sábado, 29 de maio de 2021

LIÇÃO 09 – O MINISTÉRIO DE PASTOR (SUBSÍDIO)




 
 
Jo 10.11,14; Tt1.7-11; 1 Pe 5.2-4 
 
 
  
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a respeito do ministério de pastor, um dos dons ministeriais concedidos por Deus a Igreja e que foi listado por Paulo em Efésios 4.11; veremos o uso da palavra no Antigo e no Novo Testamento; definiremos o ministério de pastor; elencaremos as suas múltiplas atribuições; e, por fim, pontuaremos as semelhanças que existem entre a profissão de pastor no AT e a função de pastor na igreja local.
 
 
I. O USO DA PALAVRA PASTOR NO AT
No hebraico, “raah”, palavra que figura por setenta e sete vezes, onde tem o sentido de pastor (Gn 49.24; Êx 2.17,19; Nm 27.17; 1Sm 17.40; Sl 23.1; Is 13.20; 31.4; 40.11; Jr 6.3; 23.4; 25.34-36; 31.10; Ez 34.2-10,12,23; Am 1.2; 3.1; Zc 10.2,3; 11.3,5,8,15,16; 13.7). No seu sentido literal, “um pastor” é alguém que cuida dos rebanhos de ovelhas. Os pastores eram conhecidos como profissionais que alimentavam e protegiam os rebanhos (Jr 31.10; Ez 34.2), que procuravam as ovelhas perdidas (Ez 34.12) e que livravam dos animais ferozes as ovelhas que estivessem sendo atacadas (Am 3.12)” (CHAMPLIN, 2004, p. 104 – grifo nosso).
 
1. Deus como pastor.
Com base na ideia de que o pastor é um protetor e líder do rebanho, surgiu o conceito de Deus como o Pastor de Israel. Os próprios pastores antigos foram os primeiros a salientar essa similaridade. Assim Jacó se dirigiu a Deus, nos dias que antecederam a sua morte (Gn 49.24). E Davi chamou Deus de seu Pastor, no bem conhecido Salmo vinte e três (v. 1), o que Asafe também fez, em Salmos 80.1.
 
2. Profetas, sacerdotes e reis.
Podemos encontrar também muitas passagens, no AT, que se referem aos líderes do povo de Deus como pastores que agem sob a supervisão de Deus (Nm 27.17; 1Rs 22.17). Posteriormente, os profetas, os sacerdotes e os reis de Israel, que haviam falhado em seu encargo, diante de Deus e de seu povo, foram condenados como pastores que haviam desertado o rebanho ou que haviam enganado as ovelhas (Jr 2.8; 10.21; 23.1; Ez 34.2).
 
 
II. O USO DA PALAVRA PASTOR NO NT
A palavra pastor no grego é: “poimén” e é usado: a) em seu significado natural (Mt 9.36; 25.32; Mc 6.34; Lc 2.8,15,18,20; Jo 10.2,12); b) metaforicamente, acerca de Jesus (Mt 26.31; Mc 14.27; Jo 10.11,14,16; Hb 13.20; 1Pe 2.25); c) metaforicamente, acerca dos que atuam como pastores nas igrejas (Ef 4.11) (VINE, 2002, p. 856 – grifo nosso).
 
1. Jesus como pastor.
Jesus pode ser considerado o maior exemplo de verdadeiro pastor (Jo 10). Deus o constituiu o nosso Pastor. Os escritores bíblicos o chamam de: a) Pastor e Bispo das almas (1Pe 2.25); b) Grande Pastor das Ovelhas (Hb 13.20); c) O Supremo Pastor (1Pe 5.4). Neste ofício, Ele se distingue por vários qualificativos da maior importância, os quais são:
 
A) Dá a vida pelas suas ovelhas (Jo 10.11).
Nos tempos bíblicos, era comum o bom pastor expor a sua vida na luta contra as feras que assaltavam o rebanho (1Sm 17.34-36). Jesus para proteger as suas ovelhas do “ladrão” que vem para: “matar, roubar e destruir”, deu a sua vida por nós, que “somos rebanho do seu pastoreio” (Sl 100.3). Ele deu a sua vida por nós, para que tenhamos vida com abundância (Jo 10.10b).
 
