sábado, 30 de julho de 2022

LIÇÃO 05 – A SUTILEZA DO MATERIALISMO E DO ATEÍSMO

 
 
 

 
Rm 1.18-23 
 
 

 
INTRODUÇÃO
Nesta lição traremos definições de alguns termos não usuais; falaremos das diversas teorias a respeito da criação do universo; destacaremos os argumentos racionais em defesa da fé, criados pelos apologistas cristãos durante a história da igreja; e, por fim, concluiremos falando que o Deus da criação se revela e deseja ter comunhão com o ser humano.
 
 
I. DEFINIÇÕES
1. Materialismo.
Doutrina que ensinar ser a matéria a realidade última do Universo. É a negação sistemática das realidades espirituais (ANDRADE, 2006, p. 262). A maioria dos materialistas acredita que a matéria sempre existiu. O universo material é autossustentado e autocriado. É provavelmente eterno, mas, se surgiu, então surgiu sozinho, sem ajuda externa. Portanto, a matéria é eterna, ou então surgiu do nada espontaneamente (GEISLER, 2002, p. 549).
 
2. Ateísmo.
Doutrina que nega, de maneira sistemática e persistente, a existência de Deus (ANDRADE, 2006, p. 66). Geisler (2002, p. 83) assevera que “os verdadeiros ateus acreditam que apenas o cosmos existe. Deus não criou o homem; as pessoas criaram Deus”.
 
3. Teísmo.
Doutrina segundo a qual tudo quanto existe foi criado por Deus (ANDRADE, 2006, p. 119). O criacionismo bíblico é a doutrina segundo a qual Deus criou, a partir de sua Palavra, tudo quanto existe (Sl 33.6; Jo 1.1-3; Ef 3.9; Cl 1.16; Hb 1.2; 11.3; Ap 4.11). A Bíblia nos mostra Deus como criador do céu, da Terra e do Universo (Is 40.26; 45.18; Is 43.5; 45.18; Jo 1.3; At 17.24; Rm 11.36), e de todos os homens (Sl 102.18; 139.13-16; Is 43.1,7). O criacionismo fundamenta-se na Bíblia Sagrada (Rm 1.20; Sl 119.1-6).
 
 
II. A EDUCAÇÃO MATERIALISTA E ATEÍSTA - UM DESAFIO PARA A IGREJA MODERNA
É uma educação centralizada no materialismo, ou seja, é uma educação cuja centralidade descarta completamente a pessoa de Deus do contexto educacional da sociedade. O ateísmo se serve do materialismo para difundir suas ideias, principalmente em ambiente acadêmico a fim de demolir das crianças, adolescentes e jovens a crença no Criador e Sua revelação na Pessoa de Cristo. Abaixo destacaremos as principais teorias a respeito da criação e as devidas refutações:
 
1. Big-Bang (teoria da grande explosão).
Defende que tudo resultou de uma grande explosão aleatória e sem causa primária a bilhões de anos (evolução espontânea), e que, a partir daí, surgiram os mundos, as galáxias e tudo que existe sem a participação de um Ser Criador (Deus). Mas, a Bíblia declara que todas as coisas foram criadas por Deus (Gn 1.1; Jo 1.10; Cl 1.16,17; Hb 11.2).
 
2. Teoria ateísta.
Nega a existência de Deus e afirma que o universo é fruto do acaso, e que existe por necessidade e por toda eternidade. Entretanto, a geologia e a astronomia têm demonstrado que houve grandes mudanças na Terra e no espaço sideral, mostrando com isso que a ordem presente não é eterna, ou seja, houve um tempo em que o Universo não existia (Hb 3.4). Vejamos ainda (Rm 1.19,20; Sl 19.1-10).
 
3. Teoria panteísta.
Declara que Deus e a natureza são a mesma coisa e estão inseparavelmente ligados. O Senhor nada criou, mas tudo emana e faz parte dele, ou seja, Deus é tudo e tudo é Deus. Porém, a Bíblia afirma que o Criador não é parte do universo, e sim, este foi criado por Ele (Gn 1.1; At 17.24).
 
