segunda-feira, 30 de junho de 2014

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2014



  Dons Espirituais e Ministeriais –
Servindo a Deus e aos homens
com poder extraordinário 




 Lição 13

1. Segundo a lição, quais são as dádivas de Deus dispensadas à sua Igreja para comunicar o Evangelho a todos?
R. A dádiva do amor, a dádiva da filiação divina e o ministério da reconciliação.

2. Segundo o apóstolo Paulo quais habilidades são indispensáveis ao exercício do ministério (1Tm 3.2)?
R. A sobriedade e a vigilância.

3. Como Paulo termina o capítulo sobre os dons espirituais?
R. Dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1Co 12.31).

4. Qual o caminho ainda mais excelente que os dons, segundo a lição?
R. O caminho do amor.

5. Sejam quais forem os dons, como aqueles que os possuem devem usá-los?
R. Com humildade e fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas, sobretudo, o amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons.


sexta-feira, 27 de junho de 2014

LIÇÃO 13 – A MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS




Ef 3.8-10; I Pe 4.7-10



INTRODUÇÃO
Nesta última lição do trimestre veremos como Deus, em sua multiforme sabedoria, distribui os dons espirituais, ministeriais e de serviço para que a Igreja possa cumprir a sua missão aqui na terra. Veremos também que cada um de nós, como despenseiros dos mistérios divinos devemos administrar os dons, visando a edificação do Corpo de Cristo; e também, sobre o Fruto do Espírito.


I A MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS
O termo multiforme deriva-se do grego “polupoikilos” e significa “muito variado” ou “multilateral” e tem o sentido de “variados modos de interpretação”. Em Ef 3.10 o termo refere-se a sabedoria de Deus, que é um dos atributos divinos (I Sm 2.3; Jó 12.13; Sl 104.24) e é perfeita (Jó 36.4; 37.16); poderosa (Jó 36.5); infinita (Sl 147.5; Rm 11.3); insondável (Is 40.28; Rm 11.33); maravilhosa (Sl 139.6); ultrapassa a compreensão humana (Sl 139.6); e é incomparável (Is 44.7; Jr 10.7). Toda sabedoria humana é derivada da sabedoria divina (Ed 7.25; Dn 2.2). Jesus é a personificação da sabedoria de Deus (I Co 1.24,30) e o evangelho contém os tesouros da sabedoria divina (I Co 2.7). Já a palavra sabedoria é oriunda do termo grego “sophia” (lê-se sofia) e é usada com referência a Deus (Rm 11.33; I Co 1.21,24; 2.7; Ef 3.10; Ap 7.12); a Jesus (Mt 13.54; Mc 6.2; Lc 2.40,52; I Co 1.30; Cl 2.3; Ap 5.12); e aos homens (Mt 12.42; Lc 11.31; At 7.22; I Co 1.17,19,20,21). A multiforme sabedoria de Deus pode ser vista em Suas palavras e também em Suas obras (Sl 19.7; 104.24; Pv 2.6; 8.14; 3.19). Em Sua eterna sabedoria, visando a edificação, santificação e capacitação para a Igreja cumprir a sua missão aqui na terra, colocou à sua disposição os dons sobrenaturais, a saber: espirituais (I Co 12.7-11); ministeriais (Ef 4.11) e de serviço (Rm 12.7,8).


II OS BONS DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DIVINOS
O termo despenseiro deriva-se do grego “oikonómos” e significa “mordomo da casa” (Lc 12.42; 16.1,3,8; Rm 16.23; I Co 4.1,2; Gl 4.2; Tt 1.7; I Pe 4.10). O despenseiro ou mordomo era alguém que administrava uma casa, propriedade, ou negócio de outrem. Assim, como despenseiro dos mistérios divinos, devemos conhecer (I Co 12.1); buscar (I Co 12.31); e zelar pelos dons (I Co 12.31) para que sejamos úteis e eficazes no Corpo de Cristo. Vejamos algumas características dos bons despenseiros:

· Humildes (At 20.19);                                 · Abnegados (I Cor 9.27);
· Santos (Êx 28.36; Lv 21.6; Tt 1.8);           · Sóbrios, justos e temperantes (Lv 10.19; Tt 1.8);
· Puros (Is 52.11; I Tm 3.9);                         · Hospitaleiros (I Tm 3.2; Tt 1.8);
· Pacientes ( I Tm 3.2; Tt 1.7);                     · Aptos a ensinar (I Tm 3.2; II Tm 2.24);
· Voluntários (Is 6.8; I Pe 5.2);                    · Estudiosos da Palavra de Deus ( I Tm 4.13,15);
· Vigilantes (II Tm 4.5);                                · Não cobiçosos (II Co 12.14; I Ts 2.6);
· Imparciais ( I Tm 5.21);                              · Dedicados à oração (Ef 3.14; Fp 1.4);
· Gentis ( I Ts 2.7; II Tm 2.24);                    · Bons governantes de suas famílias ( I Tm 3.4,12);
· Dedicados (At 20.24; Fp 1.20,21);           · Afetuosos com o rebanho (Fp 1.7; I Ts 2.8,11);
· Fortes na fé ( II Tm 2.1);                           · Bons exemplos para o rebanho (Fp 3.17; II Ts 3.9; I Tm 4.12; I Pe 5.3).


