segunda-feira, 27 de novembro de 2023

LIÇÃO 10 - O DESAFIO DA JANELA 10/40 (V.01)


Vídeo Aula - Pastor Ciro
 



QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2023






A PROVA DA VOSSA FÉ -
Vencendo a Incredulidade para
uma Vida Bem-Sucedida.
 








Lição 09
 
Hora da Revisão
A respeito de “Fé para Crer na Salvação Eterna ”, responda:
 
 
1. Para Karl Marx, a salvação existe? 
Para Karl Max a vida eterna e a salvação não existem, apenas cumprem um papel de amortecer as consciências para a vida real no aqui e agora. 
 
2. Quem foi o precursor do existencialismo? 
Martin Heidegger, 
 
3. O que é fé?
Como nos diz as Escrituras, a fé é a esperança naquilo que ainda não se vê (Hb 11,1). 
 
4. O que é a morte? 
A morte é a cessação da vida terrena. 
 
5. De acordo com a lição, o que é a salvação? 
A salvação é uma dádiva divina que nos livra da maldição do pecado.
 
 


QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2023






ATÉ AOS CONFINS DA TERRA-
Pregando o Evangelho a Todos
os Povos até a Volta de Cristo. 









Lição 09
 

Revisando o Conteúdo
A respeito de “A Igreja e o Sustento Missionário” responda: 


1. O que o texto de nossa Leitura Bíblica em Classe mostra? 
O texto de nossa Leitura Bíblica em Classe mostra que o apóstolo Paulo aceitou a oferta dos crentes da igreja em Filipos, que foi entregue voluntariamente ao apóstolo, de modo que serviu para o seu sustento.
 
2. O que os membros e os obreiros da igreja local têm à luz da igreja de Filipos?
À luz do exemplo da igreja de Filipos, os membros e os obreiros da igreja local têm o privilégio de serem participantes do sustento financeiro e do apoio aos missionários e suas famílias por meio da secretaria ou do departamento de Missões da igreja.
 
3. O que a igreja local deve fazer antes de lançar um projeto missionário?
Antes de se lançar em qualquer projeto missionário, a igreja local deve fazer os cálculos de custos, conforme mencionado por Jesus no Evangelho de Lucas (Lc 14.28). Por exemplo, é necessário estudar o padrão de vida do país para onde o missionário será enviado.
 
4. Cite pelo menos dois princípios básicos a respeito do sustento missionário apresentado na lição.
a) O suporte financeiro deve ser feito de modo organizado sem ignorar a carência e as necessidades dos missionários no campo; 
b) O sustento deve ser coletado nas igrejas e entregue regularmente aos missionários de um modo eficiente e responsável.
 
5. Que ato nos dá a certeza de que Deus suprirá as nossas necessidades?
Contribuir para a obra missionária é um investimento espiritual que Deus credita na conta dos doadores (2 Co 9.6-8). Esse ato nos dá a certeza de que Ele irá suprir todas as nossas necessidades (Fp 4.19).



 

sábado, 25 de novembro de 2023

LIÇÃO 09 – A IGREJA E O SUSTENTO MISSIONÁRIO

 
 
 
 
 
Fp 4.10-20
 
 
 
INTRODUÇÃO
Na lição desta semana aprenderemos com a igreja de Filipo, o significado prático das palavras resignação, altruísmo, amor, sensibilidade e consciência missionária. Esta igreja por seu testemunho, demonstrou ser o modelo de uma igreja que compreendeu a sua missão missionária, não apenas na comunicação do evangelho, mas, sobretudo, na prontidão em prover o sustento necessário do apóstolo Paulo em sua missão, ainda que servindo em outra cidade. Com a igreja de Filipo refletiremos sobre o verdadeiro modelo bíblico de provisão missionária.
 
