sábado, 30 de março de 2019

LIÇÃO 13 – ORANDO SEM CESSAR (SUBSÍDIO)


  



Mt 6.5-13




INTRODUÇÃO
Na última lição deste trimestre, destacaremos à luz da Bíblia, algumas considerações a respeito da oração; aprenderemos também o quanto ela é necessária para vencermos na batalha espiritual; e por fim, veremos quais requisitos são necessários para que a nossa oração seja eficaz.


I. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A ORAÇÃO
1. Definição.
O termo oração vem do grego “proseuchomai”, e do latim “orationem”, diz respeito a: “prece dirigida pelo homem ao seu Criador”, tendo como objetivo: (a) adorá-lo como Criador e Senhor de tudo quanto existe; (b) pedirlhe perdão pelas faltas cometidas (Sl 51.1-14; Mt 6.12); (c) agradecer-lhe pelos favores imerecidos (Dn 2.20,23); e, (d) buscar proteção e uma comunhão mais íntima com Ele e colocar-se à disposição de seu reino (Mt 6.10) (ANDRADE, 2006, p. 285). Em síntese, podemos dizer que a oração é o meio de comunicação com Deus. Não é apenas uma necessidade do cristão, mas também, um mandamento (1Cr 16.11; Is 55.6; Rm 12.12; Cl 4.2; 1Ts 5.17; 1Tm 2.8). A oração pode ser melhor definida como estar em comunhão com Deus, é mais do que simplesmente falar para Deus, mas falar com Ele. Isso implica em uma via dupla de “dar e receber” e não em um monólogo (WILMINGTON, 2015, p. 634 – acréscimo nosso).

2. A postura específica para orar.
Ao lermos a Bíblia, podemos observar que não existe uma posição única para orar, pois, ela registra diversos exemplos de pessoas que oraram de maneiras diferentes. (a) oração de joelhos. Como Salomão que na dedicação do templo de Jerusalém, orou a Deus de joelhos e com as mãos estendidas (1Rs 8.22,54; 2Cr 6.13); o salmista nos convida a nos ajoelharmos diante do Senhor (Sl 95.6). Além disso, também oraram de joelhos: Daniel (Dn 6.10), Jesus (Lc 22.41), Estêvão (At 7.60), Pedro (At 9.40), e o apóstolo Paulo (Ef 3.14); (b) inclinado ou prostrado. Foi assim que orou o servo de Abraão quando Betuel e Labão consentiram que Rebeca fosse com ele (Gn 24.52); e, o próprio Senhor Jesus no jardim do Getsêmani (Mt 26.39; Mc 14.35); (c) em pé. A Bíblia registra também exemplos de pessoas que oraram em pé, como Abrão (Gn 18.22); Jesus (Mt 11.25; Jo 11.41); e o publicano (Lc 18.13); e, (d) sentados (At 2.1,2). Ficando claro que pra Deus, não é a posição do corpo que necessariamente é importante, mas a condição do coração (Sl 51.17).

3. O local certo de orar.
A respeito do local ideal da oração, a Bíblia menciona o templo como um lugar específico de se buscar a Deus (Is 56.7; Lc 19.46; At 2.46; 3.1). No NT a uma ampliação a esta realidade, não se restringindo única e exclusivamente o templo como lugar de oração, Jesus disse: “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente” (Mt 6.6). Portanto, não existe um lugar específico ou único para buscarmos a Deus em oração (Jo 4.20-24), contanto que este lugar esteja em perfeita harmonia com o que ensina a Palavra de Deus e as lideranças constituídas por Ele (Hb 13.17).


II. ORAÇÃO UMA ARMA NA BATALHA ESPIRITUAL
Escrevendo aos efésios sobre a batalha espiritual, Paulo além de tratar da armadura de Deus como recurso para vencermos este combate, ele faz referência a uma ferramenta imprescindível que nos proporciona a energia necessária para sermos vitoriosos, a oração: “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18). Podemos concluir que a oração faz parte permanente de todo o equipamento de guerra exposto nos versículos precedentes (Ef 6.14-17). Cada uma das armas espirituais, desde o “cinto” até a “espada”, deve ser vestida com a oração (CABRAL, 1999, p. 92). São três as coisas que devemos notar aqui com respeito à oração na batalha espiritual, vejamos:

