quarta-feira, 31 de março de 2021

QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2021




 
 
 ENSINA-NOS A ORAR
Exemplos de Pessoas e Orações
que Marcaram as Escrituras.


 
 
 





Lição 13
 
Hora da Revisão
A respeito de “A Oração de Paulo em Favor do seu Espinho ”, responda:
 
 
1. O que é algo inefável?
É aquilo que não se pode descrever por causa da sua grandeza, poder, beleza.
 
2. Qual a ideia que temos quando pensamos em “espinho na carne”?
Pensamos em sofrimento, dor, aflição, humilhação, doença etc.
 
3. O que acontecia quando a fraqueza assolava a Paulo?
Ele sentia-se forte em Deus e triunfante no cumprimento da sua missão.
 
4. Qual a importância da correção na vida do cristão?
É uma das formas de Deus nos aperfeiçoar e trabalhar as nossas falhas.
 
5. Qual a resposta de Deus para as orações de Paulo acerca do seu “espinho”?
Deus desejou cobri-lo com a sua graça.


QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2021





 
  O VERDADEIRO PENTECOSTALISMO –
A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre
a Atuação do Espírito Santo.
  

 
 
 





Lição 13

Para Refletir
A respeito de “Voltados os Olhos para a Bendita Esperança”, responda:

 
O que se inclui na expressão “segunda vinda” de Cristo?
Inclui-se na expressão “segunda vinda” o arrebatamento da igreja (1Ts 4.15) e a vinda de Jesus em glória (2Ts 2.8).
 
Como sabemos que a vinda de Jesus está próxima?
Sabemos que a vinda de Jesus está próxima pelos sinais claros que o Senhor Jesus nos deixou.
 
Em que líderes e grupos religiosos arriscaram-se?
Muitos líderes e grupos religiosos arriscaram-se em marcar a data da segunda vinda de Cristo.
 
Qual a definição de fidelidade?
Fidelidade é a qualidade de ser cheio de fé, característica do que é fiel, lealdade.
 
Qual o significado de “tempos” e “estações” em Atos 1.8?
“Tempos’, no grego nessa passagem, é chronos e significa um longo período. “Estações”, nesse verso, é kairós, que significa “ocasião” e se refere aos eventos críticos que devem acompanhar o estabelecimento do reino.
 

segunda-feira, 29 de março de 2021

LIÇÃO 13 – VOLTADOS OS OLHOS PARA A BENDITA ESPERANÇA (SUBSÍDIO)



 
 
 
At 1.6-11  

 
 
INTRODUÇÃO

Nesta lição aprenderemos sobre uma das mais importantes doutrinas pregadas pelo movimento pentecostal, que é o arrebatamento da Igreja; definiremos algumas palavras que estão relacionadas a esta gloriosa promessa; também destacaremos características do arrebatamento, como a bendita esperança da Igreja; e por fim, enfatizaremos da necessidade de estarmos prontos para esse momento tão importante para os salvos em Cristo Jesus.
 
 
I. DEFININDO ALGUNS TERMOS
1. Definição da palavra bendita.
No grego temos o vocábulo: “makarios”, que significa: “bendito, feliz”, indicando que o cristão é espiritualmente bem-aventurado. A expectativa da volta de Cristo nos confere bem-estar e felicidade espirituais (CHAMPLIN, 2002, p. 433).
 
2. Definição da palavra esperança.
Houaiss define esperança como: “o sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja; expectativa, espera” (2001, p. 1228). Esperança é uma das virtudes cristãs, através da qual o crente é motivado a crer no impossível. É a certeza de receber as promessas feitas por Deus através de Cristo Jesus (Rm 15.13; Hb 11.1), é uma sólida confiança em Deus (Sl 33.21,22). O termo deriva-se do grego “elpis” e significa: “expectativa favorável e confiante” (Rm 8.24,25). Já o verbo esperar significa: “ficar à espera de; aguardar, contar com a realização de uma coisa desejada ou prometida”.
 