4. Teoria evolucionista.
Ensina que a matéria é eterna e preexistente. A partir daí, mediante processos naturais e por transformação gradual, os seres passam a existir. Todavia, a Bíblia afirma que Deus criou todas as coisas prontas e acabadas: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1.31).
 
 
III. ARGUMENTOS RACIONAIS PARA A EXISTÊNCIA DE DEUS
Assim como os incrédulos criaram argumentos para defenderem sua descrença em Deus e num universo por Ele criado, Deus levantou durante a história da igreja os apologistas, defensores da fé, que de igual forma valeram-se das Escrituras, da verdadeira ciência e da experiência humana para refutar as ideias antiteistas. Notemos:
 
1. A crença universal na existência de Deus é intuitiva.
É a primeira verdade vindo logicamente antes da crença por meio da Bíblia. A História mostra que o elemento religioso de nossa natureza é tão universal quanto o racional ou social. Há uma sede de Deus incrustada na alma humana (Sl 42.2; 63.1).
 
2. A existência de Deus é assumida nas Escrituras.
Na Bíblia é ponto pacífico o fato da existência de Deus (Gn 1.1; Jo 1.1). Ela também nos mostra Deus como Criador dos céus, da Terra e do Universo (Is 40.26; 45.18; Is 43.5; 45.18; Jo 1.3; At 17.24; Rm 11.36), e de todos os homens (Sl 102.18; 139.13-16; Is 43.1,7).
 
3. A crença na existência de Deus é corroborada por outros argumentos, tais como:
a) Cosmológico: a criação não surgiu sem causa e não é eterna, o universo tem um começo e foi Deus quem criou todas as coisas (Sl 19.1,2; Rm 1.20);
b)Teleológico: a ordem em que a criação se encontra demonstra um Criador Inteligente, que não somente criou mais estabeleceu leis para manter a criação, tornando possível a vida (Jó 38; Hb 1.3);
c) Ontológico: Deus é auto existente e um ser absolutamente necessário (Êx 3.14; Cl 1.17);
d) Moral: Deus implantou no homem a consciência para lhe dar a noção de certo e errado (Rm 2.14,15).
 
 
IV. COMO PODEMOS CONHECER A DEUS
A Bíblia não somente afirma a existência de Deus, mas também a possibilidade de conhecê-lo e de se relacionar com Ele. Vejamos:
 
1. Através da criação.
Denomina-se o método de revelação é natural quando esta é comunicada por meio da natureza, isto é, por meio da criação visível com suas leis e poderes ordinários. A revelação geral está arraigada na criação, é dirigida ao homem na qualidade de homem, e mais particularmente à razão humana, e acha seu propósito na concretização do fim da sua criação, conhecer a Deus e assim desfrutar comunhão com Ele (Sl 19; At 14.17; Rm 1.19,20; 2.14,15; 1Co 2.10; Gn 6.1-17; 11.1-8; Dn 2.20,21). A existência do universo e do homem não pode ser obra do acaso, pois nada vem do nada. A existência de algo é uma evidência de um Criador, dotado de inteligência e sabedoria. A própria natureza revela Deus (Sl 19; At 14.17; Rm 1.19,20).
 
2. Através de Cristo.
Ninguém jamais viu a Deus, no entanto o Seu Filho Unigênito o revelou (Mt 11.27; Jo 1.18). Entre as coisas que Jesus revelou a respeito do Pai, destacam-se: seu grande amor (Jo 3.16); seu caráter (Mt 5.48); sua vontade (Lc 10.21); sua espiritualidade (Jo 4.24); sua bondade (Mt 7.11); seu cuidado para com a criação e com os homens (Mt 6.25-32). Portanto, Jesus Cristo é a maior expressão da revelação de Deus. Ele é o Emanuel, o Deus conosco (Is 7.14; Mt 1.23). Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Cl 2.9). Quem vê Cristo vê o Pai, porque ambos são um em essência (Jo 10.30; 14.9).
 