1. Orando em todo tempo.
O apóstolo Paulo recomenda que devemos orar sempre: “Orando em todo o tempo […]” (Ef 6.18), a expressão “em todo tempo” é a tradução de: “en panti kairo”, que pode ser traduzida por: “em todas as ocasiões, o tempo todo, sempre”. O termo grego: “kairós”, às vezes tem a força de circunstância especial, e por conseguinte, neste contexto, significaria: “na ocasião do conflito” (BEACON, 2006, p. 200 – acréscimo nosso). O bom soldado é aquele que atenciosamente está ligado ao seu comandante para lutar. A oração, na guerra espiritual, tem o sentido de comunhão com o seu comandante. Talvez a maior falha da vida cristã seja que frequentemente tendemos a orar só nas grandes crises da vida. Só pela oração diária o cristão torna-se forte cada dia. A orientação apostólica é que devemos orar sem cessar (1Ts 5.17), o Senhor Jesus ensinou sobre a necessidade de orar sempre e não desvanecer (Lc 18.1), ficando claro que a constância da oração é imperativa para a vitória (Dn 6.10,22,27).

2. Orando no Espírito.
A respeito desse aspecto da oração Paulo afirma: “[…] com toda a oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18). Esse tipo envolve aquela oração produzida pelo Espírito Santo, isto é, ensinada ou dirigida por Ele. Portanto, é o Espírito Santo quem nos ensina e habilita a orar a Deus (Rm 8.15,26; Gl 4.6; Jd 20). É a oração que recebe o impulso do Espírito para interceder, para adorar e louvar a Deus, na epístola ao coríntios Paulo motiva aos crentes de que orem com o espírito (1Co 14.14,15), que é a oração do espírito do crente, produzida pelo Espírito Santo. Aqui aprendemos que é o Espírito Santo quem ensina o nosso espírito a orar. As línguas estranhas, que são a evidência inicial do batismo no Espírito Santo, são ditas pelo nosso espírito interior através da fala. É a oração sem a interferência da mente, ou seja, do intelecto. Entretanto, Paulo orienta para que se ore com o espírito e, também, com o entendimento (1Co 14.15); já a oração em espírito, pode ser considerada a oração silenciosa, mental, que se faz em qualquer ocasião, trabalhando ou não, na rua ou em casa. É a oração em momentos difíceis onde não se pode alçar a voz, mas pode-se elevar à comunhão com Deus e dEle receber a resposta (CABRAL, 1999, p. 92,93 – acréscimo nosso).

3. Orando com vigilância e perseverança.
A convocação para orar é seguida da exortação à vigilância na intercessão persistente: “Orando […] e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18; ver At 1.14; 2.42; Rm 12.12; Cl 4.2). A combinação de “orar e vigiar” origina-se das palavras de Jesus aos discípulos (Lc 21.36; Mt 26.41; Mc 14.38). Quando Neemias estava restaurando os muros de Jerusalém e o inimigo tentava impedi-lo de realizar essa obra, Neemias derrotou os adversários vigiando e orando: “Porém nós oramos ao nosso Deus e, como proteção, pusemos guarda contra eles” (Ne 4.9). Vigiar e orar é o segredo para vencer o mundo (Mc 13.33), a carne (Mc 14.38) e o diabo (Ef 6.18). Pedro adormeceu quando deveriam orar, e o resultado foi o fracasso espiritual (Mc 14.29-31,67-72). Deus espera que usemos os sentidos que Ele nos deu para que, conduzidos pelo Espírito, possamos perceber quando Satanás está começando a operar (WIERSBE, 2007, p. 78).


III. REQUISITOS PARA UMA ORAÇÃO EFICAZ
1. Orar com fé.
A fé é um dos requisitos indispensáveis à oração. O Senhor Jesus disse: E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis” (Mt 21.22); Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23); e, o apóstolo Tiago nos exorta dizendo: “Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que dúvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte” (Tg 1.6). Portanto, não basta orar, é preciso ter fé e reconhecer que, mesmo que nos pareça impossível o que estamos pedindo, todas as coisas são possíveis para Deus (Mt 19.26; Jo 11.25,26). O próprio Senhor Jesus declarou (Mc 9.23;11.24). O escritor aos hebreus admoesta-nos: “cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé” (Hb 10.22).

