sábado, 30 de setembro de 2023

LIÇÃO 01 – A GRANDE COMISSÃO: UM ENFOQUE ETNOCÊNTRICO

 
 
 
 
 
Mt 28.19,20; Mc 16.15-18
 
 
 
INTRODUÇÃO
Finalizaremos o ano com um tema extremamente necessário para os dias atuais; a obra missionária. Infelizmente muitos tem esquecido que seu papel enquanto igreja ainda é levar o ide a toda a criatura. Sabemos dos grandes desafios, dificuldades e principalmente do esfriamento em muitas vidas, mas essas barreiras nunca tiveram forças para deter a Igreja. Na aula de hoje conheceremos de forma introdutória a temática deste trimestre abordando a importância das missões transculturais e sua importância nesta última hora da Igreja de Cristo aqui na terra.
 
 
I. DEFINIÇÕES IMPORTANTES
1. Grande Comissão.
Em linhas gerais, a grande comissão é a ordenança dada por Jesus à Sua Igreja com o fim de levar as boas novas de salvação, a todos os povos, em todos os lugares, em todas as línguas a fim de alcançá-los para o reino de Deus (Mt 28.18-20; Mc 16.15-20; Lc 24.46-49; Jo 20.21,22; At 1.8). A Grande Comissão tem seu enfoque na vida das pessoas, envolvendo o aspecto espiritual, apontando para uma vida de reconhecimento do pecado e o arrependimento para que possam participar do reino de Deus. “A grande Comissão preocupa-se, principalmente, com a expansão da Igreja no universo dos que ainda não pertencem a Igreja, quem quer que seja, e onde quer que esteja” (GABY, 2023, p. 8).
 
2. Etnocêntrico.
O etnocentrismo é a inclinação a considerar a sua própria raça ou grupo social como o centro da cultura. Tal pensamento constitui-se uma barreira para que muitos possam levar, ou mesmo, receber o Evangelho.
 
 
II. A IGREJA E SUA MISSÃO
Segundo Horton (2006, pp. 299, 300) “a Igreja é uma comunidade formada por Cristo em benefício do mundo. Cristo entregou-se em favor da Igreja, e então a revestiu com o poder do dom do Espírito Santo a fim de que ela pudesse cumprir o plano e propósito de Deus”. Para Pereira (2023, p. 101) “o sermão profético anunciado por Jesus revela o que ocorrerá antes do fim de todas as coisas. Porém, na descrição do caos social e das catástrofes naturais que sobrevirão como sinais deste fim, Jesus visualizou a Igreja cumprindo sua tarefa: “...este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo...” (Mt. 24.14). A diferença está nessa realidade! Pois o mundo continuará descaído, mas a Igreja permanecerá como arauto de Deus”. Sendo assim acreditamos que precisamos relembrar alguns conceitos fundamentais que nos fazem IGREJA, pois Ela representa a responsabilidade da Igreja em promover o reino de Deus em meio à sociedade. Como representante do reino nesse mundo, a Igreja deve utilizar todos os meios legítimos para expansão do reino de Deus.

 
1. A Igreja existe para evangelizar.
Acerca de um dos propósitos pelo qual a igreja existe, afirmou o apóstolo Pedro: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9). A Igreja tem diversas atribuições, no entanto, a mais excelente delas é a que justifica a sua presença aqui na terra: a sublime tarefa da evangelização. Segundo Horton (2006, p. 300), “na adoração, a Igreja volta-se para Deus; na edificação, atenta (corretamente) para si mesma; e, evangelização, a Igreja focaliza o mundo”.
 
2. A Igreja é ordenada a evangelizar.
A palavra “ordenar” segundo o Aurélio significa: “mandar, decretar”. A tarefa de evangelizar é uma ordenação divina a todo discípulo de Cristo e não somente aos apóstolos (Mt 28.19; Mc 16.15). “A ordenança bíblica da proclamação do Evangelho em todo o mundo (Mt 28.19,20; Mc 16.15) sinaliza o seu caráter universal, ou seja, o direito que todos os povos têm de ouvi-lo de forma clara e consciente para crerem no Senhor Jesus Cristo, arrepender-se de seus pecados e ter a certeza da vida eterna” (GILBERTO, 2008, p. 418).
 
3. A Igreja se realiza evangelizando.
Pedro não podia deixar de falar daquilo que tinha visto e ouvido, mesmo sofrendo afronta e açoites do Sinédrio (At 4.20; 5.40-42). Paulo tinha a evangelização como uma obra que lhe foi imposta (I Co 9.16). Ele se realizava em pregar o evangelho ainda que lhe custasse à vida (At 20.24). “O verdadeiro movimento pentecostal, missionário, ora pelas missões; contribui para as missões; promove as missões! É um movimento que vai ao campo missionário. A igreja que não evangeliza, muito breve deixará de ser evangélica” (GILBERTO, 2008, p. 184).
 
4. A Igreja só pode continuar a existir se evangelizar.
Como a Igreja poderá crescer em número senão evangelizar? Sua existência depende da prática da evangelização, do contrário não irá perdurar. No livro dos Atos dos apóstolos, percebemos claramente os apóstolos inflamados pelo poder pentecostal, pregando o evangelho e o pequeno grupo de quase cento e vinte discípulos aumentando de forma extraordinária. Na primeira pregação do apóstolo Pedro, por ocasião do Pentecostes, quase três mil almas se decidiram por Cristo (At 2.41). Já na segunda mensagem mais de cinco mil pessoas se converteram (At 4.4). O relato de Lucas disse que a igreja tinha um crescimento extraordinário, porque o evangelismo se tornara uma prática constante (At 5.14,42).
 
