quarta-feira, 24 de abril de 2024

LIÇÃO 04 - A REALIDADE BÍBLICA DA SALVAÇÃO


Vídeo Aula - Pastor Alexandre
 




LIÇÃO 04 - COMO SE CONDUZIR NA CAMINHADA (V.02)


Vídeo Aula - Pastor Osiel 





LIÇÃO 04 - COMO SE CONDUZIR NA CAMINHADA (V.01)


Vídeo Aula - Pastor Ciro
 




QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2024






O PADRÃO BÍBLICO
  PARA A VIDA CRISTÃ –
Caminhando Segundo os Ensinos
das Sagradas Escrituras. 









Lição 03
 
Hora da Revisão
A respeito de “A Realidade Bíblica do Pecado”, responda: 
 

1. Segundo a lição, cite uma das características do pecado.
Uma das características do pecado é o obscurecimento do entendimento humano
 
2. Qual o conceito bíblico sobre pecado? 
A Bíblia descreve o pecado como um ato de rebeldia contra Deus.

3. Qual a expressão mais utilizada para definir pecado?

A expressão mais utilizada para definir o pecado é “errar o alvo”, ou seja, ter na sua frente um objeto e não conseguir acertá-lo.
 
4. O que nos mostra o texto de Ezequiel 28.15?
Esse versículo nos mostra duas coisas: Satanás não é um deus, embora se ache um: e que o pecado pode corromper até a mais perfeita criatura.

5. Segundo a lição, os problemas ambientais que vemos hoje são oriundos de quê? 
Os problemas ambientais que vemos hoje são oriundos da pecaminosidade humana, seja por força de ações, seja por omissões.



 

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2024






A Carreira Que Nos Está Proposta-
O Caminho da Salvação, Santidade e
Perseverança para Chegar ao Céu. 









Lição 03
 

Revisando o Conteúdo
A respeito de “O Céu: o Destino do Cristão” responda: 

 
1. Dos três locais aplicados à palavra Céu, qual o mais importante para o cristão de acordo com a lição?
Dos três locais aplicados à palavra céu, o mais importante para o cristão é o terceiro, a morada de Deus.
 
2. O que o apóstolo mostra com a expressão a “nossa pátria está nos céus”?
Ao mencionar essa expressão, o apóstolo mostra que temos uma cidadania celestial (Ef 2.19).
 
3. Segundo a lição, como o apóstolo João descreve a nova Jerusalém?
O apóstolo João descreve a Nova Jerusalém Celestial como o lugar de redimidos que habitam a gloriosa Cidade.
 
4. Cite uma das mais gloriosas bênçãos que desfrutaremos no Céu.
Uma das mais gloriosas bênçãos que desfrutaremos no céu é a de que Deus enxugará de nossos olhos todas as lágrimas.

5. De acordo com a lição, como a nossa vida cristã atual deve ser vivida? 
A vida cristã atual deve ser vivida com a mente voltada para a realidade eterna do Céu como verdadeira esperança (Cl 3.2).



 

sexta-feira, 19 de abril de 2024

LIÇÃO 03 – O CÉU: O DESTINO DO CRISTÃO





 
Fp 3.13,14,20,21; Ap 21.1-4
 
 

INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos o céu – o destino do cristão, para isto definiremos a palavra céu, em seguida veremos uma breve descrição de como esse tema aparece nas Sagradas Escrituras. Elencaremos também a natureza do céu e a conduta exigidas dos salvos em Cristo. E por fim, pontuaremos as bênçãos reservadas para igreja do senhor.
 
 
I. DEFININDO O TERMO CÉU
Nas traduções da Bíblia para a língua portuguesa cerca de 700 ocorrências da palavra céu (s). Sendo que, a maioria dos textos bíblicos usa a palavra hebraica: “shamayim”, que é traduzida literalmente como: “as alturas”, ou a palavra grega: “ouranos”, que é traduzida como: “o que está elevado”. Estes termos são usados em toda a Bíblia, referentes a três céus. Notemos:
 
1. O primeiro céu (inferior): É o céu atmosférico, onde sobrevoam as aves e os aviões; onde passam as nuvens, desce a chuva e se processam os trovões e relâmpagos: “Ele é que cobre o céu de nuvens, que prepara a chuva para a terra e que faz produzir erva sobre os montes” (Sl 147.8; ver Dt 11.11,17; 28.12,24).
 