III OS DONS ESPIRITUAIS E O FRUTO DO ESPÍRITO
Os Dons Espirituais são de extrema relevância para que a Igreja cumpra a sua missão aqui na terra. Mas, eles não são mais importantes do que o Fruto do Espírito (Gl 5.22). Em Mt 7.21-23 o Senhor Jesus falou acerca de pessoas que iriam profetizar, expulsar demônios e fazer maravilhas, mas, Ele não as conhecia: “Nunca vos conheci” (Mt 7.23). Logo, devemos ser abundante nos dons (ICo 14.12); mas, acima de tudo, devemos ser frutíferos (Mt 3.8; Jo 15.1-16).

3.1 O que é o fruto do Espírito. São virtudes e qualidades manifestadas pelo Espírito Santo na personalidade do crente. O Fruto do Espírito é a verdadeira característica da vida cristã. É o resultado na vida dos que participam da natureza divina, ou seja, dos que estão ligados à Cristo, a "videira verdadeira" (Jo 15.1-5). Assim, passamos a obter uma nova natureza, porque fomos "gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre" (1 Pe 1.23). Pelo fruto do Espírito manifestado em sua vida diária, é que o cristão dá evidência da vida de Cristo em seu interior (Mt 7.16-20). Analisemos cada uma de suas virtudes:

   ü  Caridade (amor). Do grego “agape”, é o maior de todos os sentimentos e o fundamento sobre o qual os demais dons e virtudes do Espírito Santo estão edificados (Gl 5.22). O amor é o solo onde são cultivadas as demais virtudes e é a base onde todos os dons espirituais são implantados (I Co 13.1-3). O amor é o sentimento que busca o bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; I Co 13.1-13; Ef 5.2; Cl 3.14); e é a principal virtude do cristão (Jo 13.35).

   ü  Gozo. O termo deriva-se do grego “chara”, e refere-se a felicidade que o crente desfruta no Espírito Santo, independente das circunstâncias: “Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação; transbordo de gozo em todas as nossas tribulações” (II Co 7.4). “Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja” (Cl 1.24). A Epístola aos Filipenses, por exemplo, foi escrita quando Paulo estava preso em Roma (Fp 1.12,14). No entanto, nesta carta ele demonstra o seu regozijo e alegria (Fp 1.4,18; 2.2,17; 3.1; 4.1,4,10).

   ü  Paz. Do grego “eirene” significa “estado ou condição de tranquilidade ou quietude”. A Bíblia diz que Cristo é a nossa paz (Ef 2.14) e Nele o crente desfruta a paz (Jo 14.17; 16.33). A paz como fruto do Espírito Santo é, primeiramente, ascendente, para Deus (Rm 5.1,2); depois, interior, para nós mesmos (Cl 3.15); e, finalmente, exterior, para nosso semelhante (Rm 12.18). Esta característica do fruto do Espírito excede todo entendimento: "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus" (Fp 4.7).

   ü  Longanimidade. Do grego “makrothumia”, significa “perseverança”, “paciência”, “tardio para irar-se” (Ef 4.2; 2 Tm 3.10; Hb 12.1). Deus é o exemplo supremo que devemos seguir: "Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade" (Êx 34.6). A paciência como fruto do Espírito opera exteriormente, em direção ao nosso semelhante; e intimamente, em direção a nós mesmos (Hb 12.7-11; I Ts 5.14).

   ü  Benignidade. Deriva-se do grego “chrestotes” e significa “ternura”, “compaixão”, “brandura” e tem o sentido de “sentimento de não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor” (Ef 4.32; Cl 3.12; IPe 2.3). Se Deus é benigno (Sl 5.7; 6.4; Is 63.7; Jr 31.3); Jesus é benigno (II Co 10.1; Tt 3.4); o crente não pode ser diferente (II Co 6.6; Cl 3.12). Por isso, Paulo diz: “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4.32).

   ü  Bondade. Deriva-se do grego “agathosune” e significa “zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal”. É a prática do bem ou daquilo que é bom. Pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13). Nas Escrituras, o homem bom é retratado como sendo acompanhado por Deus: "Os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor, e ele deleita-se no seu caminho" (Sl 37.23).

