sexta-feira, 28 de julho de 2023

LIÇÃO 05 – A DESSACRALIZAÇÃO DA VIDA NO VENTRE MATERNO



 
 
 
Lc 1.26-33, 39-45
 
 
 
INTRODUÇÃO
Nesta presente lição traremos a definição das palavras “dessacralização e aborto”; veremos algumas legislações não cristãs contrárias a prática do aborto; notaremos o que a Bíblia diz sobre esta prática; pontuaremos algumas concepções errôneas para justificar o aborto; e por fim; falaremos o que a Bíblia diz sobre a vida humana.
 
 
I. DEFINIÇÃO DAS PALAVRAS “DESSACRALIZAÇÃO”, “ABORTO” E “FETO”
1. Definição dos termos “dessacralização” e “aborto”.
A palavra “dessacralização” significa: “fazer perder o caráter sagrado” (HOUAISS, 2011, p. 1015). O Dicionário Online de Português define dessacralização como: “secularização, desmistificação, fazer com que algo deixe de ser considerado sagrado, divino, inviolável” (www.dicio.com.br/dessacralizacao/). Já a palavra “aborto” é formada por dois vocábulos latinos: “ab”, privação, e “ortus”, nascimento (ANDRADE, 2015, p. 52). “Conceitualmente, o aborto é a interrupção do nascimento por meio da morte do embrião ou do feto. Algumas literaturas identificam o aborto como feticídio cujo significado é a morte do feto” (BAPTISTA, 2023, p. 60). O verbo “abortar” do ponto de vista médico significa: “expulsar naturalmente o feto, ou retirá-lo por meio artificiais […]” (HOUAISS, 2001, p. 1271). O aborto é chamado de feticídio que significa: “crime, no qual através do aborto provocado, ocorre a morte do feto que se presume com vida” (HOUAISS, 2001, p. 1333).
 
 
II. LEGISLAÇÕES NÃO CRISTÃS CONTRÁRIAS A PRÁTICA DO ABORTO
As civilizações dos sumérios, os babilônios, os assírios, os hititas e os israelitas consideravam o aborto como um crime de maior gravidade (GARCIA, 2011, p. 25 apud BAPTISTA, 2018, 39). Ao contrário do que pensam os pró-aborto que somente os cristãos se opõem a esta prática pecaminosa, o aborto já foi declarado errado por muitas sociedades não cristãs. Vejamos:
 
  • Código de Hamurabi (XVIII a.C.) aplicava castigo severo para quem induzisse um aborto (GEISLER, 2001, p. 456);
  • Tiglath-Pileser rei persa (XII a.C.) punia as mulheres que induziam o aborto (GEISLER, 2001, p. 456);
  • Hipócrates médico grego (IV a.C.) se opunha ao aborto (PALLISTER, 2005, p. 141). O juramento era recitado pelos médicos no dia da formatura dizia: “Não darei a nenhuma mulher um pessário para provocar um aborto” (KAISER JR, 2016, p. 138);
  • Lucius Sêneca (II d.C.) elogiou a sua mãe por não ter lhe matado com esta prática (GEISLER, 2001, p. 456);
  • Código criminal do Império no Brasil. O aborto e o infanticídio eram punidos com prisão e trabalho forçado. A pena era de um a três anos de prisão e trabalho forçado (Art. 198) […], de um a cinco anos de trabalhos forçados no sistema prisional da época (Art. 199) […]. Código de Napoleão (1769-1821) era crime hediondo (BAPTISTA, 2018, p. 40).
 
 
III. O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O ABORTO
A vida humana é sagrada por tratar-se de um ato criativo de Deus (Gn 2.7; Jó 12.10) […]. O princípio de sacralidade assegura a dignidade da pessoa humana e a inviolabilidade do direito à vida (Sl 36.9; 90.12) […] a militância ideológica não reconhece que a sacralidade da vida está atrelada à santidade da vida […]. Essa falaciosa distinção condena o homicídio de crianças já nascidas, mas defende o assassinato dessas crianças no ventre da mãe. (BAPTISTA, 2023, pp. 61,62). Vejamos o que nos diz a Escritura:
 
