quarta-feira, 30 de novembro de 2016

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2016







   O DEUS DE TODA PROVISÃO –
Esperança e sabedoria divina para
a Igreja em meio às crises  






Lição 08

Para Refletir
A respeito de Rute, Deus trabalha pela família, responda:


A escassez em Belém era resultado de quê?
A escassez era resultado do mau governo dos últimos juízes de Israel. Estes haviam abandonado ao Senhor.

Para onde Elimeleque e sua família foram para escapar da fome?
Eles foram para Moabe.

No tempo de Noemi quem deveria sustentar uma viúva?
Os filhos e parentes mais próximos.

Qual o significado dos nomes Noemi e Mara?
Noemi significa agradável, mas Mara, amarga.

Boaz é um tipo de quem?
Boaz é um tipo de Cristo, o nosso Redentor que sendo rico se fez pobre para nos fazer herdeiros das suas riquezas (2 Co 8.9).


LIÇÃO 08 – RUTE: DEUS TRABALHA PELA FAMÍLIA








Rt 1.1-14





INTRODUÇÃO
Nesta presente lição, destacaremos importantes verdades sobre a família de Elimeleque, cuja história está registrada no Livro de Rute. Por meio desta narrativa, aprenderemos quais atitudes que esta família tomou diante da crise que lhes sobreveio e as consequências advindas destas escolhas; e, por fim, veremos Deus revelando-se como supridor e cheio de misericórdia, dando a uma história trágica um grande final feliz.


I. QUANDO A CRISE AFETA A FAMÍLIA
E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra [...]” (Rt 1.1a). Assim se inicia o livro de Rute, relatando uma grande crise econômica que afetou a cidade de Belém antigamente chamada de Efrata (Gn 35.19; 48.7; Rt 4.11). Tal situação se instaurou não somente por causas naturais, mas porque nesse período dos juízes o povo de Israel diversas naufragou na fé dando as costas para Deus adorando aos ídolos e vivendo de forma desregrada (Jz 2.11; 3.7,12; 4.1; 6.1; 10.6; 13.1; 17.6). Deus puniu o seu povo como havia prometido (Dt 28.15-68).

1.1 A família de Elimeque (Rt 1.1,2). 
Entre os belemitas destaca-se nesse  período a família de Elimeleque cujo nome significa: “Deus é rei”. Esse homem era casado com uma mulher chamada Noemi que significa: “agradável”. Com ela teve dois filhos, a saber: Malom que quer dizer: “doentio” e Quiliom “definhante”. Os nomes dos filhos podem revelar que ambos tinham a saúde debilitada.

1.2 A decisão de Elimeleque (Rt 1.1). 
Quando Elimeleque, o pai de família, viu a crise econômica chegar em Belém, se viu na responsabilidade de como mantenedor da família tomar uma decisão que viesse resolver este problema. A Bíblia diz que ele resolveu fugir da crise indo para a terra de Moabe. Segundo Lopes (2012, p. 24) ,“quando falta pão na Casa do Pão, a solução não é abandonar Belém, mas esperar a intervenção de Deus”. Moabe ficava num planalto a leste do mar Morto, a uns oitenta quilômetros de Belém. O motivo da atitude de Elimeleque era nobre, proporcionar sustento a sua família, todavia a atitude de fuga da adversidade e o lugar para onde este patriarca se dirigiu nos mostram quão grande erro cometeu. Por exemplo: a) a Bíblia nos informa que Moabe foi um filho de Ló, o fruto de um relacionamento incestuoso de Ló com uma de suas filhas (Gn. 19.36,37); b) os moabitas pagaram a Balaão para amaldiçoar Israel, durante a peregrinação de Israel a Canaã (Nm. 22.1-8); c) sob circunstâncias normais os moabitas eram excluídos da participação da vida nacional e cooperativa de Israel (Dt 23.3-6). e, d) Na batalha contra Josafá os moabitas se aliaram com os amonitas e os edomitas para virem contra Judá (II Cr 20.1). É sempre muito perigoso para o crente “peregrinar” por qualquer lugar sem a orientação divina, ainda mais sabendo de antemão que determinado lugar é hostil a fé que professamos. A voz da necessidade não pode ser mais forte que a voz de Deus para nos dirigir.