2. O segundo céu (intermediário): É o céu estelar ou planetário, chamado também de céu astronômico: “E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus [...]” (Gn 1.14; ver Gn 15.5; Sl 33.6; Jr 10.2; Hb 1.10).
 
3 O terceiro céu (superior): Este céu é o ponto central do nosso estudo. Podemos chamá-lo de “céu dos céus” por estar acima de todos (Ne 9.6; Jo 3.13). É este céu que o apóstolo Paulo denomina de “o Paraíso” (2Co 12.2-4), e que o Senhor Jesus mencionou, muitas vezes, em suas pregações e ensinos (Mt 5.12,16; 6.1,9,10; 7.21; 8.11; 10.32,33).
 
 
II. A DESCRIÇÃO DO CÉU À LUZ DAS ESCRITURAS
1. Paraíso: Este título nos lembra a felicidade, contentamento e comunhão que os nossos primeiros pais desfrutavam com Deus, no Éden, antes da queda (Gn 3.8). Escrevendo aos coríntios, o apóstolo Paulo afirma que foi arrebatado até o terceiro céu, que é o paraíso (2Co 12.2-4).
 
2. Casa de meu Pai: Em um dos seus últimos discursos, o Senhor Jesus descreveu o céu como a: “casa de meu Pai” (Jo 14.1-3), trazendo-nos a ideia do conforto, descanso e comunhão do lar.
 
3. Cidade celestial: Assim como Israel peregrinou no deserto, com destino a Canaã, a igreja está peregrinando, com destino a Canaã celeste. O escritor aos Hebreus disse: “Porque nós não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura” (Hb 13.14); e o apóstolo Paulo, escrevendo aos filipenses, afirma: “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20).
 
 
III. A NATUREZA DO CÉU À LUZ DAS ESCRITURAS
O céu não é um lugar místico e nem um conceito filosófico. O céu é um lugar real, onde Deus habita; de onde Jesus veio, para tomar forma humana, e para lá voltou, após a sua ressurreição, e de onde Ele voltará, para buscar a Sua igreja. Vejamos como a Bíblia informa a natureza do céu:
 
1. O Céu é um lugar real. O céu não é um lugar imaginário, e sim, um lugar real, onde a igreja estará para sempre com o Senhor (1Ts 4.17). Jesus descreveu o céu como um lugar onde existe muitas moradas (Jo 14.1-3);
 
2. O Céu é um lugar indescritível. Apesar das muitas referências bíblicas sobre o céu, cremos que não é possível descrevê-lo por completo, pois não se pode descrever a sua beleza e sua realidade com palavras humanas. O apóstolo Paulo diz que “[...] as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam” (1Co 2.9).

3. O Céu é um lugar espaçoso. As testemunhas de Jeová afirmam que apenas 144 mil irão para o céu. Porém, o apóstolo João, na ilha de Patmos, teve uma visão dos mártires na glória, e escreveu: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9). Se João descreve os mártires da grande tribulação como: “uma multidão, a qual ninguém podia contar”, imagine o que será a igreja, em sua totalidade.
 
 
IV A CONDUTA DE QUEM TEM COMO DESTINO O CÉU
1. Andar em santidade. A santidade é a marca característica de um verdadeiro servo de Deus, tanto no AT, pois, o caráter santo de Deus deveria ser refletido na vida de Israel (Lv 11.44; Nm 15.40), como no NT, onde nos é dito que a nossa santificação é a vontade direta e perfeita de Deus para nós (1Ts 4.3). A afirmativa bíblica é que os salvos são filhos de Deus (Rm 8.16), sendo assim, temos aqui um argumento lógico e simples, os filhos herdam a natureza dos pais, logo, sendo Deus Santo, como seus filhos, devemos ter uma vida santa. Somos participantes da natureza divina e devemos revelar essa natureza em uma vida piedosa (2Pe 1.4).
 