1. O aborto no Antigo Testamento.
Na Lei Mosaica, provocar a interrupção da gravidez da mulher é ato criminoso (Êx 21.22,23). No Decálogo, o sexto mandamento proíbe o homem de matar, o que significa literalmente “não assassinar” (Êx 20.13). Os intérpretes do Decálogo concordam que o aborto está incluso nesse mandamento. Então, quem mata um embrião ou feto atenta contra a dignidade humana e a sacralidade da vida no ventre materno (BAPTISTA, 2023, p. 60). O aborto é um assassinato porque ele termina com uma vida humana, portanto neste mandamento encontramos uma clara reprovação a este ato (Êx 23.7; Dt 5.17). Em Êxodo 21.22-25 dá a mesma pena a alguém que comete um homicídio e para quem causa o aborto. Deus trata o feto como um ser humano (Gn 9.6). A Lei de Deus não faz distinção entre aborto e infanticídio. Tanto faraó que ordena a matança dos infantes hebreus, quanto a mulher que, por motivos fúteis, interromper a gravidez, quebrantam o sexto mandamento (Êx 1.22; 20.13) (ANDRADE, 2017, p. 77)

2. O aborto no Novo Testamento.
Jesus ratificou o sexto mandamento “Não matarás” (Mt 5.21; 19.18). Os apóstolos também (Rm 13.9; Tg 2.1). Uma das afeições próprias da natureza humana, é que a mãe ame o filho, desde o seu ventre (Is 49.15). No entanto, Paulo diz que umas das características do ser humano entregue ao pecado, é que ele pode se tornar uma pessoa “sem afeição natural” (Rm 1.31), uma referência implícita ao desamor que sente, por exemplo, uma mulher que estando grávida, assassina o próprio filho. O mesmo apóstolo diz que os que tais coisas cometem e também os que consentes são dignos de morte (Rm 1.32 ver ainda Ap 21.8).
 
3. O aborto na história da Igreja.
A igreja que mantém o princípio teológico da autoridade bíblica (2Tm 3.16) defende a dignidade humana, a sacralidade e a inviolabilidade da vida desde a sua concepção (BAPTISTA, 2023, pp. 63,64). “O ensino dos dez apóstolos” (séc. I), chamado de “Didaquê”, condena o aborto: “Não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém-nascido” (Didaquê II,2). O apologista Tertuliano (150-220) ensinou que a morte de um embrião tem a mesma gravidade do assassinato de uma pessoa já nascida e que impedir o nascimento é um homicídio antecipado. O polemista Agostinho de Hipona e os teólogos Jerônimo de Estridão e Tomás de Aquino consideravam pecado grave interromper a gestação e o desenvolvimento da vida humana […]. Jerônimo, autor da vulgata latina, considerou as mulheres que escondiam a infidelidade conjugal com o aborto como culpadas de triplo crime: adultério, suicídio e assassinato (ANDRADE, 2015, p. 58 apud BAPTISTA, 2018, pp. 43,44).
 
 
IV. CONCEPÇÕES ERRÔNEAS PARA JUSTIFICAR O ABORTO
“Fecundação, embrião e feto são os nomes das três etapas da gestação […]. Quanto aos cientistas, muitos concordam que a vida tem início na fecundação, quando o espermatozoide (gâmeta masculino) e o óvulo (gâmeta feminino) se fundem gerando a nova célula chamada zigoto” (BAPTISTA, 2018, p. 44). “De fato, o homem, desde a fecundação, não é ‘um aglomerado de células’, como dizem os cientistas ateus e materialistas. É um ser completo, composto de espírito, alma e corpo” (RENOVATO, 2008, p. 273).
 
1. O feto não é plenamente humano.
Alegam os pró-abortistas que o feto não é um ser humano em potencial, podendo ser facilmente descartado. No entanto, tanto as descobertas científicas quanto a Bíblia nos mostram que isto é um argumento falacioso. A palavra “feto” segundo o Houaiss (2001, p. 1333) significa: “ser em desenvolvimento no útero […]”. As únicas diferenças entre “um feto” e um ser humano adulto, é a idade e a massa corpórea. Portanto, ele é tão pessoa quanto um ser humano nascido. Do ponto de vista bíblico, Deus não faz distinção entre vida em potencial e vida real, ou seja, entre uma criança ainda não nascida no ventre materno em qualquer que seja o estágio e um recém-nascido ou uma criança. No AT a expressão “yeled” é usada normalmente para se referir a uma criança já nascida. Mas, também é utilizada para se referir a um filho no ventre (Êx 21.22; 25.22). No NT a palavra grega “brephos” é empregada com frequência para os recém-nascidos, para os bebês e para as crianças mais velhas (Lc 2.12,16; 18.15; 1Pd 2.2). Em Atos 7.19, “brephos” refere-se às crianças mortas por ordem de Faraó. Mas em Lucas 1.41,44 a mesma palavra é empregada referindo-se a João Batista, enquanto ainda não havia nascido.
 