B) Conhece as suas ovelhas (Jo 10.14).
Julgamos quase impossível que um pastor conheça cada ovelha distintamente, pois todas parecem idênticas. Todavia, o contato com as ovelhas lhe proporciona tal conhecimento. Cristo Jesus, muito mais conhece aqueles que lhe servem com um coração puro e se sujeitam a sua vontade.
 
C) Guia as suas ovelhas (Jo 10.3,4).
O pastor à frente do rebanho era a garantia de ser conduzido aos bons pastos e de preservá-lo da emboscada das feras. Era um costume de tempos remotos. Era o motivo da expressão confiante de Davi, com a sua própria experiência de pastor “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará” (Sl 23.1). Não deve ser menor a nossa confiança em nosso Bom Pastor, pois Ele garante a nossa provisão (Fp 4.6,7,19; 1Pe 5.7).
 
D) Busca as ovelhas perdidas (Jo 10.16).
Em Lucas 15.1-7 encontramos a famosa parábola da “ovelha perdida” que nos mostra o que o pastor é capaz de fazer para buscar a ovelha que se perde do rebanho. Essa analogia é usada pelo Mestre Jesus a fim de retratar o interesse que Ele tem de restaurar os pecadores a comunhão com Deus.
 
 
III. O DOM MINISTERIAL DE PASTOR
Entre os dons ministeriais concedidos a igreja, encontra-se o dom de pastor (Ef 4.11). O pastor é o responsável pela direção e pelo apascentamento do rebanho. É “o anjo da igreja” (Ap 2.1). Serve sob a direção do Bom Pastor, a quem pertence a Igreja (1Pe 5.2,4), e deve andar nas suas pisadas (Jr 17.16) e sob a sua direção (Jr 3.15). Cabe ao pastor velar pelas ovelhas, como quem tem de dar conta delas (Hb 13.17) (BERGSTÉN, 2007, p. 116).
 
1. A necessidade de um pastor para a igreja.
“O pastor é essencial ao propósito de Deus para sua igreja. A igreja que deixar de ter pastores piedosos e fiéis não será pastoreada segundo a mente do Espírito (1Tm 3.1-7). Será uma igreja vulnerável às forças destrutivas de Satanás e do mundo (At 20.28-31). Haverá distorção da Palavra de Deus, e os padrões do evangelho serão abandonados (2Tm 1.13,14). Membros da igreja e seus familiares não serão doutrinados conforme o propósito de Deus (1Tm 4.6,14-16; 6.20,21). Muitos se desviarão da verdade e se voltarão às fábulas (2Tm 4.4). Se, por outro lado, os pastores forem piedosos, os crentes serão nutridos com as palavras da fé e da sã doutrina, e também disciplinados segundo o propósito da piedade (1Tm 4.6,7)” (STAMPS, 1995, p. 1816).
 
2. O pastor e as suas muitas atribuições.
“Sua missão é múltipla e polivalente. Um pastor de verdade tem que agir como ensinador, conselheiro, pregador, evangelizador, missionário, profeta, juiz de causas complexas, fazer as vezes de psicólogo, conciliador, administrador eclesiástico dos bens espirituais e de recursos humanos sob seus cuidados, na igreja local; é administrador de bens materiais ou patrimoniais; gestor de finanças e recursos monetários, da igreja local” (RENOVATO, 2014, p. 114). Algumas outras atribuições do pastor são: “a) cuidar da sã doutrina, refutar a heresia (Tt 1.9-11); b) ensinar a Palavra de Deus e exercer a direção da igreja local (1Ts 5.12; 1Tm 3.1-5); c) ser um exemplo da pureza e da sã doutrina (Tt 2.7,8) e, (d) esforçar-se no sentido de que todos os crentes permaneçam na graça divina (Hb 12.15; 13.17; 1Pe 5.2). Sua tarefa é assim descrita em At 20.28-31: salvaguardar a verdade apostólica e o rebanho de Deus contra as falsas doutrinas e os falsos mestres que surgem dentro da igreja. Pastores são ministros que cuidam do rebanho, tendo como modelo Jesus, o Bom Pastor (Jo 10.11-16; 1Pd 2.25; 5.2-4)” (STAMPS, 1995, p. 1815).
 