2. Andar em obediência e reverência (1Pd 1.14,17). Antes da conversão a Cristo o homem por natureza, é filho da desobediência (Ef 2.2). O apóstolo Pedro ressalta que agora, após a experiência da salvação, não podemos mais viver nas práticas do passado que determinavam o nosso modelo de vida (1Pd 1.14,15); “não vos amoldeis” significa não entrar no esquema, no modelo. Originalmente, a palavra significava assumir a forma de alguma coisa, a partir de um molde de encaixe, os cristãos são chamados a “mudar de forma”, e a assumir o padrão de Deus (Rm 12.2), vivendo respectivamente de maneira reverente, ou seja, tendo a atitude de quem fala cada palavra, cumpre cada ação e vive cada momento consciente de Deus tendo consciência de que nossas atitudes serão julgadas pelo justo juiz (Dt 10.17; Rm 2.11; 1Pe 4.17).

 

3. Andar sem conformar-se com o mundo (Rm 12.2). A expressão “não vos conformeis” tem o sentido de “não tomar a forma” ou “não ser igual”. Em outras palavras, o apóstolo Paulo estava dizendo: “não queira ser igual ao mundo”. O cristão deve reconhecer que o presente sistema mundano é mau (At 2.40; Gl 1.4) e que está sob o controle de Satanás (Jo 12.31; I Jo 5.19). Aquele que é nascido de Deus deve aborrecer aquilo que é mau, e amar aquilo que é justo, pois, Jesus disse que nós somos o sal da terra e a luz do mundo; e, como luz do mundo devemos resplandecer diante dos homens (Mt 5.13-16).
 
 
V. AS BÊNÇÃOS RESERVADAS PARA A IGREJA NO CÉU
Seria impossível descrever, neste breve estudo, as bênçãos que estão reservadas para a igreja no céu. Vejamos algumas:
 
1. Santidade perfeita. No céu não existe tentação e nem pecado. Lá os santos desfrutarão, para sempre de santidade e pureza, pois receberão corpos gloriosos e incorruptíveis, e não poderão mais pecar (Ap 21.27; 22.14,15).
 
2. Plenitude de conhecimento. No céu não haverá escola nem ciência. Mas, o conhecimento será perfeito. Os mistérios serão desvendados, temas teológicos de difíceis compreensão, serão, enfim, compreendidos; e muitas coisas encobertas, serão reveladas (Dt 29.29; 1Co 13.12).
 
3. Descanso eterno. Em contraste com a vida presente, no céu não haverá necessidade de corrermos de um lado para outro, na luta pela sobrevivência. Estaremos, para sempre, livres de fadiga, cansaço e dores (Ap 14.13; 21.4).
 
4. Serviço. O céu não é um lugar de fadiga e cansaço, mas também não é um lugar de inatividade. Está equivocado aquele que pensa que a única coisa que faremos no céu é louvar a Deus. A Bíblia diz: “Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra... E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão” (Ap 7.15; 22.3).
 
5. Gozo incomparável. Nem mesmo o maior prazer experimentado neste mundo poderia ser comparado com o gozo que desfrutaremos no céu. O céu é um lugar de gozo e de alegria permanente (Ap 19.7; 21.4).
 
6. Comunhão com Cristo. No céu seremos semelhantes a Cristo e O veremos face a face. Por enquanto, a nossa comunhão com Ele é baseada na fé. Nós oramos, adoramos e O servimos movidos por fé (1Pe 1.8). No entanto, ao adentrarmos nas regiões celestes, poderemos vê-lo face a face (Jo 14.3; 2Co 5.8; Fp 1.23; Ap 22.4).
 
 
CONCLUSÃO
O céu é um lugar real, onde a igreja estará, para sempre, com o seu noivo, o Senhor Jesus Cristo. Todo aquele que recebeu a Cristo como Senhor e Salvador de sua vida, deve desejar habitar neste lugar, preparado para o povo de Deus (Jo 14.1-3).
 



REFERÊNCIAS
Ø  ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
Ø  GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. CPAD.
Ø  MCGRATH, Alister E. Teologia sistemática, Histórica e Filosófica. SHEDD.
Ø  MOODY, D. L. Comentário Bíblico de João. PDF.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD. 


Por Rede Brasil de Comunicação.

 

segunda-feira, 15 de abril de 2024

LIÇÃO 03 - O CÉU: O DESTINO DO CRISTÃO (V.01)


Vídeo Aula - Pastor Ciro
 




QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2024






O PADRÃO BÍBLICO
PARA A VIDA CRISTÃ –
Caminhando Segundo os Ensinos
das Sagradas Escrituras. 