2. O feto não tem alma.
Há evidências científicas e bíblicas de que a alma (vida) humana começa na concepção. Norman Geisler (2001, p. 453) citando a Dra Matthew-Roth da Faculdade de Medicina de Harvard diz que: “na Biologia e na Medicina, é fato aceito que a vida de qualquer organismo individual que se reproduza por forma sexuada inicia no momento da concepção, ou da fertilização”. Do ponto de vista bíblico, a origem da vida inicia na concepção (Sl 139.13-16; Jr 1.5; Zc 12.1-b; Lc 1.41). Renovato (2008, p. 274) diz: “cada vez que um gameta masculino funde-se com um feminino, no casamento, ou fora dele, pela lei do Criador, forma-se um conjunto espírito + alma dentro do homem”. Para Deus, o embrião não é “só um punhado de tecidos”; ao contrário, Deus já sentia afeto e amor por nós quando estávamos sendo tecidos dentro do ventre de nossa mãe (KAISER JR, 2005, p. 146). Hoje em dia: “O direito à vida intrauterina é substituído pelo direito incondicional da mulher sobre o próprio corpo, que, por meio do aborto, decreta a morte do fruto do seu ventre” (BAPTISTA, 2023, p. 59).
 
3. A mulher tem direito sobre seu próprio corpo.
Este é o principal argumento do movimento feminista: “meu corpo, minhas regras”. No entanto, é necessário fazer algumas considerações. Vejamos: (a) do ponto de vista jurídico: o aborto ainda é crime no Brasil. A conduta de aborto esta tipificada pelo Código Penal Brasileiro entre os artigos 124 e 126. Trata-se de um crime contra a vida; (b) do ponto de vista científico: é bom destacar também que o feto não é prolongamento do corpo da mulher. Dados científicos mostram que “a partir da concepção eles tem o seu próprio sexo, que pode diferir da mãe; depois de quarenta dias da concepção tem as próprias ondas cerebrais; após algumas semanas já possuem seu próprio tipo sanguíneo, que pode ser diferente da mãe, e suas próprias impressões digitais” (GEISLER, 2017, p. 160). Logo, é um indivíduo dentro de outro; (c) do ponto de vista de saúde pública: se ignora as complicações, danos e consequências emocionais, psicológicas e físicas desta prática; e, (d) do ponto de vista bíblico: a violência contra o corpo de outrem é pecado (Gn 9.6; Êx 20.13; Mt 5.21; Rm 13.9; Tg 2.11).
 
4. O aborto é justificável em algumas situações.
O aborto é proibido no Brasil, apenas com exceções quando há risco à vida da mãe, quando a gravidez é resultante de um estupro e se o feto não tiver cérebro (anencefalia). Nesses três casos, permite-se à mulher optar por fazer ou não o aborto. No entanto, a Bíblia se posiciona contrária ao aborto mesmo nestas situações, pois nada justifica a morte de um inocente (Dt 19.10; Sl 106.38; Jr 2.34). Não temos o direito de escolher quem deve ou não viver, isto compete exclusivamente a Deus, que é o autor da vida (Gn 2.7; Sl 139.13-16; Jó 33.4). O Código Civil, em vigor desde 2002, ao tratar da “personalidade e da capacidade”, protege a vida desde a concepção ao legislar que “a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro” (Art. 2º do CC). Esse dispositivo é interpretado por diversos civilistas do seguinte modo: “[…] entendemos que na verdade o início legal da consideração jurídica da personalidade é o momento da penetração do espermatozoide no óvulo” (DINIZ, 2012, p. 102). Pode-se [...] considerar o início da vida na concepção e assim caracterizar o aborto como atentado à vida (BAPTISTA, 2018, p. 49).
 