3. Os pastores mestres.
“O ensino, juntamente com o evangelismo, faz parte da original Grande Comissão de Cristo à sua igreja (Mt 28.20). Tanto os apóstolos como os profetas eram mestres, e nenhum pastor pode ser um verdadeiro pastor se não for apto para ensinar (1Tm 3.2,11). É interessante destacar que a frase “pastores e mestres” em Efésios 4.11 no original grego não consta o artigo “e”, razão pela qual alguns supõem que isso salienta uma única “categoria” - pastores e mestres seriam aspectos da mesma função. Inferimos que o pastor também deve ser mestre, pois boa parte do seu trabalho é o ensino. Todavia, é interessante destacar que embora todo pastor seja um mestre, nem todo mestre é um pastor (2Tm 2.24)” (CHAMPLIN, 2005, p. 601 – grifo nosso).
 
 
IV. SEMELHANÇAS ENTRE O PASTOR COMO PROFISSÃO E COMO DOM MINISTERIAL
A Bíblia traça um paralelo entre a profissão de pastor no Antigo Testamento e o dom ministerial de pastor no Novo Testamento. Por exemplo: a) o líder das ovelhas é chamado de pastor (Gn 4.2; Ef 4.11); b) cada salvo é comparado a uma ovelha (Sl 100.3; Jo 10.14); c) o grupo de ovelhas juntas é chamado de rebanho, assim como a Igreja (Gn 21.28; At 20.28). Abaixo destacaremos algumas funções do pastor como profissional que é semelhante à do pastor como dom ministerial:
 
PASTOR PROFISSÃO
PASTOR DOM MINISTERIAL
• Alimenta (Gn 24.25; 29.2; Sl 23.1,2).
• Alimenta com a Palavra (Jo 21.15-17; At 20.28; 1Pd 5.2).
• Protege (1Sm 17.34-36; Sl 23.4).
• Protege com a doutrina (Rm 16.17; Ef 4.14).
• Cuida (Sl 23.1).
• Cuida com amor e zelo (2Co 11.2; Hb 13.17).
• Orienta (Sl 23.2).
• Orienta com prudência (1Co 4.14; 2Tm 4.2).
• Disciplina (Sl 23.4).
• Disciplina com amor e firmeza (1Co 4.21; Hb 12.5-11).
• Lidera (Jo 10.4).
• Lidera com cuidado (At 20.28; 1Pe 5.2).
 
 
CONCLUSÃO
Deus, por meio de Cristo, providenciou pastores a fim de liderar, instruir e edificar a sua igreja aqui na terra. Nosso comportamento diante daqueles que o Senhor instituiu sobre nós deve ser de amor (Rm 12.10; 1Pe 3.8); respeito (1Co 16.18; 1Ts 5.13; 1Pd 2.17; Fp 2.29; 1Tm 5.17) e submissão (1Co 16.16; Cl 4.10), pois “velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas” (Hb 13.17b).
 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  VINE, W. E. Dicionário Vine. CPAD.
Ø  SOUZA, Estevam Ângelo de. Os dons ministeriais na igreja. CPAD.
Ø  RENOVATO, Elinaldo. Dons espirituais e ministeriais: servindo a Deus e aos homens com o poder extraordinário. CPAD.
 

 Por Rede Brasil de Comunicação.



UM ANJO HUMANO


 
Objetivo:
Reconhecer que o pastor é um ser humano como qualquer outro.
 


Material: Seringa, duas vasilhas e água colorida (com corante). 


