Ap 5.9-14
INTRODUÇÃO
Estamos caminhando
para o final deste trimestre tão maravilhoso, e hoje iremos estudar uma lição
que tem um grande objetivo: o que eu tenho feito para que o reino de Deus seja
expandido em meio a minha comunidade, bairro e cidade. Ao longo deste trimestre
estivemos observando a obra missionaria de um ponto de vista geral e aplicando
a realidade local, hoje é a hora de analisarmos o real proposito de missões em
relação a nós mesmos.
I. PORQUE DEVEMOS
EVANGELIZAR
Dentre as muitas
razões pelas quais devemos anunciar o evangelho, citaremos algumas:
1. Porque a humanidade está perdida.
Por causa da
desobediência de Adão, o homem tornou-se destituído da glória de Deus (Rm 3.23)
e a situação espiritual da humanidade é de condenação e perdição (Rm 5.12,19;
6.23).
2. Porque somente Jesus Cristo pode salvar a
humanidade.
De acordo com as
Escrituras, só existe um meio para que o homem possa obter a salvação: a fé em
Jesus Cristo (Jo 3.16,17; At 4.12; Ef 2.8,9; I Tm 2.5). Mas, para que o pecador
possa crer em Cristo, é necessário que alguém pregue o evangelho (Rm 10.13-17).
Como poderíamos, então, deixar de falar do amor de Deus aos pecadores?
3. Porque temos pouco tempo.
Os sinais que
antecedem a Segunda Vinda de Cristo nos mostram que Jesus em breve voltará para
vir buscar a Sua Igreja (Mt 24.1-14; Mc 13.1-13; Lc 21.5-36), como Ele mesmo
prometeu (Jo 14.1-3; Ap 22.12). Por isso, devemos pregar a tempo e fora de
tempo (2Tm 4.1,2).
II. O ALVO DA OBRA
MISSIONARIA
A evangelização
não consiste apenas em anunciar as boas-novas de salvação, mas, também, no
convencimento do pecador, por parte do Espírito Santo, e na integração do novo
crente, por parte da igreja local, como veremos a seguir:
1. Proclamação.
É a primeira etapa
da evangelização e consiste na comunicação ao pecador a respeito de sua
condição de escravo do pecado (Rm 3.23; 6.23); da natureza e consequência dessa
escravidão (Mc 16.16; Rm 5.18); do amor de Deus e de Sua providência, por
intermédio de Jesus Cristo para salvação da humanidade (Jo 3.16; Rm 5,8); e da
chamada divina para uma decisão por Cristo Jesus (Mt 11.28; Mc 16.15).
2. Convencimento.
É a ação do Espírito
Santo, por intermédio do crente e da exposição da Palavra de Deus, que convence
o homem do seu estado pecaminoso, da justiça divina e do juízo vindouro (Jo
16.8-11). Após a conversão do pecador, o mesmo Espírito passa a habitar no novo
crente, promovendo a regeneração (Jo 3.1-8; Tt 3.5-7).
3. Integração.
Depois da
conversão, o novo crente deve ser integrado à igreja local e conduzido ao
discipulado, onde será conduzido ao desenvolvimento e amadurecimento da sua fé
em Cristo Jesus (Ef 4.12,13; Cl 1.10; 1Pe 2.2). Escrevendo aos Coríntios, o
apóstolo Paulo disse: “Eu plantei (evangelizador), Apolo
regou (discipulador); mas Deus deu o crescimento” (1Co
3.6).
III. PREGAR O
EVANGELHO, NOSSA RESPONSABILIDADE
Em seu livro “Manual de Evangelismo”, o pastor Valdir
Bícego (1990, pp. 12-14) menciona como a Bíblia descreve a tarefa da
evangelização. Vejamos:
1. Como um mandamento.
O Senhor nos
ordenou pregar o evangelho, pois Ele quer que a mensagem da salvação alcance a toda
criatura (Mc 16.15), todas as nações (Mt 28.19), todo
o mundo (Mc 16.15), todas as aldeias (Mt 9.35), todos
os lugares (At 17.30). Todos os crentes, sem exceção, receberam esta
incumbência do Senhor (Mt 10.8; 1Pe2.9).
2. Como uma obrigação.
O apóstolo Paulo
via esta tarefa como uma obrigação: “[...] pois me é imposta esta obrigação; e ai
de mim se não anunciar o evangelho” (1Co 9.16). Não significa dizer que
o crente deva pregar a Palavra constrangido ou forçado, e sim, que devemos
sentir no nosso coração um profundo desejo de falar de Cristo aos pecadores,
como o apóstolo Pedro, que disse: “Porque não podemos deixar de falar do que
temos visto e ouvido” (At 4.20).
3. Como um dever de todo crente.
A evangelização
não é uma tarefa entregue apenas a liderança da Igreja, e nem a um grupo de
cristãos, mas, a todos os salvos (Mt 28.19,20; At 1.8). Portanto, todo aquele
que foi alcançado por tão grande salvação, deve falar de Cristo aos pecadores.