 
V. O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE A VIDA HUMANA
1. A vida humana é um dom de Deus.
A vida é um dom de Deus e um feto tem vida. Paulo diz que é Deus “quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas” (At 17.25). É Ele quem forma o corpo humano no ventre (Sl 139.13). Ana cantou: “O SENHOR é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela” (1Sm 2.6). Veja ainda (Jó 1.21; 33.4; Sl 31.15; Jo 1.3).
 
2. A vida humana é sagrada.
A vida quer no estágio inicial ou no terminal, é sagrada aos olhos de Deus (Nm 16.22). Quando Deus fez o ser humano o fez segundo a Sua imagem e semelhança (Gn 1.26). Até mesmo depois do pecado esta imagem e semelhança não foi erradicada (Gn 9.6; Tg 3.9). O corpo é templo do Espírito Santo (1Co 3.16; 6.19; Tg 4.5). O valor da vida não depende dos anos acumulados, nem da capacidade física ou intelectual da pessoa. A vida é um bem pessoal, intransferível e incalculável (Mc 8.37).
 
3. A vida humana deve ser respeitada e protegida.
Dos Dez Mandamentos, seis dizem respeito ao nosso compromisso com o próximo (Êx 20.12-17). Portanto, o sexto mandamento “Não matarás” (Êx 20.13), se constitui numa agressão contra a vida alheia. Não podemos furtar o direito do outro de viver. E, em se tratando de um “feto” há ainda muitos agravantes, pois este pequeno ser não pode gritar por socorro, nem pode se defender, tampouco fugir. Acrescenta-se ainda que ele não pediu para vir ao mundo. Em caso de estupro “a adoção e não o aborto é a melhor alternativa” (GEISLER, 2017, p. 165).
 
 
CONCLUSÃO
Enquanto as legislações de vários países estão legalizando a prática de aborto, nós cristãos permanecemos sob a égide da Palavra de Deus, que é nosso código de conduta imutável e absoluto. Somente Deus, que criou o homem à sua imagem, tem o direito de pôr fim à vida humana, seja de um ser humano em gestação ou já nascido.
  
 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  ANDRADE, Claudionor Corrêa de. As novas fronteiras da Ética Cristã. CPAD, 2010.
Ø  BAPTISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o Império do Mal: Como Viver neste Mundo Dominado pelo espírito da Babilônia. CPAD, 2023.
Ø  BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos: Enfrentando as Questões Morais de Nosso Tempo. CPAD, 2018.
Ø  GEISLER, Norman. Ética Cristã: Opções e Questões Contemporâneas. VIDA NOVA, 2015.
Ø  HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA, 2001.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995.
Ø  PALLISTER, Alan. Ética Cristã Hoje. São Paulo: Shedd Publicações, 2015.
Ø  KAISER JR, Walter. O Cristão e as Questões Éticas da Atualidade: Um Guia Completo para Pregação e Ensino. Editora Vida Nova, 2022.
 
 
Por Rede Brasil de Comunicação.
 
 


domingo, 23 de julho de 2023

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2023





 
SEJAM FIRMES -
Ensino Sadio e Caráter Santo
nas Cartas Paulinas.









Lição 04
 
Hora da Revisão
A respeito de “Instruções para as Mulheres ”, responda:
 

1. Por que é importante à mulher vestir-se adequadamente? 
Porque vestir-se de modo imodesto para despertar desejos impuros nos outros é tão errado como o desejo imoral que isso provoca. Nenhuma atividade ou condição, justifica o uso de roupas imodestas que exponham o corpo de tal maneira que provoquem desejo imoral ou concupiscência em alguém.
 
2. Por que Paulo foi tão contundente ao tratar do comportamento da mulher?
São várias as opiniões O mais provável é que estivesse havendo algum excesso na igreja de Éfeso a favor ou contra a participação da mulher no culto, por isso, foi preciso tratar do assunto de maneira enfática
 
3. A influência do Cristianismo na vida da mulher foi positiva ou negativa? Por quê?
Foi positiva. O cristianismo trouxe verdadeira revolução quanto à oportunidade de a mulher aprender e não o contrário
 
4. No Éden, após a Queda, como se vestiam Adão e Eva?
No Éden, após a Queda. Adão e Eva se vestiram com aventais de folhas de figueira (Gn 37)
 
5. Qual o propósito divino ao criar a mulher?
A mulher foi criada para ser companheira, “uma auxiliadora que lhe fosse idônea”.