3. Definição do termo arrebatamento.
A palavra “arrebatar” aparece nas Escrituras de forma variada. No hebraico a palavra: “laqah” significa: “tomar, receber”. No grego: “harpazo” significa: “pegar ou arrancar com violência” (VINE, 2002, pp. 309, 862). Das muitas vezes que o verbo “harpazo” é utilizado, um deles diz respeito ao arrebatamento dos santos, ou seja, à primeira fase, da segunda vinda de Cristo (1Ts 4.17). Teologicamente o arrebatamento é definido como: “a retirada brusca, inesperada e sobrenatural da Igreja deste mundo, afim de que se encontre como Senhor Jesus nos ares, por ocasião de Sua segunda vinda” (ANDRADE, 2006, pp. 62,63).
 
 
II. ARREBATAMENTO, A BENDITA ESPERANÇA DA IGREJA
Paulo fala do retorno de Cristo como a bendita esperança da Igreja (Tt 2.13). Ao contrário de uma expectativa escapista, a esperança cristã quanto à volta de Jesus, é o testemunho altaneiro (que permanece nas alturas), de que o nosso porvir jaz além dos limites das expectativas e possibilidades deste mundo distanciado de Deus. Vejamos então porque essa esperança é bendita:
 
1. Esperança consoladora.
Segundo o dicionário Houaiss (2001, p. 811), consolar é: “aliviar a dor, o sofrimento, a aflição (de outrem ou a própria), com palavras, recompensas, promessas”. Podemos notar, que na maioria das vezes em que a doutrina do Arrebatamento aparece nas páginas do NT, vem com o propósito dentre outras coisas, trazer consolo para a Igreja. No cenáculo momentos antes da sua crucificação, face a tensão em que os apóstolos estavam (Jo 14.1), Jesus de forma enfática declara trazendo alento para seus servos: “[…] virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo […], “Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós”, “[…] Vou, e venho para vós […]” (Jo 14.3,18,28; ver At 1.6-12). Ao tratar sobre o Arrebatamento da Igreja e os eventos relacionados a ele, o apóstolo Paulo exortou que os irmãos deveriam mutuamente se consolarem, com a bendita esperança da vinda de Cristo: “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras(1Ts 4.18; ver At 1.11).
 
2. Esperança motivadora.
Diante da tentação de se afastarem da verdade do evangelho, o escritor aos hebreus motiva aos destinatários de sua carta, a prosseguirem na caminha cristã, exortando que eles deveriam continuar perseverantes apesar de todo sofrimento vivido (Hb 10.36), para tanto cita uma das maiores promessas, a segunda vinda de Cristo: “Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará” (Hb 10.37 – ARA), e que por ocasião desse esperado advento, os crentes fiéis estarão livres de: a) todas as aflições perseguições (2Co 5.2,4; Fp 3.21; Ap 3.10); b) da presença do pecado e da morte (1Co 15.51-56); e, c) da ira futura por ocasião da Grande Tribulação (1Ts 1.10; 5.9).
 
3. Esperança segura.
O Arrebatamento é uma promessa garantida pelo próprio Deus; e ainda que escarnecedores tenham surgido ao longo da história com o objetivo de negar essa verdade (2Pe 3.3,4,8,9; Jd v.18), sabemos que o Arrebatamento é um advento iminente. Jesus em seu sermão profético deixou certa a sua segunda vinda ao compará-la ao fato histórico, vivido por Noé e sua família: “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mt 24.37). Assim sendo, os cristãos nunca devem abrir mão de sua expectativa mantida em oração de que ainda hoje a trombeta poderá soar e o Senhor voltará.
 
 
III. COMO ESPERAR O ARREBATAMENTO DA IGREJA
A esperança de todos os que obedecem a Deus, que acreditam sem reservas na Sua existência e no Seu poder, está na vinda do Senhor Jesus (1Ts 4.16,17). As Escrituras descrevem, não apenas a promessa, mas também nos ensina que devemos esperá-la (Fp 3.20; Hb 9.28), e como deve ser essa espera. Vejamos:
 
1. Devemos esperar com anelo.
Assim como em nossos dias toda noiva possui uma grande expectativa em relação ao dia de seu casamento, semelhantemente, a Igreja como noiva preparada (2Co 11.2; Ap 19.7), demonstra seu desejo de encontrar-se com o noivo que é Cristo: “E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem […](Ap 22.17), aos que amam a vinda do Senhor, o apóstolo Paulo afirma que está garantida a coroa da justiça: “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda(2Tm 4.8).
 