1.3 As crises na família de Elimeleque (Rt 1.3-5). 
Elimeque saiu de Belém para resolver uma dificuldade e acabou contraindo mais problemas. Saiu para peregrinar em Moabe, no entanto, passou ali quase “dez anos” (Rt 1.4). Nesse período ele veio a falecer (Rt 3.1); seus filhos casaram-se com mulheres que não eram de Israel (Rt 1.4); depois, seus filhos também morreram (Rt 1.5a). “O Talmude considera isto punição por terem deixado Judá” “(CUNDALL apud BATHRA, 1986, p. 235). O texto bíblico narra a situação que ficou Noemi “ficando assim a mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido” (Rt 1.5b). Nenhuma família se prepara para a morte de um dos membros. Tal situação desestabiliza o homem física, emocional, financeira e algumas vezes espiritualmente. Precisamos estar prontos para enfrentar estas dificuldades contando sempre com a graça de Deus (II Co 12.9).


II. RETORNANDO AO LUGAR DE ORIGEM
Deus nunca deixou de cuidar do seu povo. Seja a privação como punição pelo pecado ou por provação, a escassez era temporária, nunca permanente (Hc 3.2). Embora Judá estivesse passando por uma crise, Deus interviu no tempo certo, enviando-lhes o necessário “Então se levantou ela com as suas noras, e voltou dos campos de Moabe, porquanto na terra de Moabe ouviu que o SENHOR tinha visitado o seu povo, dando-lhe pão” (Rt 1.6). Quando soube que Deus havia suprido a necessidade do seu povo em Belém, Noemi, resolveu tomar algumas atitudes. Vejamos quais foram:

2.1 Retornar a Belém: uma atitude certa (Rt 1.6). 
Noemi, resolveu retornar de Moabe para Belém ao saber das boas notícias da provisão de Deus para o seu povo. Para isto, propôs em seu coração despedir-se das suas duas noras, Rute e Orfa. A princípio ambas resistiram deixá-la, no entanto, Orfa atendeu a voz de Noemi, porém, Rute apegou-se a sua sogra demonstrando que não somente estava disposta a estar junto dela, no lugar que esta quisesse, como também até de aceitar a fé no Deus que Noemi servia (Rt 1.16,17). Como podemos ver, enquanto estivermos com vida, haverá oportunidade de regressarmos do caminho errado para o caminho certo (Jr 4.1; 15.19; Lc 15.17-20).

2.2 Acusar Deus: uma atitude errada (Rt 1.9,20,21). 
Diante do sofrimento que estava enfrentando, Noemi acusou Deus o tempo todo. Ela disse as suas noras “a mão do SENHOR se descarregou contra mim” (Rt 1.9b). Diante do povo de Belém afirmou: “Não me chameis Noemi; chamai-me Mara; porque grande amargura me tem dado o Todo Poderoso” (Rt 1.20b). Acrescentou ainda dizendo: “Cheia parti, porém vazia o SENHOR me fez tornar” (Rt 1.21a). E, por fim, “O SENHOR testifica contra mim, e o Todo Poderoso me tem feito mal” (Rt 1.21b). Segundo Champlin (2001, p. 1099), “a teologia dos hebreus era deficiente quanto a causas secundárias dos sofrimentos; e, por isso mesmo, todas as coisas eram lançadas na conta de Deus”. Com frequência, o ser humano procura alguém para transferir a culpa pelos erros que cometeu (Gn 3.12). Todavia, o profeta Jeremias nos responde a esta questão com as seguintes palavras: “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados” (Lm 3.39).

2.3 Rever os conceitos: uma atitude certa (Rt 2.20). Noemi havia culpado Deus pelos sofrimentos que havia passado em Moabe. Todavia, após regressar para Belém, sua visão mudou. Deus ao contrário do que ela pensava, ao invés de prejudicá-la estava a todo tempo cuidando da sua vida, como ela pôde asseverar mais tarde: “Bendito seja ele do SENHOR, que ainda não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem para com os mortos” (Rt 2.20a). Somos tentados a pensar que em momentos de crise estamos sós e que Deus não se importa com o nosso sofrimento. Tal pensamento não se coaduna com o caráter divino, “porque a sua benignidade dura para sempre”  (Sl 136.1).