3. Através da Bíblia: a Palavra de Deus.
 Desde a criação do homem que Deus tem promovido meios de se comunicar com ele, revelando-se de diversas maneiras: através da natureza (Sl 19.1-3; Rm 1.19,20); oralmente (Gn 3.8; 4.9; 6.13); através dos profetas (Hb 1.1). Sua revelação perfeita deu-se através de Jesus - a Palavra Viva (Jo 14.6-9) e através da Bíblia - a Palavra Escrita (II Pe 1.20,21). A Bíblia é a revelação escrita de Deus ao homem, pois através dela Deus se fez conhecido. Disse o Pastor Antônio Gilberto: “Pela Bíblia, Deus fala em linguagem humana, para que o homem possa entendê-lo” (GILBERTO, 2004, p. 6). Portanto, se quisermos conhecer a Deus devemos ler e meditar na Palavra de Deus (Js 1.8; Sl 1.2; 119.15; Lc 24.27,44; Jo 5.39).
 
4. Através da experiência pessoal.
A experiência, embora considerada como subjetiva, é um fato impactante para quem a teve (Lc 1.1-2; At 5.32). Portanto, esta é muito válida quando respaldada pela Palavra de Deus (I Jo 4.1). A experiência cristã diz respeito ao encontro pessoal que o pecador arrependido tem com o Senhor Jesus Cristo. Isto implica na certeza da vida eterna, e subsequentemente no recebimento do dom do Espírito (At 2.38). A experiência cristã é mais que um sentimento intelectual; é plena vivência dos mistérios do Reino de Deus. É a vida de Deus reinando na vida do crente (ANDRADE, 2006, p. 180). A Bíblia está repleta de histórias de pessoas que tiveram experiências marcantes com Deus: Abraão (Gn 12.1,7); Jacó (Gn 28.10-22); Moisés (Êx 3.1-5); Samuel (1Sm 3.1-10); Jeremias (Jr 1.1-12); Pedro (Lc 5.1-10; At 4.20); João (Jo 1.14; 1Jo 1.1-3); Tomé (Jo 20.24-28); Tiago (1Co 15.7); Paulo (At 9.1-6). O desejo de Deus é que cada pessoa mergulhe profundo nas experiências com Ele a fim de que possa adquirir mais conhecimento de Sua Pessoa (Os 6.3; Tg 4.8; 2Pe 3.18).
 
 
CONCLUSÃO
A tentativa de afirmar a eternidade da matéria para excluir a possibilidade de um Criador para tudo o que existe é refutada facilmente pelas modernas descobertas científicas e pela Palavra de Deus.
 



REFERÊNCIAS
Ø  ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
Ø  GEISLER, Norman. Enciclopédia de Apologética: resposta aos críticos da fé cristã. VIDA.
Ø  GILBERTO, Antônio, et al. Teologia Sistemática. CPAD.
Ø  HOUAISS. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  THIESSEN, Henry Clarence. Palestra em Teologia Sistemática. IBR.
 
 
Por Rede Brasil de Comunicação.
  


quinta-feira, 28 de julho de 2022

LIÇÃO 05 - QUEM SEGUE A CRISTO ANDA NA PRÁTICA DO PERDÃO E DO AMOR (VÍDEO AULA)

 


LIÇÃO 05 - A SUTILEZA DO MATERIALISMO E DO ATEÍSMO (VÍDEO AULA)



 

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2022


 
 


IMITADORES DE CRISTO -
Ensinos Extraídos das Palavras
de Jesus e dos Apóstolos.
 