2. Devemos esperar em oração.
A Bíblia nos exorta a aguardarmos o Senhor vigiando em oração (Mc 13.33; 1Pe 4.7). É por meio desta prática constante (1Ts 5.17), que o cristão mantém contato com Deus (Jr 33.3; Tg 4.8). Ela expressa uma atitude de sujeição e inteira dependência da sua graça, ou seja, quem ora reconhece que precisa da ajuda divina para vencer as batalhas e dificuldades da vida (Is 38.1-5; 2Cr 20.3,4). Faz-se necessário entender que, os últimos dias da Igreja de Cristo aqui na terra, serão dias de esfriamento espiritual na vida de alguns cristãos (Mt 24.12; Ap 3.15,16). Portanto, devemos ter cuidado para não sermos cristãos superficiais, mas de profunda comunhão com Deus. “O mundo está se movendo em direção ao seu objetivo final. Diante dessa realidade, os cristãos devem manter um relacionamento próximo com Deus em oração” (ADEYEMO, 2010, p. 1561).
 
3. Devemos esperar com prudência.
Diversas parábolas foram proferidas pelo Senhor Jesus, com o intuito de nos ensinar acerca da vigilância (Mt 24.32,33; Mt 25.1-13; Mt 24.45-47; Mt 24.37-39; Mt 24.43,44; Lc 12.39,40; 1Ts 5.2,3; 2Pe 3.10; Ap 3.3). O ladrão não avisa a hora da noite em que vai arrombar a nossa porta e roubar a nossa casa, do mesmo modo o Senhor Jesus não vai avisar a hora em que virá buscar Seu povo. Então, Ele pede que vigiemos para não sermos pegos de surpresa: “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mt 24.27). Isto significa que ninguém terá tempo extra para se preparar; por isso, devemos vigiar. Jesus falou que este episódio seria semelhante aos dias de Noé (Mt 24.36-44), como também, contou algumas parábolas sobre sua volta e a necessidade de se está vigilante (Mt 24.45-51; Mt 25.1-13; ver Ef 4.30).
 
4. Devemos esperar em santidade.
Jesus anunciou antecipadamente que os dias que antecedem a sua vinda, serão de extrema corrupção moral, comparando com o período antediluviano e a geração de Sodoma e Gomorra (Mt 24.37; Lc 17.28). Os apóstolos também fizeram a mesma afirmação (2Tm 3.1-5; 2Pe 3.3). Sabedores disto, nós cristãos, devemos no meio desta geração pervertida, vigiar em santidade, a fim de não contaminarmos com o pecado (Fp 2.15). A santidade é tipificada na Bíblia como vestes (Ap 19.8,14), por sua vez, a falta de santidade pode ser retratada como vestes sujas ou a nudez (Zc 3.3,4; Ap 3.18; 16.15). A exortação bíblica é que devemos estar vestidos e com vestes limpas em todo tempo (Ec 9.8; Ap 3.4). Somente aqueles que estiverem vigilantes e em santidade poderão desfrutar das bênçãos advindas do Arrebatamento da Igreja: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor(Hb 12.14; ver 1Ts 5.23; 1Jo 3.3).
 
5. Devemos esperar servindo.
Uma outra atitude não menos importante que deve caracterizar a conduta dos que estão à espera da vinda de nosso Salvador, é o serviço; foi uma das recomendações do próprio Senhor Jesus: “Bem-aventurado aquele servo a quem o Senhor, quando vier, achar fazendo assim” (Lc 12.43), a exortação do apóstolo Paulo é que pela motivação da vinda do Senhor os crentes devem ser abundante na obra: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (1Co 15.58), e ainda pelo fato de que, todo serviço a Deus será recompensado na vinda do Senhor: “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” (Ap 22.12).
 
6. Devemos esperar com perseverança.
Paulo ao referir-se a bendita esperança, aponta também que devemos esperá-la com perseverança: aguardando a bem-aventurada esperança […]” (Tt 2.13), o termo aguardando é a tradução do particípio presente, da palavra: “prosdechomai”, que significa: “dar boas-vindas, esperar”. E nessa forma verbal fica apontada uma contínua atitude de expectação, que a cada dia nos motiva a vivermos melhor. Ao ter essa esperança gloriosa em vista, somos fortalecidos para continuarmos sendo pacientes, ou seja, perseverantes como advertiu o apóstolo Tiago: “Sede pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor […]”; “Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5.7,8).
 