 


QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2023



 
 
 
A IGREJA DE CRISTO E O IMPÉRIO DO MAL -
Como Viver Neste Mundo Dominado
Pelo Espírito da Babilônia. 









Lição 04
 

Revisando o Conteúdo
A respeito de “Quando a Criatura Vale Mais que o Criador” responda: 

 
1. Explique as palavras “impiedade” e “injustiça” de acordo com a lição.
O termo “impiedade” é a tradução do grego asebeia, que significa “irreligiosidade”. Ele refere-se à decisão do ser humano de viver como se Deus não existisse (Sl 36.1; Jd 1.14,15). Já o vocábulo “injustiça” vem do grego adikia e significa “sem retidão”. A palavra carrega a ideia de não ser reto diante de Deus e nem com o próximo (2 Pe 2.15).
 
2. O que acontece com as pessoas que rejeitam a Deus e suas leis?
Ao rejeitar a Deus e suas leis, os “filhos da ira” (Ef 2.3) são deixados à mercê de seus desejos pecaminosos, dentre eles: a impureza sexual e a degradação do próprio corpo (Rm 1.24).
 
3. Cite pelo menos dois movimentos que marcam a revolução no pensamento humano.
Renascentismo / Humanismo.
 
4. Quais são as características de quem não teme a Deus?
Quem não teme a Deus traz a idolatria no seu íntimo quando prioriza a reputação pessoal, busca o prazer como bem maior, nutre tendências supersticiosas e possui excessivo apego aos bens materiais.
 
5. Qual é a orientação bíblica para escapar do mal da idolatria sexual?
A orientação bíblica para escapar desse mal é a seguinte: “vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne” (Gl 5.16 – NAA).

 


sexta-feira, 21 de julho de 2023

LIÇÃO 04 – QUANDO A CRIATURA VALE MAIS QUE O CRIADOR



 
 
 
Rm 1.18-25
 
 

INTRODUÇÃO
O ser humano é, por natureza, um ser adorador. Fomos criados capazes de conhecer, temer, amar, servir e adorar o Criador. Porém, desde a Queda que o ser humano tem se afastado de Deus, e tem honrado e adorado mais a criatura do que o Deus verdadeiro, que é criador de todas as coisas. Nesta lição veremos a definição de idolatria e autolatria; explicaremos o texto da Leitura Bíblica em Classe e veremos qual deve ser a nossa atitude diante desta sociedade idólatra e perversa.
 
 
I. DEFINIÇÕES DAS PALAVRAS IDOLATRIA E AUTOLATRIA
1. Idolatria.
O dicionário de Houaiss define idolatria como: “culto que se presta a ídolos” (2011, p. 1567). O termo deriva-se do grego “eidololatreia”. Teologicamente “a idolatria pode ser considerada também o amor excessivo por alguma pessoa, ou objeto. Amor este que suplanta o amor que se deve devotar, voluntária, incondicional e amorosamente, ao único e verdadeiro Deus” (ANDRADE, 2006, p. 220). “Essa palavra vem do grego: “eidolon” que significa: “ídolo”, e “latreuein” que quer dizer “adorar”. Esse termo refere-se à adoração ou veneração a ídolos ou imagens, quando usado em seu sentido primário. Porém, em um sentido mais lato, pode indicar a veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição, ambição, etc., que tome o lugar de Deus, ou que lhe diminua a honra que lhe devemos” (CHAMPLIN, 2004, p. 206). O pastor Timothy Keller resume idolatria da seguinte maneira: “O que é um ídolo? Qualquer coisa mais importante do que Deus para você, que domine seu coração e sua imaginação mais do que Deus. Qualquer coisa que você busque a fim de receber o que só Deus pode dar” (KELLER, 2021, p. 20).
 
2. Autolatria.
A palavra “autolatria” é formada por dois vocábulos gregos: “autos”, que significa “a si mesmo” e “latria”, que quer dizer “adoração”. Logo, “autolatria” significa: “adoração a si próprio”. Esse tipo de idolatria também é conhecido como “egolatria”. Encontramos alguns exemplos na Bíblia, tais como: Lúcifer (Ez 28.11-19; Is 14.12-14) e o rei Nabucodonosor (Dn 4.29,30; 5.5.18-21). Esta é uma das características dos homens dos tempos do fim (2Tm 3.2). Ao se manifestar no seio familiar, os pais ou filhos afetados por esse ídolo, promoverão a desintegração familiar, haja vista que o(s) mesmo(s) só pensarão em si, e nunca, na unidade da família.
 