III. COMO DEUS SE REVELOU NO LIVRO DE RUTE
Embora o livro de Rute nos mostre diversos sofrimentos que sobrevieram ao povo de Judá e especificamente a família de Elimeleque, ele também nos mostra que mesmo ao mais intenso sofrimento, o nosso Deus pode se revelar de forma gloriosa. Vejamos como Deus se revelou:

3.1 O Deus da provisão (Rt 1.6; 2.3; 14-17). 
Segundo Aurélio provisão é: “ato ou efeito de prover; fornecimento, abastecimento” (2004, p. 1650). Sendo assim, podemos definir a provisão divina como a atividade do Deus Soberano, em provê as necessidades da sua criação, intervindo para sua preservação (CAMPOS, 2001, p. 8). No caso dessa história no livro de Rute, vemos Deus agindo da seguinte maneira: a) providenciando Rute para estar com ela, lhe fazendo companhia; b) conduzindo de forma invisível os caminhos de Rute para trabalhar numa eira que pertencia a Boaz parente de Elimeleque, o falecido esposo de Noemi; c) fazendo Rute alcançar graça aos olhos de Boaz sendo beneficiada na colheita; e, d) permitindo o casamento de Boaz com Rute, suscitando descendência a Noemi (Rt 4.13-15).

3.2 O Deus da compaixão (Rt 2.20). 
A palavra “compaixão” segundo o Aurélio quer dizer: “pesar que em nós desperta ante a infelicidade, a dor, o mal de outrem” (2004, p. 507). Segundo Soares (2008, p. 76), “misericórdia é o termo teológico para compaixão; trata-se da disposição de Deus para socorrer os oprimidos e perdoar os culpados”. A Bíblia nos mostra que Deus cheio de compaixão e misericórdia (Nm 14.18; I Cr 21.13; Ne 9.31; Sl 86.15; Jn 4.11). No período dos juízes, especificamente, vemos que sempre que Israel pecava contra Deus, ele recebia severas punições (Jz 1.4; 2.14; 13.1). Todavia, quando este povo arrependido se voltava para Deus, ele os perdoava e abençoava (Jz 2.16; 3.9,15). De igual forma, apesar dos erros cometidos por Elimeque, Deus resolveu usar de misericórdia em relação a sua esposa (Rt 1.6). Na oração de Habacuque, vemos o profeta pedindo: “[...] na tua ira lembra-te da misericórdia”  (Hc 3.2).

3.3 O Deus que muda a história (Rt 4.14-22). 
Diante das vicissitudes da vida, Noemi cujo nome significa “agradável” desejou que a chamassem de Mara que significa: “amarga”. Na sua precipitação, atribuiu sua amargura a Deus, entendo que Ele a puniu junto com a sua família (Rt 1.20-b). Todavia, apesar de tal cosmovisão errada a respeito de Deus, Noemi ao retornar para Belém, viu o Senhor reconstruir sua vida e mudar a sua história. Rute, casou-se com Boaz. Este homem é apresentado em Rute 2.1 como “homem poderoso e rico”, parente do marido falecido de Noemi. Ele era dono das terras nas quais Rute foi respigar, quando buscava um campo onde recolher algumas espigas (Rt 2.3). Sua chegada no campo deu a Boaz a oportunidade inicial de tornar-se seu benfeitor e abriu o caminho para que se casasse com ela no sistema do levirato (Dt 25.5,6; Rt 3 e 4). Sua união foi abençoada com um filho que recebeu o nome de Obede que significa: “servo”. Através deste, o nome do seu marido poderia ser levado adiante por meio dos seus descendentes. Obede foi o pai de Jessé, avo de Davi, e ancestral do Senhor Jesus (Rt 4.17,21,22; 1 Cr 2.12; Mt 1.5; Lc 3.32). O resgate das terras de Elimeleque por Boaz; seu casamento com Rute; e, este filho nascido dessa união trouxe tanta alegria a Noemi que as mulheres lhe diziam: “[...] Bendito seja o SENHOR, que não deixou hoje de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel. Ele te será por restaurador da alma, e nutrirá a tua velhice [...]” (Rt 4.14,15 – grifo nosso). Deus reverteu todos os infortúnios vividos por Noemi, restaurando-lhe a sorte em todas as áreas da sua vida.