 
CONCLUSÃO
Diante dessa gloriosa promessa, devemos estar vigilantes, vivendo em santidade, esperando este dia em que estaremos definitivamente livres de todo sofrimento e estaremos para sempre com o Senhor.
 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal para Juventude. RJ: CPAD, 2018
Ø  TOKUMBOH, Adeyemo. Comentário Bíblico Africano. MUNDO CRISTÃO.
Ø  VANGEMEREN, Willem A. Novo Dicionário Internacional de Teologia e Exegese. SP: CULTURA CRISTÃ, 2011
 
 
 
Por Rede Brasil de Comunicação.
 


quinta-feira, 25 de março de 2021

QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2021




 
 
 ENSINA-NOS A ORAR
Exemplos de Pessoas e Orações
que Marcaram as Escrituras.
 

 
 






Lição 12
 
Hora da Revisão
A respeito de “A Oração de Paulo pelos Efésios ”, responda:

 
1. Onde estava Paulo quando fez a sua oração pelos cristãos em Éfeso?
Estava preso em Roma.
 
2. Em que posição os judeus oravam e como essa informação é relevante para o nosso estudo?
Os judeus oravam de pé. O fato de Paulo se colocar de joelhos demonstra a profundidade de suas intenções e anseios para com os cristãos.
 
3. O que acontece quando não somos fortalecidos pelo Espírito Santo?
Perdemos a nossa essência cristã e passamos a agir dentro de uma conduta mundana e ditada pelos padrões pecaminosos.
 
4. Quais as palavras que Paulo utiliza como referência à relação do crente para com o amor de Cristo?
Arraigados e fundados.
 
5. O que nos leva a afirmar que o poder de Deus que em nós opera tem um caráter condicional?
A operação desse poder está sempre condicionada ao grau de presença, do poder e da graça do Espírito Santo de Deus em nosso interior.


QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2021

 
 
 
 
 
   O VERDADEIRO PENTECOSTALISMO –
A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre
a Atuação do Espírito Santo.
  

 
 
 





Lição 12

Para Refletir
A respeito de “A Urgência do Discipulado”, responda:


A quem se aplica o termo “discípulo” nos evangelhos?
O termo se aplica com frequência nos evangelhos aos seguidores de Jesus (Mt 5.1; Jo 2.12).
 
O que é a Grande Comissão?
É o nome que se dá à comissão que o Senhor Jesus designou para a evangelização das nações.
 
O que envolve a comunhão no Cristianismo?
A comunhão no cristianismo envolve tanto o relacionamento entre os irmãos como também com o Pai, com o Filho (1Jo 1.3) e com o Espírito Santo (2Co 13.13).
 
Qual o objetivo do processo do discipulado?
O processo do discipulado tem por objetivo instruir o novo convertido sobre os vários aspectos da vida cristã.
 
Qual foi o propósito da terceira viagem missionária do apóstolo Paulo?
O propósito da terceira a viagem do apóstolo Paulo não foi para plantar igrejas locais, mas para discipular e ensinar a igreja de Éfeso, formar e treinar obreiros para a seara do Senhor. Ele ficou ali durante três anos (At 18.22,23; 19.1; 20.31).
 

sábado, 20 de março de 2021

LIÇÃO 12 –A URGÊNCIA DO DISCIPULADO (SUBSÍDIO)



 
 
 
Mt 28.16-20; At 2.42,47 
 

 
INTRODUÇÃO

Nesta lição veremos a definição das palavras “discípulo” e “discipulado”; notaremos a grande comissão e o que é o verdadeiro discipulado cristão; pontuaremos quais as características de um discípulo de Cristo; e por fim, relataremos quais os pilares de um verdadeiro discipulado cristão.
 
 
I. DEFINIÇÕES
1. Discípulo.
A palavra “discípulo” no latim significa: “aluno”, “aprendiz”. A palavra grega correspondente é “mathetes”, de onde se deriva a palavra que significa: “aprender”. O termo hebraico: “talmid” vem de “talmad”, que também significa: “aprender” (1Rs 20.35: 2Rs 2.3,5,7,15; 2R 4.1,38; 2Rs 5.22; 1Cr 25.8; Is 8.16; 19.11; 50.4). Embora o grupo dos doze apóstolos seja denominado de discípulos, biblicamente todo aquele que segue a Jesus é também um discípulo (Mt 5.1; Jo 2.12). O apóstolo Paulo chega a dizer que o verdadeiro discípulo tem a ‘mente de Cristo’ (1Co 2.16). O discípulo, portanto, deve agir e reagir como se fora o Senhor mesmo” (CIDACO, 1996, pp.104,105). A palavra “discípulo” está relacionada a ideia de “disciplina” e isso é muito instrutivo, porque acima de tudo, dos verdadeiros discípulos requer-se disciplina (MERRILL, 2010, vol. 1. p. 189).
 
