sexta-feira, 11 de outubro de 2013

LIÇÃO 02 – ADVERTÊNCIAS CONTRA O ADULTÉRIO



 Pv 5.1-6




INTRODUÇÃO
Veremos nesta lição as consequências do adultério; quais as advertências que a Bíblia nos mostra para não cairmos neste mal; analisaremos ainda as características da mulher adúltera de Provérbios 5, e, por fim, finalizaremos mostrando a importância da fidelidade conjugal.


I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA ADVERTÊNCIA E ADULTÉRIO
O Dicionário Aurélio define a palavra advertência como: “ato ou efeito de advertir, admoestação, aviso”. No grego o termo equivalente para advertência é a palavra “noutheteõ” que também significa: “aviso” (At 20.31; Rm 15.14; 1 Co 4.14; Cl 1.28; 3.16; 1Ts 5.12,14; 2Ts 3.15). O Aurélio define adultério como: “violação ou transgressão da regra de fidelidade conjugal imposta aos cônjuges pelo contrato matrimonial”. Já a palavra adultério no grego é “moichós” que denota: “intercurso ilícito com o cônjuge de outro” (Lc 18.11; 1Co 6.9; Hb 13.4) ou “moicheía” (Mt 15.19; Mc 7.21; Jo 8.3) que significa: “relação sexual entre uma pessoa casada e outra que não é o seu cônjuge”. O adultério é expressamente proibido no sétimo mandamento, “Não adulterarás” (Êx 20.14 e Dt 5.18).


II – A MULHER ESTRANHA E O ADULTÉRIO
O capítulo 5 de Provérbios começa aconselhando os homens a se afastarem da mulher imoral. A princípio, os lábios dela podem parecer “destilar favos de mel”, mas, quando tudo acabar, só restará tristeza e amargura (Pv 5.4). Vejamos:

2.1 “Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel […]” (Pv 5.3-a). A sedução geralmente começa com palavras lisonjeiras e ardilosas (Pv 2.16). Os lábios de mel devem fazer parte do amor verdadeiro dentro do casamento (Ct 4.11).

2.2 “[…] e o seu paladar é mais suave do que o azeite” (Pv 5.3-b). O livro de Provérbios adverte repetidas vezes quão destrutiva é a imoralidade sexual. Salomão ressalta que, embora os prazeres enganosos da imoralidade sejam atraentes, a entrega aos mesmos levam a ruína (Pv 5.7-14).

2.3 “Mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes” (Pv 5.4). O futuro de quem prova os lábios desta “mulher estranha (imoral)” é como o “absinto”, um símbolo de sofrimento (Dt 29.18), e uma “espada de dois gumes”, o símbolo da morte.

2.4 “Os seus pés descem para a morte; os seus passos estão impregnados do inferno” (Pv 5.5). Ela caminha pela estrada que conduz à morte e ao inferno (Pv 2.18).


III - CARACTERÍSTICAS DA MULHER ADÚLTERA DE PROVÉRBIOS
Sua natureza é má (Pv 6.24). “Para te guardarem da mulher má”;
É descarada (Pv 7.13-17). “Pegou dele, pois, e o beijou; e com semblante impúdico lhe disse: Sacrifícios pacíficos tenho comigo; hoje paguei os meus votos. Por isso saí ao teu encontro a buscar-te diligentemente, e te achei.
Veste-se indecentemente e é astuta (Pv 7.10). “E eis que uma mulher lhe saiu ao encontro, ornada à moda das prostitutas e astuta de coração”.
Se faz de vítima (Pv 30.20). “Tal é o caminho da mulher adúltera: ela come, e limpa a sua boca, e diz: não pratiquei iniquidade”.
É sedutora (Pv 7.25) “[...] nem te deixes prender pelos seus olhares”.
Fala suavemente para enganar (Pv 5. 3-4; 6.24; 2.16; 7.5,21) “Porque os lábios da mulher licenciosa destilam mel, e a sua boca é mais macia do que o azeite; mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes”.
Está sempre atrás de uma possível vítima (Pv 6.26) “Porque o preço da prostituta é apenas um bocado de pão, mas a adúltera anda à caça da própria vida do homem. Não se contenta com um pouco de dinheiro, ela quer sempre mais”.
É uma mulher astuta (Pv 7.19-20) “Porque meu marido não está em casa; foi fazer uma jornada ao longe; um saquitel de dinheiro levou na mão; só lá para o dia da lua cheia voltará para casa”.
É uma mulher covarde (Pv 23.27-28) “Porque cova profunda é a prostituta; e poço estreito é a aventureira. Também ela, como o salteador, se põe a espreitar; e multiplica entre os homens os prevaricadores. Age como amiga da mulher casada e, por trás, seduz seu marido, furtivamente como um ladrão que age nas trevas”.
Não mede consequências (Pv 5.5-6) “Os seus pés descem à morte; os seus passos seguem no caminho do Sheol. Ela não pondera a vereda da vida; incertos são os seus caminhos, e ela o ignora.