 
I. INFORMAÇÕES SOBRE A CIDADE DE FILIPOS
Originalmente conhecida como Krenides “As pequenas fontes” devido ao grande número de fontes que havia em seus arredores, Filipos “cidade de Filipe” recebeu o seu nome de Filipe II da Macedônia (o pai de Alexandre, o Grande) em 360 a.C. Atraído pelas minas de ouro que havia no local, Filipe conquistou a região no século IV a.C. No século II a.C., Filipos tornou-se parte da província da Macedônia. Lucas nos mostra à cidade de Filipos como a “...primeira cidade desta parte da Macedônia, e é uma colônia...” (At 16.12), o que nos deixa claro que era cidade de grande importância política. Como colônia romana, Filipos tinha autonomia do governo provincial e os mesmos direitos que tinham as cidades na Itália, incluindo o uso da lei romana, isenção de alguns impostos e cidadania romana para seus habitantes (At 16.21). Os filipenses tinham muito orgulho dos seus privilégios de cidadãos romanos e eram fiéis a Roma, algo que Paulo usou como ilustração em Fp 3.20. As mulheres na província da Macedônia, eram tratadas com respeito. Como se vê na epístola (Fp 4.2-3), elas eram ativas na vida pública.
 
 
II. FILIPENSES: UMA IGREJA MISSIONÁRIA
A igreja filipense foi fundada no ano de 50 ou 51, mais ou menos uma década antes de a epístola ser escrita, durante a segunda viagem missionária de Paulo (At 16.12-40). Paulo e Silas chegaram em Filipos e, aparentemente, não encontraram uma sinagoga judaica. Havia, porém, um lugar de oração à margem do rio, onde algumas mulheres reuniam-se no sábado para orar. Uma dessas mulheres, Lídia, creu na mensagem do evangelho que Paulo pregava. Como resultado da sua gratidão para com Deus e para com os missionários, Lídia abriu sua casa para eles. Pelo ministério de Paulo e Silas, muitos tornaram-se cristãos em Filipos, e uma igreja foi fundada ali (ver At 16).
 
1. Uma igreja que sofria com o seu pastor.
As palavras do apóstolo mostram-nos que suas aflições também eram as da igreja em Filipos: “Todavia fizestes bem em tomar parte na minha aflição” (Fp 4.14). A expressão “tomar parte” no grego sunkoinoneo, que quer dizer “associar-se com”, “compartilhar”, “ser sócio em”, deixa evidente que, os cristãos filipenses sentiam comunhão com Paulo, em uma aflição comum. Sentiam a tensão da situação do apóstolo e fizeram o que estava ao alcance deles, como se eles mesmo estivessem sendo afligidos, pois como Corpo de Cristo, quando um membro sofre, todos sofrem igualmente (I Co 12.26).
 
2. Uma igreja que sustentava o seu pastor.
Paulo com gratidão relembra o apoio que os crentes filipenses lhe concederam, e isto mais de uma vez (Fp 4.15,16). E agora, aprisionado em Roma, observamos que a preocupação dos crentes de Filipos com Paulo, não se resumiu a estar ciente de suas aflições, nem apenas em orar pelo apóstolo, mas principalmente em obras, enviando-lhe uma oferta para sustentar o seu pastor a fim de aliviar o seu sofrimento (Fp 4.18). “Naquela época, as prisões não eram como as de nossos dias. Os presos eram responsáveis por seu próprio sustento dentro das prisões. Aqueles que não tivessem o apoio de familiares e amigos estavam sujeitos a morrer de fome ou por enfermidades, pois os cuidados médicos também não eram fornecidos” (BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL, 2009).
 
3. Uma igreja que conhecia profundamente a graça da contribuição para o sustento missionário.
Embora Paulo abrisse mão do sustento que deveria receber da igreja por “direito” em Corinto (1Co 9.6), Ele lembra, a esta igreja, que outras igrejas lhe sustentaram para que ele pudesse abrir mão do sustento naquela cidade (2Co 11.8,9) reafirmando a doutrina da responsabilidade da igreja em prover o sustento dos obreiros que vivem exclusivamente para a obra (1Co 9.6-12; Gl 6.6; 1 Tm 5.18). Paulo cita o exemplo do agricultor que é o primeiro que experimenta dos frutos, e do criador de gado que se alimenta do seu leite (I Co 9.7). Na visão paulina não é diferente no âmbito espiritual, pois o sacerdote da antiga aliança que ministrava no altar dele também se alimentava (I Co 9.13; Lc 6.4), e de acordo com a Lei, os dízimos deveriam ser entregues aos sacerdotes e levitas constituídos para o ministério do culto (Nm 18.21-32). Por fim, o apóstolo apoia esta prática sob o ensinamento de Moisés (1Co 9.9; Dt 25.4) e também do próprio Senhor Jesus (I Co 9.14; Mt 10.9,10). A igreja filipense compreendia a importância da manutenção do sustento missionário, como uma oportunidade de adoração, serviço e amor para com o seu pastor (Fp 4.15-18).
 