2. Discipulado.
A palavra “discipulado” tem origem na palavra latina “discipulatus”. É o trabalho cristão efetuado pelos membros da igreja, a fim de fazer dos novos crentes - crianças, jovens e adultos, autênticos cristãos, cujas vidas se assemelham em palavras e obras do ideal apresentado pelo Senhor Jesus Cristo, conforme lemos em Mateus 28.18-20; Colossenses 1.28,29; Efésios 4.13-16. A igreja precisa, no discipulado cristão, de uma visão celestial multiplicadora, selecionando e treinando homens e mulheres para que, por suas vidas santas e, pelo ensino das verdades cristãs, possam educar os novos discípulos e torná-los aptos para fazer outros.
 
 
II. CARACTERÍSTICAS DE UM DISCÍPULO DE CRISTO
 
CARACTERÍSTICAS
REFERÊNCIAS
Um discípulo creu na doutrina de Cristo
Jo 3.7; At 11.26
• Ele passou pela experiência do novo nascimento
Jo 3.3-5
• Ele renunciou a si mesmo e tomou a sua cruz
Mc 8.34
• Ele vive uma vida de sacrifício
Lc 14.26
• Ele dedica-se à vida disciplinada
1 Jo 2.6
• Ele é aprendiz de Cristo Jesus
Mt 11.29; 1Co 11.1
• Ele se empenha a fazer outros discípulos
Mt 28.19
 
 
III. A GRANDE COMISSÃO E O DISCIPULADO
A grande comissão pressupõe um discipulado permanente na Igreja de Cristo. Aliás, a Igreja é uma comunidade de discípulos que tem a Cristo como o Mestre Supremo; e, a Bíblia como a única regra de fé e prática.
 
1. O discipulado é um imperativo.
A expressão: “Portanto, ide e fazei discípulos” (Mt 28.19) nos mostra que, as palavras de Jesus são uma ordem para a igreja, tanto quanto a evangelização como a formação de novos discípulos. A evangelização é um ato e o discipulado (integração do novo crente), é um processo contínuo. Além disso, demanda oração, esforço, paciência, fé e perseverança para alcançar os resultados desejados. A maturidade espiritual do cristão não ocorre de modo rápido e instantâneo, mas progressivamente em Cristo (Cl 1.28,29). Para que conservemos em nossas igrejas os novos convertidos em Cristo, precisamos trabalhar com amor, dedicação e objetividade. Muito da imaturidade espiritual dos membros da igreja local é resultado da ignorância destes em relação às doutrinas básicas da Bíblia (Hb 5.12-14).
 
2. O discipulado é cultural e transcultural.
Desde o início, a proposta divina sempre foi estender a bênção da salvação a todos os homens indiscriminadamente (Gn 12.3; Gl 3.8). Mas, o sentimento ultranacionalista dos judeus fechou seus olhos a esta realidade de que, Deus os levantou a fim de serem uma nação evangelizadora para todos os povos (Is 42.6; 49.6; Rm 2.17-20). A vinda do Messias, no entanto, mostrou claramente que, Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9). É necessário entender que: a) Deus amou o mundo e não apenas uma classe de pessoas (Jo 3.16); b) o sacrifício de Jesus não alcança apenas um povo (Jo 1.29; 1Jo 2.2); c) sua graça alcança tanto os judeus como os gentios (Rm 3.29; 9.24,30; Gl 3.14; Ef 3.6); d) a ordem de levar as boas novas de salvação é extensiva até aos confins da terra (At 1.8).
 
3. O discipulado inclui a observação das ordenanças de Cristo.
Jesus disse aos apóstolos que aqueles que cressem na mensagem do evangelho deveriam confirmar a sua fé, descendo as águas do batismo (Mt 28.19). Evidenciando assim o total compromisso do discípulo com o Seu Mestre.
 
