I Tm 4.1,2; 58;12,16
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
iniciaremos trazendo as definições das palavras: apostasia, fidelidade,
diligência e ministério. Analisaremos os passos que levam uma pessoa à
apostasia e em seguida, mostraremos alguns exemplos de maus obreiros que
trouxeram grandes prejuízos na obra, como também, analisaremos os bons exemplos
de obreiros que foram muito úteis ao apóstolo dos gentios.
I. DEFINIÇÕES DE APOSTASIA,
FIDELIDADE, DILIGÊNCIA E MINISTÉRIO
1.1 Apostasia. O termo
apostasia vem do grego “apostásis” e significa “o abandono premeditado e consciente da fé cristã” . O termo grego “aphistemi” é
definido por: “apartar, decair, desertar, retirar, rebelião, abandonar,
afastar-se daquilo que antes se estava ligado” (STAMPS, 1995,
p. 1903).
1.2 Fidelidade. O dicionário
Aurélio diz que esta palavra significa: “qualidade
de fiel; lealdade; constância, firmeza nas afeições, nos sentimentos;
perseverança. Observância rigorosa da verdade; exatidão”. O termo em
hebraico é 'emunah' cujo significado básico é “certeza” e
“fidelidade” (VINE, 2002, p. 128 – grifo nosso).
1.3 Diligência. Segundo Ferreira
(2004, p. 679) a palavra diligência significa: “ter cuidado, zelo, aplicação, presteza”.
1.4 Ministério. Andrade (2006,
p. 265) ao falar sobre a palavra ministério afirma que é: “um ofício, cargo, função, incumbência” do
grego “ministerium”. A principal característica do ministério
cristão é o serviço. O dicionário Vine (2002, p.791)
falando sobre o exercício ministerial diz que: “vem da expressão 'leitourgos’,
ao qual corresponde no NT aos ministros sacros” (Lc 1.23; Hb 8.6; 9.21 – grifo
nosso).
II. CARACTERÍSTICAS DOS MAUS
COOPERADORES NAS CARTAS PASTORAIS
Paulo cita
alguns exemplos específicos de obreiros que apostataram e naufragaram na fé.
Vejamos:
2.1 Himeneu, um
exemplo daqueles que blasfemam à obra (I Tm 1.20a).
A passagem de I
Timóteo 1.20 e II Timóteo 2.17 mostram-nos uma repreensão severa a três
“cooperadores” da obra que tinham blasfemado contra a Igreja, entristecendo a
Paulo e afundado suas próprias vidas. Inevitavelmente tinham caído em más
práticas. Pontuemos:
2.2 Fileto, um
exemplo daqueles que apostatam da obra (I Tm 6.21; II Tm 2.17). Não sabemos
muita coisa alguma sobre este homem, Fileto. Os dois (Fileto e Himeneu) "se desviaram da verdade" ao ensinar que a ressurreição já
havia ocorrido. Talvez
ensinassem que a salvação é a ressurreição em sentido espiritual, de modo que o
cristão não deveria esperar uma ressurreição física. Mas a negação da
ressurreição física é algo extremamente sério (I Co 15.12), pois envolve a ressurreição
de Cristo e a consumação do plano de Deus para a salvação de seu povo. Não é de
se admirar que esses falsos mestres estivessem "pervertendo a fé a alguns" (II Tm 2.18)
(WIERSBE, 2007, 320).
2.1.1 “...os
quais entreguei a Satanás para que aprendam a não blasfemar” (I Tm 1.20b).
A expressão "os quais entreguei a Satanás" deixa implícita
que Paulo estivesse pensando na prática judia da excomunhão, pois, de acordo
com o praticado nas sinagogas, se um homem fizesse o mal, em primeiro lugar,
era repreendido publicamente. Se isso fosse ineficaz, era expulso da sinagoga
por trinta dias. Se ainda continuasse obstinado em não arrepender-se, era
considerado uma pessoa maldita, desterrada da sociedade dos homens e da
comunhão com Deus. “Em tal caso, era bem possível dizer que o homem era
entregue a Satanás...” Outra possibilidade, era que Paulo queria dizer que
os expulsou da igreja, deixando-os livres no mundo para sofrerem suas
consequências. Para Paulo, o castigo nunca era uma vingança reivindicativa; era
sempre uma disciplina que remediava. Seu fim nunca era ferir; sempre buscava
curar (BARCLAY, sd, p. 65).