CONCLUSÃO
Não devemos fugir da crise. Antes, precisamos em momentos de dificuldade, seja em que área for, buscarmos a Deus confiando que Ele é o nosso supridor e jamais nos deixará desemparados, pois Ele “[...] trabalha para aquele que nele espera”  (Is 64.4).




REFERÊNCIAS
ANDRADE, Claudionor Correa de. Dicionário Teológico. CPAD.
CAMPOS, Heber.  A Provisão e a sua realização histórica.  CULTURA CRISTÃ.
CHAMPLIN, Norman R. N. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. HAGNOS.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.  CPAD.




Por Rede Brasil de Comunicação.


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2016







   O DEUS DE TODA PROVISÃO –
Esperança e sabedoria divina para
a Igreja em meio às crises  






Lição 07

Para Refletir
A respeito de José, fé em meio às injustiças, responda:


Quem era o pai de José?
Jacó, neto de Abraão.

Qual o presente que Jacó deu a José e que demonstrava seu favoritismo?
Uma capa colorida.

O que fez com que os irmãos de José fossem tomados pela inveja?
A revelação dos sonhos de José.

Quanto os ismaelitas pagaram por José?
O venderam por vinte moedas de prata.

Faraó nomeou José para que cargo?
Para governador do Egito, o segundo cargo mais importante depois de Faraó.


sábado, 26 de novembro de 2016

LIÇÃO 07 – JOSÉ: FÉ EM MEIO ÀS INJUSTIÇAS








 Gn 37.1-11




INTRODUÇÃO
O livro do Gênesis contém cinquenta capítulos, sendo que treze são dedicados a história de José, igualando-se até mesmo a história do patriarca Abraão. Nessa lição teremos a oportunidade de aprender informações adicionais sobre José; pontuaremos algumas injustiças que ele viveu; e acima de tudo e veremos a importância da sua fé em Deus para superar as injustiças e também pontuaremos que muitos tomam José como um tipo de Cristo; uma pessoa inocente que sofreu por causa da maldade dos outros e, através do qual, o povo escolhido foi liberto da morte certa. O silêncio de José enquanto seus irmãos deliberam seu destino (Gn 37.12-35) prefigura o silêncio de Cristo perante seus juízes (1 Pe 2.23).


I. DEFININDO FÉ E INJUSTIÇA
1.1 Fé. 
A palavra fé no hebraico é “heemim” e no grego é “pisteuõ”. A Bíblia diz que “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11.1). “É a confiança que depositamos em todas as providências de Deus. É a crença de que Ele está no comando de tudo, e que é capaz de manter as leis que estabeleceu. É a convicção de que a sua Palavra é a verdade. Enfim, é a tranquilidade que depositamos no plano de salvação por Deus estabelecido, e executado por seu Filho no Calvário”(ANDRADE, 2006, p. 188). A palavra “Fé” possui diversos significados, que serão definidos de acordo com o contexto onde está inserida. O dicionário Houaiss (2010, p.) define a palavra como:crença religiosa, confiança absoluta, comprovação e testemunho”. No AT a palavra "emunah" é traduzida por fidelidade, certeza. De modo geral é aplicada na relação entre Deus e Israel onde se exige de Israel uma atitude de fidelidade para com o Senhor (2 Cr 19.9; Dt 32.4; Sl 33.4; 119.30,86; Pv. 28.20). Já no NT a palavra "pistis" é traduzida primariamente por persuasão firme, convicção fundamentada no ouvir, sendo sempre usada no NT acerca da fé em Deus, Jesus ou coisas espirituais, podendo ser utilizada como confiança (Rm 3.25; 1Co 2.5; 15.14,17; 2 Co 1.24; Gl 3.23); fidedignidade, fidelidade e lealdade (Mt 23.23; Rm 3.3; Gl 5.22; Tt 2.10); crença, corpo de doutrina (At 6.7; 14.22; Gl 1.23; 3.25).