Lição 02
 
Hora da Revisão
A respeito de “A Realidade do Deus da Bíblia”, responda:
 

1. Em que se baseia a fé cristã?
A fé cristã se baseia na certeza da existência de Deus.
 
2. Em que se baseia a revelação geral? 
Essa revelação se baseia justamente na certeza de que os atos criativos dEle, ou seja, a sua obra, manifesta na natureza, tem a capacidade de, mesmo de forma limitada, mostrar que o homem e o mundo tiveram uma origem, que não são frutos de um acidente cósmico ou resultado de uma ação de forças impessoais.
 
3. Cite três ideias acerca da pessoa de Deus apresentadas na lição. 
Ateísmo, Panteísmo e Deísmo
 
4. Em que se baseia o deísmo?
O deísmo se baseia na perspectiva de que Deus criou todas as coisas, sendo, portanto, Ele é o Todo-Poderoso. Entretanto, esse Deus limitou-se a criar o mundo e os homens, mas não interferiu na história, deixando, portanto, as criaturas viverem à sua própria sorte, de acordo com o seu próprio entendimento.

5. Segundo a lição, qual é a perspectiva do teísmo? 
O teísmo é a perspectiva de que Deus existe, criou todas as coisas, e que se envolve diretamente em sua criação.

 


QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2024






A Carreira Que Nos Está Proposta-
O Caminho da Salvação, Santidade e
Perseverança para Chegar ao Céu. 









Lição 02
 

Revisando o Conteúdo
A respeito de “A Escolha entre a Porta Estreita e a Porta Larga” responda: 


1. O que significa dizer “caminho apertado”?
Quando falamos de caminho apertado, apontamos para a conduta, a maneira de viver que evidencia salvação ou perdição.
 
2. O que a “porta larga” e o “caminho espaçoso” simbolizam?
A porta larga e o caminho espaçoso simbolizam uma vida sem compromisso com Cristo, segundo o padrão do Mundo. 

3. O que o Senhor Jesus ensinou a respeito de fazer o caminho da “porta estreita”?
Nosso Senhor ensinou que para tomar o caminho do céu é preciso negar a si mesmo, deixar morrer o que somos para viver a vida com Ele a fim de que resulte uma glória progressiva e indizível.

4. O que a “porta estreita” requer da pessoa?
A porta estreita e o caminho apertado requerem uma transformação interior, uma decisão pessoal e uma disposição em seguir na contramão da maioria.

5. Que tipo de disposição deve haver no arrependimento bíblico?
Trata-se de uma disposição para mudar de ideia e um exercício que envolve o aspecto mental e moral do pecador.
 



sábado, 13 de abril de 2024

LIÇÃO 02 – A ESCOLHA ENTRE A PORTA ESTREITA E A PORTA LARGA






Mt 7.13,14; 3.1-10
  


INTRODUÇÃO
Nesta lição, aprenderemos sobre o significado da palavra “escolha” e sua relevância na compreensão da metáfora das portas e dos caminhos, considerando que a mesma no contexto pressupõe o livre arbítrio do homem. Traremos o conceito teológico do livre arbítrio nas Escrituras, e pontuaremos que o homem, mediante a graça de Deus, é capacitado para responder e decidir sobre o seu destino eterno. A mensagem das duas portas e caminhos, não só atende aos não conversos à fé, bem como, a todo cristão, como um instrumento de incentivo e ânimo na perseverança em nosso destino: o céu.
 
 
I. DEFINIÇÃO DA PALAVRA ESCOLHA
1. Definição.
De acordo com Houaiss (2001, p.1206), “ato ou efeito de escolher”, “preferência que se dá a alguma coisa que se encontra entre outras”, “predileção”, “opção entre duas coisas ou mais”; “ato de eleger, eleição”; “capacidade de escolher bem, de escolher com discernimento”.
 
2. Contextualizando o tema da lição
Como já acima definido, o termo “Escolha” pressupõe o livre-arbítrio humano em exercício na decisão de que porta e caminho o homem seguirá. É importante destacar que essa lição tanto se aplica aos não conversos, quanto àqueles que já professam a fé em Cristo, considerando que a perseverança no caminho estreito é o segredo da vitória e a meta de todo cristão ( Ap 2.7, 11, 17, 26; 3.5,12,21; Fl 3.13). Assim sendo, não há espaço para a predestinação fatalista, que atribui a Deus, a escolha de quem há de se salvar ou se perder.
 