 
II. A IDOLATRIA E DEPRAVAÇÃO DA HUMANIDADE
Em Romanos 1.18-32 o apóstolo Paulo escreve acerca da idolatria e imoralidade dos gentios. Apesar de se tratar de um texto escrito há milênios, podemos perceber claramente a atualidade deste texto, como veremos a seguir:
 
1. “[...] do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens [...]” (Rm 1.18).
A palavra grega traduzida por “ira” é “orge”, e aparece 12 vezes em Romanos (Rm 1.18; 2.5,8; 3.5; 4.15; 5.9; 9.22; 12.19; 13.4,5). A ira de Deus não pode ser confundida com a ira humana, que é fruto da natureza caída e pecaminosa (Gl 5.20; Ef 4.31; Cl 3.8; Tm 2.8; Tg 1.20). A ira de Deus é contra toda impiedade e injustiça dos homens, ou seja, sobre o pecado (Rm 2.8; 9.22; Cl 3.6; Hb 3.11; 4.3; Ap 11.18). O termo “impiedade” neste texto diz respeito ao descaso que o homem faz de Deus, ou seja, viver como se Deus não existisse. Já a palavra “injustiça” fala da conduta pecaminosa humana. Dessa maneira, a raça humana, por rejeitar a Deus vive na prática da injustiça.
 
2. “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou” (Rm 1.19).
Paulo deixa bem claro que a humanidade se afastou do Criador, mas, não pelo fato de que Ele não tenha se manifestado, ou seja, se revelado, mas, por livre e espontânea vontade. O Salmo 19, por exemplo, apresenta ao menos duas provas da existência de Deus: o universo que Ele criou (v. 1-6) e a Bíblia (v. 7-10). “O conhecimento do Deus verdadeiro era acessível aos homens, mas eles fecharam suas mentes para ele. Em vez de apreciarem a glória do criador ao contemplarem o universo que ele criou, davam a coisas criadas aquela glória que pertencia somente a Deus” (BRUCE, 1979, p. 68).
 
3. “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis” (Rm 1.20).
A criação é uma prova não apenas da existência de Deus, mas, também, dos seus atributos. Ao contemplar a natureza, a beleza e a perfeição do universo, podemos perceber a Sua eternidade (Dt 4.32; Sl 90.1,2; Hb 1.10), onipotência (Sl 148.5; Is 42.5; Hb 3.4), sabedoria (Pv 3.19-23; Jr 10.12; 51.15). Nós não precisamos ver a Deus para saber que Ele existe, pois, as Suas obras revelam a sua existência. É como se alguém fosse numa galeria de obras de arte e pudesse ver os quadros e as esculturas. Ainda que os artistas não estivessem presentes, suas obras revelam a sua existência. Assim, todos os homens são indesculpáveis diante de Deus (Hb 11.3,6).
 
4. “porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu” (Rm 1.21).
O homem afastado de Deus está em inimizade com o Senhor, pois a Bíblia classifica os pecadores como: a) filhos da desobediência (Ef 2.2); b) amigos do mundo (Tg 4.4); e c) pecadores vivendo nas trevas (Ef 5.8; 11; 6.12; Cl 1.13). Por esses motivos e outros apresentados na palavra de Deus (Sl 14: 1-3; Is 64.6; Rm 3.10), o texto Sagrado apresenta o homem em inimizade constante com Deus. Mas em Cristo essa inimizade é desfeita: Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus, pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Rm 5.10).
 
5. “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis” (Rm. 1.22,23).
A Palavra de Deus nos revela que quem oferece sacrifícios aos ídolos, oferece aos demônios (Lv 17.7; Dt 32.17; 2Cr 11.15; Sl 106.37; 1Co 10.20,21). Por trás das imagens de escultura existem entidades demoníacas que ouvem as preces dos fiéis, e até operam favoravelmente por eles, com o intuito de aprisioná-los cada vez mais na idolatria. Eis o porquê de tantas pessoas pagarem promessas nos denominados “dias santos” e nas festividades dos padroeiros. Satanás, como “deus deste século” (2Co 4.4) tem poder para realizar benefícios físicos e materiais com intuito de enganar as pessoas (Ap 13.2-8,13; 16.13,14). 