1.2 Injustiça. 
O Aurélio diz que injustiça é: “falta de justiça, ação ou coisa injusta, atitude sem fundamento” (FERREIRA, 2004, p.1108). Ser injustiçado é uma das coisas mais dolorosas de se enfrentar. Ao lermos a história desse patriarca, perceberemos de que ele foi vítima de várias injustiças: a) Invejado e vendido por seus irmãos (Gn 37.11, 26-28); b) Acusado e preso injustamente (Gn 39.13-20); c) Esquecido por quem lhe devia gratidão (Gn 40.23), etc. Apesar de tudo, José não nutriu em seu coração, o sentimento de indignação e revolta que geralmente toma conta de quem é alvo de injustiças, antes, revelou sua fé em Deus não permitindo que nenhuma raiz de amargura crescesse em seu coração (Hb 12.15; Ef 4.31).


II. INFORMAÇÕES SOBRE JOSÉ
José com certeza é um dos grandes exemplos que encontramos na Bíblia, quando pensamos sobre a necessidade de vencer as injustiças de nossos dias. Seu nome reflete o papel de sua vida na nação de Israel. Foi o agente de Deus na preservação e na prosperidade de seu povo no Egito, durante o período de fome na terra de Canaã” (GARDNER, 1999, p. 377 – acréscimo nosso).Vejamos ainda algumas informações que devemos considerar sobre ele:

2.1 Seu nascimento. 
José era filho de Raquel, a esposa amada de Jacó (Gn 29.18-20,30). Seu nascimento foi celebrado por sua mãe (Gn 30.22-24). José é descendente de um clã de patriarcas escolhido por Deus para iniciar a linhagem piedosa da qual nasceria o Messias (Gl 3.8,16,18). A primeira referência a José se dá como resposta da oração de Raquel e como consolo divino diante do opróbrio que ela vivia por não gerar filhos (Gn 29.31; 30.22-24); O nome José vem de uma palavra hebraica que significa: “Yahweh acrescentará” ou “Yahweh adicionará”; ele foi o décimo primeiro filho de Jacó e o primeiro de sua esposa favorita, Raquel.

2.2 A predileção de seu pai. 
Em função de ser José filho de sua amada esposa Raquel (Gn 29.20, 30); bem como ser filho de sua velhice, Jacó destina um amor diferenciado a José em relação aos demais filhos (Gn 37.3); e declara-o ao lhe presentear como uma “túnica de várias cores”. A túnica chegava aos calcanhares e tinha mangas longas. Era a vestimenta usada por governantes ricos, e nem o pastor mais bem-vestido, precisaria de algo do gênero para trabalhar nos campos. É provável que fosse a forma de dizer que havia escolhido José para ser seu herdeiro (WIERSBE, 2006, p.181).

2.3 Sua conduta em contraste a de seus irmãos. 
Ainda jovem José se destaca no ambiente familiar em razão de sua conduta exemplar como filho, já que seus irmãos não tinham uma boa reputação (Gn 37.2). Essa má “fama” que se divulgava de seus irmãos, por certo eram baixas qualidades morais, pelas quais seus irmãos eram conhecidos; fato que pode ser visto na conduta de Judá, que casou-se com uma cananeia e todo o seu procedimento é descrito no capítulo 38. A integridade de José pode ser vista em várias fases de sua vida, e em função disso vemos Deus revelando desde cedo, o grande projeto para com ele (Gn 37.2, 5-11).

2.4 Sua comunhão com Deus. 
Além de ser alvo da promessa divina, vemos José experimentando uma comunhão estreita com Deus. Em meio às dificuldades que marcaram a sua trajetória, notamos a companhia de Deus em cada momento mostrando a sua pessoalidade (Gn 39.2,3,21,23; At 7.9). Deus não impede as lutas na vida de José, mas garante sua presença fazendo-o prosperar. Quem serve a Deus prospera até mesmo na servidão. Não sabemos o preço que Potifar ofereceu por José. Mas logo descobriria ter adquirido um bem mui valioso, pois tudo o que o jovem hebreu punha-se a fazer prosperava (Gn 39.6,7). Quem serve a Deus prospera em qualquer circunstância (Sl 1.3).