2.3 Alexandre,
um exemplo daqueles que perturbam à obra (II Tm 4.14).
Alexandre era um nome comum naquele tempo (I Tm 1.20), de modo que não temos como saber, ao certo, se é o mesmo homem citado na segunda carta de Paulo a Timóteo (II Tm 4.14); mas, caso seja, fica claro que resistiu a Paulo e continuou ensinado doutrinas falsas. Alexandre mostrou-se reprovado para com Paulo no sentido de ter-lhe revelado um coração mau em sua oposição ao Evangelho. O apóstolo Paulo usa a expressão: “Guarda-te também dele...”. Paulo ordena a Timóteo que evite Alexandre, pois ele atacou a verdade abertamente “...porque resistiu muito às nossas palavras”.
Alexandre era um nome comum naquele tempo (I Tm 1.20), de modo que não temos como saber, ao certo, se é o mesmo homem citado na segunda carta de Paulo a Timóteo (II Tm 4.14); mas, caso seja, fica claro que resistiu a Paulo e continuou ensinado doutrinas falsas. Alexandre mostrou-se reprovado para com Paulo no sentido de ter-lhe revelado um coração mau em sua oposição ao Evangelho. O apóstolo Paulo usa a expressão: “Guarda-te também dele...”. Paulo ordena a Timóteo que evite Alexandre, pois ele atacou a verdade abertamente “...porque resistiu muito às nossas palavras”.
2.4 Demas, um
exemplo daqueles que abandonam à obra (II Tm 4.10).
Demas é citado apenas três vezes no NT e, no entanto, essas três citações contam uma triste história de fracasso. Paulo refere-se à Demas, ao lado de Marcos e de Lucas, como "meus cooperadores" (Fm 1.24). Na próxima referência, o chama apenas de "Demas" (Cl 4.14). Aqui (II Tm 4.10) diz: "Demas [...] me abandonou”. O apóstolo dá o motivo: "tendo amado o presente século" (WIERSBE, 2007, p. 333).
Demas é citado apenas três vezes no NT e, no entanto, essas três citações contam uma triste história de fracasso. Paulo refere-se à Demas, ao lado de Marcos e de Lucas, como "meus cooperadores" (Fm 1.24). Na próxima referência, o chama apenas de "Demas" (Cl 4.14). Aqui (II Tm 4.10) diz: "Demas [...] me abandonou”. O apóstolo dá o motivo: "tendo amado o presente século" (WIERSBE, 2007, p. 333).
III. TIPOS DE APOSTASIAS E SEUS
RESULTADOS
Como já vimos, a
palavra apostasia significa: “ato de desviar-se ou
afastar-se do relacionamento com Deus”. Vejamos as consequências da
apostasia:
3.1 A apostasia
pessoal (Hb 3.12).
Apostatar significa cortar o relacionamento salvífico com Cristo, ou apartar-se da união vital com Ele e da verdadeira fé nEle. Sendo assim, a apostasia individual é possível somente para quem já experimentou a salvação, a regeneração e a renovação pelo Espírito Santo (Lc 8.13; Hb 6.4,5); não é simples negação das doutrinas do NT pelos inconversos dentro da igreja visível. A apostasia pode envolver dois aspectos distintos, embora relacionados entre si.
Apostatar significa cortar o relacionamento salvífico com Cristo, ou apartar-se da união vital com Ele e da verdadeira fé nEle. Sendo assim, a apostasia individual é possível somente para quem já experimentou a salvação, a regeneração e a renovação pelo Espírito Santo (Lc 8.13; Hb 6.4,5); não é simples negação das doutrinas do NT pelos inconversos dentro da igreja visível. A apostasia pode envolver dois aspectos distintos, embora relacionados entre si.
3.1.1 A
apostasia teológica.