 
II. DEFINIÇÃO DE LIVRE-ARBÍTRIO
1. Definição etimológica do termo.
O dicionário Vine (2010, pp. 608,756) diz que livre-arbítrio vem do termo grego “eklego”, “escolher, selecionar, eleger” e “eleutheros”, “liberdade de ir onde quer”. O dicionário Houaiss define como: “possibilidade de decidir, escolher em função da própria vontade, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante”. A palavra livre vem do latim “liber”, que significa “livre” e o termo arbítrio “arbiter”, que é “uma pessoa escolhida para decidir sobre uma questão” (2001, p. 1774).
 
2. Definição teológica do termo.
“Entende-se por livre-arbítrio a liberdade que o ser humano tem de fazer escolhas, tornando-se, consequentemente, responsável por elas e por seus respectivos resultados […]. O poder humano de fazer escolhas é o primeiro assunto de que trata a Bíblia Sagrada […]. O livre-arbítrio é inerente ao homem, o qual não poderia ser julgado, jamais, se as suas decisões fossem involuntárias, e ele fizesse o que não desejasse pelo fato de ser movido por uma força estranha, alheia à sua consciência e vontade” (BRUNELLI, 2016, pp. 293,295). A Declaração de Fé das AD diz: CREMOS, professamos e ensinamos que o homem é uma criação de Deus […], dotado por Deus de livre-arbítrio, ou seja, com liberdade de escolher entre o bem e o mal […] essa escolha continua mesmo depois da queda no Éden (Jo 7.17). Deus dotou Adão do livre-arbítrio com o qual ele era capaz tanto de obedecer quanto de desobedecer ao Criador (SOARES, 2017, pp. 77,99).
 
 
III. O LIVRE-ARBÍTRIO NA BÍBLIA
1. O livre-arbítrio nas Escrituras.
Tanto no AT quanto no NT a doutrina do livre-arbítrio é claramente defendida, e apesar da expressão “livre-arbítrio” não estar na Bíblia de maneira explícita em diversas passagens do AT podemos ver que Deus dá o poder de escolha ao ser humano (Gn 2.16,17; 4.7; Dt 28.1; 30.15,19; Js 24.15; 2Sm 24.12; Jz 5.2; 1Cr 28.9; 2Cr 15.2; Ed 7.13; Ne 11.2; Sl 119.30; Is 1.19,20; Jr 4.1). Também podemos encontrar várias referências que nos demonstra o livre-arbítrio no NT (Mt 3.2; 4.17; 16.24; 23.37; Mc 8.35; Lc 7.30; Jo 1.11; 5.40; 6.37; 7.17; 15.7; At 3.19; 17.30; Rm 10.13; 1Tm 1.19; 1Co 10.12; 2Co 8.3,4; 1Jo 3.23; Ap 3.20; 22.17).
 
2. O livre-arbítrio antes da Queda.
O poder da livre-escolha faz parte do desígnio de Deus para a humanidade, como sendo a sua imagem e semelhança (Gn 1.27). Adão e Eva receberam o mandamento para multiplicarem a espécie humana (Gn 1.28) e se absterem de comer do fruto proibido (Gn 2.16-17). Estas duas responsabilidades implicam na capacidade de respostas. O fato deles deverem fazer estas coisas, implicava que eles poderiam fazê-las (Gn 3.6). A condenação de Deus para a atitude deles deixa claro que ambos eram moralmente livres para tomar a sua decisão (Gn 3.11,13) (GEISLER, 2010, p. 108).
 
3. O livre-arbítrio depois da Queda.
Mesmo depois de haver pecado e se tornado espiritualmente “morto” (Gn 2.17; cf. Ef 2.1) e, portanto, um pecador, em função da sua natureza pecaminosa (Ef 2.3), Adão não se tornou tão completamente depravado a ponto de não mais ouvir a voz de Deus e poder responder de maneira livre (Gn 3.9-10). A imagem de Deus foi obscurecida, mas não completa-mente erradicada pela Queda; ela foi corrompida (afetada), mas não eliminada (aniquilada). Na verdade, a imagem de Deus (que inclui o livre-arbítrio) ainda permanece nos seres humanos (Gn 9.6; Tg 3.9). Até mesmo a nossa cegueira espiritual é resultado da nossa decisão de não acreditar (Rm 6.16) (GEISLER, 2010, p. 109).
 