4. Uma igreja consciente de seu papel missionário no reino.
A igreja em Filipos era dotada de uma profunda consciência no que dizia respeito ao sustento dos obreiros. Quando o evangelho começou a avançar na Macedônia e adjacências, foram esses crentes que proveram as necessidades do apóstolo Paulo (Fp 4.15); depois, quando estava em Tessalônica, por duas vezes foi ajudado pelos filipenses (Fp 4.16). Quando escreveu a epístola, Paulo agradeceu novamente por mais uma ajuda a ele enviada (Fp 4.10). Muito diferente da consciência dos filipenses, era a dos crentes de Corinto. Alguns deles chegavam a duvidar do apostolado de Paulo e se esqueciam de que fora ele quem fundara aquela igreja (1Co 9.1). Paulo teve ainda que justificar o direito que ele tinha como apóstolo, de ser sustentado pela igreja (1Co 9.2-10), como já acima citado.
 
 
III. A OFERTA DA IGREJA DE FILIPOS PARA PAULO
Já vimos que, embora o apóstolo Paulo tivesse o direito de receber sustento das igrejas que fundava, ele não exigia, mas quando estas lhe ofertavam voluntariamente, ele também não recusava, porque via essa contribuição sob uma ótica espiritual “Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta” (Fp 4.17). Como podemos ver, Paulo não queria deixar a impressão de que cobiçava a ajuda financeira deles “Não que procure dádivas”. Ele não cobiçava o dinheiro de quem quer que fosse (At 20.33). Mas, o que realmente desejava era o que seria lançado no crédito celestial dos cristãos filipenses por sua generosidade procuro o fruto que cresça para a vossa conta”. Na concepção paulina, os filipenses estavam, de fato, armazenando para si mesmos tesouros no céu (Mt 6.20), pois as ofertas que eles deram para Paulo estavam acumulando dividendos para crédito espiritual deles (Pv 11.24,25; Lc 6.38; 2Co 9.6).
 
1. “Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância” (Fp 4.18a).
Os termos “bastante”, “abundância” e “cheio” usados pelo apóstolo neste versículo nos mostram que a oferta enviada pelos cristãos filipenses foi generosa e o suficiente para suprir as suas necessidades por um bom tempo. Isto nos conduz a lição de como devemos contribuir na obra de Deus “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará” (2Co 9.6).
 
2. “Cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado” (Fp 4.18b).
Como podemos ver, o obreiro Epafrodito obteve êxito em sua missão, levando para o apóstolo a provisão enviada pelos cristãos filipenses. Mesmo tendo adoecido, ou no percurso da ida a Roma ou na chegada, esse nobre cooperador fez todo o possível por Paulo, demonstrando assim o que os próprios filipenses desejavam fazer (Fp 2.26-30).
 
3. “Como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus” (Fp 4.18c).
Ao contrário do que pensavam alguns, que Paulo não desfrutava do direito de ser sustentado pela igreja por orgulho, ele demonstra em suas palavras o quanto se sentiu feliz com a provisão enviada pelos cristãos de Filipos, recebendo essa oferta como um sacrifício espiritual que agradou a Deus “sacrifício agradável e aprazível a Deus”. Paulo chega a comparar essa contribuição a oferta que era oferecida no AT, que não era uma oferta pelo pecado, mas sim uma oferta de paz em caráter de ação de graças (Lv 7.12-15). Esta nobre atitude dos filipenses deve ser reproduzida por todos aqueles que abraçam a fé em Cristo (Rm 12.1; 1Pe 2.5).
 
 
IV. CONTRIBUIÇÃO MISSIONÁRIA: UMA GRAÇA ABENÇOADORA
Pelas palavras do apóstolo em (Fp 4.10-20), percebemos que não foi a oferta em si enviada pela igreja de Filipos que chamou a sua atenção, mas as nobres virtudes que impulsionaram esta comunidade cristã a tomar esta atitude. Aqueles crentes filipenses, na concepção paulina, haviam demonstrado a regra da preocupação fraternal, a lei do amor, o princípio que rege a família de Deus (Rm 12.10; 1Pe 1.22). A missiva enviada aos filipenses é também uma “carta de agradecimento” em retribuição ao gesto daqueles cristãos.
 
