Pv
5.1-6
INTRODUÇÃO
Veremos nesta lição as
consequências do adultério; quais as advertências que a Bíblia nos mostra para
não cairmos neste mal; analisaremos ainda as características da mulher adúltera
de Provérbios 5, e, por fim, finalizaremos mostrando a importância da
fidelidade conjugal.
I – DEFINIÇÃO DA
PALAVRA ADVERTÊNCIA E ADULTÉRIO
O Dicionário Aurélio define a
palavra advertência como: “ato ou efeito de advertir, admoestação, aviso”.
No grego o termo equivalente para advertência é a palavra “noutheteõ” que
também significa: “aviso” (At 20.31; Rm 15.14; 1 Co 4.14; Cl 1.28; 3.16; 1Ts
5.12,14; 2Ts 3.15). O Aurélio define adultério como: “violação ou
transgressão da regra de fidelidade conjugal imposta aos cônjuges pelo contrato
matrimonial”. Já a palavra adultério no grego é “moichós” que
denota: “intercurso ilícito com o cônjuge de outro” (Lc 18.11;
1Co 6.9; Hb 13.4) ou “moicheía” (Mt 15.19; Mc 7.21; Jo 8.3) que
significa: “relação sexual entre uma pessoa casada e outra que não é o
seu cônjuge”. O adultério é expressamente proibido no sétimo
mandamento, “Não adulterarás” (Êx 20.14 e Dt 5.18).
II – A MULHER
ESTRANHA E O ADULTÉRIO
O capítulo 5 de Provérbios começa
aconselhando os homens a se afastarem da mulher imoral. A princípio, os lábios dela
podem parecer “destilar favos de mel”, mas, quando tudo acabar,
só restará tristeza e amargura (Pv 5.4). Vejamos:
2.1 “Porque os lábios da mulher
estranha destilam favos de mel […]” (Pv 5.3-a). A sedução geralmente começa com palavras
lisonjeiras e ardilosas (Pv 2.16). Os lábios de mel devem fazer parte do amor
verdadeiro dentro do casamento (Ct 4.11).
2.2 “[…] e o seu paladar é mais
suave do que o azeite” (Pv 5.3-b). O
livro de Provérbios adverte repetidas vezes quão destrutiva é a imoralidade
sexual. Salomão ressalta que, embora os prazeres enganosos da imoralidade sejam
atraentes, a entrega aos mesmos levam a ruína (Pv 5.7-14).
2.3 “Mas o seu fim é amargoso
como o absinto, agudo como a espada de dois gumes” (Pv 5.4). O futuro de quem prova os lábios
desta “mulher estranha (imoral)” é como o “absinto”, um símbolo de sofrimento
(Dt 29.18), e uma “espada de dois gumes”, o símbolo da morte.
2.4 “Os seus pés descem para a
morte; os seus passos estão impregnados do inferno” (Pv 5.5). Ela caminha pela estrada que
conduz à morte e ao inferno (Pv 2.18).
III -
CARACTERÍSTICAS DA MULHER ADÚLTERA DE PROVÉRBIOS
• Sua natureza é má (Pv 6.24).
“Para te guardarem da mulher má”;
• É descarada (Pv 7.13-17). “Pegou
dele, pois, e o beijou; e com semblante impúdico lhe disse: Sacrifícios
pacíficos tenho comigo; hoje paguei os meus votos. Por isso saí ao teu encontro
a buscar-te diligentemente, e te achei.
• Veste-se indecentemente e é
astuta (Pv 7.10). “E eis que uma mulher lhe saiu ao encontro, ornada à moda
das prostitutas e astuta de coração”.
• Se faz de vítima (Pv 30.20).
“Tal é o caminho da mulher adúltera: ela come, e limpa a sua boca, e diz:
não pratiquei iniquidade”.
• É sedutora (Pv 7.25) “[...]
nem te deixes prender pelos seus olhares”.
• Fala suavemente para enganar
(Pv 5. 3-4; 6.24; 2.16; 7.5,21) “Porque os lábios da mulher licenciosa
destilam mel, e a sua boca é mais macia do que o azeite; mas o seu fim é
amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes”.
• Está sempre atrás de uma
possível vítima (Pv 6.26) “Porque o preço da prostituta é apenas um bocado
de pão, mas a adúltera anda à caça da própria vida do homem. Não se contenta
com um pouco de dinheiro, ela quer sempre mais”.
• É uma mulher astuta (Pv
7.19-20) “Porque meu marido não está em casa; foi fazer uma jornada ao
longe; um saquitel de dinheiro levou na mão; só lá para o dia da lua cheia
voltará para casa”.
• É uma mulher covarde (Pv
23.27-28) “Porque cova profunda é a prostituta; e poço estreito é a
aventureira. Também ela, como o salteador, se põe a espreitar; e multiplica
entre os homens os prevaricadores. Age como amiga da mulher casada e, por trás,
seduz seu marido, furtivamente como um ladrão que age nas trevas”.
• Não mede consequências (Pv
5.5-6) “Os seus pés descem à morte; os seus passos seguem no caminho do
Sheol. Ela não pondera a vereda da vida; incertos são os seus caminhos, e ela o
ignora.
