sábado, 16 de fevereiro de 2013

LIÇÃO 07 – A VINHA DE NABOTE


1 Rs 21.1-5;15,16



INTRODUÇÃO
Na lição passada, após o comentarista quebrar a sequência lógica dos eventos vividos pelo profeta Elias, estudamos sobre a primeira fuga do profeta Elias que foi para Sarepta onde, de forma inexplicável, porém milagrosa, ele foi sustentado por uma pobre viúva. Portanto, retornando a sequência dos fatos relacionados à vida do profeta de tisbe, abordaremos, na aula de hoje, uma das maiores injustiças narradas nas Sagradas Escrituras cometida pela cobiça do rei Acabe. Assim, trataremos do objeto, das causas, do fruto e das consequências dessa cobiça. Que esse fato nos sirva de exemplo, pois o Apóstolo Paulo nos alerta: “tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). Esta é uma lei que ninguém está isento!



I. O OBJETO DS COBIÇA
1. O direto à propriedade no Antigo Israel.
O termo “propriedade” do latim “proprius” significa “privado, de si mesmo”. Assim, a propriedade é definida com sendo um prédio, fazenda ou herdade. Por essa razão as Escrituras afirmam que: “a terra é do Senhor, e toda a sua plenitude” (1 Co 10.26; Êx 19.5; Dt 10.14). E, por esse motivo, o Senhor criou, dentre as muitas leis que regiam a vida social de Israel, o Ano do Jubileu (Lv 25). Apos sete observâncias do ano sabático, vinha o ano de jubileu. Este era inaugurado quando eram tocadas as trombetas, no decimo dia de Tisri, o sétimo mês. De conformidade com as instruções baixadas em Lv 25.8-55, isso assinalava o ano de liberdade, quando a herança da família era restituída aqueles que tivessem tido o infortúnio de perdê-la, quando os escravos hebreus eram libertos e quando a terra ficava sem cultivo. Os israelitas tinham o dever de reconhecer, na possessão da terra, que Deus era o doador. Portanto, a terra devia ser guardada na família, passando de pais a filhos como uma herança. No caso de necessidade, somente o direito a produção da terra podia ser vendido. E posto que a cada cinquenta anos essa terra revertia ao proprietário original, o preço estava diretamente relacionado ao número de anos que restavam antes do ano de jubileu. A qualquer tempo, durante esse período, a terra poderia ser remida pelo proprietário ou por um parente próximo. 
As casas erigidas em cidades muradas, excetuando as cidades dos levitas, não estavam incluídas nas provisões do ano de jubileu. Além do ano do jubileu, Nabote estava devidamente amparado pela Lei do Senhor como mostra-nos os textos de Nm 27.8-11; 36.7 e Ez 46.18. Portanto, o propósito dessas leis do Senhor era, verdadeiramente, proteger seu povo da desigualdade social, bem como garantir-lhe o direto de cultivar a terra para sua subsistência. Por isso, não devemos ficar surpresos quando a injustiça e a maldade forem companheiras das práticas de uma nação quando a mesma se afasta do Senhor. Era isso que ocorria com o reino do norte, porquanto seu rei não tinha nenhuma consideração pela Lei do Senhor!


2. A herança de Nabote.
Nabote era um israelita que habitava em Jezreel e, que nesta cidade tinha uma vinha; tratava-se de uma terra deixada por seu pai. Ou seja, era sua herança!  O termo “herança” do latim “heres” significa “aquele que tem condições de receber os bens de um falecido, herdeiro”. Assim, a herança é o bem, direito ou obrigação transmitidos por disposição testamentária ou por via de sucessão. 
Nabote estava, como vimos acima, amparado pela lei mosaica e Acabe ignorando isto disse-lhe: “Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, porque está vizinha, ao lado de minha casa. E te darei por ela outra vinha melhor, ou, se for do teu agrado, dar-te-ei o seu valor em dinheiro” (1Rs 21.2). Aparentemente, Acabe parece está fazendo a coisa certa, pois ele não planeja tomar a vinha de Nabote, mas, sim, trocá-la ou comprá-la segundo o seu valor de mercado. Porém, ele estava desprezando a Lei do Senhor que proibia tal negócio. Nabote sabedor que a Lei do Senhor o protegia disse ao rei: “Guarde-me o Senhor de que eu te dê a herança de meus pais” (1 Rs 21.3). Sua resposta manifesta que ele, realmente, não podia vendê-la nem trocá-la por outra propriedade. É provável que Nabote tenha sido criado naquele terreno, dedicando-se com seus pais ao cultivo de uvas. Diferentemente de Nabote, muitos estão vendendo sua herança espiritual por uma herança material, estão trocando a glória celestial pela glória material. Estejamos atentos, pois, para não terminarmos como Esaú, que depois de ter vendido sua primogenitura (o espiritual) por um prato de lentilhas (o material), ficou chorando amargamente por não ter direito a benção (Gn 25.30-34; 27.38). A Escritura afirma que somos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rm 8.17), portanto, assim como Nabote, não negociemos as bênçãos de Deus em nossas vidas, a começar pela nossa salvação (1 Pe 1.18,19)!   