 
III. A IMPORTÂNCIA DO ENTENDIMENTO DA GRANDE COMISSÃO
1. Entendendo o propósito da grande comissão.
Para Pereira (2023, p. 154); “A proclamação das Boas Novas visa anunciar o comunicado divino ao coração de toda humanidade através de uma mensagem fundamentada pelas Escrituras Sagradas. Essa pregação Bíblica, que teve Jesus e os apóstolos como paradigma para as demais gerações de mensageiros, revela que o nosso Senhor e Salvador não morreu por alguns, mas por todos os homens (Jo. 3.16), e que, através do seu sacrifício, manifestou a vontade do Pai, que quer a salvação de todas as pessoas” (2Tm. 2.4).
 
2. As barreiras que a grande comissão precisa vencer.
Um olhar atento a esta declaração deve-nos levar a seguintes perspectivas: Existem muitas barreiras que precisam ser transpostas para que possamos alcançar o que Jesus pretendia com a grande comissão: o Pastor Gaby nos lembra (2023, p. 12). Existem barreiras complexas para a evangelização do mundo que a Igreja precisa conhecer e estar preparada para realizar a sua tarefa missional: 
a) Barreiras geográficas novas nações e cultura;
b) Barreiras culturais valores de vida, costumes e hábitos;
c) Barreiras econômicas diferenças de moeda e comercio;
d) Barreiras linguísticas as línguas do coração;
e) Barreiras religiosas islamismo, ateísmo, manteríamos, secularismos etc.
 
3. Esta é a nossa maior tarefa na atualidade.
O Senhor nos ordenou pregar o evangelho, pois Ele quer que a mensagem da salvação alcance a toda criatura (Mc 16.15), todas as nações (Mt 28.19), todo o mundo (Mc 16.15), todas as aldeias (Mt 9.35), todos os lugares (At 17.30). Todos os crentes, sem exceção, receberam esta incumbência do Senhor (Mt 10.8; 1Pe 2.9). Evangelização não é uma tarefa entregue apenas a liderança da Igreja, e nem a um grupo de cristãos, mas, a todos os salvos (Mt 28.19,20; At 1.8). Portanto, todo aquele que foi alcançado por tão grande salvação, deve falar de Cristo aos pecadores. O próprio Jesus disse: “[...] de graça recebestes, de graça dai” (Mt 10.8).
 
 
IV. MISSÕES TRANSCULTURAIS
1. O real sentido de missões.
A palavra “missão” vem da expressão latina “missione”, que se originou por sua vez do verbo “mittere,” que significa: “ação”, “tarefa”, “ordem”, “mandado”, “compromisso”, “incumbência”, “encargo” ou “obrigação de enviar missionários”. No grego, corresponde à palavra “apostello” que, em português, é “apóstolo” e significa “alguém enviado por ordem de outrem para realizar uma tarefa” (PAULA, 2006, p. 11).
 
2. O que vem a ser uma missão transcultural?
Para entender melhor a ideia de transculturalindade, precisamos definir primeiro o que é cultura. Paul Hiebert ao conceituar o termo cultura, diz que ela é o: “sistema mais ou menos integrado de ideias, sentimentos, valores e padrões associados do comportamento e de produtos, compartilhados por um grupo de pessoas que organiza e regulamenta o que pensa, sente e faz” (HIEBERT, 1999, p. 30). “Em linhas gerais, portanto, missões transculturais é transpor uma cultura para levar a mensagem do Evangelho. Essa mensagem não pode restringir-se a uma só cultura, mas tem alcance abrangente em todos os quadrantes da erra, onde quer que haja uma etnia que ainda não tenha ouvido” (GABY, 2023, p. 10).
 
3. O propósito divino nas missões.
Desde o início, a proposta divina sempre foi estender a bênção da salvação a todos os homens indiscriminadamente (Gn 12.3; Gl 3.8). Mas, o sentimento ultranacionalista dos judeus fechou seus olhos a esta realidade de que, Deus os levantou a fim de serem uma nação evangelizadora para todos os povos (Is 42.6; 49.6; Rm 2.17-20). A vinda do Messias, no entanto, mostrou claramente que, Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9). É necessário entender que: 
a) Deus amou o mundo e não apenas uma classe de pessoas (Jo 3.16);
b) o sacrifício de Jesus não alcança apenas um povo (Jo 1.29; 1Jo 2.2);
c) sua graça alcança tanto os judeus como os gentios (Rm 3.29; 9.24,30; Gl 3.14; Ef 3.6);
d) a ordem de levar as boas novas de salvação é extensiva até aos confins da terra (At 1.8).
 
4. A missão da igreja.
Missões é o trabalho de proclamar o evangelho a quem ainda não conhece. Todo o crente deve ter um desejo ardente por missões, pois o próprio Deus dentro das Escrituras fez isso ao longo do Antigo e do Novo testamento. Enquanto ainda estava aqui na terra, Jesus enviou seus discípulos para pregar o evangelho a todos os povos da terra (Marcos 16:15). Essa é a grande missão da igreja, que continua até hoje.
 