IV - A INFIDELIDADE CONJUGAL
Adultério, como a maioria dos pecados, começa na mente (Mc 7.21). O crente em Cristo precisa levar “cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5). O apóstolo Paulo exorta o cristão a uma transformação “pela renovação da... mente” (Rm 12.2), e Jesus Cristo, no Sermão da Montanha, disse: “Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura (pensamento impuro), no coração, já adulterou com ela” (Mt 5.28). A porta principal da mente são os olhos (Mt 6.22-23). O casamento é uma aliança feita entre pessoas de sexos diferentes, motivados pelo amor e que juram fidelidade um ao outro de viverem juntos até que a morte os separe (Rm 7.2; I Co 7.39). Infelizmente, esse juramento pode ser quebrado, quando um dos cônjuges se torna infiel ao outro (Mt 19.9; Mc 10.11). Esta infidelidade é chamada de adultério, e este por sua vez, é a “relação sexual entre uma pessoa casada e outra que não é o seu cônjuge” (WYCLIFFE, 2012, p. 35). A vontade de Deus é que os cônjuges se amem mutuamente (Ef 5.25; Tt 2.4) e fujam da infidelidade (1 Co 6. 18).


V – AS CONSEQUÊNCIAS DO ADULTÉRIO NA FAMÍLIA
Sem dúvida alguma, a infidelidade conjugal tem sido a causa de muitas tragédias na família. O que comete adultério certamente estará praticando o mal (Pv 5.15,18-19; 6.32). Muitos lares têm sido destruídos por esta arma diabólica. Isto porque o adultério destrói a confiança, sufoca o amor, mata o respeito, acaba com a transparência, suscita o ciúme e empurra a família para uma crise de consequências imprevisíveis. Eis algumas:
(1) Rompimento do casamento (Dt 22.15-21);
(2) Trauma nos filhos (1Sm 13.1-22);
(3) Escândalo na igreja (I Co 5.1);
(4) Mau testemunho para sociedade (I Co 10.32);
(5) Marcas profundas de ambos os lados (II Sm 12.15-20);
(6) Os maus exemplos poderão ser seguidos pelos filhos (II Sm 13) e;
(7) Depressão e perda da comunhão com Deus (Sl 51.8-12).


VI – COMO EVITAR O ADULTÉRIO
A Bíblia Sagrada que é a “lâmpada para os nossos pés e a luz para o nosso caminho” (Sl 119.105), ensina-nos como devemos proceder para que evitemos este terrível pecado. Vejamos algumas de suas recomendações:
Evitando maus pensamentos, ocupando a mente com o que é proveitoso (Pv 4.23; Fp 4.8; Mt 15.19);
Estarmos vigilantes. “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação [...]” (Mt 26.41)
Afastando dos olhos aquilo que pode levar a pessoa a alimentar seu interior com o pecado (Sl 101.3; Mt 6.22,23);
Mantendo-se longe de pessoas cujo comportamento está em desacordo com a Bíblia (Sl 1.1-3; I Co 5.11);
Mortificando a carne e andando em Espírito (Cl 3.5; Gl 5.16-18);
Só abstendo-se do ato sexual com o cônjuge por consentimento mútuo e por tempo determinado (I Co 7.5);
Sendo um cônjuge que mantém seu esposo (a) satisfeito (a) (Pv 5.15; I Co 7.3);
Observando a Palavra de Deus (Sl 119.11; Pv 4.20);
Orando e vigiando sempre (Mt 26.41).


VII - O CASAMENTO NA PERSPECTIVA BÍBLICA
O casamento não foi estabelecido por uma lei humana, nem inventado por alguma civilização. Ele antecede toda a cultura, tradição, povo ou nação. A história do primeiro casal, Adão e Eva, é apresentada no Antigo Testamento como a gênese do casamento (Gn 2.18-25). O texto bíblico deixa claro que Deus “formou uma mulher, e trouxe-a a Adão” (Gn 2.22-b). Logo, o casamento é uma instituição divina (Mt 19.5,6). O Aurélio define a palavra “instituição” como: “ato de instituir; criação, estabelecimento”. Por isso, biblicamente podemos afirmar que estar casado é:

7.1 Um presente de Deus (I Co 7.7). A palavra “dom” no grego “charisma” significa: “presente” dando a entender que o homem é presenteado por Deus com o matrimônio (Pv 18.22; 19.14).

7.2 Um estado honroso. O escritor aos hebreus nos diz: “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula” (Hb 13.4-a). O Aurélio define a palavra veneração como: “reverência, respeito, admiração, consideração”. Está explícito que o casamento é uma condição de honra, pois nele o sexo é desfrutado de forma legal.

7.3 Um meio de satisfação. O ato conjugal também foi criado para proporcionar prazer ao casal (Pv 5.15-18). O sábio exorta os cônjuges a desfrutarem do sexo, sem ao menos mencionar os filhos. Neste capítulo, o homem é incentivado a valorizar a união conjugal honesta e santa, exaltando a monogamia, a fidelidade e o prazer (Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9).


CONCLUSÃO
Concluímos que devemos estar atentos vigiando e orando sempre para não cairmos em tentação (Mt 26.41), pois, o nosso adversário está ao nosso derredor buscando a quem possa tragar (1Pe 5.8). Nossa família deve ser guardada e protegida pela orientação da Palavra de Deus.



REFERÊNCIAS
• LOPES, Hernandes Dias. Casamento, divórcio e novo casamento. HAGNOS.
• VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

                                                                                                                                                                           Por Rede Brasil de Comunicação

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