1. “O meu Deus, segundo as suas riquezas” (Fp 4.19a).
Para Paulo competia agradecer a generosidade dos cristãos filipenses o que ele fez de forma destacável (Fp 4.14-18). No entanto, o apóstolo estava por causa da prisão e de suas condições, impedido de recompensá-los por seu feito, mas o Senhor de Paulo poderia pagá-los “segundo as suas riquezas”. Por certo, aquela comunidade cristã de Filipos ofertara ao apóstolo o que pudera, pois também tinham limitações. Paulo, sabedor disto, lhes diz que Deus não tem estas limitações, porque é dono de tudo (1Cr 29.14; Sl 24.1).
 
2. “Suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Fp 4.19b).
O apóstolo garante aos crentes filipenses a atitude deles em seu benefício seria recompensada por Deus, que iria supri-los nas suas necessidades. A expressão suprir, no grego é “epichoregeõ” que quer dizer “fornecer completamente, prover abundantemente”. Esta provisão “em glória” indica tanto um salário PRESENTE “de maneira gloriosa”, quanto ESCATOLOGICAMENTE, “no glorioso século futuro”, no Tribunal de Cristo, que ocorrerá logo após o arrebatamento da Igreja, onde cada crente receberá suas recompensas e galardões segundo o seu envolvimento, trabalho e esforço na proclamação do Evangelho e na expansão do Reino de Deus (1Co 3.11-15; 2Co 5.10).
 
 
CONCLUSÃO
Concluímos que os dízimos e ofertas constituem-se no método divino de provisão e sustento dos missionários que são enviados, pela igreja local, às missões transculturais. É da igreja a responsabilidade da contribuição e suporte àqueles que se ofertando a Deus como sacrifício, renunciam a sua zona de conforto a fim de atender o chamado divino. Portanto, como igreja de Cristo, precisamos continuar Orando, Fazendo e Contribuindo por missões, a fim de cumprirmos com a Grande Comissão.
   
 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Ø  CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø  CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. HAGNOS.
Ø  GOHEEN, Michael W. A igreja missional na Bíblia, luz para as nações. VIDA NOVA.
Ø  MACARTHUR. Bíblia de Estudo. SBB.
Ø  Dockery. David S. Manual Bíblico Vida Nova. VIDA NOVA.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
  

 
Por Rede Brasil de Comunicação.
 



quinta-feira, 23 de novembro de 2023

LIÇÃO 09 - A IGREJA E O SUSTENTO MISSIONÁRIO (V.01)


Vídeo Aula - Pastor Ciro
 



QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2023



 

 
A PROVA DA VOSSA FÉ -
Vencendo a Incredulidade para
uma Vida Bem-Sucedida.
  









Lição 08
 
Hora da Revisão
A respeito de “Fé para Crer que Deus Não criou o Mal ”, responda:
 
 
1. Quando o mal físico e moral teve início? 
O mal, tanto o físico quanto o moral, tiveram seu início na Queda, narrada no capítulo três do livro de Gênesis. 
 

2. Segundo a lição, o mal é um a consequência de quê? 

Da Queda.
 
3. Defina o bem segundo Aristóteles.
O filósofo Aristóteles, entendia como bem “aquilo que todos os seres aspiram: o bem é desejável quando ele interessa a um indivíduo isolado, mas seu caráter é mais belo e mais divino quando se aplica a um povo e a Estados inteiros”. 

4. Qual o fundamento da ética cristã? 
A ética cristã tem como fundamento as Escrituras Sagradas e seu objetivo é aperfeiçoar a nossa vida de comunhão com Deus e o nosso testemunho cristão perante a sociedade na qual estamos inseridos. 

5. O que Lutero afirmou a respeito do sofrimento humano? 
Ele afirmou que “Deus somente pode ser encontrado no sofrimento e na cruz”. 



QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2023



 
 
 
ATÉ AOS CONFINS DA TERRA-
Pregando o Evangelho a Todos
os Povos até a Volta de Cristo.
  

 






Lição 08
 

Revisando o Conteúdo
A respeito de “Missionários Fazedores de Tendas” responda:  

 
1. Como podemos traduzir com mais precisão a expressão “fazedor de tendas”?
A expressão é traduzida com mais precisão por “trabalhadores em couro”, pois as tendas eram feitas com pelos ou couro de cabra.
 