 
CONCLUSÃO
Esta missão que tem por objetivo proclamar o evangelho, seguida da mensagem de fé e arrependimento visando o homem em sua plenitude. Ela representa a responsabilidade da Igreja em promover o reino de Deus em meio à sociedade. Como representante do reino nesse mundo, a Igreja deve utilizar todos os meios legítimos para expansão do reino de Deus. Que você e eu sejamos despertados para esta tão grande obra. Jesus está voltando, precisamos anunciar isto ao mundo inteiro. 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  GABY, Wagner. Até os confins da Terra. CPAD.
Ø  GILBERTO, Antônio. A Prática do Evangelismo Pessoal. CPAD.
Ø  HILBERT, Paul. O Evangelho e a diversidade de culturas. VIDA.
Ø  HORTON, Stanley. Teologia Sistemática. CPAD.
Ø  PAULA, Oséas. Manual de missões. CPAD.
Ø  PEREIRA, Shostenes. Fundamentação Bíblica para a Evangelização. BEREIA. 

Por Rede Brasil de Comunicação.



sábado, 23 de setembro de 2023

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2023



 


 
SEJAM FIRMES -
Ensino Sadio e Caráter Santo
nas Cartas Paulinas.
 

 






Lição 13
 
Hora da Revisão
A respeito de “Organizar a Igreja em Creta e Reprimir os Falsos Mestres ”, responda:
 
 
1. Há alguma diferença de personalidade entre Tito e Timóteo? 
Sim. Tito era grego e tinha uma personalidade um pouco diferente. Timóteo, tinha uma certa timidez, O perfil de Tito pode ser assim resumido: pronto, entusiasmado, diligente, proativo; de posições firmes; ético e respeitoso, amoroso; amigo leal e fraterno; um irmão, um homem de confiança, 
 
2. Como eram os cretenses? 
Um povo de péssima fama. A ilha era um lugar de confusão, miscigenação cultural e religiosa, violência, banditismo e imoralidade. Os cretenses eram mentirosos, preguiçosos e glutões, 
 
3. O que a Carta a Tito traz de diferente em relação aos requisitos do presbítero? 
O perfil dos presbíteros segue os mesmos requisitos transmitidos a Timóteo, destacando a necessidade de maturidade. Difere somente a expressa inclusão de uma observação implícita na carta a Timóteo: a boa conduta dos filhos. 
 
4. O que Pauto volta a enfatizar na Carta a Tito quanto à constituição da família? 
O valor da constituição da família è mais uma vez enfatizado por Paulo, ao tratar da nobre missão da mulher, com o esposa e mãe, dedicada ao lar. “a fim de que a Palavra d e Deus não seja blasfemada” (2.5). Isto é, para que Deus seja glorificado peta vida exemplar das famílias cristãs. 
 
5. Que conselho Paulo dá aos jovens? 
Pauto se dirige aos jovens, aos quais destaca a moderação (2.6).

 


QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2023




 

A IGREJA DE CRISTO E O IMPÉRIO DO MAL -
Como Viver Neste Mundo Dominado
Pelo Espírito da Babilônia.
  

 







Lição 13
 

Revisando o Conteúdo
A respeito de “O Mundo de Deus no Mundo dos Homens” responda:  

 
1. O que podemos afirmar a respeito do arrependimento?
O termo grego para arrependimento é metanoia, que significa mudança de mente, abrange o abandono do pecado e o voltar-se para Deus (Lc 24.46,47); compreende uma nova atitude espiritual e moral, bem como uma nova conduta (At 26.20; Ef 4.28).
 
2. Cite pelo menos três elementos de destaques da ética e da moral do Reino de Deus.
Necessário controle da ira (Mt 5.21,22); a fuga da imoralidade sexual (Mt 5.27,28); a honestidade no falar (Mt 5.33-37).
 
3. O que o apóstolo Paulo retrata em Gálatas?
Aos Gálatas, Paulo retrata a nova posição dos crentes em Cristo. O apóstolo afirma que “éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo” (Gl 4.3).
 
4. Como resultado da nossa adoção, o que também somos como filhos de Deus?
Como resultado de nossa adoção, agora como filhos, somos “também herdeiros de Deus por Cristo” (Gl 4.7).
 
5. O que a Bíblia diz a respeito dos homens escravizados pelos desejos e pensamentos da carne?
O ser humano é escravo daquilo que o controla (2 Pe 2.19), pois o pecado torna o homem incapaz de aceitar a Palavra de Deus (Jo 8.43).



 

LIÇÃO 13 – O MUNDO DE DEUS NO MUNDO DOS HOMENS


 
 

 
Mt 1.21-23; Gl 4.3-7
 
 
 

INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos o conceito do reino e Deus e seus aspectos; notaremos este reino nas Escrituras; pontuaremos as manifestações dele na terra; bem como sua natureza; e por fim; mostraremos o papel dos seguidores de Cristo no reino de Deus.
 