É
o desvio de parte ou totalidade dos ensinos de Cristo e dos apóstolos (I Tm 4.1; II Tm 4.3). Os falsos obreiros apresentam uma salvação fácil e uma graça divina
sem valor, desprezando as exigências do arrependimento, à separação da
imoralidade, e à lealdade a Deus e seus padrões (2 Pe 2.13,1219). Os falsos “evangelhos”, voltados a interesses humanos, necessidades e alvos
egoístas, gozam de popularidade por sua mensagem fácil e agradável.
3.1.2 A apostasia moral.
É o abandono da comunhão salvífica com Cristo e o envolvimento com o pecado e a imoralidade. Esses apóstatas podem até anunciar a sã doutrina bíblica, e mesmo assim nada terem com os padrões morais de Deus (Is 29.13; Mt 23.2528). São aqueles que eram crentes e deixaram de permanecer em Cristo e voltaram a ser escravos do pecado e da imoralidade (Is 29.13; Mt 23.2528; Rm 6.1523; 8.613). Existem muitas que igrejas permitem tudo para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (1 Tm 4.1). O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por Jesus (Fp 1.29), de renunciar todo tipo de pecado (Rm 8.13), de sacrificar-se pelo reino do Senhor e de renunciar a si mesmo será algo raro (Mt 24.12; 2 Tm 3.15; 4.3). No dia do Senhor, cairá a ira de DEUS contra os que rejeitarem a sua verdade (1 Ts 5.29).
É o abandono da comunhão salvífica com Cristo e o envolvimento com o pecado e a imoralidade. Esses apóstatas podem até anunciar a sã doutrina bíblica, e mesmo assim nada terem com os padrões morais de Deus (Is 29.13; Mt 23.2528). São aqueles que eram crentes e deixaram de permanecer em Cristo e voltaram a ser escravos do pecado e da imoralidade (Is 29.13; Mt 23.2528; Rm 6.1523; 8.613). Existem muitas que igrejas permitem tudo para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (1 Tm 4.1). O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por Jesus (Fp 1.29), de renunciar todo tipo de pecado (Rm 8.13), de sacrificar-se pelo reino do Senhor e de renunciar a si mesmo será algo raro (Mt 24.12; 2 Tm 3.15; 4.3). No dia do Senhor, cairá a ira de DEUS contra os que rejeitarem a sua verdade (1 Ts 5.29).
3.2 Passos que
levam à apostasia.
Podemos elencar alguns passos que levam uma pessoa à apostasia: (1) Quando o crente, por sua falta de fé, deixa de levar plenamente a sério as verdades, exortações, advertências, promessas e ensinos da Bíblia (Mc 1.15; Lc 8.13; Jo 5.44,47; 8.46); (2) Quando as realidades do mundo chegam a ser maiores do que as do reino celestial, e o crente deixa paulatinamente de aproximar-se do Senhor (4.16; 7.19,25; 11.6); (3) P or causa da aparência enganosa do pecado, a pessoa se torna cada vez mais tolerante do pecado na sua própria vida (1 Co 6.9,10; Ef 5.5; Hb 3.13). (4) Quando o crente já não ama a retidão nem odeia a iniquidade, e, (5) P or causa da dureza do seu coração e da sua rejeição dos caminhos do Senhor, não faz caso da repetida voz e repreensão do Espírito Santo (Ef 4.30; 1 Ts 5.1922; Hb 3.711).
Podemos elencar alguns passos que levam uma pessoa à apostasia: (1) Quando o crente, por sua falta de fé, deixa de levar plenamente a sério as verdades, exortações, advertências, promessas e ensinos da Bíblia (Mc 1.15; Lc 8.13; Jo 5.44,47; 8.46); (2) Quando as realidades do mundo chegam a ser maiores do que as do reino celestial, e o crente deixa paulatinamente de aproximar-se do Senhor (4.16; 7.19,25; 11.6); (3) P or causa da aparência enganosa do pecado, a pessoa se torna cada vez mais tolerante do pecado na sua própria vida (1 Co 6.9,10; Ef 5.5; Hb 3.13). (4) Quando o crente já não ama a retidão nem odeia a iniquidade, e, (5) P or causa da dureza do seu coração e da sua rejeição dos caminhos do Senhor, não faz caso da repetida voz e repreensão do Espírito Santo (Ef 4.30; 1 Ts 5.1922; Hb 3.711).