 
 
 




Lição 04
 
Hora da Revisão
A respeito de “Quem Segue a Cristo Cultiva a Prática da Oração e do Jejum”, responda:
 
 
1. O que não é a oração?
Não ê uma fórmula mágica para respostas rápidas; não é uma queda-de-braços com Deus.
 
2. Apresente uma definição de oração.
Orar é uma atitude espontânea e livre de um coração que ama a Deus, todavia, não é algo aleatório.
 
3. Que relação direta podemos fazer entre oração e perdão?
Só tem paz para orar quem já perdoou e só consegue perdoar quem tem uma sólida vida de oração.
 
4. Jejum é símbolo de opressão ou libertação? Justifique sua resposta.
Liberdade, exemplo disso é a adoração de Jesus no deserto, em meio a toda perseguição diabólica, jejua para experimentar paz e fortalecimento espiritual.
 
5. Jejum é uma moeda de negociação espiritual com Deus?
Não.

  

 

quarta-feira, 27 de julho de 2022

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2022


 
 
 

OS ATAQUES CONTRA
A IGREJA DE CRISTO -
As Sutilezas de Satanás nestes Dias que
Antecedem a Volta de Jesus Cristo.
 

 
 





Lição 04
 

Revisando o Conteúdo
A respeito de “A Sutileza da Normalização do Divórcio” responda:  

 
1. Qual era o plano de Deus na Antiga Aliança em relação ao casamento?
Na Antiga Aliança, o plano de Deus para a raça humana é que o casamento fosse monogâmico e vitalício (Gn 1.27,28; 2.22-25).
 
2. Qual é o plano original de Deus para o casamento em Mateus 19?
No texto de Mateus capítulo 19, Jesus mostra que o plano original de Deus é que o casamento dure para toda a vida (Mt 19.4-6).
 
3. Quais são os dois aspectos do divórcio tratados na lição?
Legal e moral.
 
4. Quais são os dois aspectos do divórcio que envolvem a prática pastoral?
A pessoa divorciada e o divorciado como cristão.
 
5. O que as Escrituras contêm a respeito dos relacionamentos?
As Escrituras contêm princípios e preceitos que moldam os relacionamentos humanos.


 

sábado, 23 de julho de 2022

LIÇÃO 04 – A SUTILEZA DA NORMALIZAÇÃO DO DIVÓRCIO



  
 
Mt 19.1-9 
  

INTRODUÇÃO
O divórcio sempre foi um assunto delicado, mesmo no Antigo e Novo Testamento. Isto porque com o crescimento do pecado, a banalização do casamento, o homem se distanciou do princípio original de Deus para o matrimônio: a indissolubilidade do casamento. Nesta lição, aprenderemos o que a Bíblia diz sobre o assunto e enfatizaremos acima de tudo que o divórcio não é um mandamento divino, mas uma permissão humana.


I. O QUE É O DIVÓRCIO?
1. Definição etimológica.
Segundo o dicionarista é: “o rompimento legal de vínculo de matrimônio entre cônjuges, estabelecido na presença de um juiz” (HOUAISS, 2001, p. 1065).
 
2. Definição teológica.
Segundo o dicionário bíblico exegético VINE o vocábulo grego “apostasion”, significa primariamente “abandono”. O termo ocorre apenas três vezes no NT (Mt. 5.31;19.7; Mc 10.4), e quatro na Septuaginta (tradução do hebraico para o grego), como o termo hebraico “sepher kritut”, em passagens como (Dt 24.1,3, Is 50.1; e Jr 3.8). A outra palavra grega com o sentido de divórcio é “apolyo”, que significa “repudiar”, “libertar”, “livrar”. Em (Mt 15.23), significa “despachar”. Esse verbo é também usado para “divorciar”, em (Mt 5.31; Mc 10.2,4,11), pois com o divórcio, a mulher ficava livre para casar-se novamente, conforme (Dt 24.1-4). Há ainda o verbo grego “chorizo”, que aparece treze vezes no NT (1Co 7.10,11,15), e significa “separar”, “apartar” (SOARES, 2012, p. 63).