 
I. CONCEITO BÍBLICO DE MUNDO DE DEUS
1. Definição de mundo de Deus.
A expressão “mundo de Deus” aparece algumas vezes no decorrer da Bíblia (também como reino de Deus). A Igreja de Cristo é a expressão visível do Reino de Deus no mundo. Nesse sentido, há um contraste entre os que representam os valores do Reino de Deus e os que representam os valores do mundo. Assim, Deus permanece agindo no mundo por meio da Igreja de Cristo, a expressão visível do Reino de Deus. De acordo com as Sagradas Escrituras, o Reino de Deus apresenta tanto aspectos presentes quanto futuros. Na atualidade, o reino divino está presente na vida dos filhos de Deus, a saber, os salvos em Cristo. Estes foram libertos das trevas e transportados ao “Reino do Filho do seu amor” (Cl 1.13); e o aspecto futuro do Reino de Deus está ligado ao reino milenar de Cristo sobre a terra por ocasião da sua segunda vinda em glória (1Co 15.23-25).
 
 
II. O REINO DE DEUS NAS ESCRITURAS
1. No Antigo Testamento.
Apesar da expressão Reino de Deus não aparecer no AT, o Senhor é apresentado como o Rei de Israel (Is 43.15), da terra e de todo o universo (Sl 24; 47.7,8; 103.19). Estas e outras referências manifestam a prerrogativa soberana de Deus sobre a criação. Ele reina para sempre (Sl 29.10).
 
2. Em o Novo Testamento.
A mensagem central do ensino neotestamentário é o Reino de Deus. Este foi apregoado por João Batista (Mt 3.2) João veio pregando no deserto: “Arrependei-vos porque é chegado o Reino dos céus” (Mt 3.2). O fato de uma pessoa ser israelita e “filho da promessa” (Gl 4.28) não lhe assegurava o direito de entrar no Reino de Deus. Era preciso produzir frutos dignos de arrependimento. Pois, as boas obras são o resultado de um autêntico arrependimento (Lc 3.8), e confirmado pelo ensino de Jesus Cristo (Mt 6.33). A proclamação e a concretização do Reino de Deus foram o propósito central do ministério de ensino de Jesus. O Reino dos Céus foi o tema de sua mensagem e ensino na terra (Mt 4.17). No Sermão da Montanha, Jesus conclamou a multidão que o ouvia a buscar, com diligência e em primeiro lugar, o Reino de Deus (Mt 6.33).
 
3. Reino de Deus ou Reino dos Céus.
Nos evangelhos de Marcos e Lucas a expressão “Reino de Deus” aparece com frequência. Todavia, no Evangelho de Mateus, a expressão mais usada pelo evangelista (aparece cerca de trinta e quatro vezes) é “Reino dos Céus”. A maioria dos eruditos bíblicos concorda que o emprego da expressão “Reino dos Céus” foi aplicado por Mateus devido à rejeição do povo israelita ao uso indiscriminado do nome de Deus. Logo, as expressões “Reino de Deus” e “Reino dos Céus”, quando comparadas entre os Evangelhos sinóticos de Mateus, Marcos e Lucas, são sinônimos e intercambiáveis (Mt 5.3; 13.10,11; Mc 4.10,11; Lc 6.20).

 
III. AS MANIFESTAÇÕES DO REINO DE DEUS
1. No passado.
A nação de Israel era uma monarquia teocrática. O Senhor levantou reis para o povo judeu (Dt 17.14,15; Dt 28.36; cf. 1 Sm 10.1; 1 Sm 16.13) e estabeleceu normas reguladoras de relacionamento político entre o governante e a nação (1 Sm 8.10-22). O objetivo de Deus era preparar o caminho para a salvação da humanidade através da nação de Israel. Contudo, por causa dos desvios do povo judeu e da rejeição de seu Messias, Jesus Cristo, o reino divino foi-lhes retirado, ou seja, Israel na atualidade não tem mais a função de propagar o Reino de Deus (Mt 21.43; Rm 10.21; 11.23). Tal missão cabe agora à Igreja. Israel, porém, será restabelecido espiritualmente no futuro, conforme escreve Paulo (Rm 11.25-27).
 
2. No presente.
O Reino de Deus foi estabelecido de forma invisível na Igreja por intermédio do Rei dos reis. O reino divino pode ser visto nos corações e nas vidas de todos aqueles que se arrependem, creem e vivem o Evangelho (Jo 3.3-5; Cl 1.13). Não se trata de um reino político ou material que, por definição, é transitório e passageiro, mas de uma poderosa, transformadora e eficaz operação da presença de Deus em e através de seu povo (Mc 1.27; 2 Co 3.18; 1 Ts 4.1), refletindo-se em toda a realidade à nossa volta, produzindo transformação.
 
3. No futuro.
As Escrituras revelam que haverá um futuro reino literal, porém, na presente dispensação da graça, esse reino é espiritual: “o Reino de Deus está entre vós” (Lc 17.21). Durante o Milênio, predito pelos profetas do Antigo Testamento (Sl 89.36,37; Is 11.1-9; Dn 7.13,14), Jesus Cristo reinará literalmente na terra durante mil anos (Ap 20.4-6). E a Igreja reinará juntamente com Ele sobre as nações (Mt 25.34; Ap 5.10; 20.6; Dn 7.22). O reino milenial de Cristo dará lugar ao reino eterno de Deus, que será estabelecido na nova terra (Ap 21.1-4; 22.3-5), a Nova Jerusalém (Ap 21.9-11). Os habitantes são os redimidos do Senhor de todos os tempos. Que alegria nos inundará a alma quando estivermos juntos com o Senhor (Dn 7.18).

