Ageu,
cujo nome significa “festivo” ou “festival”, aparece
rapidamente em Judá para cumprir uma missão específica. Seus sermões,
cuidadosamente datados, concentram nossa atenção num período de quatro meses. O
profeta não faz comentário algum sobre idolatria, injustiça e violência. Em vez
disso, simplesmente trata de instigar o povo de Judá a colocar Deus em primeiro
lugar, e a demonstrar seu compromisso com o término da construção do
Templo. Ageu é mencionado por Esdras
(5.1; 6.14) e Zacarias (8.9), mas sua pessoa é pouco conhecida.
Autoria:
Ageu (1.1)
Tema:
Reedificação do
Templo.
Contexto Histórico:
Ageu
é a primeira voz a fazer-se ouvir após o exílio. Mas não foi a única, pois
Zacarias e Malaquias também profetizaram depois dele. Ageu é mencionado
nominalmente duas vezes em Esdras (5.1; 6.14), e nove neste livro. É chamado “o profeta” (1.1; 2.1,10; Ed
6.14) e “embaixador do Senhor”
(1.13). Pode ter sido um daqueles poucos exilados que, ao voltarem para
repovoar Jerusalém, ainda se lembravam do templo de Salomão antes que fosse
destruído pelos exércitos de Nabucodonosor em 586 a.C. (2.3). Sendo assim, Ageu
devia ter entre setenta e oitenta anos de idade ao profetizar. O livro tem uma
data exata para sua composição: o segundo ano do rei Dario da Pérsia (520 a.C.;
1.1).
O
contexto histórico do livro é importante para compreendermos sua mensagem. Em
538 a.C., Ciro, rei da Pérsia, promulgara um decreto, permitindo aos judeus
exilados voltarem à pátria para reconstruir Jerusalém e o templo, cumprindo,
assim, as profecias de Isaías e Jeremias (Is 45.1-3; Jr 25.11,12; 29.10-14), e
a intercessão de Daniel (Dn 9). O primeiro grupo de judeus a voltar para
Jerusalém, havia deitado os alicerces do novo templo em 536 a.C., em meio a
muita emoção e expectativa (Ed 3.8-10). No entanto, os samaritanos e outros
vizinhos opuseram-se fisicamente ao empreendimento, desanimando os
trabalhadores de tal maneira, que a obra acabou por ser interrompida em 534
a.C.. A letargia espiritual generalizou-se, induzindo o povo a voltar à
reconstrução de suas próprias casas. Em 520 a.C., Ageu, acompanhado por um
profeta mais jovem — Zacarias (ver a introdução de Zacarias), conclama
Zorobabel e o povo a retomar a construção da casa de Deus. Quatro anos mais
tarde, o templo foi completado e dedicado ao Senhor (cf. Ed 4—6).
Mensagem:
Esse livro é uma coleção
de quatro breves mensagens escritas entre os meses de agosto a dezembro. Cada
mensagem tem uma data específica (tabela abaixo). Essas datas, e não alguns
lugares e personagens, é que predominam. O livro tem um propósito central. Ageu
está decidido a persuadir o povo a reconstruir o tempo. Ele exortou Zorobabel
(o governador) e a Josué (sumo sacerdote) a mobilizarem o povo para esta
tarefa.
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Obs: A última data citada do quadro refere-se a duas mensagens, como se vê nos versículos 10 e 20. Uma dirigida aos Sacerdotes e a outra ao Governador.
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O livro de Ageu trata de
três problemas comuns a todos os povos em todos os tempos oferecendo soluções
inspiradoras. O primeiro problema: Desinteresse
(1.1-15) Para despertá-los da sua atitude de indiferença, Deus fala duas vezes
ao povo. Primeiro, eles precisam perceber que são infrutíferos (1.5-6), porque
eles tinham abandonado a Casa de Deus e ido para sua própria casa (1.7-9). Todo
esforço deles para construir seu próprio reino nunca produzirá resultados
permanentes. Após ver seu problema, o povo, então, precisa entender que Deus
irá aceitar o que eles fazem a fim de que Deus seja glorificado, se eles
entregarem a ele o que eles têm (1.8). O Segundo problema: Desencorajamento (2.1-9) Ageu leva uma mensagem destinada a tratar decisivamente do desencorajamento. A solução tem duas partes: uma trata do problema urgente; a outra trata de uma solução a longo alcance. Por hora, basta ao povo esforçar-se e trabalhar (2.4). A outra chave para combater o mal é para os construtores saberem que eles estão construindo para o dia em que Deus encher essa Casa com a glória que será maior do que a Glória do templo de Salomão (2.9).
O terceiro problemas: Insatisfação (2.10-23) Agora que o povo está
trabalhando, eles esperam uma inversão imediata de todos os seus anos de
inatividade. Então o profeta vai com uma pergunta aos sacerdotes (2.12-13)
acerca das coisas limpas e imundas e da influência deles sobre a outra. A
resposta dos sacerdotes é que a imundície é infecciosa, enquanto a santidade
não é. A aplicação é obvia: Não espere que o trabalho de três meses desfaça a
negligência de dezesseis anos. A próxima palavra do Senhor ao povo é uma
surpresa: “Mas desde este dia vos abençoarei” (2.19). O povo precisava
entender que as bênçãos de Deus não podem ser ganhas como pagamento, mas vão
como dádivas graciosas de um Deus doador. Deus escolheu Zorobabel para ser um
anel de sela (2.23), isto é, para representar a natureza do servo a ser cumprida,
finalmente, no mais importante Filho de Zorobabel, Jesus. Notar o nome de
Zorobabel em ambas as listas genealógicas dos Evangelhos (Mt 1; Lc 3),
indicando que a benção final, a maior delas, é uma Pessoa, seu Filho Jesus
Cristo.
Propósito
Durante um período de quatro meses, em 520
a.C., Ageu entregou quatro concisas mensagens registradas neste livro (ver o
esboço). As mensagens tinham duplo propósito: (1) exortar Zorobabel (o
governador) e Josué (o sumo sacerdote) a mobilizarem o povo para a reedificação
do templo; e (2) motivar o povo a reordenar suas vidas e prioridades para que a
obra da Casa de Deus fosse recomeçada com as bênçãos divinas.
Esboço:
Geral
de Ageu
I. A primeira mensagem do Senhor: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos 1.1-15
Considerai o que tendes feito: negligenciastes a Casa de Deus 1.1-6
Considerai o que devíeis fazer: edificar a Casa de Deus 1.7-11
Os resultados de considerar vossos caminhos 1.12-15
II. A segunda mensagem do Senhor: Esforçai-vos e trabalhai 2.1-9
A comparação do novo Templo com o templo de Salomão 2.1-3
Chamado para esforçar 2.4-5
A glória vindoura do novo templo 2.6-9
III. A terceira mensagem do Senhor: Eu vos abençoarei 2.10-23
Um pergunta aos sacerdotes 2.10-19
Uma promessa para Zorobabel 2.20-23
Fonte: Bíblia Plenitude
Referências:
Ø
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.
Ø
GILBERTO, Antônio. A Bíblia Através dos séculos.
CPAD.
Ø
Bíblia
de Estudo Plenitude.
Parabéns pelo blog. Muito edificante os estudos postados.
ResponderExcluirMUITO BOM
ResponderExcluirbom,dimais amei
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