Procedimento:
Professor, comente com os alunos que a função primordial do pastor é cuidar e zelar pelas ovelhas. Ele é o responsável pelo alimento espiritual através do ensino da Palavra de Deus. E como qualquer outro líder, ele precisa de colaboradores, de pessoas que o ajudem em outras questões, como administração, tesouraria, agenda, congressos, cursos de aperfeiçoamento etc.
Infelizmente, muitas ovelhas não pensam assim (pegue a seringa e a cada frase retire um pouco de água e descarte na outra vasilha), apenas criticam ("É um péssimo administrador", "Gasta demais"), reclamam ("Ele não visita", "Aqui na igreja não tem nada de novo") etc. E se esses que criticam ajudassem nas áreas em que o pastor não está conseguindo êxito? Devemos lembrar que os pastores são humanos. Eles podem cometer falhas, e cabe a nós ajudar no que for preciso. Quantos pastores estão cansados e doentes por que nunca tiraram momentos de descanso, não passeiam com a família há anos? Eles precisam. Muitos de nós são como essas seringas, sugamos toda a vida do pastor, e ela passa a não a temos mais.
É claro que estamos falando de pastores que não abandonaram a sua missão, pois sabemos que existem falsos pastores, que estão apenas em busca de fama, aplausos e riquezas. Esses o próprio Deus cuidará deles em Seu tempo.
 
Por Telma Bueno e Simone Maia.
Adaptado pelo Amigo da EBD.


quarta-feira, 26 de maio de 2021

LIÇÃO 09 - PAULO CENSURA A CONTENDA ENTRE OS IRMÃOS (VÍDEO AULA)




LIÇÃO 09 - O MINISTÉRIO DE PASTOR (VÍDEO AULA)




QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2021





 
 O CUIDADO DE DEUS COM
O CORPO DE CRISTO
Lições da Carta do Apóstolo Paulo
aos Coríntios Para os Nossos Dias.
  

 




 

Lição 08
 
Hora da Revisão
A respeito de “A Impureza da Igreja de Corinto: Repreensões e Exortações ”, responda:
 
 
1. Qual o problema moral registrado por Paulo no capítulo 5?
No capítulo cinco da Primeira Carta aos Coríntios, Paulo registra um problema na igreja que era um verdadeiro escândalo de ordem moral, inconcebível até mesmo no paganismo. Um dos membros da igreja havia se amasiado com sua madrasta.
 
2. Qual a palavra grega usada para designar imoralidade sexual?
A palavra porneia.
 
3. Segundo a lição, quando deve ser aplicada a disciplina eclesiástica?
De maneira geral, a disciplina deve ser aplicada quando outros meios, como por exemplo, o aconselhamento e a orientação pastoral, não surtirem efeitos.
 
4. De acordo com a lição, o que é disciplina?
A disciplina não é um ato de vingança, mas uma atitude terapêutica para a cura de um grande mal que esteja afetando a igreja.
 
5. A disciplina deve ser tomada sozinha? Qual o seu propósito?
Não. O objetivo é curar, ajudar e restaurar o irmão, ou a irmã, que cometeu um pecado escandaloso.


QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2021





 
   DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS –
Servindo a Deus e aos Homens
com Poder Extraordinário.
 








Lição 08

Para Refletir
A respeito de “O Ministério de Evangelista”, responda: 

 
Segundo a lição, qual a consequência para quem proclama o Evangelho num mundo contrário ao Reino de Deus?
Os arautos de Cristo serão perseguidos.
 
De acordo com a lição, qual o verdadeiro significado de desfrutar da alegria no Espírito?
O verdadeiro significado de alegria no Espírito não é ver milagres, mas saber que através da exposição do Evangelho temos os nossos nomes escritos nos céus (v.20).
 
O que é a Grande Comissão?
É o apelo de Jesus para os discípulos anunciarem o Evangelho até as últimas consequências.
 
Qual é o papel dos evangelistas?
O evangelista exerce o papel de pregador das boas novas de salvação. Através do seu anúncio, vidas são alcançadas e reconduzidas a Deus.
 
Qual a finalidade do ministério de evangelista?
Preparar os santos do Senhor para uma vida de serviço, bem como à edificação do Corpo de Cristo (Ef 2.20-22).


sábado, 22 de maio de 2021

LIÇÃO 08 – O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA (SUBSÍDIO)






At 8.26-35; Ef 4.11 
 
 
  
INTRODUÇÃO
Nesta lição, analisaremos a missão do evangelista, veremos a definição desta palavra e estudaremos qual a função deste no corpo de Cristo com um dom ministerial. Aprenderemos ainda, que uma das grandes marcas do fiel evangelista, daquele que recebeu este dom ministerial, é o imenso amor que ele sente pelas almas perdidas. Se o “dom ministerial de evangelista” está em alguém, haverá uma forte chama no íntimo dessa pessoa incitando-a para a pregação do Evangelho aos perdidos, pois, a base para este “ministério” é um ardente amor pelas almas e um irresistível desejo de ganhar os perdidos para Cristo.
 