   ü  Fé. A fé como fruto do Espírito não é a fé natural (Hb 11.3); nem a fé como dom espiritual (I Co 12.9); nem a fé salvífica (Ef 2.8,9). Trata-se da “lealdade constante e inabalável a Cristo e à Sua Palavra”. Ela tem o sentido de “compromisso, fidedignidade e honestidade” (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt 2.10). A fé como dom opera no crente momentaneamente. Mas, como fruto do Espírito, opera permanentemente na vida do salvo (Ap 2.10).

   ü  Mansidão. O termo grego para mansidão é “prautes” e significa “moderação associada à força e à coragem”. Descreve alguém que pode irar-se com equilíbrio quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (II Tm 2.25; 1 Pe 3.15). Jesus Cristo foi o maior exemplo da mansidão: "Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração" (Mt 11.29; 21.5; IICo 10.1). A mansidão deve estar presente em cada detalhe da vida espiritual, nas obras e no viver (1 Co 4.21; 1 Pe 3.4; Tg 3.13; Tt 3.2). Esta virtude é considerada uma grande qualidade espiritual, e deve ser desejada e buscada pelos santos (Mt 5.5; 1 Co 4.21; 2 Co 10.1; Gl 5.22; 6.1; Ef 4.2; Cl 3.12; 2 Tm 2.25).

   ü  Temperança. No grego, a palavra traduzida por temperança é “egkrateis” e significa: "autocontrole", "domínio próprio", "estado ou qualidade de ser controlado" ou "moderação habitual" e diz respeito ao controle ou domínio sobre os próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5). Quando o Espírito do Senhor implanta em nosso ser esta virtude espiritual, nossas ações e palavras passam a ser diretamente controladas por Ele (Gl 5.16,25). Se permitirmos ao Espírito encher nossa vida, seremos também por Ele controlados.


CONCLUSÃO
Como pudemos ver, a multiforme sabedoria de Deus pode ser vista na manifestação dos dons assistenciais, espirituais e ministeriais para que a Igreja seja edificada e possa cumprir eficazmente a sua missão. Mas, cada crente individualmente, deve ser um bom despenseiro dos mistérios divinos, fazendo bom uso dos dons para a edificação do corpo de Cristo. Embora os dons espirituais sejam extremamente necessários à Igreja, eles não devem ser visto como mais importantes do que o fruto; pois, enquanto os dons “falam” de serviço, o fruto “fala” de caráter. Por isso, devemos buscar os dons, mas, acima de tudo, manifestar as virtudes do fruto do Espírito no dia a dia.



REFERÊNCIAS
   ü  Bíblia de Estudo Palavras Chave Hebraico e Grego. CPAD.
   ü  GILBERTO, Antônio. O Fruto do Espírito. CPAD.
   ü  CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
   ü  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
   ü  RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais & Ministeriais. CPAD.
   ü  VINE, W. E. Dicionário Vine. CPAD.     
   
                                                                                                                    Por Rede Brasil de Comunicação

quinta-feira, 26 de junho de 2014

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2014



  Dons Espirituais e Ministeriais –
Servindo a Deus e aos homens
com poder extraordinário 




Lição 12

1. Qual o significado do termo grego “diaconia”?
R. “Ministério” ou “serviço”.

2. Qual o significado da “diaconia da toalha e da bacia”?
R. Significa a convocação cristocêntrica para uma vida de serviço humilde (Jo 13.12-17).

3. Quais as qualificações para o diaconato?
R. Caráter moral, caráter espiritual e caráter familiar.

4. Qual a função dos diáconos em Atos 6?
R. Assistir socialmente as viúvas: tanto as de fala hebraica como as de fala grega.

5. Qual a função dos diáconos hoje?
R. Auxiliar a igreja local através das orientações do seu pastor em atividades ligadas a visitar os enfermos, os necessitados e os desviados, bem como cuidar das tarefas espirituais ligadas ao culto, como distribuir os elementos da Ceia do Senhor, recolher as contribuições para a manutenção da igreja local (dízimos e ofertas) e auxiliar na ordem e na segurança do culto, bem como de outras tarefas para as quais for designado.




quinta-feira, 19 de junho de 2014

LIÇÃO 12 – O DIACONATO



1 Tm 3.8-13



INTRODUÇÃO
Em Atos 6 temos o registro da separação dos primeiros diáconos que tinham a função de administrar as coisas materiais e se ocupavam do suprimento dos necessitados na igreja. Nesta lição traremos a definição do termo diácono e também como seu deu a instituição do diaconato na igreja primitiva; destacaremos também a ampliação desse ministério nos dias de hoje e pontuaremos também a diferença entre ser diácono e exercer diaconia.