II. O DIVÓRCIO NO AT
É importante pontuar que o divórcio não se originou nas Escrituras. Muito antes de Moisés, na história na humanidade, já existem registros da prática entre os povos antigos. Um exemplo bem prático disso é o código de Hamurabi (código de lei e ética caldeu - 1792-1750 a.C.), que legislava claramente sobre o divórcio, e entre os diversos motivos para o divórcio estavam: a) O casamento sem contrato escrito; b) a mulher do prisioneiro que não tiver renda para se sustentar; c) a mulher de um foragido d) por qualquer motivo desde que sejam respeitados os direitos dos dotes; e) mulher de má índole; f) marido relaxado, impotente, irresponsável ou desonesto; g) mulher acometida de doença incurável, sendo neste caso, o marido obrigado a cuidar dela (LOPES, 2005, p. 101).
 
1. A passagem mais importante no AT sobre o divórcio está em (Dt 24.1-4).
A Lei de Moisés prescreve as razões para essa prática em termos tão gerais que se torna quase impossível explicar os motivos que justificam o divórcio. A expressão em Dt. 24.1 no hebraico “erwar dabar” e na Septuaginta (LXX) que é a versão do AT hebraico para o grego “aschemon pragma” significa “coisa vergonhosa”. No português é “coisa indecente nela” (ARA – Almeida Revista e Corrigida), “por nela achar coisa feia” (ARC – Almeida Revista e Corrigida); para os hebreus a expressão não parecia tão clara, sendo, portanto, objeto de controvérsia dando origem as duas principais escolas dos rabinos Shammai e Hillel. Entretanto, o Senhor Jesus como veio cumprir a Lei e não ab-rogá-la (Mt. 5.17), deu o verdadeiro sentido ao termo, utilizando uma expressão mais específica: porneia “relações sexuais ilícitas” (Mt 19.6).
 
2. Desdobramentos da possibilidade do divórcio no AT.
Só em duas situações a Lei de Moisés proibia o homem de conceder o divórcio à esposa: a) Se sua esposa fosse acusada falsamente de pecado sexual pré-marital pelo marido (Dt 22.13-19); b) Quando um homem desvirginasse uma jovem, e o pai dela o compelisse a desposá-la (Êx.22.16,17; Dt 22.28,29). O pastor Ezequias Soares citando o Dr. Alfred Edersheim, judeu cristão que viveu no séc. XIX com profundo conhecimento em cultura judaica, afirma que para os judeus da época, era motivo para o divórcio: a) a mulher apresentar-se em público com os cabelos soltos; b) andar pelas ruas desnecessariamente; c) falar com familiaridade com homens; d) maltratar os pais do marido na presença dele; e) gritar com o marido de maneira que os vizinhos pudessem ouvi-la; f) ter má reputação, fraudes antes do casamento (SOARES, 2012, p. 28). No AT em caso de adultério, em linhas gerais, a pena era a morte, e não o divórcio (Lv. 20.10; Dt.22.22). Há duas citações em que o divórcio foi praticado quando os judeus retornavam do exílio de Babilônia por causa do caso de casamento mistos (Ed 9 e 10; Ne 13.23). Embora a lei mosaica permitisse o divórcio, o AT DEIXA CLARO QUE DEUS NUNCA APROVOU O DIVÓRCIO (Ml 2.16). Moisés não ordenou o divórcio, apenas permitiu, o divórcio não era mandamento, apenas permissão.