 
I. DEFINIÇÃO DA PALAVRA EVANGELISTA
A palavra evangelista vem do grego: “euangelistes”, que literalmente significa: “mensageiro do bem” ou “mensageiro de boas novas” (formado de “eu” que é “bem”, e “angelos” que é mensageiro”). Denota “Pregador do Evangelho” “Mensageiro de Boas Novas” (At 8.5,26,40; 21.8), por isto, podemos dizer que os missionários são verdadeiros evangelistas por serem essencialmente pregadores do Evangelho. O tema principal dos evangelistas é a salvação dos perdidos e a volta dos desviados. Paulo também era um evangelista (1Co 1.17), bem como também Timóteo “[...] faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério” (2Tm 4.5). Uma das características de quem recebe este dom ministerial é a total renúncia e inteira dedicação ao evangelismo: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo” (Fp 3.7).
 
 
II. DEFINIÇÃO DA PALAVRA MINISTRO
A palavra “ministro” (1Co 3.5; 4.2; 2Co 3.6; 6.4) significa um servo de Deus que ocupa um “ministério” (1Co 4.1,2. 2Co 6.3), que é um encargo constituído por Deus, que, da parte de Cristo (2Co 5.20), funciona na “Igreja do Deus vivo” (1Tm 3.15). Os ministros são instrumentos pelos quais Jesus, o cabeça da Igreja, executa sua direção sobre ela. Por isso, Ele mesmo (Jesus) reserva-se o direito de indicar as pessoas que tem um chamado para ocupar esses cargos, as quais oferece uma preparação sobrenatural para a função que irão exercer... O evangelista como ministro, é um observador da primeira linha da evangelização (BERGSTÉN, 2007, pp. 115,116 – grifo nosso). 
 

III. O CHAMADO PARA O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA
“De maneira geral, todos temos a obrigação de pregar o Evangelho. Mas, entre os santos, ALGUNS SÃO ESCOLHIDOS para fazê-lo de forma mais dinâmica e eficiente” (ANDRADE, 2006, p. 177). Muitos dizem que os dons espirituais de Efésios 4.11 cessaram, mas o versículo treze desse mesmo capítulo diz que eles existem “até que todos cheguemos à unidade de fé, e ao conhecimento do filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”, e isso ainda não aconteceu (GILBERTO, 2011, p. 1411 – grifo nosso).

  • É Deus quem concede os dons “E ELE MESMO DEU uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores” (Ef 4.11). Esta passagem diz "Deus estabeleceu" e não os homens;
  • Os dons ministeriais são recebidos de Deus, segundo a sua soberania e no seu tempo “E subiu ao monte, e chamou para si OS QUE ELE QUIS [...]” (Mc 3.13); “[...] Vinde após mim, E EU VOS FAREI [...]” (Mt 4.19);
  • É Deus quem chama “[...] EU VOS TENHO DADO o vosso sacerdócio em DÁDIVA MINISTERIAL [...]” (Nm 18.7); “[...] santificarei a Arão e seus filhos, para que me administrem o sacerdócio” (Êx 29.44);
  • É o dom ministerial recebido de Deus que determina o ministério ou ofício do ministro. Em 1Tm 4.14 e 2Tm 1.6, vemos o dom ministerial. Já em 2Tm 4.5, o ministério resultante do dom recebido;
  • Em Atos 13.1-4, vemos que os candidatos à ordenação já tinham o dom ministerial concedido por Deus;
  • A Igreja RECONHECE o obreiro como ministro, mas é Deus quem reparte o dom a quem ELE quer (GILBERTO, 2011, p. 1411 – grifo nosso);
  • As manifestações do Espírito dão-se de acordo com A VONTADE DO ESPÍRITO (1Co 12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (1Co 12.31; 14.1).
  • O evangelista tem um COMISSIONAMENTO DIRETO DO SENHOR para pregar a Palavra para a salvação das almas. No ministério de evangelista, a pregação da Palavra de Deus é essencial. 