I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA DIÁCONO
A palavra diácono no grego “diákonos” denota primariamente “criado”, quer aquele que faz trabalhos servis, ou o ajudante que presta serviços voluntários, sem referência particular ao seu caráter. A palavra está provavelmente relacionada com o verbo “diõkõ”, “apressar-se após, perseguir” (talvez dito originalmente acerca de um corredor). “Ocorre no Novo Testamento em alusão aos criados domésticos (Jo 2.5,9); ao governante civil (Rm 15.8; Gl 2.17); a Cristo (Rm 15.8; Gl 2.17); aos seguidores de Jesus em sua relação com o Senhor (Jo 12.26; Ef 6.21; Cl 1.7; 4.7); aos seguidores de Jesus em relação uns com os outros (Mt 20.26; 23.11; Mc 9.35; 10.43); aos servos de Cristo no trabalho de orar e ensinar (I Co 3.5; II Co 3.6; 6.4; 11.23; Ef 3.7; Cl 1.23,25; I Ts 3.2; I Tm 4.6); àqueles que servem nas igrejas (Rm 16.1 [usado acerca de uma mulher só aqui no NT]; Fp 1.1; I Tm 3.8,12); aos falsos apóstolos, servos de Satanás (II Co 11.15)” (VINE, 2002, p. 563 – grifo nosso).


II – O OFICIO DE DIÁCONO NO AT E NO NT
2.1 No Antigo Testamento. Embora o ministério de diácono seja uma realidade neotestamentária, o serviço que lhe é peculiar, pode ser visto nas páginas do Antigo Testamento, nas atribuições dadas aos levitas. A Bíblia nos mostra que os levitas eram ajudantes dos sacerdotes (Nm 3.5-9). As obrigações menores, algumas até manuais, como de limpeza, arranjo e arrumação no templo, cabiam aos levitas não sacerdotais. Alguns dos seus deveres são descritos em (Êx 13.2,12,13; 22.29; 34.19; Lv 27.27; Nm 3.12,13,41,45; 8.14-17; 18.15; Dt 15.19).

2.2 No Novo Testamento. “Ministério eclesiástico que foi instituído pelos apóstolos para: (a) socorrer os necessitados; (b) servir às mesas; e (c) manter a boa ordem na Casa de Deus (At 6.1-6). Em suas funções básicas, servindo a igreja, os diáconos atuam como ajudantes do pastor, proporcionando-lhe tempo necessário para à oração, dedicação a Palavra etc” (ANDRADE, 2006, p. 144 – acréscimo nosso).


III – O MINISTÉRIO DE DIÁCONO NA IGREJA PRIMITIVA
“A igreja nos seus primeiros dias de existência não tinha organização formal, nem oficiais ou líderes, com exceção dos apóstolos. O crescimento numérico da igreja e os problemas que surgiram na comunidade interna exigiu que se começasse a organizá-la e que se escolhesse líderes ou ministros adicionais” (MOODY, sd, p. 29). Em Atos, o segundo tratado de Lucas, encontramos o registro da nomeação dos primeiros diáconos e o que levou os apóstolos a apresentação destes homens para auxiliarem na obra do Senhor.

3.1 “Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos [...]” (At 6.1,2). A igreja primitiva desenvolvia um trabalho de assistência aos irmãos carentes e necessitados, mas com o crescimento da comunidade cristã, tornou-se cada vez mais difícil distribuir os bens de modo eficaz, o que levou algumas viúvas a serem esquecidas na distribuição diária de alimentos (At 6.1-b). Surgiram queixas de que os helenistas (os judeus de fora de Israel), estavam sendo negligenciados pelos hebreus (os judeus nascidos em Israel). Os apóstolos não tinham como lidar sozinhos com o numeroso grupo e ainda assim garantir uma distribuição justa (At 6.2). Para isto foi necessário a nomeação de diáconos para este importante trabalho filantrópico enquanto os apóstolos se ocupariam com a oração e a Palavra (At 6.2-4). Como podemos ver, Deus disponibiliza diversos ministérios “serviços” para atender a igreja nas suas diversas necessidades (I Co 12.5; Ef 4.11).

3.2 “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós [...]” (At 6.3-a). Os apóstolos pediram, portanto, que se escolhessem sete assistentes para garantir que todos fossem atendidos (At 6.3). Embora tenha sido a igreja que reconheceu as pessoas aptas para este ministério, os tais só seriam constituídos por meio do governo da igreja (At 6.3-a). Em Atos 6.3-b, Lucas registra quais foram os critérios para esta nomeação: (a) qualificações morais: “boa reputação”; (b) qualificações espirituais: “cheios do Espírito Santo”; e (c) qualificações intelectuais: “e de sabedoria”.

3.3 “E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos” (At 6.6). Após a indicação dos nomes, os apóstolos confirmaram a escolha, apresentando-os diante da igreja e lhes conferindo autoridade com a imposição de mãos a fim de exercerem o serviço para o qual foram chamados (At 6.6). Os resultados da nomeação, e separação destes diáconos foram os seguintes: (a) oportunidade para os apóstolos continuarem seu ministério (At 6.3,4); (b) satisfação da igreja (At 6.5); e, (c) crescimento para a obra do Senhor (At 6.7).