2. Em nome de Jesus.
Um outro requisito não menos importante para uma oração eficaz, é fazê-la em Nome de Jesus, na autoridade do Filho de Deus. O próprio Senhor Jesus nos ensinou, dizendo: “E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13,14); “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda” (Jo 15.16); “E naquele dia nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar” (Jo 16.23).

3. Segundo a vontade de Deus.
É imprescindível que a vontade de Deus prevaleça sempre sobre as nossas vidas. Por isso, devemos orar pedindo a Deus que faça sempre conforme a Sua vontade. (Mt 6.33). O próprio Jesus nos deu o exemplo quando orou no jardim do Getsêmani: “E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade” (Mt 26.42). E, o apóstolo João, diz: “E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1Jo 5.14).


CONCLUSÃO
Colocando em prática esses princípios dos ensinamentos de Jesus acerca da oração o Senhor nos ouvirá e mandará a resposta, uma vez que ele nos garantiu: Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito(Lc 15.7). A vivência desses ensinamentos do modelo da oração proposta por Jesus conduz o crente a uma vida vitoriosa e mais íntima com Deus o Pai.





REFERÊNCIAS
Ø  ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. CPAD.
Ø  CABRAL, Elienai. Comentário Bíblico: Efésios. CPAD.
Ø  HOWARD, R.E, et al. Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Ø  LOPES, Hernandes Dias. Comentário Expositivo Efésios. HAGNOS.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995.
Ø  WIERSBE, W. W (Trad. Susana Klassen). Comentário Bíblico Expositivo NT. SP: GEOGRÁFICA, 2007.
Ø  WILLMINGTON, Harold L.Guia de Willmington para a Bíblia Vol.2. ACADÊMICO, 2015

  

Por Rede Brasil de Comunicação.


quarta-feira, 27 de março de 2019

QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2019







   RUMO À TERRA PROMETIDA –
A Peregrinação do Povo de Deus
no deserto no livro de Números.






Lição 12

Hora da Revisão
A respeito do tema “Um Líder Formado no Deserto”, responda:


1. Transcreva a referência em que Josué foi citado pela primeira vez na Bíblia.
“Pelo que disse Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai, e peleja contra Amaleque; amanhã, eu estarei no cume do outeiro, e a vara de Deus estará na minha mão” (Êx 17.9).

2. Quem, juntamente com Josué, trouxe um relatório de fé ao espiar Canaã?
Calebe.

3. Qual era o costume de Josué segundo Êxodo 33.11?
Ele nunca se apartava do meio da tenda.

4. Segundo Número 27.18 o que diferenciava Josué dos demais líderes?
Homem em que há o Espírito (Nm 27.18).

5. Qual a característica de Josué que você considera a mais importante para um líder?
Resposta pessoal.



QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2019








   BATALHA ESPIRITUAL –
O Povo de Deus e a Guerra
Contra as Potestades do Mal.







 Lição 12

Para Refletir
A respeito de “Vivendo em constante vigilância” responda:


Qual o sentido do verbo “vigiar”?
Significa estar alerta, ser vigilante. No contexto bíblico tem o sentido de estarmos atentos em todos os aspectos da vida cristã.

O que Jesus estava dizendo com as palavras: “ficai aqui e vigiai comigo”?
Significa que Jesus queria que seus discípulos ficassem acordados e continuassem a orar ou, talvez, se protegessem de alguma intromissão enquanto orava.

Por que a vigilância é um dos pontos centrais do sermão profético?
Porque não se sabe o dia nem a hora da vinda de Jesus (Mt 24.36; Mc 13.32).

Qual o significado da vigilância em “vigiai e orai, para que não entreis em tentação”?
Significa estar vigilante para manter a fidelidade ao Senhor Jesus e nunca se apartar dEle.

O que nos ensina a experiência de Jesus e seus discípulos no jardim de Getsêmani?
Ensina que cada cristão tem o seu Getsêmani e cada um de nós deve se submeter à vontade do Pai.




quinta-feira, 21 de março de 2019

LIÇÃO 12 – VIVENDO EM CONSTANTE VIGILÂNCIA


  




Mt 26.36-41




INTRODUÇÃO
Nesta lição veremos a definição da palavra “vigilância”; pontuaremos algumas causas da necessidade da vigilância na batalha espiritual; elencaremos como devemos vigiar na batalha contra as hostes do maligno; e por fim, analisaremos a importância da vigilância espiritual para vencermos Satanás e seus anjos.