Algumas pessoas são chamadas por Deus, quando ainda estão no ventre de sua mãe (Jr 1.5; Lc 1.76; Gl 1.15,16), já em alguns casos Deus chama na infância quando ainda são crianças (1Sm 3.4), outras ELE chama e capacita na idade adulta (1Rs 19.16; Is 6.8; Mc 3.13,14) e há aqueles que recebem o dom por imposição de mãos (1Tm 4.14; 2Tm 4.5). (GILBERTO, 2011, pp. 1411-1412). Uma chamada de Deus para o exercício de qualquer ministério requer renúncia, oração e total dedicação ao estudo da Palavra. Esse é o padrão de Deus para o seu chamado” (OLIVEIRA, 2011, p. 310).
 
 
IV. CARACTERÍSTICAS DO EVANGELISTA
1. Homens capacitados por Deus.
No NT, evangelistas eram homens de Deus, capacitados e comissionados por Deus para anunciar o evangelho, as boas novas da salvação aos perdidos e ajudar a estabelecer uma nova obra numa localidade. A proclamação do evangelho reúne em si a oferta e o poder da salvação (Rm 1.16). Filipe, o “evangelista” (At 21.8), claramente retrata a obra deste ministério, segundo o padrão do NT. Felipe pregou o evangelho de Cristo (At 8.4,5,35).
 
2. Homens que autoridade.
Muitos foram salvos e batizados em água (At 8.6,12). Sinais, milagres, curas e libertação de espíritos malignos acompanhavam as suas pregações (At 8.6,7,13). Os novos convertidos recebiam a plenitude do Espírito Santo (At 8.14-17). O evangelista é essencial no propósito de Deus para a igreja. A igreja que deixar de apoiar e promover o “ministério de evangelista” cessará de ganhar convertidos segundo o desejo de Deus. Tornar-se-á uma igreja estática, sem crescimento e indiferente à obra missionária. A igreja que reconhece o “dom espiritual” de evangelista e tem amor intenso pelos perdidos, proclamará a mensagem da salvação com poder convincente e redentor (At 2.14-41) (STAMPS, 1995, p. 1815). 


V. A DIFERENÇA DO MINISTÉRIO DE EVANGELISTA DA FUNÇÃO DE EVANGELIZADOR
Evangelista é um termo encontrado apenas três vezes no NT: “Felipe, o evangelista [...]” (At 21.8); “Ele mesmo concedeu uns para evangelistas [...]” (Ef 4.11) e, “Faze o trabalho de um evangelista [...]” (2Tm 4.5). Como vemos, a primeira referência é um homem como evangelista, a segunda, ao dom de evangelista e a terceira, ao trabalho de evangelista. A chamada especial de Deus para o ministério de evangelista está reservada a determinados crentes (Ef 4.11), mas a chamada geral para ganhar almas é feita a todos os crentes (Mc 16.15,19; At 1.8,9). O alvo do evangelista é tríplice: salvar os perdidos, restaurar os desviados e edificar os crentes (Lc 19.10; 1Tm 1.15), pois é Deus quem estabelece as pessoas nos ofícios dos dons ministeriais. O "ide" de Jesus para irmos aos perdidos (Mc 16.15), não é dirigido a um grupo especial de salvos, mas a todos, indistintamente, como bem revela o texto citado. Portanto, a evangelização dos pecadores pertence a todos os salvos. Cada crente pode e deve ser um evangelizador e ganhador de almas. Filipe começou no ministério de socorros (At 6.1-6). Ele foi fiel naquele ofício. Mais tarde foi levado para o ofício de evangelista (At 8.5-7; 21.8). Vejamos algumas características:

  • Os evangelistas eram os missionários da igreja primitiva (At 8.5,26,40; 21.8; Ef 4.11; 2Tm 4.5);
  • Os evangelistas eram ministros especiais do evangelho, com poderes quase apostólicos como os casos de Felipe (At 21.8) e Timóteo (2Tm 4.5);
  • O vocábulo missionário, conforme é usado em nossa época, está mais próximo da ideia dos evangelistas dos dias do NT, do que a palavra “evangelistas” quando aplicada a pregadores itinerantes, que fazem das igrejas locais o centro de suas atividades (CHAMPLIN, 2004, p. 606). 
 