II. AS CAUSAS DA COBIÇA
1. A casa de campo de Acabe.
De fato, o palácio de Acabe em Jezreel não era a sua moradia fixa, ou seja, não era a casa real, sede do governo e capital do reino (1 Rs 16.24,32), mas era uma casa de campo, também chamada casa de verão (1 Rs 18.45,46). E, como sabemos, esta servia para descanso, lazer e entretenimento. Desta forma, o fato de existir ao lado de sua casa de campo um terreno de um dos seus súditos, despertou no rei Acabe o interesse de apropriasse do mesmo. Como disse, aparentemente, parecia que Acabe estava agindo dentro da legalidade, mas além de ignorar a Lei do Senhor que proibia a venda da propriedade, Acabe também violou o décimo principio do decálogo: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu escravo, nem a sua escrava, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo” (Êx 20.17). Mas, o que é cobiça? O termo “cobiça” vem do latim “cupiditas” que significa “desejo intenso, ambição”. Já no hebraico é behtsah, geralmente traduzida por ganância, e no grego é pleonaxia, traduzida como avareza. Segundo o dicionário Online, a cobiça é um desejo desmedido pelo poder, dinheiro, bens materiais, glórias etc; ambição: a cobiça pode acabar com algumas amizades. Obstinação intensa para conseguir algo. Já segundo o Pr. Claudionor de Andrade, a cobiça é um desejo de se possuir alguma coisa a que não se tem direito. Ainda segundo o Pr. Claudionor, a cobiça é tão grave, que o decálogo encerra-se justamente com uma forte prevenção contra este pecado que, sem dúvida alguma, constituí-se na raiz de todos os males. Ainda segundo ele, a cobiça é o pecado que dá origem a todos os outros pecados. Foi através da cobiça que o mal introduziu-se no Universo. 
O querubim ungido pecou ao cobiçar o ser igual a Deus; nossos pais, ao desejarem saber tanto quanto Deus. Realmente, o texto de 1 Timóteo 6.10 encaixasse perfeitamente aqui, pois diz: “Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se transpassaram a si mesmos com muitas dores”. Amor e cobiça não são a mesma coisa, logo o amor enfatizado no texto refere-se a própria cobiça, pois amor não gera males, mas, sim, a cobiça como trata o Apóstolo explicitamente no texto. Por isso, concordo com o Pr. Claudionor, ao afirmar que a cobiça é o pecado que originou os outros pecados (Gn 3.6; Is 14.13,14)!


2. A horta de Acabe.
Diante da resposta de Nabote, Acabe volta completamente “desgostoso e indignado à sua casa, por causa da palavra de Nabote, o jezreelita, lhe falara: Não te darei a herança de meus pais. Deitou-se na sua cama, voltou o rosto, e não comeu pão” (1 Rs 21.4). O rei estava, de fato, dominado pelo desejo de “ter” e de “possuir”. Acabe, portanto, estava mais preocupado com questões estéticas do que éticas. Ele não estava preocupado como agradar a Deus através de sua administração, mas como desfrutar prazerosamente a vida. 
Lamentavelmente, a filosofia mundana do “ter” em detrimento do “ser” já invadiu a vida de muitos que dizem conhecer a Deus (Mt 6.24; 1 Tm 6.9,10; 1 Jo 2.15). Embora a igreja tenha sido levantada por Deus para combater o pecado, bem como, toda forma de injustiça decorrente do mesmo (Ef 2.10; 1 Tm 3.15; 1 Jo 2.29; 3.3), muitas delas não possuem nem mais a identidade de igreja. Isso porque, a semelhança de Acabe, se deixaram guiar pelo espirito do mundanismo, em vez de obedecerem a vontade de Deus e de sua lei revelada por sua Palavra. Este espirito pode ser identificado através de algumas características, tais como:

   ü  Materialismo – é o ceticismo a respeito da existência daquilo que é transcendental. Um estilo de vida pautado somente nas coisas materiais. Após essa vida, dizem os materialistas, tudo acaba.