I. DEFINIÇÃO DA PALAVRA VIGILÂNCIA
1. Definição exegética.
O verbo “vigiar” traduz pelo menos cinco palavras hebraicas no AT e outras cinco palavras gregas no NT. O lexicógrafo Houaiss explica que o verbo “vigiar” quer dizer: “observar com atenção; estar atento a; velar; espiar, espreitar atentamente” (2001, p. 2860). No hebraico o principal verbo é “shamar” que significa: “vigiar, guardar”. No grego o termo “gregoreo” significa literalmente “vigiar” e é encontrado em 22 lugares no NT. Já o verbo “agrypneo” significa: “manter-se acordado, vigiar, guardar, cuidar”. Pode-se ainda citar o verbo “eknepho” que só aparece uma vez no NT (1 Co 15.34). Na Bíblia a palavra “vigiar” é aplicada em diferentes contextos e, é usado acerca de: a) “manter-se acordado” (Mt 24.43; 26.38.40.41); e, b) “vigilância espiritual” (At 20.31; 1Co 16.13; Cl 4.2; 1Ts 5.6.10; 1Pd 5.8; Ap 3.2.3; 16.15) (VINE, 2002, p. 323 – acréscimo nosso).


II. CAUSAS DA EXORTAÇÃO A VIGILÂNCIA NA BATALHA ESPIRITUAL
O apóstolo Paulo fala da importância da armadura de Deus, do poder de Deus, da oração e também da vigilância para vencermos as astutas ciladas do inimigo: “orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica [..]” (Ef 6.18). A vigilância é o ato de estarmos atentos em todos os aspectos da vida cristã. Vejamos o porque da importância da vigilância:

1. A fraqueza humana.
Sabendo da fragilidade humana, Jesus exortou os apóstolos a estarem vigilantes, para vencerem as tentações (Mt 26.41; Mc 14.38). Fomos perdoados e libertos dos nossos pecados (1 Jo 2.12; Rm 6.22), todavia, ainda não estamos livres da presença do pecado na nossa natureza humana. Isto somente se dará quando nosso corpo for glorificado, por ocasião do arrebatamento da Igreja (1 Co 15.51-54). Precisamos viver vigilantes, a fim de não sermos vencidos pelo pecado (Rm 6.11,12; 1 Co 15.34).

2. A astúcia do Diabo.
Além da fragilidade humana, o crente precisa vigiar também porque “[...] o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8). Toda tentação é proveniente da própria natureza humana (1 Co 10.13; Tg 1.13-15), todavia, o principal agente da tentação é Satanás (Mt 4.3; Lc 4.2; 1Ts 3.5; Tg 4.7). Precisamos estar vigilantes e fortalecermo-nos no Senhor a fim de vencer as batalhas espirituais, que somos submetidos (Ef 6.10-18). Jesus exortou os crentes de Esmirna a serem fiéis até a morte, mesmo diante das tentações do diabo (Ap 2.10). Da mesma forma, falou aos crentes de Filadélfia, dizendo: “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11).

3. A repentina vinda do Senhor.
A necessidade da vigilância espiritual se dá também pelo fato de ser o retorno de Cristo um evento repentino. Diversas vezes, Jesus exortou os seus discípulos sobre isso (Mt 24.36,42,44; 25.13; Mc 13.33; Lc 12.46). Infelizmente, não são poucos aqueles que têm a promessa do Senhor como tardia, ao ponto de desacreditarem dela (2 Pe 3.4). Todavia, Jesus nos assegurou que viria “sem demora” (Ap 3.11; 22.12,20). A Bíblia nos exorta a estarmos vigilantes para não sermos pegos de surpresa e sermos achados dormindo naquele dia (Mc 13.36; Lc 21.34).