6. “Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!” (Rm. 1.24,25).
O pecado afetou todas as áreas da vida humana, inclusive a sexualidade gerando toda sorte de perversão sexual. As consequências da queda do primeiro homem foram tão nefastas que as Escrituras citam 372 formas de pecado e há centenas de outras não mencionadas na Bíblia. Há várias listas de pecados semelhantes ao que o apóstolo faz referência (Rm 1.18-32; 1Co 5.9-11; 6.9; 2Co 12.20,21; Ef 4.19; 5.3-5; Cl 3.5-9; 1Ts 2.3; 4.3-7; 1Tm 1.9,10; 6.4,5; 2Tm 3.2-5; Tt 3.3,9,10). Essa lista, embora extensa, não é exaustiva, uma vez que Paulo conclui dizendo: “[…] e coisas semelhantes a estas” (Gl 5.21).
 
 
III.A NOSSA ATITUDE DIANTE DESTA SOCIEDADE IDÓLATRA E PERVERSA
1. Precisamos proclamar a verdade.
Uma das principais atribuições da igreja é a de influenciar a cultura e a sociedade onde ela está inserida (Mt 5.13-16; Mc 9.49; Lc 14.34-35; Mc 4.21; Lc 8.16; 1Pe 2.12). E como ela pode fazer isto? Priorizando os princípios da Palavra de Deus, independente do modelo cultural da sociedade. Na prática, significa combater o pecado, mesmo que este seja visto como uma questão cultural. É ensinar sobre a fidelidade conjugal (Hb 13.4), mesmo quando a infidelidade já se tornou comum; combater a mentira e o engano (Ef 4.25; Rm 12.17), ainda que sejam vistas como coisas normais ou naturais; pregar contra o paganismo e a idolatria (Rm 2.22; 1Jo 5.21), mesmo quando ela é vista como mera religiosidade, etc.
 
2. Precisamos obedecer aos princípios da Palavra de Deus.
Recebemos do Senhor Jesus uma responsabilidade para produzir uma cultura debaixo do Senhorio de Cristo (2Co 10.4,5), ou seja, promover a cosmovisão cristã em um mundo pluralista (Rm 12.1,2), onde as culturas estão afetadas em suas estruturas e práticas do pecado, necessitando assim, que a Igreja exerça sua função profética (1Pe 2.9,10), mostrando o caminho que Deus planejou para vivermos de acordo com os princípios estabelecidos na palavra de Deus. Ela é o livro-texto do cristão. Ela nos ensina como devemos amar, temer e obedecer a Deus (Dt 17.18,19; Ec 12.13; Lc 10.27); como devemos amar ao próximo (Mc 12.33; Lc 10.27-37); bem como nos ensina a viver neste mundo (Mt 5.13-16; 1Co 10.32).
 
3. Precisamos vigiar para não sermos influenciados pelas práticas idólatras e imorais desta sociedade.
Fomos salvos da condenação e do poder do pecado, mas não ainda da presença do pecado (Rm 7.18,23). No campo do nosso interior ainda se trava uma guerra, um conflito permanente entre a carne e o Espírito. Eles são opostos entre si. Paulo tratou da guerra interior que existe em cada cristão com as suas duas naturezas (Rm 7.22.23; Gl 5.17). Nessa batalha “carne versus espírito”, vencerá aquele que dermos a maior preferência (Gl 5.16).
 
 
CONCLUSÃO
Tal qual os gentios nos dias de Paulo (Rm 1.18-32), nós vivemos em meio a uma geração corrompida e perversa (Fp 2.15), onde os seres humanos são amantes de si mesmos, idólatras, que adoram mais a criatura do que ao Criador. Como sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-16) precisamos proclamar a verdade, obedecendo aos mandamentos divinos, e sermos vigilantes para não sermos influenciados por esta sociedade.
  
 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  BAPTISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o Império do Mal. CPAD.
Ø  BRUCE, F. F. Romanos: Introdução e Comentários. VIDA NOVA.
Ø  CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø  KELLER, Timothy. Deuses Falsos. VIDA NOVA.
Ø  SANTOS, Roberto dos. Romanos: Uma Carta Para Igreja do Século XXI. REFLEXÃO.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD. 


Por Rede Brasil de Comunicação.
 
 


MINHA É GLÓRIA!

 
 


Objetivo:
Mostrar que o crente não pode permitir que nada e ninguém tome o lugar de Deus em seu coração.
 