O próprio Jesus disse: “[...] de graça recebestes, de graça daí”
(Mt 10.8).
4. Como um desafio.
Pregar o evangelho
não é uma tarefa fácil. Todo aquele que se dispõe a anunciar a mensagem da salvação
deve estar consciente que sobrevirão dificuldades. Os apóstolos, por exemplo,
foram açoitados, ameaçados e até presos por pregar a Cristo (At 4.17,21,29;
16.22,23; 22.19,24,25). Paulo também enfrentou oposição por parte de Elimas, o encantador
(At 13.8-12); no Areópago, por parte dos escarnecedores (At 17.32-34); e, nas
suas viagens missionárias, por parte das autoridades religiosas de Israel (At
9.23; 13.45,50; 14.1-5).
5. Como um privilégio.
Um dos maiores
privilégios do crente é poder cooperar com Deus. Paulo diz que nós somos “cooperadores
de Deus” (1Co 3.9). E, quando estamos pregando a Palavra, o Senhor coopera
conosco (Mc 16.20). Como é gratificante saber que, através de nós, muitas vidas
poderão ser salvas (Rm 10.13-15; Jo 1.41,42). Paulo tinha esta experiência com
os irmãos de Tessalônica (1Ts 2.7-11,19,20), e como alguns dos seus filhos na
fé, como Tito (Tt 1.4) e Onésimo (Fm 10).
6. O compromisso de cada um de nós com a obra de
missões.
O sentimento do
evangelizador deve ser o mesmo de Cristo: amor e compaixão pelas almas (Mt
9.36; 14.14; Mc 6.34; 8.2; Lc 7.13; Jo 10.11). Por isso, todo o seu ministério
foi dedicado à conquista dos pecadores (Jo 4.34), pois Ele as via como ovelhas
que não tem pastor (Mt 9.36) e como doentes que necessitavam de médicos (Mt
9.12). O amor pelas almas é o resultado de uma comunhão íntima com Deus (1Jo
4.19,20), bem como do conhecimento da perdição do pecador (Rm 6.23). O amor de
Deus, derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm
5.9), nos impulsiona poderosamente a levar as Boas Novas aos perdidos (2Co
5.14). Assim, o ganhador de almas, como o apóstolo Paulo, não deve temer
prisões, tribulações e nem mesmo a morte (At 21.13), mas, seu
desejo é cumprir com alegria a sua carreira de testificar do evangelho da graça
de Deus (At 20.23,24).
IV. O QUE EU POSSO
FAZER?
Segundo Horton
(2006, pp. 299,300), “a Igreja é uma comunidade formada por Cristo em benefício
do mundo. Cristo entregou-se em favor da Igreja, e então a revestiu com o poder
do dom do Espírito Santo a fim de que ela pudesse cumprir o plano e propósito
de Deus”. Muitos itens podem ser incluídos tais como: a evangelização, a
adoração, a edificação e a responsabilidade social. Mas, em se tratando
especificamente da evangelização, há cinco textos onde o Senhor Jesus comissiona
seus discípulos para esta sublime tarefa, são eles: (Mt 28.18-20; Mc 16.15-20;
Lc 24.46-49; Jo 20.21,22 e At 1.8). Esta missão que tem por objetivo proclamar
o evangelho, seguida da mensagem de fé e arrependimento visando o homem em sua
plenitude. Ela representa a responsabilidade da Igreja em promover o reino de
Deus em meio à sociedade. Como representante do reino nesse mundo, a Igreja
deve utilizar todos os meios legítimos para expansão do reino de Deus.
CONCLUSÃO
Como Igreja,
devemos estar cônscios da nossa responsabilidade aqui na terra de proclamar as
boas novas de salvação a todos os homens. Devemos utilizar dos diversos canais
legítimos que dispomos, para que a mensagem de Cristo possa alcançar o maior
número de pessoas. Esta, sem sombra de dúvida alguma, é a maior contribuição
que podemos dar a nossa sociedade.
REFERÊNCIAS
Ø ANDRADE,
Claudionor Correa de. Dicionário Teológico. CPAD.
Ø BÍCEGO,
Valdir. Manual de Evangelismo. CPAD.
Ø BOYER,
Orlando. Esforça-te para Ganhar Almas. VIDA.
Ø COLEMAN,
Robert E. Plano Mestre de Evangelismo Pessoal. CPAD.
Ø GABY,
Wagner. Até os confins da Terra. CPAD.
Ø GILBERTO,
Antônio. A Prática do Evangelismo Pessoal. CPAD.
Ø HORTON,
Stanley. Teologia Sistemática. CPAD.
Ø PEREIRA,
Shostenes. Fundamentação Bíblica para Evangelização. BEREIA.
Ø STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal para Juventude. CPAD.
Por
Rede Brasil de Comunicação.
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