 
IV. A METÁFORA DOS DOIS CAMINHOS (Mt 7.13,14)
Segundo Carson (2018, p. 137), o sentido da metáfora é bem claro. Temos de imaginar dois caminhos, duas estradas. O primeiro é espaçoso e sua porta é larga. Ele acomoda muitas pessoas, e todas se sentem confortáveis e felizes com sua amplidão. Contudo, apesar de ser tão bom de percorrer, ele acaba em destruição. O outro caminho é apertado, e a porta que lhe dá acesso é estreita. Ele é restrito, e relativamente poucos viajantes se encontram nele. Mas, ele conduz à “Vida”. A passagem de Mateus 7.12,13, nos fala de duas portas e dois caminhos; dois tipos de transeuntes; e dois destinos. Senão vejamos:
 
1. Duas portas e dois caminhos
Hendriksen (2010, pp. 456-457) nos diz que a ordem “porta” seguida por “caminho” se constitui em uma sequência natural, onde o significado aponta para: uma escolha inicial correta (conversão) seguida pela santificação; ou uma escolha Inicial incorreta seguida por um endurecimento gradual. No Novo Testamento a palavra estreita com referência à uma porta, só aparece em Mt 7.13,14. Em Lc 13.24 o mesmo adjetivo é usado com referência a uma “porta” escatológica (Mt 25.10). Para que possa entrar pela porta estreita, a pessoa precisa se desfazer de muitas coisas, por exemplo, o desejo ardente de possuir bens terrenos, o espírito que não consegue perdoar, o egoísmo e, especialmente a justiça própria. A porta estreita é,pois, a porta da autonegação e da obediência. Por outro lado, a “porta larga” permite entrar com a bolsa e toda a bagagem. A velha natureza pecaminosa – tudo o que ela contém e todos os seus acessórios – pode passar facilmente por ela. É a porta da autoindulgência. Essa porta é tão ampla que uma multidão enorme e clamorosa pode entrar toda de uma vez, e ainda restará muito espaço para outros. A “porta”, pois, aponta para a escolha que uma pessoa faz nesta presente vida, seja ela boa ou má.
O “caminho” ao qual a porta estreita dá acesso é “apertado”. A vereda pela qual o crente está viajando se assemelha a uma passagem difícil por entre dois penhascos. Ela se acha cercada de ambos os lados. Assim também, mesmo no caso da pessoa que já entrou espiritualmente pela porta estreita, o que permanece da velha natureza, se rebela contra a ideia de deixar de lado as más propensões e os maus hábitos de outrora. Essa velha natureza não é completamente destruída até o momento de sua morte. Mesmo estando no caminho apertado, a antiga natureza trava uma batalha diária com a nova natureza (Rm 7.15-25; Gl 5.17; 1 Pe 2.11).
 
2. Dois tipos de transeuntes
Aqueles que escolhem uma porta larga e o caminho espaçoso são chamados de “muitos”; aqueles que entram pela porta estreita e viajam pelo caminho apertado são chamados de “poucos”. Isso está em sintonia com Mt 22.14 “Muitos são chamados, poucos escolhidos”, e com as passagens que mencionam o “remanescente”, como Rm 9.27; 11.5, etc. Não obstante, toda companhia dos eleitos em Cristo é descrita como uma multidão que não se pode contar (Ap. 7.9).
É importante lembrar que os transeuntes da porta larga”, ainda que aparentem “liberdade” e “felicidade”, todavia, tudo é de natureza puramente superficial, pois os que vivem na prática do pecado, são escravos do mesmo (Jo 8.34). Eles estão presos na vaidade de seus próprios pensamentos, tendo o seu entendimento obscurecido e separados da vida de Deus (Ef. 4.17-19). Por outro lado, “Grande paz têm os que amam a tua lei” (Sl 119.165; Is 26.3;43.2). Ainda que, entrar pela porta estreita e caminhar pelo caminho apertado da autonegação, dificuldade e luta, dores e asperezas, isto é especialmente verdadeiro em virtude da natureza pecaminosa que não foi completamente vencida. Para o “novo homem” (a natureza regenerada) há alegria indizível e cheia de glória (1 Pe 1.8; Rm 7.22; Fl 2.17; 3.1; 4.4). Os “poucos” que entram pela porta estreita são “afligidos, mas não esmagados; perplexos, porém não desesperados(2 Co 4.8,9); entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo todas as coisas(2 Co 6.10), pois além dos tesouros que já possuem desde agora, eles sabem que riquezas maiores esperam por eles (2 Co 4.17).
 