III. O DIVÓRCIO NO NOVO TESTAMENTO
Jesus falou sobre o divórcio no seu célebre Sermão do Monte (Mt 5.31,32). O assunto torna a aparecer quando os fariseus o trazem a Jesus (Mt. 19.3; Mc 10.2). Eles queriam saber se Cristo tomaria partido de qual das duas escolas rabínicas da época: a primeira era a Escola de Shammai, “[...] que dizia que o homem não podia se divorciar de sua esposa a menos que encontrasse nela alguma indecência (coisa feia); e a Escola de Hillel, que defendia que ele podia se divorciar até mesmo se ela tiver estragado um prato que preparou para ele [...]” (KÖSTENBERG, 2011, p. 237). Porém, a resposta de Jesus transcende as discussões legalistas das duas escolas rabínicas e atinge o cerne da questão. O Senhor Jesus em sua resposta focaliza o propósito original do plano de Deus para o casamento e sua indissolubilidade (Mt. 19.4-6), e argumenta que o divórcio contradiz, essencialmente o propósito da criação de Deus.
 
POSICIONAMENTO SOBRE DIVÓRCIO
DIFERENÇAS
ESCOLA DE SHAMMAI
ESCOLA DE HILLEL
JESUS
 
Texto do AT sobre
Casamento
Dt. 24.1-4
Dt. 24.1-4
Gn 1.27;2.24
 
 
Significado de porneia
Comportamento indecente
ou imoralidade sexual
Qualquer caso em que a esposa desagradasse o
marido
Comportamento imoral.
 
 
Divórcio por causa de
porneia
Exigido
Exigido
Permitido
 
 
 
IV. O DIVÓRCIO NOS EVANGELHOS
  • (Mt. 5.31,32) – ao contrário das escolas rabínicas de Shammai e Hillel, o Senhor Jesus agora restringia o divórcio “[...] exceto em caso de relações sexuais ilícitas (gr. porneia)”. Ele não deve ser uma regra geral, nem praticado indiscriminadamente. Jesus ao restringir combate os abusos de sua época (Jo 4.18).
  • (Mt. 19.3-12) – Neste texto, Jesus deixa claro que o divórcio não foi uma instituição divina, mas humana “[...] pela dureza do vosso coração é que Moisés PERMITIU repudiar vossas mulheres; entretanto NÃO FOI ASSIM DESDE O PRINCÍPIO” (Mt 19.8), logo o divórcio não veio por causa do adultério, mas foi permitido por causa da degeneração da raça humana. Esse texto não quer dizer que Jesus estava ensinando que a parte inocente deveria divorciar-se do cônjuge infiel, mesmo tendo base legal para o divórcio. Jesus nunca estimulou ou encorajou o divórcio. Mas que o único divórcio e novo casamento que não equivalia ao adultério era o da parte inocente, cujo cônjuge fora infiel. O divórcio não deve ser a primeira opção em infidelidade conjugal, mas o perdão (Mt. 18.21-35; Lc 17.4).
  • (Mc 10.2-12) – ainda que o texto não traga a expressão “[...] exceto em caso de relações sexuais ilícitas [...]”, a passagem está em perfeita harmonia com (Mt 5.31,32 e 19.3-12).

 

V. O DIVÓRCIO NAS EPÍSTOLAS PAULINAS

  • Aos casais crentes (1Co 7.10-11) – O apóstolo, nesta passagem, fala de casais mistos e de casais crentes. No vers. 10 ele condena terminantemente a separação do casal crente. Não existe, a luz da Bíblia base legal para o divórcio, exceto em situação excepcional (Mt. 5.31,32). A lei do país, que permite o divórcio, não está acima da Palavra de Deus. A conduta do cristão é norteada pelas Escrituras. Os cristãos devem seguir o padrão bíblico do casamento: a indissolubilidade.
  • Aos casais mistos (1Co 7.12-15) – Em caso de casamento misto, o apóstolo recomenda que se o cônjuge descrente, consente em viver com o cristão, “[...] não a [o] deixe [...]”. Porém se o cônjuge descrente quiser separar-se, o casamento não é obrigatório. Depois da separação o cônjuge crente estará livre para contrair novas núpcias. Em outras palavras, o divórcio nas Escrituras só é permitido em dois casos: 1) a parte inocente pode divorciar-se de seu companheiro, caso este seja culpado de imoralidade; 2) o crente pode concordar com a deserção de seu cônjuge incrédulo, se este se recusar a continuar vivendo em sua companhia.

