- O batismo no Espírito Santo é apenas para os salvos. O falar em línguas como sinal do batismo com o Espírito Santo teve o seu início no dia de Pentecostes (At 2.4). Os que nasceram de novo, aqueles que experimentaram a verdadeira conversão, e, assim, receberam o Espírito Santo para neles habitar (Jo 14.17; At 2.4);
- O batismo no Espírito Santo é uma obra distinta e à parte da regeneração. O batismo com o Espírito Santo é uma experiência subsequente à regeneração e nunca antes (Jo 20.22; Lc 24.49; At 1.5,8; 11.17; 19.6). O batismo com o Espírito Santo não é o mesmo que a regeneração. Os salvos em Cristo recebem o Espírito Santo após a conversão (Jo 14.16,17; 20.22). Mas nem todos os salvos são batizados com o Espírito Santo no momento da conversão, mas sim, tempos depois (At 10.44-46);
- O batismo no Espírito Santo é experimentar a plenitude do Espírito (At 1.5; 2.4). Este batismo teve lugar somente a partir do dia de Pentecoste. Quanto aos que foram cheios do Espírito Santo antes do dia de Pentecoste (Lc 1.15,67), Lucas não emprega a expressão “batizados no Espírito Santo”. Este evento só ocorreria depois da ascensão de Cristo (At 1.2-5; Lc 24.49-51, Jo 16.7-14);
- O batismo no Espírito Santo é falar noutras línguas. (At 2.4; 10.45,46; 19.6). Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo, é uma expressão vocal inspirada pelo Espírito, mediante a qual o crente fala numa língua que nunca aprendeu ou estudou (At 2.4; 1Co 14.14,15). Estas línguas podem ser humanas, e atualmente faladas (At 2.6), ou desconhecidas (1Co 13.1);
- O
batismo no Espírito Santo outorgar ao crente ousadia e poder. (At
1.8; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; 1Co 2.4). Esse poder é uma manifestação
do Espírito Santo, na qual a presença, a glória e a operação de Jesus estão
presentes com seu povo (1Co 12.7-10).
- O batismo no Espírito Santo não é aprender falar em línguas. Falar em línguas não é algo aprendido, mas sim recebido. Somente devemos aceitar as línguas se elas procederem do Espírito Santo. Esse fenômeno, segundo deve ser espontâneo e resultado do derramamento do Espírito Santo. Não é algo aprendido, nem ensinado, como por exemplo instruir crentes a pronunciar sílabas sem nexo como fazem alguns, mas é dado pelo Espírito (1Co 12.10); 1.2); e como a terceira pessoa (Mt 28.19; At 10.38; 2Co 13.13; Mt 10.20; Rm 8.9; 1Co 2.11,12; Gl 4.6). “Logo, o Espírito Santo é da mesma substância, da mesma espécie, de mesmo poder e glória do Pai e do Filho” (SOARES Org, 2017, p. 67 – grifo nosso).
- O batismo no Espírito Santo não é para os ímpios. O Espírito Santo nos adverte claramente que nestes últimos dias surgirá apostasia dentro da igreja (1Tm 4.1,2; 1Jo 4.1); sinais e maravilhas operados por Satanás (Mt 7.22,23; 2Ts 2.9) e obreiros fraudulentos que fingem ser servos de Deus (2Pe 2.1,2). Se alguém afirma que fala noutras línguas, mas não é salvo, nem aceita a autoridade das Escrituras, nem obedece à Palavra de Deus, qualquer manifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do Espírito Santo (1Jo 3.6-10; 4.1-3; Gl 1.9; Mt 24.11-24, Jo 8.31);
- O batismo no Espírito Santo não é o mesmo que batismo no corpo de Cristo. Muitos não compreendem devidamente o batismo com o Espírito Santo, por não fazerem uma exegese correta de 1Coríntios 12.1. Paulo não faz aqui nenhuma referência ao batismo com o Espírito Santo, nem ao batismo em águas;
- O batismo no Espírito Santo não é uma experiência exclusiva dos dias apostólicos. Os cessacionistas negam a atualidade do batismo no Espírito Santo com a evidência inicial do falar noutras línguas, ensinando que o fenômeno foi um sinal apenas para os dias apostólicos. Todavia, não encontramos nada nas Escrituras Sagradas que prove que o falar em línguas seja uma experiência restrita à Igreja Primitiva. Ao contrário, a Bíblia e a própria experiência demonstram a plena atualidade da promessa (Mt 16.17; At 2.39; 9.17; 19.1-6).
- Essas línguas podem ser humanas e vivas, ou seja, línguas ainda faladas (At 2.4-6) que são as chamadas “xenolalias” (É o falar em línguas num idioma conhecido, estranho apenas a quem o fala), ou uma língua desconhecida e/ou estranha na terra conhecidas como “glossolalia” (1Co 13.1);
A finalidade deste dom é: a) edificação da Igreja (1Co 14.4,26); b) edificação pessoal (1Co 14.28); c) glorificação a Deus (At 2.11); d) comunicar o sobrenatural de Deus e por fim, e) serve como sinal para os descrentes (1Co 14.13-17);
O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus expressando-se através do espírito mais do que da mente (1Co 14.2,14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente (1Co 14.2, 15, 28; Jd 20);
Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação pelo Espírito Santo, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (1Co 14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (1Co 14.6);
Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (1Co 14.27,28).
Dom de Interpretação de Línguas (1Co 12.10), trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas (1Co 14.6, 13, 26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa (1Co 14.13).
REFERÊNCIAS
Ø BRUNELLI, Walter. Teologia
para pentecostais. Vol 02. CENTRAL GOSPEL, 2016.
Ø CABRAL, Elienai. Comentário
Bíblico: Efésios. CPAD, 1999.
Ø SILVA, Severino Pedro da. Os
Anjos, sua natureza e ofício. CPAD, 2010.
Ø HORTON, S. M. A Doutrina
do Espírito Santo. CPAD, 2001.
Ø MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. CPAD,
2005.
Ø PALMA, A. D. O Batismo no
Espírito Santo e com fogo. CPAD, 2002.
Ø GEE, D. Como receber o
Batismo no Espírito Santo. CPAD, 2001.
Ø STAMPS, Donald C. Bíblia
de Estudo Pentecostal. CPAD. 1999.
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