3. Dois destinos
Para Hendriksen (2010, p.459), os que entraram pela porta larga e agora trilham o caminho espaçoso estão indo rumo à destruição, ou seja, estão destinados não a aniquilação, e, sim, à perdição eterna (Dn 12.2; Mt 3.12; 18.8; 25.41,46; Mc 9.43; Lc 3.17; 2 Ts 1.9; Jd 6,7; ap.14.9-11; 19.3; 20.10). Ao contrário, “O caminho da cruz leva ao lar”. É o caminho da autorrenúncia que “conduz à vida” em seu sentido pleno e escatológico: comunhão com Deus em Cristo, no céu, subsequente, no novo céu e na nova terra; mais todas as bênçãos resultantes dessa comunhão (Sl 16.11; 17.15; 23.6;73.23-36; Jo 14.2,3; 17.3,24; 2Co 3.17,18; 4.6; Fp 4.7,9; 1Pe 1.4,8,9; Ap. 7.15-17; 15.2-4; 20.4,6; 21.1-7).

 
CONCLUSÃO
Concluímos que passar pela porta estreita, significa o início de nossa jornada, nossa conversão ao evangelho de Cristo. Entretanto, o caminho até a eternidade é caracterizado por sua estreiteza, ou seja, para nos mantermos firmes no alvo, precisamos renunciar a nós mesmos, tomar nossa cruz e seguir a Jesus, Isso implica em viver uma vida de completa entrega ao Senhor. Que ele nos ajude a nos mantermos fiéis até a morte.
 
 
 

REFERÊNCIAS
Ø  CARSON, D. A. O Sermão do Monte: Exposição de Mateus 5-7. Vida Nova.
Ø  GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. CPAD.
Ø  HENDRIKSEN, Willian. Comentário do Novo Testamento – Mateus vol. 1. Cultura Cristã.
Ø  HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Ø  LLOYD-JONES, Davi Martyn, 1899-1981. Estudos no sermão do monte, Fiel Editora.
Ø  SOARES, Esequias. Declaração de fé das Assembleias de Deus. CPAD.
Ø  VINE, W. E. et al. Dicionário Vine: O significado exegético e expositivo das palavras do AT e do NT. CPAD.

Por  Rede Brasil de Comunicação.
 



terça-feira, 9 de abril de 2024

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2024





 
O PADRÃO BÍBLICO
PARA A VIDA CRISTÃ –
Caminhando Segundo os Ensinos
das Sagradas Escrituras. 
 








Lição 01
 
Hora da Revisão
A respeito de “A Realidade da Fé Cristã”, responda:
 

1. Partindo de uma perspectiva histórica e bíblica, qual é a origem da fé cristã?
A fé cristã se origina com a primeira vinda do Senhor Jesus Cristo a este mundo, a fim de comunicar o seu Evangelho e cumprir as profecias acerca de sua chegada para salvar os pecadores (Jo 3.16).
 
2. Qual é a origem da expressão “Cristianismo”?
A expressão “Cristianismo” vem de um nome dado aos seguidores de Jesus que estavam em Antioquia: “Cristãos” (At 11.26). Antes, eles eram chamados de seguidores do Caminho.
 
3. Qual é o Livro do Cristianismo?
A Bíblia é o livro dos cristãos.
 
4. O que a ética estuda?
A ética é uma das áreas de pesquisa da filosofia que estuda o comportamento humano, esse pode ser classificado como moral, imoral ou amoral, e todas essas classificações estão vinculadas à cultura e as crenças de cada povo.
 
5. A mensagem final do Cristianismo se baseia em qual perspectiva?
A mensagem final do Cristianismo se baseia numa perspectiva do Reino proposto por Deus.