I Ts 4.3-5; 5.23; I
Pe 1.14-16
INTRODUÇÃO
Uma
das características do presente século é a promiscuidade e a perversão sexual.
Diariamente, as famílias são bombardeadas por orientações sexuais ilícitas e
estímulos à práticas sexuais antibíblicas, principalmente através da mídia. Por
isso, faz-se necessário estudarmos sobre a sexualidade à luz da Bíblia. Veremos
nesta lição: a definição do termo sexualidade; que o sexo foi criado por Deus;
que o ato conjugal deve estar restrito ao casamento; os propósitos do sexo;
quais são as práticas sexuais ilícitas e as motivações para o ato conjugal.
I - DEFINIÇÃO DA PALAVRA “SEXUALIDADE” E
“SEXO”
O
Aurélio define a palavra sexualidade como: “qualidade de sexual. O
conjunto dos fenômenos da vida sexual. Sexo”. Já o termo “sexo” por sua
vez, significa: “conformação particular que distingue o macho da fêmea,
nos animais e nos vegetais, atribuindo-lhes um papel determinado na geração e
conferindo-lhes certas características distintivas”. À luz da Bíblia,
sexo são “as características internas e externas, que identificam e
diferenciam o homem da mulher”.
II – O SEXO FOI CRIADO POR DEUS
Quando
criou o ser humano, a Bíblia revela que Deus os fez sexuados: “homem e
mulher os criou” (Gn 1.27). A benção do Senhor estava sobre aquele
casal heterossexual e Deus lhes deu a seguinte ordem: “Frutificai e
multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). O sexo dentro do
casamento não se constitui pecado, pois este e outros textos nos revelam que
foi Deus quem o criou (Ec 9.9; Pv 5.15-19; Hb 13.4). Logo, a natureza do sexo
em si não é pecaminosa nem má, como acreditam e defendem alguns de forma
equivocada (I Tm 4.1-3). O sexo fez parte da constituição física e emocional do
ser humano, no momento da sua criação (Gn 1.27). Assim, à luz da Sagrada
Escritura não é correto ver o sexo como coisa imoral, feia ou suja, pois Deus
não fez nada ruim: “e viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era
muito bom” (Gn 1.31).
III – A RELAÇÃO SEXUAL ESTÁ CIRCUNSCRITA
AO CASAMENTO
3.1
No Antigo Testamento. No plano
original divino, a ordem de crescer e multiplicar-se foi dada a um casal (Gn
1.28). As páginas veterotestamentárias nos mostram claramente que somente nesta
condição o ato conjugal é aceito e aprovado por Deus (Gn 2.24); pois, é por
meio do casamento que marido e mulher tornam-se “uma só carne” (Gn
2.24), segundo a vontade de Deus. Em Cantares de Salomão, vemos a exaltação do amor conjugal entre os casados, e não entre solteiros (Ct 4.1-12). Portanto, os
prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento conjugal
fiel, são ordenados por Deus e por Ele honrados (Pv 5.15-19: Hb 13.4).
3.2
No Novo Testamento. O NT preservou as
atitudes judaicas do AT quanto ao sexo. Jesus condenou não só as práticas
sexuais fora do casamento, como também o “simples” olhar com intenção impura
para uma mulher (Mt 5.2-32). O apóstolo Paulo, de igual forma, ensinou aos
crentes de Corinto como eles deveriam se portar quanto ao sexo (I Co 7.1-40).
Aos casados, o apóstolo orienta que pratiquem o ato sexual regularmente (I Co
7.3), e só deixem de desfrutar do ato conjugal com finalidades espirituais,
como dedicar-se à oração, por exemplo, por um espaço de tempo combinado entre o
casal, a fim de não se exporem às tentações de Satanás, inclusive, ao adultério
(I Co 7.5). E, aos solteiros, ele afirmou que aqueles que não puderem
conter-se, ou seja, controlar-se, que se casem, a fim de evitar as tentações e
possam praticar o ato sexual de forma legítima (I Co 7.9).
IV – PROPÓSITOS DO SEXO SEGUNDO A
BÍBLIA
Não
existe apenas uma finalidade para a prática da relação sexual. As Escrituras
Sagradas nos mostram quais os propósitos pelos quais Deus criou o sexo. Vejamos
as principais:
4.1
Procriação. Sem dúvida alguma, o
primeiro propósito do ato sexual é a reprodução humana (Gn 1.28). A procriação
é o ato criador de Deus, através do homem. Para tanto, o Senhor dotou o homem
de capacidade reprodutiva, instituindo o matrimônio e a família (Gn 2.21-24).
No AT, a “lua de mel” para o soldado durava um ano, com o fim de proporcionar
ao casal a possibilidade da procriação (Dt 24.5).
4.2
Satisfação. O ato conjugal também foi
criado para proporcionar prazer ao casal. A Bíblia diz: “Bebe água da tua
fonte, e das correntes do teu poço. Derramar-se-iam as tuas fontes por fora, e
pelas ruas os ribeiros de águas? Sejam para ti só, e não para os estranhos
contigo. Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua
mocidade” (Pv 5.15-18). O sábio exorta os cônjuges a desfrutarem do
sexo, sem ao menos mencionar os filhos. Neste capítulo, o homem é incentivado a
valorizar a união conjugal honesta e santa, exaltando a monogamia, a fidelidade
e o prazer (Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9).