IV – O MINISTÉRIO DE DIÁCONO NA IGREJA HOJE
4.1 Quem são os diáconos. “É um encargo sob a direção do ministro da igreja (At 6.3), relacionado com os serviços de ordem material e social. A Bíblia faz referência a alguns desses encargos da esfera dos diáconos, como o repartir, o exercer misericórdia (Rm 12.8) e o socorrer (I Co 12.28). Conforme o modelo do Novo Testamento, os diáconos não tomavam parte na administração e direção da igreja, mas, além de fazer serviços materiais e sociais, alguns cooperavam na pregação da Palavra, como Estevão (At 6.8,10) e Filipe (At 6.5; 8.4)” (BERGSTÉN, 2007, p. 117).

4.2 A ampliação desse ministério. “O ofício e a função dos diáconos teve começo no tempo dos apóstolos, conforme a descrição do sexto capítulo do livro de Atos; mas a passagem do tempo tal como sucede a tudo mais, ampliou o escopo e a natureza do ofício, até que o mesmo se tornou uma posição eclesiástica (I Tm 3.8-13). A própria palavra diácono é usada de várias maneiras, nas páginas do NT, subentendendo serviço de qualquer espécie, espiritual ou material” (CHAMPLIN, 2005, p. 312 – acréscimo nosso). “Os diáconos poderão realizar diversas tarefas, na Casa do Senhor, com dignidade, cuidado e zelo, 'de todo coração, como ao Senhor, e não aos homens' (Cl 3.23). A função principal dos diáconos, atualmente, é auxiliar o pastor ou ao dirigente da congregação, nas atividades espirituais, ligadas ao culto ou não, bem como nas atividades sociais e materiais da igreja, para as quais for designado” (RENOVATO, 2014, p. 144).

4.3 A especialidade desse ministério. Os dons listados por Paulo em Romanos 12 (dons de serviço) são tão necessários e importantes a Igreja como os dons de I Coríntios 12 (dons espirituais). O dom de socorro, por exemplo, no grego “antilempseis”, indica que toda sorte de ações úteis pode ser inspirada pelo Espírito Santo. O verbo correspondente é usado para referir-se a auxiliar os enfermos (At 20.35) e a servir melhor os mestres (I Tm 6.2)” (HORTON, 2006, p. 122 – grifo nosso). A partir da definição da palavra diácono (servo) e da função do mesmo que é servir, percebe-se claramente que o “dom de socorro” ou “exercer misericórdia” é a especialidade do diaconato (Rm 12.8; I Co 12.28).


V – DIACONIA, A FUNÇÃO POR EXCELÊNCIA
Assim como os demais dons ministeriais são dados a algumas pessoas (Ef 4.11), não são todos que recebem o dom de diácono. A frase “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós...” usada em Atos 6.3 nos mostra isso. Todavia, a “função de servir” no grego “diaconia”, é peculiar a todos os outros dons ministeriais. “Todo ministro começa como diácono. Isto é uma verdade. Mas ele jamais cessa de ser um diácono. O ministro continua sendo um diácono”. (CHAMPLIN, p. 130, 2005). Logo são diáconos: (a) os apóstolos (At 20.19; I Co 3.5); (b) os profetas (At 13.1); (c) os pastores (I Pe 5.2); (d) os evangelistas (II Tm 4.5); e (e) os presbíteros (At 20.28).


VI – DIFERENÇA ENTRE DIÁCONO MINISTÉRIO E DIACONIA SERVIÇO
Já vimos que a palavra diácono é usada de várias maneiras, nas páginas do NT., subentendendo “serviço” de qualquer espécie, espiritual ou material. Paulo a aplica a si mesmo (I Co 3.5); a Jesus Cristo (Gl 2.17; Rm 15.8); aos governantes civis (Rm 13.4) e até mesmo a uma mulher “Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia” (Rm 16.1). O texto deixa claro que a irmã Febe exercia “diakonia” que é “serviço”, mas ela não era diaconisa no sentido ministerial, pois, nenhum dom ministerial, inclusive o de diácono foi exercido por mulheres (At 6; Ef 4.11). Embora alguns queiram advogar que a passagem de I Timóteo 3.11 Paulo esteja se referindo a diaconisas quando diz: “Da mesma sorte as esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo”. O que realmente o texto está dizendo é que “as esposas dos diáconos devem ser mulheres de boa reputação e de bom senso, a fim de que não impeçam o ministério de seus maridos. Com frequência acompanhariam a seus maridos em visitas diaconais e em muitos outros aspectos cooperariam com o trabalho deles. Por conseguinte, não deveriam ser mulheres entregues à maledicência, e nem mulheres de qualidade espiritual duvidosa. Antes, de maneira geral, devem possuir as mesmas qualificações que seus maridos” (CHAMPLIN, 2005, p. 313 – acréscimo nosso).