 
IV. A NATUREZA DO REINO DE DEUS
A mensagem do Reino teve seu início com Jesus: “desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mt 4.17). Aqui, fica claro que a mensagem do Reino de Deus contém um apelo ao arrependimento (Mt 3.2) e abrange o abandono do pecado e o voltar-se para Deus (Lc 24.46,47); compreende uma nova atitude espiritual e moral, bem como uma nova conduta (At 26.20; Ef 4.28). Somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Cristo podem restaurar o pecador diante de Deus (At 3.19; Rm 3.23-25; 2 Co 7.10). Por conseguinte, é papel da Igreja proclamar a mensagem do Reino em todo o mundo (Mt 24 .14). Dentre muitas características do Reino de Deus no tempo presente, na atual dispensação, podemos destacar a sua espiritualidade:
 
1. A natureza do reino de Deus é espiritual.
Trata-se de um domínio espiritual. Deus começa a dominar a partir do coração dos seus servos (Jo 14.23), e tal domínio se dá através do Seu poder (Mc 9.1). É bom destacarmos que o referido versículo não aponta para o Reino numa perspectiva escatológica, isto é, o Reino Milenial de Cristo, embora reconheçamos que este reino também tenha o aspecto escatológico. Quando Jesus diz que muitos veriam o Reino chegar com poder, estava fazendo alusão ao Pentecostes, em que a Igreja foi inaugurada pelo poder do Espírito (At 1.8; 2.1-4). Não estamos falando de uma teocracia religio-política. O Reino não está vinculado ao domínio social ou político sobre as nações ou reinos deste mundo (Jo 18.36). Deus não pretende na presente era reformar o mundo mediante ativismo social ou político, da força ou de ação violenta (Mt 26.52, 53).
 
2. A natureza do reino de Deus é santa.
Uma marca claríssima do Reino de Deus é a santidade. Desde o Antigo Pacto, o Senhor estabeleceu a santificação como premissa maior para sua dominação (Êx 19.5,6; Lv 11.44). Interessante assinalar que no Novo Pacto, os padrões ético-morais são ampliados pelo nosso Senhor Jesus Cristo.
 
 
V. O REINO DE DEUS ESTÁ ENTRE VÓS
De acordo com Jesus, a natureza do reino de Deus é espiritual, não material ou política. Muitas pessoas perdem os propósitos de Deus para suas vidas porque não dispostas a deixá-lo mudá-las de dentro para fora. O fato de que o Reino de Deus não vem com “aparência exterior” significa que ele não vem como um poder terreno político, e não podemos ganhar um lugar nele pelos nossos próprios bons esforços. Tornar-se parte do reino de Deus exige uma transformação do coração e da mente que somente Deus pode produzir à medida que confiamos a nossa vida a Ele. Assim que os propósitos do reino de Deus começam a se desenvolver dentro de uma pessoa, ela começa a desenvolver um caráter semelhante ao de Cristo, que inclui “justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). Através do poder do Espírito, podemos demonstrar o poder do reino de Deus ao vencermos as forças do pecado, as doenças e Satanás, e não por vencermos reis e conquistarmos nações. Quando Jesus vier à terra pela segunda vez, o reino de Deus será revelado em seu pleno poder e glória (Mt 24.30), triunfando sobre reis, nações e todo o mal (Ap 11.15-18; 19.11-21) (STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global, 2022, pp.1806-07).
 
 
VI. O PAPEL DOS SEGUIDORES DE CRISTO NO REINO DE DEUS
O NT tem muito a dizer a respeito do papel do povo fiel de Deus no seu reino. Os seguidores de Cristo têm o privilégio e a responsabilidade de buscar constantemente os propósitos e o modo de vida que agrada a Deus em tudo o que fazem, para que a sua presença e o seu poder sejam evidentes as pessoas que estiverem à sua volta. Isto requer fome e “sede espiritual profunda” pela presença e pelo poder de Deus, tanto em suas próprias vidas como na comunidade cristã (Mt 5.10; 6.33).
 
1. Jesus transmite informações adicionais sobre a natureza e o caráter daqueles que se tornam parte do seu reino
Em Mateus 11.12 Jesus indica que “pela força” as pessoas se apoderam do reino dos céus. Isto se refere às pessoas que estão corajosamente comprometidas a romper com os costumes do mundo, que são pecaminosos e desafiam a Deus, e que buscam intensamente um conhecimento mais profundo de Cristo, da sua Palavra e dos seus perfeitos propósitos (1Jo 2.15-17). Não importa o custo ou a dificuldade, essas pessoas buscam intensamente o reino, com todo o seu poder. Tudo isto quer dizer que vivenciar o reino dos céus e todos os seus benefícios exige um esforço sincero e persistente para crescer na fé e para resistir às más influências de Satanás, do pecado e de uma sociedade corrupta.
 
2. Os benefícios supremos do reino de Deus não se destinam aos que não têm fome sede de justiça.
O reino de Deus não é para os que negligenciam a Palavra de Deus, ou que fazem concessões aos comportamentos ímpios e aos modos de vida do mundo. O reino dos céus é para homens com o José (Gn 39.9), Natã (2Sm 12.7), Elias (1Rs 18.2 1), Daniel e seus três amigos (Dn 1.8; 3.16-18), Mardoqueu (Et 3.4-5), Pedro e João (At 4.19-20), Estêvão (At 6.8; 7.51) e Paulo (Fp 3.13-14); é para mulheres como Débora (Jz 4.9), Rute (Rt 1.16-18), Ester (Et 4.16), Maria (Lc 1.26-35), Ana (Lc 2.36-38) e Lídia (At 16.14-15,40) (STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Global, 2022, pp.1639).

