Amós, que significa “carregador de fardos”, era um
leigo, um “boieiro” em Tecoa,
localizada cerca de 16 Km ao sul de Jerusalém onde era conhecido criador de
ovelhas (1.1;7.14) e “colhedor de
sicômoros” (v.14). A primeira atividade o identifica com os ricos, pois não
se tratava de um simples pastor. Porém, a segunda, com os pobres, pois esse
tipo de figo era alimento para os destituídos.
Foi assim que Deus, com muita propriedade, escolheu esse homem para
falar aos ricos de Israel sobre os pobres, e a opressão praticada nesta terra.
Data: 780 a.C.
Tema: Justiça, Retidão e Retribuição Divina pelo
Pecado.
Contexto Histórico:
Os
tempos eram de muita prosperidade. Israel, o Reino do Norte, era governado pelo
dinâmico Jeroboão II. Ele alcançara sucessivas vitórias contra os vizinhos
hostis de Israel e assumira o controle das rotas comerciais que levavam riqueza
a Samaria. A terra era fértil, as chuvas caíam regularmente e os silos estavam
abarrotados de grãos. Nesses anos dourados, foram erguidos majestosos prédios
públicos, os ricos construíam espaçosas residências próximas aos centros
litúrgicos populares, em Betel e Dã, onde podiam usufruir rituais esplêndidos
que satisfaziam seus anseios pela pompa e ostentação. Todavia, por trás da
superfície brilhante da sociedade, escondiam-se terríveis tragédias. Os ricos,
em absoluta negligência à lei de Deus e para com os seus contemporâneos judeus,
desalojaram fazendeiros de seus módulos hereditários de terra, acrescentando-os
ao seu patrimônio pessoal. Os pobres eram os mais oprimidos ainda pelos
mercadores que usavam de pesos injustos na compra e venda de cereais, ao
misturarem casca às sementes de cevada. Aumentava gradativamente o número de
pessoas que eram forçadas a venderem seus filhos e a si mesmas à escravidão. A
justiça favorecia o autor do maior lance. As mulheres dos ricos aumentavam o
luxo cada vez mais. Ninguém se importava com a angústia daqueles contra quem
investiram buscando satisfazer seus próprios interesses. Numa linguagem dura e
objetiva, o profeta expõe cada pecado e, assim fazendo, coloca em julgamento as
injustiças onde quer que ocorram.
Mensagem:
A prosperidade de
Israel servia apenas para aprofundar a corrupção da nação. Ao ser enviado a
Betel, Amós proclamou a seguinte mensagem: “Arrependam-se
ou pereçam”. Com isso o profeta foi expulso da cidade, e proibido de ali
profetizar. Sua mensagem era advertir ao povo sobre o juízo divino, a não ser
que se arrependessem da idolatria, imoralidade e injustiça.
Conteúdo:
O livro de Amós é basicamente uma mensagem de
julgamento sobre as nações, oráculos e visões de julgamento divino sobre
Israel. O tema central do livro é que o povo de Israel havia quebrado seu
concerto com Deus. Como resultado, o castigo de Deus sobre eles por causa do
pecado será severo. Amós começa com uma série de acusações contra os sete
vizinhos de Israel, incluindo Judá, e, depois, ele acusa Israel (1.3-1.16).
Cada nação estrangeira tem de ser castigada por ofensas especificas, seja
contra Israel ou qualquer outra nação. Esse julgamento sobre as nações nos
ensina que Deus é um Monarca universal. Todas as nações estão sob seu controle.
Elas têm de prestar contas a Deus pelos maus tratos às outras nações e povos.
Israel e Judá, todavia serão punidos porque eles quebraram seu concerto com
Deus. A seção seguinte (3.1-6.14) é uma série de três oráculos ou sermões
direcionados contra Israel. Eles incluem a ameaça de exílio. Uma terceira seção
(7.1-9.10) é uma série de cinco visões e julgamento, em duas das quais Deus se
retira. Finalmente, Amós promete restauração para Israel (9.11-15).
Propósito:
Parece que, pouco depois
de Amós
ser expressamente proibido de ali profetizar, ele volta a sua casa em Judá,
onde escreve sua mensagem. Seu propósito era: (1) entregar ao rei
Jeroboão II uma versão escrita de suas advertências proféticas; e (2)
disseminar amplamente em Israel e Judá o oráculo da certeza do iminente juízo
divino contra Israel e as nações em derredor, a não ser que estas se
arrependessem de sua idolatria, imoralidade e injustiça. A destruição de Israel
ocorreria três décadas mais tarde.
Esboços:
Teológico de Oséias
I. JUÍZOS (1-2)
II. DENÚNCIA (3-6)
III. VISÕES (7-9)
Geral
de Oséias
I.
Autor e tema (1-2)
II.
Juízos contra as nações (2.3-2.16)
A. Síria (1.3-5)
B. Filístia (1.6-8)
C. Tiro (1.9-10)
D. Edom (1.11-12)
E. Moabe (2.1-3)
F. Judá(2.4-5)
G. Israel (2.6-16)
III. A denúncia de Israel (3.1-6.14)
A. Anúncio do juízo (3.1-8)
B. Ruína de Samaria (3.9-15)
C. Descaso de Samaria para com as
advertências de Deus (4.1-13)
D. Samaria segue religiões falsas
(5.1-27)
E. Samaria é indiferente para com
o sofrimento do pobre (6.1-14)
IV. Visões de juízos (7.1-9.15)
A. A nuvem de gafanhotos (7.1-13)
B. O fogo (7.4-6)
C. O prumo (7.7-9)
D. Um inciante. Amós é acusado de
perturbar a ordem pública em Betel (7.10-17)
E. Frutos de verão (8.1-14)
F. Deus junto ao Altar em chamas
(9.1-10)
G. A restauração do futuro reino
da justiça de Deus (9.11-15)
Referências:
Ø
BOYER, Orlando. Pequena
Enciclopédia Bíblica. CPAD.
Ø
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.
Ø
GILBERTO, Antônio. A Bíblia Através dos séculos.
CPAD.