CONCLUSÃO
Embora o dom ministerial de diácono seja dado por Deus a alguns, a “diakonia” que é “serviço” deve ser uma atribuição de todo aquele que recebeu a Cristo como seu Salvador, como expressão de sua gratidão a Deus e amor a Sua igreja.



REFERÊNCIAS
   Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
   Ø  CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. HAGNOS.
   Ø  RENOVATO, Elinaldo. Dons espirituais e ministeriais: servindo a Deus e aos homens com o poder extraordinário. CPAD.
   Ø  BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. CPAD.


        Por Rede Brasil de Comunicação

sábado, 14 de junho de 2014

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL – 3º Trimestre de 2014




Neste 3º trimestre de 2014 estudaremos em nossas Escolas Bíblicas Dominicais o tema: Fé e ObrasEnsino de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica”.  O comentarista será o Pastor Eliezer de Lira e Silva, membro do ministério da Assembleia de Deus em Curitiba (PR), Pastor Auxiliar, Bacharel em Teologia, Palestrante em Escolas Bíblicas de Obreiros, Professor de Homilética, Fundador e Diretor do Projeto Missionário “Ide e Ensinai” em Moçambique, África e Articulista da revista "Obreiro" - CPAD. Conferencista na área de liderança ministerial e com casais. É conhecido conferencista de Escolas Bíblicas em todo o país. 

Abaixo, você pode conferir os títulos das 13 lições:

Lição 1 – Tiago — Fé que se Mostra pelas Obras
Lição 2 – O Propósito da Tentação
Lição 3 – A Importância da Sabedoria Humilde
Lição 4 – Gerados pela Palavra da Verdade
Lição 5 – O Cuidado ao Falar e a Religião Pura
Lição 6 – A Verdadeira Fé não Faz Acepção de Pessoas
Lição 7 – A Fé se Manifesta em Obras
Lição 8 – O Cuidado com a Língua
Lição 9 – A Verdadeira Sabedoria se Manifesta na Prática
Lição 10 – O Perigo da Busca pela Autorealização Humana
Lição 11 – O Julgamento e a Soberania Pertencem a Deus
Lição 12 – Os Pecados de Omissão e de Opressão
Lição 13 – A Atualidade dos Últimos Conselhos de Tiago



Com certeza você não vai perder nenhuma 
dessas maravilhosas lições!! Vai???
Então, não esqueça de levar
 também a sua família!


QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2014



  Dons Espirituais e Ministeriais –
Servindo a Deus e aos homens
com poder extraordinário 
  



Lição 11

1. Segundo a lição o que é um presbítero?
R. É um título de dignidade dos indivíduos experientes e de idade madura que formavam o governo da igreja local.

2. Qual o significado do termo “presbitério”?
R. “Presbitério” vem do gr. presbyterion, substantivo de presbítero, um conselho formado por anciãos da igreja cristã. O termo designa o conjunto de presbíteros que administram uma igreja local.

3. Relacione os deveres dos presbíteros.
R. Apascentar a igreja, liderar a igreja local e ungir os enfermos.

4. Quais as duas esferas principais de atuação da liderança da igreja local?
R. O governo e o ensino.

5. Qual é o maior compromisso de todo homem de Deus chamado para ser presbítero?
R. Ensinar e governar com equidade e seriedade.


quarta-feira, 11 de junho de 2014

LIÇÃO 11 – O PRESBÍTERO, BISPO OU ANCIÃO



Tt 1.5-7; I Pe 5.1-4




INTRODUÇÃO
Como líderes os presbíteros estão para a congregação como um pastor de ovelhas para o rebanho. Por isso, eles alimentam com a Palavra de Deus, ajudando o rebanho a crescer espiritualmente e ficando alertas contra quaisquer perigos de erro ou pecado, que seria uma ameaça para o bem-estar espiritual do rebanho (1 Ts 5.14). Veremos nesta lição a definição da palavra presbítero, analisaremos sua função na Igreja Primitiva, e estudaremos também suas atribuições e deveres nas suas funções ministeriais como líder e servo de Deus.


I DEFINIÇÃO DA PALAVRA PRESBÍTERO
De acordo com a Bíblia de Estudo Palavras-Chaves (2012, p. 2369. Nota 4245), o termo presbíteros do grego “presbyteros” é uma forma comparativa da palavra grega “presby” que significa: “uma pessoa experiente, madura, mais velha, anciã”. Os presbíteros tomavam parte ativa no apascentamento da igreja (At 20.28) e também no ensino, pois uma das qualidades exigidas do candidato ao presbitério era que fosse “apto para ensinar” (1 Tm 3.2). Os presbíteros constituíam um corpo auxiliar no governo da igreja, sob a presidência do pastor. Convém salientar que os ministros também se consideravam presbíteros. O apóstolo Pedro escreveu para os presbíteros que ele também era presbítero (1 Pe 5.1), e o apóstolo João considerava-se ancião (2 Jo 1) ou presbítero (3 Jo 1) (BERGSTÉN, 1999, p. 270).