III. A FÉ COMO MEIO DE SUPERAR AS INJUSTIÇAS
José era bisneto de Abraão, amigo de Deus. À semelhança de seu pai, Jacó, e do avô, Isaque, era um homem de profundas experiências com o Senhor. A seu modo, era um profeta e um especialista em sonhos. Por causa da sua Fé em Deus, José triunfou em meio as injustiças das quais foi alvo. Seu nome foi elencado na galeria dos “Heróis da Fé” da epístola aos Hebreus (Hb 11.22). Notemos atitudes que tornam evidente a sua fé:

3.1 Fé tendo integridade na casa dos pais. 
A família de Jacó passou por diversas crises: a) rixas entre as irmãs, Léia e Raquel (Gn 29.33; 30.1,8); b) injustiças (Gn 31.41) e intrigas financeiras (Gn 31.1); c) propensão à idolatria (Gn 31.34); e d) traição, violência, imoralidade e invejas (Gn 34.25-30; 35.22; 37.11). Diante desse contexto, que tipo de caráter José poderia ter? Entretanto, ele é um exemplo de que é possível, com a graça divina, manter-se puro e íntegro, mesmo convivendo com pessoas de comportamento reprovável (Fp 2.15).

3.2 Fé para se manter fiel (Gn 39.7-12). 
Sua fidelidade a Deus e ao seu patrão eram o suficiente para ele não ceder a tentação (Gn 39.8,9). A esposa de Potifar insistiu em convidá-lo a pecar, mas ele resistiu “[…] falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele ouvido”[...] (Gn 39.10). Não se dando por satisfeita, a mulher de Potifar tramou ficar sozinha com ele em determinada ocasião; foi ao seu encontro para forçá-lo a coabitar com ela, mas a resolução de José o fez fugir daquela investida (Gn 39.12-b). A mulher ardendo em ira acusou-o diante de seu marido e funcionários dizendo que José havia tentado molestá-la. Ele foi sentenciado a cadeia por este tão grande mal (Gn 39.14-20). “A punição menor, dada a José, de acordo com os intérpretes judeus, significou que Potifar acreditou em José, mas, a fim de poupar sua esposa de maior embaraço, sacrificou-o, embora por meio de um castigo mais brando do que seria de se esperar” (CHAMPLIN, 2001, p. 246). Sejamos fiéis a Deus custe o que custar (Pv 3.3; Dn 3.17,18; 6.3,4,22; Ap 2.10).

3.3 Fé para testemunhar (Gn 41.33-36). 
Após dois anos na cadeia, José foi chamado por Faraó para interpretar o sonho que este monarca teve. José, quando interpelado por Faraó se tinha a habilidade de interpretar sonhos ele respondeu: “Isso não está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó” (Gn 41.16). Deus é proclamado diante do temido Faraó, por aquele que tinha tudo para se omitir em virtude do que havia passado. O Soberano do universo é quem domina sobre tudo e sobre todos, foi a mensagem de José: […]“porque esta coisa é determinada de Deus, e Deus se apressa a fazê-la” (Gn 41.32).

3.4 Fé para perdoar (Gn 45.1-5). 
Os sete anos de abundância sobrevieram a terra do Egito como fora predito, e agora, os sete anos de fome começavam a chegar. Segundo o que estava previsto, a fome foi tão grave que superou os anos de prosperidade. Ela atingiu não somente o Egito, como também todas as terras (Gn 41.57). Segundo o Dr. Norman Champlin  (2001, p. 257): “Não foi o globo terrestre inteiro, mas a terra conhecida pelo autor do livro de Gênesis, ou seja, o Egito, a Arábia, a Palestina e a Etiópia, as nações que pediriam socorro ao Egito”. É nesse momento que a descendência de Jacó vem ao Egito a fim de pedir socorro a Faraó, sem saber que José era o seu administrador. José reconhece os seus irmãos, beneficia-os e depois de prová-los revela-se como irmão deles e os perdoa por sua maldade (Gn 45.1-5). O perdão é uma característica presente na vida daquele que tem o amor de Deus em seu coração (Mc 11.25; Ef 4.32; Cl 3.13).