VI. OS DONS MINISTERIAIS OPERANDO EM JESUS
Na carta que o apóstolo Paulo escreveu a igreja de Éfeso capítulo 4 e verso 11 e nos diz: E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”. Este versículo alista os dons de ministério (líderes espirituais dotados de dons) que Cristo deu à Igreja. Paulo declara que Ele deu esses dons: a) para preparar o povo de Deus ao trabalho cristão (Ef 4.12) e, b) para o crescimento e desenvolvimento espirituais do corpo de Cristo, segundo o plano de Deus (Ef 4.13-16). Jesus é o maior exemplo de obreiro em toda Bíblia Sagrada e em todos os tempos. Ele deve ser nosso modelo, o padrão a ser seguido (GILBERTO, 2011, p. 1416). Vejamos:

  • Jesus como apóstolo (Hb 3.1; Jo 12.3);
  • Jesus como profeta (Lc 24.19; At 3.22);
  • Jesus como evangelista (Is 61.1-3; Lc 4.18,19; 20.1);
  • Jesus como pastor (Jo 10.10; Hb 13.20; 1Pd 5.4);
  • Jesus como mestre (Jo 13.13; Mt 26.55).
 
 
CONCLUSÃO
Concluímos que o “dom ministerial de evangelista” é concedido por Deus a algumas pessoas conforme o propósito do Espírito Santo para o fortalecimento e a edificação das igrejas locais. Isto, porém, não significa desobrigar os crentes individualmente do labor da evangelização. Todo seguidor de Cristo, isto é, todo aquele que se acha discípulo de Jesus, tem em sua caminhada cristã o firme compromisso de propagar a mensagem do Evangelho. E deste compromisso não pode se apartar um único milímetro.
 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário teológico. CPAD.
Ø  Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
Ø  CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø  SOUZA, Estêvam Ângelo. Os dons ministeriais na igreja: padrões bíblicos para o serviço cristão. CPAD.
Ø  RENOVATO, Elinaldo. Dons espirituais e ministeriais: servindo a Deus e aos homens com o poder extraordinário. CPAD.
Ø  KALDEWAY, Jens. A forte mão de Deus: o ministério quíntuplo. EDITORA ESPERANÇA.
 
 
  Por Rede Brasil de Comunicação.



sexta-feira, 21 de maio de 2021

LIÇÃO 08 - A IMPUREZA DA IGREJA DE CORINTO: REPREENSÕES E EXORTAÇÕES (VÍDEO AULA)

 


LIÇÃO 08 - O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA (VÍDEO AULA)

 


QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2021


 

 
 
 O CUIDADO DE DEUS COM
O CORPO DE CRISTO
Lições da Carta do Apóstolo Paulo
aos Coríntios Para os Nossos Dias.


 
 
 
 



Lição 07
 
Hora da Revisão
A respeito de “É Deus que Dá o Crescimento ”, responda:
 
 
1. Quem foi o primeiro a plantar a semente das Boas Novas em Corinto?
O apóstolo Paulo.
 
2. Segundo a lição, em qual das suas viagens Paulo fundou a igreja de Corinto?
Durante sua segunda viagem missionária. Durante essa viagem ele fundou as igrejas da Galácia, de Filipos, de Tessalônica e de Corinto (At 15.36 — 18.22).
 
3. Quanto tempo Paulo levou pregando o Evangelho em Corinto?
Paulo anunciou o Evangelho por um ano e meio na cidade de Corinto (At 18.1-17).
 
4. Cite os nomes de algumas pessoas convertidas mediante a pregação de Paulo.
A família de Estéfanas (1Co 1.16), Crispo, o chefe da sinagoga, e Gaio (1Co 1.14; Rm 16.23).
 
5. Qual foi a missão de Timóteo em Corinto?
Sua missão era reorganizar a igreja que estava dividida pelos conflitos (1Co 16.10,11).