2. Com o que a expressão “fazedores de tendas” tem a ver no contexto de Missões?
A expressão “fazedores de tendas” tem a ver com discípulos de Jesus, chamados e comissionados pela sua Igreja, para usarem dons, talentos e habilidades profissionais no campo missionário. São profissionais de negócios em missão que operam em regiões de grande antagonismo à mensagem cristã.

3. A maior força cristã missionária do mundo é formada por quem? 
A maior força missionária cristã do mundo é formada por profissionais, empreendedores e estudantes que se movem entre culturas para servir a Cristo através de suas vidas e trabalho.

4.Segundo a lição, quando encontramos o nosso propósito de vida?
Quando respondemos de forma prática a esse chamado, exercendo a nossa vocação, é que encontramos nosso propósito de vida.
 
5. O que a nossa profissão pode ser?
A nossa profissão pode ser uma grande porta aberta para a causa do Evangelho, seja por meio de um negócio próprio, ou seja, servindo em outras corporações.



LIÇÃO 08 – MISSIONÁRIOS FAZEDORES DE TENDAS




 
 
At 18.1-5; 1Ts 4.11,12
 
 

INTRODUÇÃO
Nesta lição faremos uma abordagem sobre o que a Bíblia diz sobre profissão ou trabalho de uma forma geral; destacaremos que o apóstolo Paulo como fazedor de tendas utilizou-se de sua aptidão para viabilizar o trabalho missionário na cidade de Corinto; e, por fim, elencaremos personagens que com sua profissão estiveram a serviço de Deus.
 
 
I. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE PROFISSÃO E TRABALHO, À LUZ DAS ESCRITURAS
1. Definição do termo profissão.
De acordo com o dicionarista Houaiss, profissão é: “trabalho que uma pessoa faz para obter os recursos necessários à sua subsistência; ocupação, ofício, emprego” (2001, p. 2306). O termo encontrado em Atos 18.3, traduzido por “do mesmo ofício”, é a expressão: “homotechnos” que quer dizer: “o que pratica o mesmo ofício ou arte profissão, comércio”.
 
2. Definição do termo trabalho.
De acordo com Houaiss (2001, p.2743) trabalho significa: “esforço incomum; luta, lida, faina; conjunto de atividades produtivas ou criativas, que o homem exerce para atingir determinado fim; atividade profissional regular, remunerada ou assalariada”. Nas Escrituras várias são as palavras usadas traduzidas como trabalho, entre estas destacamos uma das principais que é o substantivo hebraico: “maaseh” que significa: “trabalho, obra, ação, labor, labuta, comportamento”. Esse termo é usado cerca de 235 vezes no Antigo Testamento, aparecendo pela primeira vez na fala de Lameque, pai de Noé, com o sentido de trabalho agrícola (Gn 5.29). Sendo uma palavra geral para designar trabalho, “maaseh” é usada para se referir ao trabalho de um hábil: a) artífice (Êx 26.1); b) tecedor (Êx 26.26), c) joalheiro (Êx 28.11); e, d) perfumista (Êx 30.25). O termo equivalente no Novo Testamento é: “ergon” que denota: “trabalho, emprego, tarefa” (Mc 13.34; Jo 4.34; 17.4; At 13.2; Fp 2.30; 1Ts 5.13). De onde advém o termo: “ergatés” que denota: “operário de campo, agricultor (Mt 9.37,38), “ceifeiros” (Mt 20.1,2,8; Lc 10.2; Tg 5.4), “trabalhador, operário”, em sentido geral (Mt 10.10; Lc 10.7; At 19.25; 1Tm 5.18) (VINE, 2002, pp. 312,1028,1029).
 
3. O trabalho veio antes da queda do homem.
Diferente do que algumas pessoas imaginam, o trabalho não é o julgamento de Deus por causa do pecado de Adão (Gn 3.17-19; Ec 3.13). Se examinarmos corretamente as Escrituras, veremos que Deus colocou o homem no jardim do Éden para o “lavrar e o guardar”, ou seja, para trabalhar antes mesmo da desobediência ao Senhor (Gn 2.15). Adão já trabalhava antes de pecar, cuidando do jardim. Uma das consequências do pecado, além da morte, foi que o trabalho seria “penoso e suado” (Gn 3.19), e isso não significa que ele seja amaldiçoado por Deus. “Não é, pois, bom para o homem que coma e beba e que faça gozar a sua alma do bem do seu trabalho? Isto também eu vi que vem da mão de Deus” (Ec 2.24).
 