  
CONCLUSÃO
Os judeus aguardavam um reino literal para libertá-los da opressão política, social e econômica. Cristo os corrigiu e afirmou que o “Reino de Deus não vem com aparência exterior” (Lc 17.20), isto é, não seria terreno, mas espiritual. O reino literal ainda será implantado. Nesse aspecto, Cristo veio para resgatar o homem do pecado. Isso requer arrependimento e fé no sacrifício da cruz. Os que recusam a ética e a moral do Reino são condenados à morte eterna. Assim, os valores cristãos devem ser observados pela Igreja, cuja missão é anunciar o Reino de Deus num mundo dominado pelo Império do Mal.
 
 


REFERÊNCIAS
Ø  BAPTISTA, Douglas. Valores cristãos. CPAD.
Ø  BAPTISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o Império do Mal. CPAD.
Ø  GEISLER, N. L. B, Peter. Fundamentos inabaláveis. Vida.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. CPAD.
Ø  COUTO, G. A Transparência da Vida Cristã: Comentário Devocional do Sermão do Monte. CPAD.
 
Por Rede Brasil de Comunicação.
 



terça-feira, 19 de setembro de 2023

LIÇÃO 13 - O MUNDO DE DEUS NO MUNDO DOS HOMENS (V.01)


Vídeo Aula - Pastor Ciro

 


QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2023






SEJAM FIRMES -
Ensino Sadio e Caráter Santo
nas Cartas Paulinas.









Lição 12
 
Hora da Revisão
A respeito de “Venha Depressa ”, responda: 

 
1. Qual a característica predominante da missiologia paulina? 
O método missional de Pauto sempre esteve pautado na ordem imperativa de Cristo: a pregação (Mc 16,15: At 1.8). 
 
2. Qual o conteúdo da pregação de Paulo? 
A Palavra de Deus: a sã doutrina. 
 
3. Que quadro profético Paulo desenhou para o fim dos tempos em relação à doutrina? 
Paulo estava desenhando, profeticamente, o quadro que hoje vemos. Cresce o número de “doutores” que torcem as Escritura s a partir de suas concepções, a fim de amoldar seus ensinos aos desejos de seus ouvintes. 
 
4. Qual o sentido da expressão “aspersão de sacrifício”? 
Significa que Paulo não reteve sua vida para si mesmo em momento algum, mas se deixou gastar completamente para alcançar muitas almas para Cristo. 
 
5. Segundo a lição, porque “todos” haviam desamparado a Paulo? 
Certamente temerosos diante da implacável e cruel perseguição de Nero.

 


QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2023






A IGREJA DE CRISTO E O IMPÉRIO DO MAL -
Como Viver Neste Mundo Dominado
Pelo Espírito da Babilônia. 









Lição 12
 

Revisando o Conteúdo
A respeito de “Sendo a Igreja do Deus Vivo” responda:  

 
1. O que a Bíblia assegura?
A Bíblia assegura que a Igreja do Deus vivo é “a coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15b).
 
2. Em quem a verdade do Evangelho está personificada?
A verdade do Evangelho é personificada em Cristo (Jo 14.6).
 
3. Segundo a lição, o que é o ato de santificação?
A santificação é o ato de separar-se do pecado e preparar-se para a volta do Senhor (1 Pe 1.15; Hb 12.14).
 
4. Qual é o alvo da santificação?
A santificação tem como alvo preparar uma “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.27).
 
5. Cite pelo menos duas imagens que simbolizam a responsabilidade da Igreja.
Os dois servos e servo vigilante.


 

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

LIÇÃO 12 – SENDO A IGREJA DO DEUS VIVO





 
1Tm 3.14-16; Ef 5.25-27,32  
 


INTRODUÇÃO
Como vimos nas lições anteriores, o “espírito da Babilônia”, encabeçado pelo Diabo (Ef 6.11; Tg 4.7; 1Pe 5.8), que é descrito na Bíblia como o “deus deste século” (2Co 4.4), “príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11); e “príncipe das potestades do ar” (Ef 2.2) faz uso de todos os meios possíveis: educação, política, cultura, religião, filosofia, tecnologia e ideologias, para se opor a Deus, a Sua Palavra e a Igreja de Cristo (Rm 1.21-25; Ef 6.12; Cl 2.8,18; 2Tm 4.3,4). Nesta lição, estudaremos sobre a responsabilidade da Igreja de Cristo, de preservar a sua identidade e cumprir a sua missão na Terra. Assim, definiremos os termos “Igreja” e “Igreja do Deus Vivo”; explicaremos sobre a natureza da igreja; e, citaremos qual é a missão da igreja do Deus vivo.
 