3.5 Fé para crer nas promessas. 
Apesar de ter abrigado Jacó e seus descentes confortavelmente em Gósen no Egito, José sabia que o seu povo não ficaria ali para sempre. Já próximo da sua morte, José deu duas declarações que merecem ser destacadas: 1) a profecia de José (Gn 50.25a). Este servo do Senhor conscientizou os hebreus que no tempo certo Deus interviria tirando-os do Egito, para conduzi-los de fato a uma terra permanente; e, 2) a esperança de José (Gn 50.25-b). José deixou o mundo dando testemunho de sua fé na promessa de que Israel voltaria a Canaã, pois ordenou que seu corpo fosse embalsamado a fim de ser levado para a Palestina. Isto foi realizado anos mais tarde por Moisés e Josué (Êx 13.19; Js 24.32).


CONCLUSÃO
A biografia do patriarca José é uma das mais belas e inspiradoras. “A sua história é tão notavelmente dividida entre a sua humilhação e a sua exaltação, que podemos ver nela alguma semelhança com Cristo, que primeiro foi humilhado e depois exaltado. Em muitos casos, José tipificou o Senhor Jesus” (HENRY, 2010, p. 178). “A história de José nos revela como os descendentes de Jacó vieram a ser uma nação dentro do Egito. Esta seção de Gênesis não somente nos prepara para a narrativa do êxodo do Egito, como também revela a fidelidade que José sempre teve para com Deus, e as muitas maneiras como Deus protegeu e dirigiu a sua vida para o bem doutras pessoas. Ressalta a verdade de que os justos podem sofrer num mundo mau e iníquo, mas que, por fim, triunfará o propósito de Deus reservado para eles” (STAMPS, 2006, p. 90).



REFERÊNCIAS
ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
GARDNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA.
CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.




Por Rede Brasil de Comunicação. 



quinta-feira, 24 de novembro de 2016

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL – 1º Trimestre de 2017





No próximo ano iniciaremos 2017 estudando em nossas Escolas Bíblicas Dominicais o tema: As Obras da Carne e o Fruto do Espírito – Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. O comentarista será o Pr. Osiel Gomes da Silva. O mesmo é Pastor da AD em São Luiz/MA, Campo de Tirirical.
Este servo de Deus, além de Pastor, é Teólogo, Filósofo, Bacharel em Direito, Psicanalista, Pedagogo, Pós-graduado em Docência do Ensino Superior, Professor de Grego e Hebraico, Conferencista e Escritor, dentre as suas obras podemos citar: Mais Palavra, Menos Emocionalismo; Tesouros nas Cartas da Prisão; Igreja Multiplicadora. E, agora, será Comentarista de Lições Bíblicas.


Abaixo, você pode conferir os títulos de cada lição:

Lição 01 - As Obras da Carne e o Fruto do Espírito
Lição 02 - O Propósito do Fruto do Espírito
Lição 03 - O Perigo das Obras da Carne
Lição 04 - Alegria, Fruto do Espírito; Inveja, Hábito da Velha Natureza
Lição 05 - Paz de Deus: Antídoto contra as Inimizades
Lição 06 - Paciência: Evitando as Dissensões
Lição 07 - Benignidade: um Escudo Protetor contra as Porfias
Lição 08 - A Bondade que Confere Vida
Lição 09 - Fidelidade, Firmes na Fé
Lição 10 - Mansidão: Torna o Crente Apto para Evitar Pelejas
Lição 11 - Vivendo de Forma Moderada
Lição 12 - Quem Ama Cumpre plenamente a Lei Divina
Lição 13 - Uma Vida de Frutificação



Você não vai querer perder 
essa grande benção, não vai!??
Então, Venha e traga a sua família!!