4. O discipulado exige comprometimento com a doutrina de Cristo.
“O discipulado cristão é um relacionamento de mestre e aluno baseado no modelo de Cristo e seus discípulos, no qual o mestre reproduz tão bem no aluno a plenitude da vida que tem em Cristo que o aluno é capaz de treinar outros para que ensinem outros” (PHILLIPS, 2010, p. 20).
 
 
IV. PILARES DO DISCIPULADO CRISTÃO
O discipulado funciona através de instrução, imitação, amor e amizade. Notemos então:
 
1. O discipulado pela instrução.
O ensino bíblico mostra que é necessário que haja alguém experiente e idôneo que ensine e pessoas dispostas a aprenderem com o objetivo de atingir a estatura de varão perfeito (Ef 4.11-14). A Bíblia chama líderes e pais para instruírem aqueles que foram confiados aos seus cuidados (Gl 6.6; Ef 6.4; 1Ts 4.8; 1Tm 1.18; 6.3; 2Tm 2.25; 4.2). Ela também chama todos os crentes a instruírem uns aos outros (Rm 15.14).
 
2. O discipulado pela imitação.
Discípulos são imitadores, primeiro de Deus, depois uns dos outros: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vos também” (Jo 13.15); “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1Co 11.1); “Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram” (Hb 13.7); “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco” (Fp 4.9); “Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança” (2Tm 3.10); “Amado, não imites o que é mau, senão o que é bom” (3Jo 11).
 
3. O discipulado pelo amor.
As pessoas imitarão nossa vida mesmo quando não as amamos. Mas um líder que lidera com amor apresenta a melhor imagem de Cristo, e as pessoas irão segui-lo melhor quando você as amas: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5).
 
 
V. CARACTERÍSTICAS DO DISCÍPULO DE CRISTO
De acordo com a Escritura, ser um discípulo cristão envolve um crescimento pessoal caracterizado pelo seguinte:
 
1. O discípulo de Cristo precisa ser separado do mundo (Mc 8.34-38).
Colocar Jesus em primeiro lugar em todas as coisas é uma característica do discípulo de Jesus. Nosso foco deve estar no nosso Senhor e agradá-Lo em todas as áreas da nossa vida.
 
2. O discípulo de Cristo precisa seguir os ensinamentos de Jesus (Jo 8.31-32).
Jesus é o exemplo perfeito da obediência, pois Ele viveu uma vida na Terra de completa obediência ao Pai até o ponto da morte (Fp 2.8). Jesus nos deu o exemplo: “ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mt 28.20 ver ainda Fp 2.6-8). O livro de Atos mostra os apóstolos no cumprimento dessa palavra (At 2.42; 4.1,2:5.21,28).
 
3. O discípulo de Cristo precisa ter amor por outros discípulos (Jo 13.34-35).
A Bíblia ensina que o amor por outros crentes é a prova de que somos membros da família de Deus (1Jo 3.10). O amor é definido (1Co 13.1-13). Somos instruídos a pensar mais nos outros do que em nós mesmos e a cuidar dos seus interesses (Fp 2.3-4).
 
4. O discípulo de Cristo precisa fazer outros discípulos (Mt 28.19-20).
A expressão: “Ide, portanto, fazei discípulo”. Em algumas traduções dizem: “ensinai todas as nações”. O fazer discípulos envolve, em primeiro lugar, a necessidade do evangelismo ou da pregação do evangelho; mas também subentende um exercício de treinamento e orientação: “Admoestando a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo homem perfeito em Jesus Cristo” (Cl 1.28).
 
 
CONCLUSÃO
Deus tem interesse no bem-estar social e espiritual do ser humano. Isso vale para igreja e para a sociedade. A educação com base nos princípios cristãos é importante porque, além dos valores espirituais, contribui na construção de uma sociedade civilizada. A base dos valores morais e espirituais é a Bíblia
 
 
 
REFERÊNCIAS

Ø  CIDACO, J. A. Um grito pela vida da igreja. RJ: CPAD, 1996.

Ø  MELLO, C. Manual do discipulador cristão. RJ: CPAD, 2004.

Ø  PHILLIPS, Keith. A formação de um discípulo. VIDA. 2010.

Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal para Juventude. RJ: CPAD, 2018.

Ø  MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1.2010.

 
 
 
Por Rede Brasil de Comunicação.