IV - A
INFIDELIDADE CONJUGAL
Adultério, como a maioria dos
pecados, começa na mente (Mc 7.21). O crente em Cristo precisa levar “cativo
todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5). O apóstolo Paulo
exorta o cristão a uma transformação “pela renovação da... mente” (Rm
12.2), e Jesus Cristo, no Sermão da Montanha, disse: “Qualquer que olhar
para uma mulher com intenção impura (pensamento impuro), no coração, já
adulterou com ela” (Mt 5.28). A porta principal da mente são os olhos
(Mt 6.22-23). O casamento é uma aliança feita entre pessoas de sexos
diferentes, motivados pelo amor e que juram fidelidade um ao outro de viverem
juntos até que a morte os separe (Rm 7.2; I Co 7.39). Infelizmente, esse
juramento pode ser quebrado, quando um dos cônjuges se torna infiel ao outro
(Mt 19.9; Mc 10.11). Esta infidelidade é chamada de adultério, e este por sua
vez, é a “relação sexual entre uma pessoa casada e outra que não é o seu
cônjuge” (WYCLIFFE, 2012, p. 35). A vontade de Deus é que os cônjuges
se amem mutuamente (Ef 5.25; Tt 2.4) e fujam da infidelidade (1 Co 6. 18).
V – AS
CONSEQUÊNCIAS DO ADULTÉRIO NA FAMÍLIA
Sem dúvida alguma, a infidelidade
conjugal tem sido a causa de muitas tragédias na família. O que comete
adultério certamente estará praticando o mal (Pv 5.15,18-19; 6.32). Muitos
lares têm sido destruídos por esta arma diabólica. Isto porque o adultério
destrói a confiança, sufoca o amor, mata o respeito, acaba com a transparência,
suscita o ciúme e empurra a família para uma crise de consequências
imprevisíveis. Eis algumas:
(1) Rompimento do casamento (Dt
22.15-21);
(2) Trauma nos filhos (1Sm 13.1-22);
(3) Escândalo na igreja (I Co 5.1);
(4) Mau testemunho para sociedade (I
Co 10.32);
(5) Marcas profundas de ambos os
lados (II Sm 12.15-20);
(6) Os maus exemplos poderão ser
seguidos pelos filhos (II Sm 13) e;
(7) Depressão e perda da comunhão com
Deus (Sl 51.8-12).
VI – COMO EVITAR
O ADULTÉRIO
A Bíblia Sagrada que é a “lâmpada
para os nossos pés e a luz para o nosso caminho” (Sl 119.105),
ensina-nos como devemos proceder para que evitemos este terrível pecado.
Vejamos algumas de suas recomendações:
• Evitando maus
pensamentos, ocupando a mente com o que é proveitoso (Pv 4.23; Fp 4.8; Mt
15.19);
• Estarmos vigilantes. “Vigiai
e orai, para que não entreis em tentação [...]” (Mt 26.41)
• Afastando dos
olhos aquilo que pode levar a pessoa a alimentar seu interior com o pecado (Sl
101.3; Mt 6.22,23);
• Mantendo-se longe
de pessoas cujo comportamento está em desacordo com a Bíblia (Sl 1.1-3; I Co
5.11);
• Mortificando a
carne e andando em Espírito (Cl 3.5; Gl 5.16-18);
• Só abstendo-se do
ato sexual com o cônjuge por consentimento mútuo e por tempo determinado (I Co
7.5);
• Sendo um cônjuge que
mantém seu esposo (a) satisfeito (a) (Pv 5.15; I Co 7.3);
• Observando a
Palavra de Deus (Sl 119.11; Pv 4.20);
• Orando e vigiando sempre
(Mt 26.41).
VII - O
CASAMENTO NA PERSPECTIVA BÍBLICA
O casamento não foi estabelecido
por uma lei humana, nem inventado por alguma civilização. Ele antecede toda a cultura,
tradição, povo ou nação. A história do primeiro casal, Adão e Eva, é
apresentada no Antigo Testamento como a gênese do casamento (Gn 2.18-25). O
texto bíblico deixa claro que Deus “formou uma mulher, e trouxe-a a Adão”
(Gn 2.22-b). Logo, o casamento é uma instituição divina (Mt 19.5,6). O
Aurélio define a palavra “instituição” como: “ato de instituir;
criação, estabelecimento”. Por isso, biblicamente podemos afirmar que estar
casado é:
7.1 Um presente de Deus (I Co 7.7). A palavra “dom” no
grego “charisma” significa: “presente” dando a entender que o homem
é presenteado por Deus com o matrimônio (Pv 18.22; 19.14).
7.2 Um estado honroso. O escritor aos hebreus nos diz: “Venerado
seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula” (Hb 13.4-a). O
Aurélio define a palavra veneração como: “reverência, respeito, admiração,
consideração”. Está explícito que o casamento é uma condição de honra, pois
nele o sexo é desfrutado de forma legal.
7.3 Um meio de satisfação. O ato conjugal também foi criado
para proporcionar prazer ao casal (Pv 5.15-18). O sábio exorta os cônjuges a
desfrutarem do sexo, sem ao menos mencionar os filhos. Neste capítulo, o homem
é incentivado a valorizar a união conjugal honesta e santa, exaltando a monogamia,
a fidelidade e o prazer (Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9).
CONCLUSÃO
Concluímos que devemos estar
atentos vigiando e orando sempre para não cairmos em tentação (Mt 26.41), pois,
o nosso adversário está ao nosso derredor buscando a quem possa tragar (1Pe
5.8). Nossa família deve ser guardada e protegida pela orientação da Palavra de
Deus.
REFERÊNCIAS
• LOPES,
Hernandes Dias. Casamento, divórcio e novo casamento. HAGNOS.
• VINE, W.E, et
al. Dicionário Vine. CPAD.
• STAMPS, Donald C. Bíblia
de Estudo Pentecostal. CPAD.
Por Rede Brasil de Comunicação
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