II - O PRESBÍTERO NA IGREJA PRIMITIVA
Segundo o relato de Lucas sobre a origem e expansão do Cristianismo, os presbíteros já estavam presentes na igreja de Jerusalém (At 11.30, 14.23, 15.2,4,6-23), onde eram constituídos de cidade em cidade (Tt 1.5). Tiago e Pedro em suas epístolas gerais, dirigem-se aos presbíteros (1Pe 5.1,2; Tg 5.14). Paulo dirige-se a eles e os chama de bispos, outra palavra empregada para designar este mesmo cargo (At 20.28). Não se sabe quem eram e como foram escolhidos esses presbíteros, provavelmente pela imposição de mãos (At 6.6; 13.3; 1 Tm 4.14; 5.22) mas certamente foram consagrados pela igreja sob orientação do Espírito Santo através do líder maior e conforme suas qualificações. Parece que atuavam de maneira semelhante aos anciãos das comunidades judaicas e do Sinédrio (At 11.30; 15.2-6.22-23; 16.4; 21.18). Os presbíteros são “anciãos” porque não são novatos, mas sim, mais velhos na fé e já tiveram tempo para desenvolver a sua maturidade espiritual (1Tm 3.6; 1Tm 5.17; 3.5,12).


III OS PRESBÍTEROS COMO LÍDERES E MINISTROS DA PALAVRA
3.1 À luz do NT, o presbítero poderia ser o próprio pastor local: "Rogo, pois, aos PRESBÍTEROS que há entre vós, eu, presbítero como eles... PASTOREAI o rebanho de Deus que há entre vós..." (1Pe 5.1-4). “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para APASCENTARDES a igreja de Deus...” A designação "pastor", do grego poimen”, fala-nos da atividade de cuidar do rebanho, que envolvia: alimentar, guiar, cuidar (VINE, 2003, p. 856). Dessa forma, os presbíteros, do grego presbyteros”, literalmente "homem idoso, ancião, os que cuidam espiritualmente da igreja", que assim exerciam seus presbitérios, eram chamados também de "pastor" (idem, 2003, p. 396). “...Os presbíteros que PRESIDEM bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina” (1Tm 5.17).

3.2 O pastor que na igreja primitiva "presidia", sempre que exercia essa função, era chamado de "bispo". Bíblia de Estudo Pentecostal afirma em sua nota sobre "Dons Ministeriais para a Igreja" que: "Os pastores são aqueles que dirigem a congregação local e cuidam das suas necessidades espirituais. Também chamados "presbíteros" (At 20.17; Tt 1.5) e "bispos" ou supervisores (1Tm 3.1; Tt 1.17)" (STAMPS, 1995, p. 1815). Do grego episkopos”, "literalmente, 'inspetor' formado de epi”, 'por cima de', e skopeo”, 'olhar' ou 'vigiar', é encontrado em At 20.28; Fp 1.1; 1Tm 3.2; Tt 1.7; 1Pe 2.25. (VINE, 2003, p. 434 – grifo nosso). Ao longo dos séculos, a atividade do presbítero caracterizou-se pelo ministério de administrar as igrejas, bem como do ensino da Palavra. Sua atividade é necessária para o bom ordenamento das atividades das igrejas locais (RENOVATO, 2014, p. 130).

3.3 Bispo, presbítero ou ancião e pastor - são usados em referência aos líderes da igreja. Alguns aludem a 1 e 2 Timóteo e Tito como o "Manual do Pastor", por causa das preciosas instruções e qualificações dadas ao ministério e à igreja. Em 1 Tm 3, há orientações muito específicas a todo aquele que aspira ao pastorado. Observe a afirmação que segue: "Para efeito de esclarecimento, os títulos bispo, presbítero ou ancião e pastor são usados intercambiavelmente na Escritura e referem-se ao mesmo ofício, mas expressam responsabilidades diferentes, como supervisão administrativa, liderança espiritual e ministério, bem como alimentar e atender o rebanho de Deus. Em Atos 20, todos os três conceitos: bispo, ancião e pastor - são usados em referência aos líderes da igreja em Éfeso (TRASK et al, 1999, p. 110).