 
IMPORTANTE: Há situações que envolvem divórcios que são extremamente complexas, nestes casos, é prática de nossa Igreja, levar o assunto ao Pastor da igreja que dará a visão bíblica específica sobre o assunto.
 

CONCLUSÃO
Aprendemos com esta lição que o projeto original de Deus sempre será a indissolubilidade do casamento. Entretanto, por conta da natureza humana degenerada pelo pecado, Moisés permitiu, não ordenou, a carta de divórcio. Na época do NT por coisas banais o indivíduo se divorciava; é por isso que o Senhor Jesus o restringe completamente a relações sexuais ilícitas, não estimulando ou ordenando, mas reconhecendo que na condição de degradação humana, essa possibilidade deveria existir como solução paliativa para uma humanidade mergulhada no pecado.



REFERÊNCIAS
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  SILVA, Esequias Soares de. Analisando o divórcio à luz da Bíblia. CPAD.
Ø  LOPES, Hernandes Dias. Casamento, divórcio e novo casamento.
Ø  HAGNOS. VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
Ø  HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. OBJETIVA. 
 

Por Rede Brasil de Comunicação.



LIÇÃO 04 - QUEM SEGUE A CRISTO CULTIVA A PRÁTICA DA ORAÇÃO E DO JEJUM (VÍDEO AULA)




quarta-feira, 20 de julho de 2022

LIÇÃO 04 - A SUTILA DA NORMALIZAÇÃO DO DIVÓRCIO (VÍDEO AULA)



 

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2022




 

IMITADORES DE CRISTO -
Ensinos Extraídos das Palavras
de Jesus e dos Apóstolos.
 

 
 
 




Lição 03
 
Hora da Revisão
A respeito de “Quem Segue a Cristo Estuda a Palavra de Deus”, responda:
 
 
1. Como se inicia a narrativa de Atos sobre o encontro de Filipe com o estrangeiro?
A narrativa inicia-se com um importante destaque: “o anjo do SENHOR falou a Filipe” (At 8.26).
 
2. Posso deixar de anunciar a Cristo a alguém em virtude de meus preconceitos?
Não. Isto se torna um duplo pecado: preconceito e omissão espiritual.
 
3. Como posso ser um evangelizador, discipulador como Filipe?
Leve pessoas a Cristo, construa com elas vínculos pessoais e espirituais.
 
4. O batismo do etíope foi uma precipitação de Filipe?
Não.

 

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2022

 
 



OS ATAQUES CONTRA
A IGREJA DE CRISTO -
As Sutilezas de Satanás nestes Dias que
Antecedem a Volta de Jesus Cristo.
 

 
 





 Lição 03
 

Revisando o Conteúdo
A respeito de “A Sutileza da Imoralidade Sexual” responda:  

 
1. A partir de que ano o movimento de contestação da moral cristã ganha mais visibilidade?
1960.
 
2. Qual é o sentido mais amplo da palavra grega porneia?
Significa qualquer tipo de ato sexual considerado pecaminoso, incluindo adultério, prostituição, impureza e fornicação.
 
3. Cite pelo menos uma base bíblica que reprova o adultério.
Quando o rei Davi adulterou com Bate-seba, o profeta Natã, a mando de Deus, condenou de forma dura seu ato pecaminoso (2Sm 11.1-5; 12.9,10).
 
4. Como o cristão compreende a homossexualidade?
Os cristãos conservadores, que têm na Bíblia sua única regra de fé, compreendem a homossexualidade como um comportamento adquirido e não como um determinismo biológico.
 
5. Qual a maneira que o Criador deixou para guardar o casal contra as suas mais diferentes formas de impureza?
A maneira que o criador deixou para guardar o casal contra suas mais diferentes formas de impureza, como a fornicação e o adultério, foi o sexo praticado dentro da esfera do casamento.