagens ilustres, como a Sunamita o fez com o profeta Eliseu (2Rs 4.8-10), outros que mesmo sem se dar conta, hospedaram anjos (Hb 13.2), no entanto, a família de Betânia teve a sensibilidade e o privilégio de abrir as portas de sua casa, para abrigar a pessoa central de um lar, que é Cristo. Nem sempre Jesus teve uma recepção dessa nas aldeias por onde passou, o que fez com que perdessem dos benefícios de terem a presença do Senhor com eles (Lc 9.51-53). Feliz é a família, que tem a presença de Deus consigo; poder desfrutar da comunhão com o Criador, experimentando do seu cuidado e da sua provisão (Jo 2.1-10).
 
2. Prioriza servir a Jesus.
Foi Marta quem convidou a Jesus para ficar em sua casa. Era um ilustre visitante e precisava ser bem servido. Ela era uma mulher trabalhadora e preocupada, demonstrava uma personalidade mais direta e objetiva (Jo 11.20), isso definia o direcionamento de sua vida: trabalhar e servir (Jo 12.2). Uma família cujo propósito de seu coração é servir a Deus, desfrutará da sua amizade e companhia. Em uma geração em que pessoas querem ser servidas, tendo uma fé utilitarista, agindo muitas vezes por conveniência, Marta, no entanto, no ensina qual a posição devemos tomar com a nossa família. Josué retrata a importância dessa decisão ao declarar: “[...] eu e a minha casa serviremos ao SENHOR” (Js 24.15). Encontramos nas Escrituras, além de muitos motivos, como também como devemos servir ao Senhor com a nossa família: (a) com exclusividade (Lc 4.8; 16.13); (b) devemos servir com alegria (Sl 100.1,2); (c) com os nossos bens (Lc 8.2,3); e, (d) de todo coração (Lc 10.27).
 
3. Prioriza os ensinamentos de Jesus.
Além das portas abertas para Jesus, os ouvidos dos integrantes dessa família também estavam abertos: “Maria [...] assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra(Lc 10.39). Maria demonstrou a atitude de quem deseja desfrutar de uma amizade mais estreita com Deus. Em Lc 6.47 Jesus definiu um autêntico discípulo como: “aquele que vem a mim e ouve as minhas palavras e as põe em prática”, em contraste com aqueles que o chamava de Senhor, mas não faziam o que ele dizia (Lc 6.46). Em Lc 8.21 Jesus definiu seus verdadeiros irmãos espirituais como: “[...] aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam”, e depois disse: “[...] bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a guardam (Lc 11.28). Há muitas famílias que já não são sensíveis ao que Deus exige de cada um dos seus integrantes, preferem dar ouvidos as filosofias mundanas, ensinos de supostos especialistas em família, que trazem mais distorções das Escrituras, do que a edificação; daí a razão de muitas casas estarem em ruína moral e espiritual (Mt 7.26,27). Uma família que deseja experimentar da amizade de Jesus e vencer as intempéries desta vida, precisa dar ouvidos à sua Palavra (Mt 5.24,25).
 
 
IV. BENEFICÍOS DE UMA FAMÍLIA AMIGA DE JESUS
1 O benefício da comunhão.
A família de Lázaro desfrutava de uma comunhão com o Senhor, pois era uma família que tinha as portas abertas para recebê-lo (Lc 10.39). Essa receptividade proporcionava uma relação íntima de Jesus com essa família. Podemos notar isto na casa de Lázaro: a) a presença do senhor era comum nesta residência (Lc 10.38); b) os seus membros eram alvo em particular do amor de Cristo: “Ora Jesus amava a Marta, e a sua irmã e a Lázaro” (Jo 11.5); c) A voz do Senhor era ouvida facilmente nesta casa, diz o texto: “[...] Maria...assentando-se aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra” (Lc 10.39). Desse modo, podemos elencar que uma casa quando abre as portas para Cristo e permite desenvolver uma relação profunda com Deus; ali haverá liberdade para o Espírito do Senhor atuar. A voz de Deus será ouvida, diz o texto Sagrado “[...] ouvia a palavra” (Lc 10.39). Sendo assim, a família que deseja o benefício da comunhão com o Senhor precisa ter disposição de ouvir e obedecer a Palavra.
 
2. O benefício dos milagres.
A ressurreição de Lázaro não foi o último milagre de Jesus antes da cruz, mas certamente foi o maior de todos e o que mais chamou a atenção de amigos e de inimigos (Jo 11.34-44). João escolheu esse milagre como o sétimo da série registrada em seu livro, pois foi, de fato, um ponto alto do ministério de Jesus na terra. Jesus já havia ressuscitado outras pessoas antes (Mc 5.21-43; Lc 7.11-17), mas Lázaro fora sepultado havia quatro dias. Um prodígio como esse não poderia ser negado nem ignorado pelos líderes judeus. Notamos nesse episódio que a família de Lázaro foi vitimada pela doença, tristeza e morte. Isto significa que mesmo uma casa que serve ao Senhor pode vivenciar todas essas situações (Jo 16.33). No entanto, devemos ter em mente que Deus tem o controle das situações e realiza milagres. A Bíblia nos assegura que Jesus cura enfermidades (Mt 4.23; Mc 1.34).
 