III. COMO DEVEMOS VIGIAR NA BATALHA ESPIRITUAL
Notemos quais atitudes devemos ter para vencermos as batalhas espirituais:

1. Vigiando em oração.
Jesus associou o verbo vigiar com o verbo orar: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41), são duas atividades que se misturam e se completam. Não basta orar: é preciso vigiar cuidadosamente. A Bíblia nos exorta a aguardarmos o Senhor vigiando em oração (1 Pe 4.7). É por meio desta prática constante: “Orai sem cessar” (1 Ts 5.17) que o cristão mantém contato com Deus (Jr 33.3; Tg 4.8). Ela expressa uma atitude de sujeição e inteira dependência da Sua graça, ou seja, quem ora reconhece que precisa da ajuda divina para vencer as batalhas espirituais e as dificuldades da vida (Is 38.1-5; 2 Cr 20.3,4). Faz-se necessário entender que, os últimos dias da Igreja de Cristo aqui na terra, serão dias de esfriamento espiritual na vida de alguns cristãos (Mt 24.12; Ap 3.15,16). Portanto, devemos ter cuidado para não sermos cristãos superficiais, mas de profunda comunhão com Deus.

2. Vigiando em santidade.
A ausência de vigilância é terreno propício para que a tentação encontre brechas e nos conduza à derrota espiritual (Hb 12.1,2). Jesus anunciou que antecipadamente que os dias que antecedem a sua vinda, serão de extrema corrupção moral, comparando com o período antediluviano e geração de Sodoma e Gomorra (Mt 24.37; Lc 17.28). Os apóstolos também fizeram: a mesma afirmação (2Tm 3.1-5; 2 Pe 3.3). Sabedores disto, nós cristãos, devemos no meio desta geração pervertida, vigiar em santidade, a fim de não contaminarmos com o pecado (Fp 2.15). A santidade é tipificada na Bíblia como vestes (Ap 19.8,14). Por sua vez, a falta de santidade pode ser retratada como vestes sujas ou a nudez (Zc 3.3,4; Ap 3.18; 16.15). A exortação bíblica é que devemos estar vestidos e com vestes limpas em todo tempo (Ec 9.8; Ap 3.4), e só assim, venceremos as batalhas espirituais.

3. Vigiando em todo tempo.
O ensino sobre a vigilância é constante no ministério de Jesus (Mt 26.41 ver Ef 6.18). Já vimos que a palavra “vigiar” significa: “estar atento”. O contrário da palavra “vigiar” é justamente “dormir” (Mc 14.37; Ef 5.14; Rm 13.11). Do ponto de vista bíblico, o sono espiritual, tem conotação negativa, pois leva o homem a um estado de invigilância. Jesus falou disto quando disse: “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo” (Mc 13.35,36). Foi quando as dez virgens cochilaram que chegou o esposo “E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram” (Mt 25.5). A “demora” da volta de Cristo se constitui num teste de resistência e fidelidade para aqueles que professam segui-lo. Por isso, somos exortados a perseverança (Mt 24.13; Lc 8.15; Rm 2.7; 1Tm 4.16; Ap 3.10-11). Devemos também exorta-nos uns aos outros (Hb 10.25).


IV. A IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA ESPIRITUAL
A vigilância é o ato ou efeito de vigiar, o estado de quem permanece alerta, de quem procede com precaução nas várias áreas da vida, principalmente na vida espiritual. A atitude de vigiar na vida espiritual implica em algumas atitudes. Notemos:

1. Vigiar implica ficar de atalaia.
O atalaia exercia um papel bastante importante na segurança da cidade e se aquele atalaia falhasse na sua função, colocaria a cidade em risco (2Cr 20.2-10). Para proteger o gado, a lavoura e os centros urbanos, os judeus construíam as chamadas torres de vigia nos pastos (Mq 4.8; Mt 21.33), nas vinhas (Is 5.2) e nas cidades (Sl 127.1). A vigilância era de dia e de noite e os guardas ansiavam pelo romper da manhã (Sl 130.6). No NT Jesus também insiste muito na prática da vigilância e o imperativo vigiai aparece três vezes na parábola da figueira (Mc 13.33, 35, 37), uma vez na parábola das dez virgens (Mt 25.13) e duas vezes na cena do Getsêmani (Mc 14.34,38). O texto de Marcos 13.37 é muito enfático: “O que, porém vos digo, digo a todos: vigiai”. A ordem para vigiar não está apenas no ensino de Jesus. Encontra-se também em Paulo, tanto no discurso dirigido aos presbíteros de Éfeso (At 20.31) como nas cartas endereçadas aos Coríntios (1 Co 16.13) e aos Tessalonicenses (1Ts 5.6). Aos cristãos judeus expulsos de Jerusalém e espalhados pelo Ponto, pela Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, Pedro escreve: “Sede sóbrios e vigilantes” (1 Pe 5.8) A igreja em Sardes recebe a mesma exortação (Ap 3.2). Depois de glorificado Jesus declarou que é: “bem-aventurado aquele que vigia [...]” (Ap 16.15). É exigido daquele que vigia atitude de alerta permanente (1Ts 5.6; Rm 13.11).