IV. CARACTERÍSTICAS DOS BONS
COOPERADORES NAS CARTAS PASTORAIS
4.1 Lucas, um
exemplo daqueles que amam à obra (II Tm 4.11).
Paulo diz que este obreiro é o "médico amado" que viajava com Paulo (Cl 4.14). É o autor do Evangelho de Lucas e do Livro de Atos (convém observar a seção de Atos escrita na primeira pessoa do plural, indicando que Lucas foi testemunha ocular dos acontecimentos). É provável que Paulo tenha ditado a carta de 2 Timóteo a Lucas, pois, ele serviu a Paulo como um amanuense (aquele que escreve o que é ditado). Uma vez que Lucas era médico, deve ter apreciado a referência que Paulo faz ao câncer (II Tm 2.17).
Paulo diz que este obreiro é o "médico amado" que viajava com Paulo (Cl 4.14). É o autor do Evangelho de Lucas e do Livro de Atos (convém observar a seção de Atos escrita na primeira pessoa do plural, indicando que Lucas foi testemunha ocular dos acontecimentos). É provável que Paulo tenha ditado a carta de 2 Timóteo a Lucas, pois, ele serviu a Paulo como um amanuense (aquele que escreve o que é ditado). Uma vez que Lucas era médico, deve ter apreciado a referência que Paulo faz ao câncer (II Tm 2.17).
4.2 Timóteo, um
exemplo daqueles que são fiéis na obra (II Tm 4.11).
Nenhum outro
líder cristão, dentre os companheiros de trabalho de Paulo, foi tão recomendado
por ele como Timóteo, especialmente em face de sua lealdade (I Co 16.10; Fp
2.19; II Tm 3.10). Acerca de Timóteo, o apóstolo destaca ainda que ele era: (1)
um estudante zeloso e obediente a Palavra de Deus (II Tm 3.15); (2) um
servo perseverante (I Ts 3.2); (3) u m homem de boa reputação (At
16.2); (4) amado e fiel (I Co 4.17); e (5) companheiro dedicado a
Paulo e ao evangelho (Rm 16.21; II Tm 4.9,2122).
4.3 Tito, um exemplo daqueles que são dedicados
na obra (Tt 1.4).
Tito
aparece no NT como um excelente líder. Ele é descrito por Paulo como “...verdadeiro filho, segundo a fé comum...” (Tt 1.4). O
apóstolo deixou transparecer a devoção genuína e a preocupação pastoral deste
cooperador (II Co 8.16,17). A alegria cristã e a dedicação de Tito serviam de inspiração
para Paulo (II Co 7.1315). Foi enviado com Timóteo para tratar dos problemas
mais sérios nas igrejas (Tt 1.5).
4.4 Tíquico, um
exemplo daqueles que são disponíveis na obra (II Tm 4.12)
Ficou com Paulo
durante seu primeiro período na prisão (Ef 6.21,22; Cl 4.7,8). Paulo enviou
Tíquico a Creta para substituir Tito (Tt 3.12). Depois, o envia a Éfeso para
assumir o lugar de Timóteo. Ainda podemos citar: Priscila e Áquila, um
exemplo daqueles que dão a sua vida na obra (II Tm 4.19). Era um casal que
ajudou Paulo de várias maneiras (At 18.1-3,24-28; Rm 16.3,4; 1 Co 16.19). Agora, estavam
em Éfeso auxiliando Timóteo em seu ministério.
CONCLUSÃO
O apóstolo Paulo
tinha em sua companhia homens de Deus sinceros, com os quais ele podia contar
na administração do trabalho do Senhor em Éfeso. Timóteo e outros obreiros
cujas virtudes são louváveis, constituem-se para nós hoje, verdadeiros exemplos
de como devemos agir no serviço de Deus fielmente.
ATENÇÃO!
Sugerimos como dinâmica para esta lição a dinâmica plantando boas sementes.
REFERÊNCIAS
Ø FERREIRA,
Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. EDITORA
POSITIVO.
Ø STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø BARCLAY,
William. Comentário Bíblico do Novo Testamento: 1 Timóteo.
Por
Rede Brasil de Comunicação
Nenhum comentário:
Postar um comentário