4. O trabalho não é resultado do pecado.
Desde o início da criação Deus colocou o homem no jardim para “trabalha-lo, cultivá-lo” (Gn 2.15). A maldição (Gn 3.16-17) era apenas “a dor e a fadiga” que haviam de acompanhar o trabalho (Gn 3.18), não o trabalho em si. Isso é destacado quando Lameque diz, por ocasião do nascimento de Noé, que: “este nos consolará dos nossos trabalhos e das fadigas de nossas mãos, nesta terra que o Senhor amaldiçoou” (Gn 5.29). Sendo assim, o trabalho é uma bênção de Deus e é necessário aos homens: “Pois comerás do trabalho das tuas mãos, FELIZ SERÁS, e te irá bem” (Sl 128.2 – grifo nosso). “Em todo trabalho há proveito [...]” (Pv 14.23a).
 
5. O homem imita seu Criador quando trabalha.
Ao trabalhar seis dias e descansar ao sétimo, Israel imitava a Deus ao criar o “kosmos” (Gn 2.1-2). O profeta Isaías disse que Deus trabalha: “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera” (Is 64.4). Jesus fez também a seguinte declaração: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). Uma vez que até dar início ao Seu ministério terreno, Jesus trabalhou como carpinteiro (Mt 13.55; Mc 6.3), nos deixando o modelo a ser seguido (Is 53.3; 1Pe 2.21). O profeta Jeremias falando sobre o trabalho disse: “Construam casas e habitem nelas; plantem jardins e comam de seus frutos” (Jr 29.5).
 
6. O trabalho dignifica o ser humano.
Os hebreus sempre tinham o trabalho em elevada consideração (Pv 22.29) e, ao contrário dos gregos e romanos, respeitavam o trabalho manual: “[...] quem a ajunta pelo trabalho [lit. pelas mãos] terá aumento” (Pv 13.11 – acréscimo nosso). Na tradição judaica, existem provérbios como os que se seguem: “Aquele que não ensina a seu filho um ofício é como se o guiasse para o roubo”; e ainda: “O trabalho deve ser grandemente premiado, pois ele exalta o trabalhador, e o sustenta” (PFEIFFER, 2007, p. 1955 – grifo nosso). No NT, o princípio de dignidade do trabalho, é proclamado pelo Senhor Jesus e permanece como uma das bases da sociedade: “[...] digno é o trabalhador do seu salário” (Lc 10.7). Diante disso, Paulo para fazer os tessalonicenses repensarem a respeito da importância do trabalho, menciona seu próprio exemplo, que mesmo tendo o direito de receber sustento da igreja (1Co 9.6-14; 2Ts 3.9), abriu mão desse direito deliberadamente, a fim de ser um exemplo aos recém convertidos, trabalhando para prover seu sustento (1Ts 2.9; 2Ts 3.8; At 18.1-3; 20.34; 1Co 4.12) e assim, estabeleceu uma lei de economia social em sua afirmação de que: “Se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2Ts 3.10 – ARA). O grave é a rejeição ao trabalho, isto não tem nada que ver com o desafortunado que não consegue encontrar trabalho (BARCLAY, sd, pp. 22,23 – grifo nosso) ou seja, aos que por razões de falta de oportunidade de emprego, estão sem trabalhar. O proverbista Salomão disse: “O trabalhador trabalha para si mesmo, porque a sua boca o incita” (Pv 16.26).
 
 
II. FAZEDOR DE TENDAS, A PROFISSÃO DO APÓSTOLO PAULO
1. Conciliando profissão e chamado missionário.
No judaísmo, a preparação teológica incluía também para Paulo a aprendizagem e o exercício prático de uma profissão. Os pais judeus ensinavam aos filhos o negócio da família, que permanecia por muitas gerações; Paulo, portanto, provavelmente aprendeu com seu pai em Tarso, o ofício de fabricar tendas e a arte de trabalhar o couro. As ferramentas requeridas para essa arte eram relativamente poucas e podiam ser facilmente transportadas pelo apóstolo (KISTEMAKER, 2006, p.208). Sua profissão é indicada em At 18.3 como: “fabricante de tendas”. Tendas e coberturas de todos os tipos (p.ex., para proteção contra o sol ou para barracas de mercado e cisternas) eram confeccionadas de linho ou de peles de animais. Tarso era de modo especial conhecida pela produção e utilização do linho. Isso ocorre em conexão com o casal Priscila e Áquila, que exerciam a mesma atividade. Os fazedores de tendas têm se tornado populares. A expressão descreve mensageiros transculturais do evangelho eu se sustentam com sua própria atividade profissional, ao mesmo tempo que se envolvem com missões [...] essa pode ser a única forma de os cristãos entrarem em países que não concedem vistos para os que se declaram “missionários” (STOTT, 2003, p. 334).
 