Material: Quatro.
 
Procedimento:
Divida a classe em dois grupos. Depois, escreva no quadro as seguintes perguntas: "O que é idolatria?" e "O que é o culto a autoimagem?". Cada grupo deverá ficar com uma questão. Dê alguns minutos para que os alunos discutam os temas. Em seguida, reúna a todos formando um único grupo. Peça que um representante de cada grupo faça suas considerações sobre a sua questão. Ouça os alunos com atenção. Depois, explique que idolatria é tudo que ocupa o lugar de Deus em nossos corações. O culto a autoimagem é o cuidado exagerado que as pessoas dão à aparência física, à imagem pessoal. Não há nada de errado em cuidar da saúde e da aparência física, mas temos visto um "culto ao corpo". Conclua enfatizando que quando o homem se coloca como medida única de todas as coisas e eleva seu interesse acima da vontade divina, ele acaba caindo no pecado da idolatria da autoimagem, do coração e da sexualidade. 
 


Por Telma Bueno e Flavianne Vaz.
Adaptado pelo Amigo da EBD.
 



quinta-feira, 20 de julho de 2023

LIÇÃO 04 - INSTRUÇÕES PARA AS MULHERES (VÍDEO AULA)





 

LIÇÃO 04 - QUANDO A CRIATURA VALE MAIS QUE O CRIADOR (V.02)


Vídeo Aula - CPAD
 



LIÇÃO 04 - QUANDO A CRIATURA VALE MAIS QUE O CRIADOR (V.01)


Vídeo Aula - Pastor Ciro 
 



QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2023






SEJAM FIRMES -
Ensino Sadio e Caráter Santo
nas Cartas Paulinas.
  









Lição 03
 
Hora da Revisão
A respeito de “Instruções a Respeito da Oração ”, responda:
 
 
1. O que aprendemos com a expressão “antes de tudo” em 1 Timóteo 2.1?
Aprendemos que “antes de tudo” indica que antes de qualquer outra prática Litúrgica devemos, assim como Timóteo, dedicar-nos à oração.
 
2. Qual era o contexto político dos tempos de Paulo, quando estimulou a oração pelas autoridades?
Nos tempos de Paulo, o mundo vivia sob o controle de reis e imperadores cruéis, como Nero.
 
3. Qual a relação entre a prática da oração e a fé?
Fé e oração são atributos intimamente associados e codependentes. É preciso ter fé para orar.
 
4. O que é o secularismo?
Segundo a lição, é uma onda mortal, fruto do abandono da fé, de incredulidade e dureza de coração.
 
5. Segundo a lição, o que é universalismo?
É a falsa crença de que, ao final, Deus salvará a todos os homens.
 

 

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2023



 
 
 
A IGREJA DE CRISTO E O IMPÉRIO DO MAL -
Como Viver Neste Mundo Dominado
Pelo Espírito da Babilônia.
  









Lição 03
 

Revisando o Conteúdo
A respeito de “O Perigo do Ensino Progressista” responda: 

 
1. Para o que o apóstolo Paulo alerta?
O apóstolo Paulo alerta que o comportamento humano estará associado à impiedade, caracterizada pela profunda degradação moral (2 Tm 3.2-4).
 
2. O que o ensino progressista representa?
O ensino progressista representa um ataque teológico à ortodoxia bíblica. Suas teses reduzem o texto bíblico a um mero registro de experiências religiosas.
 
3. O que o ensino progressista enfatiza?
A ênfase do Progressismo repousa no antropocentrismo (homem como centro). Esse ensino produz pessoas egocêntricas e retira a convicção do pecado (2 Tm 3.2).
 
4. O que é indispensável na refutação do ensino progressista?
Em refutação ao ensino progressista é indispensável reafirmar a doutrina da inspiração divina, verbal e plenária da inerrante Palavra de Deus (2 Tm 3.16,17). Validar o princípio de Sola Scriptura instituído na Reforma, que estabelece a Bíblia como a única regra infalível e autoridade final de fé e prática.
 
5. O fortalecimento da autoridade bíblica e o aprendizado das doutrinas cristãs precisam estar atrelados a quê?
O fortalecimento da autoridade bíblica e o aprendizado das doutrinas cristãs precisam estar atrelados a uma vida de santidade (1 Pe 1.16).