V – PRÁTICAS SEXUAIS REPROVADAS PELA
BÍBLIA
Já
vimos que o sexo foi criado por Deus com propósitos elevados, saudáveis e
benéficos para o ser humano. No entanto, desde a Queda, o sexo e a sexualidade
têm sido deturpados de modo irresponsável (Rm 1.24-27). No quadro abaixo
elencaremos algumas quadro abaixo elencaremos algumas Escrituras:
PRÁTICA
|
DEFINIÇÃO
|
PARECER BÍBLICO
|
Fornicação
|
Relação sexual entre pessoas
não casadas.
|
A Bíblia restringe o ato
sexual apenas aos casados. Portanto, praticá-lo antes do casamento se
constitui em transgressão (Gl 5.19-21; Ef 5.3; Cl 3.5).
|
Adultério
|
Relação sexual de um homem
casado com uma mulher que não é a sua esposa, ou vice-versa.
|
Prática condenada pela Bíblia
Sagrada (Êx 20.14; Dt 5.18; Mt 5.27; Rm 13.9).
|
Homossexualidade
|
Atração erótica entre pessoas
do mesmo sexo. É conhecida também como pecado de Sodoma, já que nessa cidade
foi praticado de forma generalizada (Gn 19.1-11).
|
Considerada pela Bíblia uma
das perversões mais chocantes. Por isso, é por ela condenada (Lv 18.22;
20.13; Jz 19.22-25; Rm 1.25-27; I Co 6.9; I Tm 1.9,10).
|
Masturbação
|
Vício solitário;
autoerotismo.
|
Embora não conste em nenhum
lugar da Bíblia a referência explícita a masturbação, existem passagens que
tratam desse assunto de forma implícita, por exemplo: Onã foi morto pelo
Senhor porque derramava sua semente em terra (Gn 38.1-11). Por isso, Aurélio define
a masturbação como “onanismo”. Ainda há que se acrescentar que três coisas
classificam esta prática como pecado, a saber: (1) as fantasias que
levam a pessoa a cometer este ato é condenável (Mt 5.28); (2) O ato
sexual foi criado para ser praticado por um casal, e não por uma pessoa
sozinha; e, (3) como na prostituição, a pessoa peca contra o próprio
corpo, assim sucede com a masturbação (I Co 6.18). Confira ainda: (Rm
6.13,19; I Co 6,13,15,18; Gl 5.19; Ef 5.3).
|
Perversões
|
Corrupção, desmoralização,
depravação; alteração; transtorno; qualquer anomalia do comportamento sexual.
|
Nas Escrituras Sagradas
encontramos contidas severas reprovações quanto a perversões sexuais, tais
como: zoofilia -sexo com animais- (Lv 18.23); estupro (Gn 34.2,7; II Sm 13.12);
incesto - sexo entre familiares próximos (Lv 18.7-19; I Co 5.1); pedofilia
(Ef 4.19-22; Gl 5.19-21); práticas sexuais fora do padrão (I Co 6.19,20; I Pe
3.7).
|
VI - QUAIS
MOTIVAÇÕES DEVEM CONDUZIR O CASAL AO SEXO
O
dicionário Aurélio diz que a expressão “motivo”
do latim “motivu”, “que move” quer dizer: “fim, intuito”.
Fica claro que a palavra motivação alude a intenção, propósito ou objetivo com
que fazemos as coisas. Eis alguns motivos que devem levar o casal cristão ao
ato sexual:
6.1
O amor. Ao
contrário do modo de vida das pessoas que não conhecem a Palavra de Deus e
praticam o sexo por mero prazer, o cristão é orientado a praticar o ato
conjugal motivado pelo amor: “O marido pague à mulher a devida
benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido” (I Co 7.3).
Benevolência e amor andam juntos, pois “o amor é benigno” (I Co
13.4).
6.2
Respeito. O ato
sexual entre cristãos deve ser feito com respeito, pois o amor “não se
porta com indecência” (I Co 13.5). Portanto, o marido deve honrar o
corpo da esposa, e a esposa o corpo do marido, como nos ensina o apóstolo Pedro
(I Pe 3.7). Portanto, o cônjuge não pode ser forçado a fazer sexo quando não
quer e não pode, principalmente a mulher, em casos específicos, tais como:
período de menstruação (Lv 18.19,20), nem no período pós-parto, e, por fim, em
casos de doença.
6.3
Alegria. O ato
conjugal não deve ser praticado com tristeza ou insatisfação; mas, com alegria,
pois é um momento de prazer mútuo entre os cônjuges. A recomendação do sábio é
clara: “alegra-te com a mulher da tua mocidade” (Pv 5.18).
CONCLUSÃO
Como
pudemos ver, o sexo foi criado por Deus. Ele criou macho e fêmea e lhes disse: “Frutificai
e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). Mas, o propósito de
Deus é que o sexo seja praticado dentro do casamento, entre marido e mulher.
Toda prática sexual fora do casamento é uma transgressão à Lei divina, assim
como as perversões sexuais, tais como: adultério, homossexualismo,
prostituição, masturbação, dentre outras, que são terminantemente proibidas na
Palavra de Deus. Por isso, os cônjuges devem desfrutar dessa bênção dada por
Deus, que é o ato conjugal, desde que esteja dentro dos princípios bíblicos.
REFERÊNCIAS
Ø
ARÉVALO, Waldir
Moreno. O sexo que Deus criou. MPT.
Ø
CRUZ, Elaine. Sócios,
Amigos e Amados. CPAD.
Ø
Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
Ø
DANIELS, Robert. Pureza
Sexual. CPAD.
Por Rede Brasil de Comunicação.
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