3. O benefício da gratidão.
Gratidão a Jesus é uma das motivações para tamanha devoção desta família. Além da sua vida marcada pelos ensinos do Mestre, que frequentava a sua casa mostrando comunhão com a família, era também grata pela ressurreição de seu irmão Lázaro (Jo 11.1-44; 12.1). A gratidão é uma virtude que deve ser cultivada pelos autênticos servos de Deus diante da sua graça revelada (Sl 103.1,2; Cl 3.15,16; 1Tm 6.18). Maria demonstrou seu amor a Jesus antes da sua morte e antecipou-se a ungi-lo para a sepultura (Jo 12.7; Mc 14.8). Em certo sentido, Maria demonstrava sua gratidão a Jesus antes que fosse tarde demais, enquanto o Senhor ainda estava vivo. Do mesmo modo devemos nos dedicar ao Criador em tempo oportuno, devido à brevidade da vida (Ec 12.1,2).
 
 
CONCLUSÃO
A nossa amizade com Jesus implica ter comunhão com Ele em todo o tempo de nossas vidas. Ele é o Amigo sem igual que nos conforta quando precisamos; consola quando choramos. A família que cultiva a amizade com Jesus vive na dimensão do amor, procura compreender os outros membros da família e pondera os cuidados dessa vida. A família cristã com Jesus tem o privilégio de desfrutar de sua presença real no cotidiano. Portanto, não podemos viver sem a amizade do Senhor Jesus.
 
 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  BRUCE, F.F. João Introdução e comentário. MUNDO CRISTÃO.
Ø  VINE, W.E et al. Dicionário Vine. CPAD.
Ø  CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. HAGNOS.
Ø  Dicionário Bíblico Tyndale. GEOGRÁFICA.
Ø  Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. VIDA NOVA.
Ø  LOPES, Hernandes dias. Marcos: O Evangelho dos Milagres. HAGNOS.
Ø  LOPES, Hernandes dias. João: As Glórias do Filho de Deus. HAGNOS.
 
   
 
Por Rede Brasil de Comunicação.
 
 
 

quinta-feira, 22 de junho de 2023

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2023






ENCORAJAMENTO,
INSTRUÇÃO E CONSELHO -
Alcance uma Vida Cristã Feliz
com os Ensinos dos Salmos.









Lição 12
 
Hora da Revisão
A respeito de “Quanto amo a Tua Palavra”, responda:
 

1. Como o Salmo 119 está estruturado?
E uma canção precisamente estruturada em forma de acróstico, o seja, há uma estrutura de 22 estrofes organizadas de acordo com as 22 letras do alfabeto hebraico.
 
2. Qual é a consequência natural de perseverar em meditar diariamente na Bíblia?
Os versículos 101-104 mostram que quem observa os preceitos da Palavra desvia os pés do erro (v.101), não se afasta dos justos juízos de Deus (v.102), ao ponto de deleitar a alma na Palavra de Deus (v.103).
 
3. Diante da infinidade das atuais filosofias e ideologias, do que precisamos?
É da Palavra de Deus.
 
4. Segundo a lição, o que a Bíblia nos ensina?
A Bíblia nos ensina a viver e, também, nos prepara para morrer.
 
5. De acordo com a Lição, o que encontramos na Bíblia?
Nela, encontramos o sentido de nossa existência e somos encorajados a viver de acordo com esse sentido de uma maneira divinamente coerente com o que Deus nos vocacionou a ser (2 Tm 1.6,7).

 

quarta-feira, 21 de junho de 2023

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2023






RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA -
Superando Desafios e Problemas
com Exemplos da Palavra de Deus.
 








Lição 12
 

Revisando o Conteúdo
A respeito de “Criando Filhos Saudáveis” responda:  

 
1. Qual era a descendência de José e Maria?
 José e Maria eram descendentes da família real de Davi (Lc 2.4,5), da raiz de Jessé (Is 11.1).
 
2. Cite pelo menos três nomes dos irmãos de Jesus.
Tiago, José e Judas.
 
3. O que José e Maria souberam fazer a respeito de Jesus em relação aos seus irmãos?
A despeito de Jesus ter sido especial, José e Maria nunca trataram os demais filhos com desprezo. Eles sabiam que havia algo especial na vida do primogênito, pois lhes fora revelado que Ele seria o Salvador, o Filho de Deus (Lc 1.35). Nesse sentido, José e Maria souberam administrar essa diferença, sem diminuir os outros irmãos.
 
4. Como foi o tratamento que Jesus recebeu?
Todo o tratamento que Jesus recebeu foi semelhante ao dos outros meninos nascidos em Israel.
 
5. Cite os elementos que formam o tríplice desenvolvimento de Jesus.
Sabedoria, estatura e graça.