IV - DEVERES E FUNÇÕES MINISTERIAIS DO PRESBÍTERO
A evidência bíblica indica que “bispo” é simplesmente outro termo para presbítero também (At 20.17-35; Tt 1.7). A maioria dos estudiosos reconhece isso, que na linguagem do NT o mesmo ofício na Igreja é chamado indiferentemente de bispo episkopos” e ancião ou presbítero presbyteros. Em terminologia bíblica, presbíteros pastoreiam, supervisionam, lideram e cuidam da igreja local. De acordo com o NT, os presbíteros são responsáveis por:

   ü  Administrar e supervisionar uma igreja local, pois são líderes na igreja (1 Tm 5.17; Tt 1.7; 1 Pe 5.1-2);
   ü  Ensinar e pregar a Palavra (1 Tm 3.2; 5.17; 2 Tm 4.2; Tt 1.9);
   ü  Proteger a igreja de falsos mestres (At 20.17, 28-31; 1 Tm 4.1; Tt 1.9);
   ü  Exortar e admoestar os santos na sã doutrina (1 Tm 4.13; 2Tm 3.13-17; Tt 1.9);
   ü  Visitar e orar pelos doentes ungindo-os com óleo (Tg 5.14; At 20.35);
   ü  Julgar questões doutrinárias (At 15.16);
   ü  Dirigir igrejas (1 Pe 5.2; 1Tm 5.17);
   ü  Apascentar e cuidar da igreja (1 Pe 5.2; Hb 13.17).

O termo "poimen" enfatiza o trabalho de pastor, pastoreador, guardião, cuidador, defensor, sarador, apascentador, alimentador das ovelhas (Ef 4.11; 1 Pe 2.25). O termo "episcopos" que significa Bispo ou supervisor, enfatiza o trabalho de supervisionar, cuidar, zelar, fazer funcionar bem todo a igreja local, o corpo do Cristo. (At 2.28; Fp 1.1; 1 Tm 3.2; Tt 1.7; 1Pe 2.25) “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu
BISPOS, para APASCENTARDES a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. (At 20.28).


V - CARACTERÍSTICAS MORAIS E MINISTERIAIS DO PRESBÍTERO
Os padrões bíblicos do presbítero são principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos, por mais que tudo isso seja também importante. O enfoque das qualificações ministeriais concentra-se no comportamento daquele que persevera na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida.
Há três textos bíblicos principais que apresentam, em forma de instrução e prescrição, as qualificações necessárias dos presbíteros (1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9; 1 Pe 5.1-3). O assunto é extremamente importante e sempre atual para cada igreja local. O cristão consciente sabe muito bem o quanto é valioso para a igreja ter presbíteros que satisfaçam a essas referências bíblicas. São listados a seguir alguns qualificações necessários aos presbíteros. Vejamos:

   ü  Irrepreensível (1 Tm 3.2; Tt 1.6,7);
   ü  Vigilante, sóbrio, temente, honesto e moderado (1 Tm 3.2; Tt 1.7,8);
   ü  Hospitaleiro (1 Tm 3.2; Tt 1.8);
   ü  Apto para ensinar, sábio (1 Tm 3.2; Tt 1.9);
   ü  Não dado ao vinho e não violento, mas moderado (1 Tm 3.3; Tt 1.7);
   ü  Inimigo de contendas (1 Tm 3.3; Tt 1.6);
   ü  Não cobiçoso ou avarento (1 Tm 3.3; Tt 1.7);
   ü  Aprovado na sua família (1 Tm 3.4,5; Tt 1.6);
   ü  Marido de uma mulher e que governe bem sua casa (Tm 3.2; Tt 1.6);
   ü  Não seja neófito, ou seja, novo convertido (1 Tm 3.6; Tt 1.7);
   ü  É preciso ser experimentado para não se ensoberbecer, obediente (Tt 1.6);
   ü  Ter bom testemunho (1 Tm 3.7);
   ü  Ser “exemplo dos fiéis” (1 Tm 4.12,15; Tt 2.7; 1Pe 5.3);
   ü  Ser Fiel (1 Co 4.1,2);
   ü  Amigo do bem (Tt 1.8; 1 Pe 5.2);
   ü  Ser dedicados à Palavra e ao ensino (1 Tm 5.17-19).


CONCLUSÃO
Aprendemos que se algum homem deseja ser presbítero, deseja um encargo nobre e importante (1 Tm 3.1). É necessário, porém, que o obreiro seja chamado por Deus e essa aspiração seja confirmada pela Palavra de Deus (3.1-10; 4.12) e pela igreja (3.10). A igreja não aceita pessoa alguma para a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. A principal missão do presbítero é servir a Deus, assim como esta também é a missão do diácono. Porém, o serviço a ser realizado pelo presbítero corresponde à administração da casa do Senhor no campo espiritual e esta administração é principalmente realizada pelo ensino autêntico da Palavra de Deus.



REFERÊNCIAS
Ø CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø RENOVATO, Elinaldo. Dons espirituais e ministeriais: servindo a Deus e aos homens com o poder extraordinário. CPAD.
Ø BERGSTÉN, Eurico. Introdução à Teologia Sistemática. CPAD.
Ø TRASK, Thomas E. et ali. O pastor pentecostal: um mandato para o século XXI. CPAD.
Ø VINE, W. E.et al. Dicionário VINE: o significado exegético e expositivos das palavras do AT e NT. CPAD. 


Por Rede Brasil de Comunicação