 
I. DEFINIÇÃO E EXPLICAÇÃO DO TEMA
1. Igreja.
Segundo o dicionário Teológico de Claudionor Correia de Andrade, a palavra “Igreja” vem do hebraico ‘Qahal’, e significa “assembleia do povo de Deus”; e, do grego ‘Ekklesia’, que significa “assembleia pública”. Logo, a Igreja é um organismo vivo, composto por todos os que aceitam o sacrifício vicário de Cristo, e têm a Palavra de Deus como a sua única regra de fé e conduta (Ef 5.30-33). (ANDRADE, 2006, p. 220). “A palavra grega no Novo Testamento para igreja é "ekklesia", que significa "uma assembleia de chamados para fora". O termo aplica-se a: 1) Todo o corpo de cristãos em uma cidade (At 11.22; 13.1); 2) Uma congregação (1Co 14.19,35; Rm 16.5); e, 3) Todo o corpo de crentes na terra (Ef 5.32)”. (PEARLMAN, 2006, p. 342). No contexto desta lição, o termo “Igreja” aplica-se ao corpo de Cristo (Cl 1.24), ou seja, a reunião de todos os salvos espalhados pelo mundo (Ef 1.22; 3.10,21; 5.23-32; Fp 3.6; Cl 1.18; I Tm 3.5; 3.15; Hb 12.23).
 
2. Deus Vivo.
Quando o autor se refere ao Deus Vivo (Js 3.10; 1Sm 17.26,36; 2Rs 19.4,16; Sl 42.2; 84.2; Jr 10.10; Ez 33.27; Dn 6.20; Hb 10.31; 12.22) é para diferenciar das demais religiões que servem e adoram a deuses mortos que obra das mãos dos homens, feitos de madeira, gesso, prata e ouro, que tem boca, mas não falam; tem olhos, mas não vêem; tem ouvidos, mas não ouvem; tem narizes, mas não cheiram; tem mãos, mas não apalpam; tem pés, mas não andam (Dt 4.28; 28.64; Sl 115.4-7; 135.15; Is 44.9; 46.7). Por isso, os homens são convidados a se converterem dos ídolos para o Deus vivo e verdadeiro (At 14.15; 1Ts 1.9); o Criador de todas as coisas boas e perfeitas (Gn 1.1; At 17.24).
 
3. Sendo a Igreja do Deus Vivo.
Ser Igreja do Deus vivo fala da nossa responsabilidade pessoal e individual, de não se moldar ao modelo e os padrões estabelecidos pelo “espírito de Babilônia” (Rm 12.1,2; Ef 2.2,3), mas, como sal da terra e luz do mundo, resplandecer em meio as trevas (Mt 5.13-16; 1Pd 2.12; Fp 2.15); pregando o Evangelho a toda criatura (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20; Lc 24.47; At 1.8;); ensinando a Palavra de Deus (At 5.42; Rm 12.7; 1Tm 4.13); vivendo em constante oração (Rm 12.12; Ef 6.18; 1Ts 5.17); aguardando a volta de Jesus em vigilância e santidade (Hb 12.14; 1Pe 1.15,16; Mt 24.36-44; Mc 13.32-37).
 
 
II. A NATUREZA DA IGREJA
Podemos compreender a natureza da Igreja através dos diversos termos a ela aplicados na Bíblia. Vejamos:
 
1. O povo de Deus (2Co 6.16; 1Pe 2.9,10).
O apóstolo Paulo aproveita a descrição de Israel no antigo Testamento, aplicando-a a Igreja do Novo Testamento quando declara: ‘Como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo’ (2Co 6.16; cf. Lv 26.12). Por toda a Bíblia a Igreja é retratada como povo de Deus. Assim como no Antigo Testamento Deus criou Israel a fim de ser um povo para si mesmo, também a Igreja no Novo Testamento é criação de Deus, ‘o povo adquirido’ por Ele (1Pe 2.9,10; cf. Dt 10.15; Os 1.10). [...] O amor mútuo e a comunhão são inerentes entre o povo de Deus e servem para lembrar que, independentemente de vocação ou cargo individual no ministério, todos os irmãos desfrutam de uma posição de igualdade na presença do Senhor. (HORTON, 2002, p. 542,543).

2. O corpo de Cristo (1Co 12.12-31).
“A igreja é também um corpo. Este simbolismo traduz a ideia de que são diversos órgãos e muitos membros, mas todos trabalham de forma orgânica e harmônica, interligados, em benefício do corpo de Cristo (1Co 12.12). Vale a pena reiterar: ninguém trabalha em favor de si. Qualquer ação de um órgão ou membro em corpo saudável está relacionada com toda estrutura orgânica que sustenta a vida [...] é responsabilidade de todos os crentes trabalharem de forma orgânica e harmônica, interligados, em favor do crescimento, saúde e fortalecimento da igreja, tendo Cristo como cabeça, na liderança” (Ef 1.22,23) (COUTO, 2008, p. 402).

3. O templo de Deus (1Co 3.16,17).
Outra figura muito significativa da Igreja, no Novo Testamento, é "o templo do Espírito Santo". Os escritores bíblicos empregam vários símbolos para representar os componentes da construção desse templo, que têm seu paralelo nos materiais necessários à construção de uma estrutura terrestre. Por exemplo: toda edificação precisa de um alicerce sólido. Paulo indica com clareza que o alicerce primário da Igreja é a pessoa e obra históricas de Cristo: ‘Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo’ (1Co 3.11). Em outra Epístola, Paulo afirma que, em outro sentido, a Igreja é edificada ‘sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas’ (Ef 2.20) [...] A metáfora do templo do Espírito Santo confirma ainda mais que a terceira Pessoa da Trindade habita na Igreja, quer individual, quer coletivamente. Por exemplo: Paulo pergunta aos crentes de Corinto: ‘Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?... O templo de Deus, que sois vós, é santo’ (1Co 3.16,17).
 