2. Vigiar implica ficar acordado.
A vigilância na fé cristã pode ser entendida o ato de permanecer acordado (Lc 12.36- 38; 1 Ts 5.6). Estar alerta e acordado tem como objetivo evitar o comportamento negligente ou indolente que pode levar alguém a cair em alguma cilada ou ceder a alguma tentação que acaba enfraquecendo sua fé em Cristo (Mt 24.42; 25.13; 26.41; 1Co 16.13; 1Ts 5.6; 1Pd 5.8; Ap 3.2; 16.15). Todos nós precisamos de vigilância espiritual, e são inúmeras as recomendações bíblicas acerca da importância da vigilância constante para o crente. Diariamente somos submetidos a diversas tentações, e diante disso o conselho Jesus é: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mt 26.41).

3. Vigiar implica ter consciência das realidades espirituais.
Ter consciência dos perigos espirituais contidos no reino oposto de Satanás, e resiste-lhes ativamente. Tal batalha trava-se no reino espiritual das nossas vidas, pois nós não lutamos contra carne e sangue, mas sim contra um poder espiritual hostil e seus malévolos princípios (Ef 6.12). Quanto mais nos lembrarmos da realidade desse outro mundo invisível, mais vigilantes devemos estar. Acerca disso Paulo diz: “Porque não ignoramos os seus ardis” (2 Co 2.11). Pedro também afirmou que: “o diabo […] anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8). Quanto mais inclinados estivermos para o mundo secular, menos vamos considerar as realidades espirituais, desprezando assim ordenar as nossas vidas de harmonia com elas. Estar vigilante no sentido bíblico requer que os nossos olhos estejam abertos a certas realidades e que tal conhecimento determine as nossas decisões e ações.


CONCLUSÃO
Aprendemos que o ensino bíblico sobre a vigilância envolve precaução, cuidado, perseverança, fé e obediência, considerando esta verdade sigamos o ensino de Jesus: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41).




REFERÊNCIAS
Ø  ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. RJ: CPAD, 2006.
Ø  HOWARD, R.E, et al. Comentário Bíblico Beacon. RJ: CPAD 2010.
Ø  HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. RJ: OBJETIVA, 2001.
Ø  STAMPS, Donald C (Trad. Gordon Chown). Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995.
Ø  VINE, W.E, et al (Trad. Luís Aron). Dicionário Vine. RJ: CPAD, 2002.
  



Por Rede Brasil de Comunicação.



LIÇÃO 12 - UM LÍDER FORMADO NO DESERTO (VÍDEO AULA)






LIÇÃO 12 - VIVENDO EM CONSTANTE VIGILÂNCIA (VÍDEO AULA)






terça-feira, 19 de março de 2019

QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2019








   RUMO À TERRA PROMETIDA –
A Peregrinação do Povo de Deus
no deserto no livro de Números.







Lição 11

Hora da Revisão
A respeito do tema “Moisés, um líder vitorioso”, responda:


1. Segundo a lição, qual era o ideal de vida de Moisés?
Entrar com o povo na Terra Prometida.

2. Moisés foi um sucesso em quais áreas?
Moisés foi um sucesso como legislador, poeta, libertador, profeta e estadista.

3. Qual a última missão de Moisés?
Derrotar completamente os midianitas.

4. Cite três características de um líder vitorioso.
O líder vitorioso reconhece a justiça de Deus, estimula a santidade e conduz o povo ao arrependimento.

5. O que você considera mais marcante na trajetória de Moisés?
Resposta pessoal.