2.Conciliando o chamado de Deus e a necessidade de exercer a profissão.
Em suas epístolas, lemos que Paulo quis sempre trabalhar com as próprias mãos para prover às suas necessidades, mesmo durante as suas viagens missionárias (1Ts 2.9; 1Co 4.12; 2Co 11.27). Diante disso, pode-se perguntar: “um missionário dever ter um ministério sustentado por um ofício para não depender da comunidade cristã para seu sustento”? Não necessariamente, pois o Senhor Jesus ensinou que: “aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho” (1Co 9.14; comparar com Mt 10.10; Lc 10.7; 1Tm 5.18). Mesmo assim, Paulo escreve que para evitar obstáculos à divulgação do evangelho ele se abstinha de receber o sustento material (1Co 9.12b), tonando-se um referencial de que, um missionário pode praticar um ofício e assim penetrar num mundo que seria, de outra forma fechado ao evangelho. Sendo a profissão em particular, um veículo para o ensino da Palavra de Deus (KISTEMAKER, 2006, p. 209).
 
 
III. A PROFISSÃO A SERVIÇO DO REINO DE DEUS
1. Os artesãos que construíram o tabernáculo.
A descrição detalhada do Tabernáculo, incluídos os numerosos acessórios e mobiliário exigia um toque hábil. Deus revelou o tabernáculo a Moisés (Êx 25.9), e através dele convocou Bezalel e Aoliabe e outros artífices (escultores, artesãos, carpinteiro, marceneiros e tecelões), imbuídos de devoção e sabedoria e dotados de inteligência e habilidades para elaborar o santuário, cumprindo o que fora ordenado pelo Senhor no monte Sinai (Êx 26.36).
 
2. Neemias e Esdras.
Como copeiro do homem mais importante de sua época, se colocou à disposição para ser um canal de Deus para a restauração das muralhas de Jerusalém. Liderou um grupo de exilados (Ne 2.1-10) tornou-se governador utilizando sua influência política para beneficiar seu povo. Esdras por sua vez, além de sacerdote era exímio escriba, responsável em copiar os textos sagrados, sendo um veículo para a preservação e ensino das Escrituras (Ed 7.6,10; Ne 8.1-4). Possuía uma posição de prestígio na corte persa, tanto que ele foi encarregado de exercer a função de um tipo de secretário de estado dos negócios judaicos (Ed 7.10,11,14,25; Ne 8.1-12).
 
3. Dorcas.
Tabita (o nome hebraico de Dorcas), viveu uma vida de generosidade, compaixão e serviço ao próximo, tornando-se um símbolo inspirador de como o amor divino pode se manifestar através das ações humanas. Era conhecida por sua dedicação em ajudar os necessitados, especialmente as viúvas. Ela costumava confeccionar roupas e peças de vestuário para distribuir entre os mais carentes (At 9.36-42). Quando morreu, a sala se encheu de gente dolorida, pessoas que foram ajudadas por ela. E quando ressuscitou, a notícia se pulverizou pelo povo. Deus usa grandes pregadores como Pedro e Paulo, mas também usa pessoas que têm dons de humanidade como Dorcas.
 
 
CONCLUSÃO
É incentivador saber que Deus tem chamados específicos para determinadas pessoas e para outras, embora não sejam separadas para exercerem funções de lideranças, mas, que por meio de suas atividades profissionais, podem ser uteis igualmente para auxiliar vidas a conhecerem a verdade do evangelho.
   
 
REFERÊNCIAS
Ø  KISTEMAKER, Simon. Comentário do Novo Testamento: Atos. Vol. 2. EDITORA CULTURA CRISTÃ.
Ø  PEREIRA, Shostenes. Fundamentação Bíblica para a Evangelização. BEREIA.
Ø  STOTT, John. A Mensagem de Atos: Até aos Confins da Terra. ABU EDITORA.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  O’DONNELL, Kelly. Cuidado Integral do Missionário. Londrina: Descoberta.
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Por Rede Brasil de Comunicação.