4. A coluna e firmeza da verdade (1Tm 3.15).
“A Igreja precisa, em primeiro lugar, manter a atitude firme e não ceder diante dos ataques contra a sã doutrina. Devemos em tudo praticar a verdade, seja em palavras, seja em ações (1Co 4.6; 2Co 1.19). Devemos andar na verdade (2Jo 4). Devemos a tempo e fora de tempo, ser defensores do Evangelho, assim como o apóstolo Paulo e outros o foram” (Fp 1.16; At 24.5) (BERGSTÉN, 2005, p. 227). “A Igreja deve ser o fundamento da verdade do evangelho. Ela sustenta e preserva a verdade revelada por Cristo e pelos apóstolos. Ela recebeu esta verdade para obedecê-la (Mt 28.20), escondê-la no coração (Sl 119.11), proclamá-la como a palavra da vida (Fp 2.16), defendê-la (Fp 1.17) e demonstrar seu poder no Espírito Santo” (Mc 16.15-20; At 1.8; 4.29-33; 6.8) (STANPS, 1995, p. 1869).
 
 
III. A MISSÃO DA IGREJA DO DEUS VIVO
Diante de tantos ataques e investidas do reino das trevas através de ideologias, doutrinas antibíblicas e pautas progressistas, é dever da Igreja cumprir a sua missão na Terra, influenciando, sem se deixar ser influenciada pelo espírito da Babilônia. Dentre as muitas atividades da Igreja, citaremos apenas três:
 
1. Evangelizar.
É missão da Igreja levar as boas novas de salvação a toda criatura (Mt 28.19; Mc 16.15; Lc 24.47; At 1.8; Rm 10.13-17). Todo cristão deve estar ocupado com a pregação do evangelho, pois, o desejo de Deus é que todos os homens sejam salvos, e venham ao conhecimento da verdade (Jo 3.16; Tt 2.11; 1Tm 2.4; 2Pe 3.9). Assim como Jesus, que dedicou grande parte do seu ministério a pregação do Evangelho (Mt 4.23; 9.9-13; 35,36; Lc 19.1-10; Jo 3.1-8; 4.1-26) e a igreja primitiva, que todos os dias anunciava a Cristo aos perdidos (At 2.37-41; 8.1-7,26-40; 11.19-26), a Igreja não pode deixar de anunciar a salvação através da fé em Cristo (At 4.20; Rm 1.14-17; 1Co 9.16).
 
2. Ensinar a Palavra de Deus.
Jesus, o maior Mestre que este mundo já conheceu (Jo 13.13), além de evangelizar, também se dedicou ao ensino (Lc 4.15,31; 5.3; 13.10; 19.47;21.37; Jo 7.14; 8.2). E, seguindo o exemplo do Mestre, a Igreja Primitiva jamais se descuidou da tarefa de ensinar as Sagradas Escrituras (At 5.42; 20.20; 11.26; 18.25). Diversas vezes o apóstolo Paulo exortou seus filhos na fé a ensinarem a Palavra de Deus (Rm 12.7; 1Tm 3.2; 4.11,13; 6.2; 2Tm 2.24). Neste mundo caracterizado pelo ateísmo, materialismo, ceticismo e incredulidade, mais do que nunca, devemos ensinar a Bíblia Sagrada, pois ela é inspirada por Deus (2Tm 3.16; 2Pe 1.20,21); ela é viva e eficaz (Hb 4.12; Is 55.10,11); e, é também, a inerrante e infalível Palavra de Deus (Pv 30.5; Is 40.8; 1Pe 1.24,25).
 
3. Combater os falsos ensinos.
Uma das principais atividades do “espírito da Babilônia” é propagar os falsos ensinos. Com o advento da internet e das redes sociais, abriram-se novas oportunidades para evangelização, mas, também, para a propagação das heresias. Por esta razão, a Igreja do Deus vivo deve se ocupar, não apenas com a pregação do Evangelho e do ensino da Palavra de Deus, mas, também, no combate as heresias. Diversas vezes a Bíblia nos exorta sobre os perigos dos falsos ensinos, bem como da necessidade de combatê-los (Rm 16.17; 1Co 11.19; Ef 4.14; 1Tm 1.3; 4.1; 2Pe 2.1-3). Mais do que nunca, a igreja deve empenhar-se no combate às heresias e aos falsos ensinos: “Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que sejais poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes” (Tt 1.9).

  
CONCLUSÃO
A Igreja do Deus vivo não pode se deixar ser influenciada pelo espírito da Babilônia, com seus enganos e pautas progressistas, cujas doutrinas e práticas vão de encontro aos princípios estabelecidos na Palavra de Deus. Mas, pelo contrário! Como coluna e firmeza da verdade, ela deve cumprir a missão que Cristo lhe entregou, pregando o Evangelho, ensinando a Palavra de Deus e combatendo os falsos ensinos.




REFERÊNCIAS
Ø  BAPTISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o Império do Mal. CPAD.
Ø  BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. CPAD.
Ø  COUTO, Geremias do. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.
Ø  HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. CPAD.
Ø  PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. VIDA.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
 
 
Por Rede Brasil de Comunicação.