   ü  Hedonismo – ética pautada na busca intensa pelo prazer inteiramente pessoal. O sexo, a paz interior e a prosperidade são os sonhos de vida do ser humano.

   ü Pragmatismo – é o estilo de vida que objetiva o lucro pessoal. Os relacionamentos de ordem sentimental, espiritual e profissional são baseados numa perspectiva de barganha.

Por essa razão, o Senhor é bastante enfático em Tiago 4.4, ao dizer: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade com Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. Infelizmente, muitas igrejas deixaram os conceitos mundanos adentrarem os seus apriscos (Ap 3.12-17; Mt 7.21). As Escrituras mostra-nos um típico exemplo de uma igreja assim, ela dizia: “rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta” (Ap 3.17a). Como resposta o Senhor lhe disse: “Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nú” (Ap 3.17b). Portanto, cuidado para não fazer como o rei Acabe que, priorizou seus sonhos e sua vontade em detrimento da vontade e da Lei do Senhor!

   

III. O FRUTO DA COBIÇA
1. Falso testemunho.
Diante do desgosto e indignação demostrados pelo estado do semblante de Acabe, Jezabel lhe indaga: “Por que está o teu espirito tão desgostoso, e não comes pão” (1 Rs 21.5). As Escrituras  afirmam  que um coração alegre aformoseia o rosto (Pv 15.13). Porem, não era o caso de Acabe, já que ele não realizou seu desejo pecaminoso. Então ele conta para Jezabel o ocorrido e ela lhe questiona: “Governa tu, com efeito, no reino de Israel?” (1 Rs 21.7a) , e ela promete ao rei realizar seu desejo pecaminoso, dizendo: “eu te darei a vinha de Nabote, o jezreelita” (1 Rs 21.7b). A partir de então, Jezabel arquiteta um plano sem escrúpulos, sem temor a Deus, sem piedade e sem misericórdia, onde Nabote seria vitimado por uma terrível calúnia. Conhecedora dos costumes e das leis do povo a qual Jezabel era rainha, pois a Lei Mosaica requeria o testemunho de duas ou três testemunhas dignas de fé com o fim de se sustentar a afirmação de um fato (Nm 35.30; Dt 17.6), ela utiliza-se de tal recurso. Porquanto, era uma prática comum em Israel, isto é, já fazia parte da vida e dos hábitos de todo judeu que, o próprio Novo Testamento tanto confirma como absorveu esta prática (Mt 18.16; 2 Co 13.1; 1 Tm 5.19; Hb 10.28). Embora fosse uma prática dos hábitos judaicos, ela não tinha nada de comum no sentido literal do termo, isso porque a pessoa que testemunhava deveria fazê-lo jurando pelo nome do Senhor (Lv 19.12). 
Por essa razão, o ato de testemunhar falsamente violava dois mandamentos do decálogo, os quais são: “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão” (Êx 20.7), e “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êx 20.16). Jezabel usou o recurso do testemunho e, também, o nome do Senhor para fins impróprios. É curioso ver que pessoas malignas não adoram ao Senhor nem o temem, mas não se furtam de usar o nome do Senhor para perverter o juízo e cometer atrocidades. Mas lembremo-nos de que Deus não se deixa  escarnecer nem deixa seu nome ser usado em vão.  


2. Assassinato e apropriação indevida.
Dando andamento ao seu ardiloso plano, Jezabel que não era e nunca foi uma mulher qualquer, pois já havia em outros episódios demonstrado a sua influência e força no reino, na mesa de quem quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e quatrocentos profetas de Aserá comiam, que tomava decisões sem pedir a aprovação do seu manipulável e omisso marido (1 Rs 19.1), possuidora de um temperamento difícil e cruel em suas deliberações (1 Rs 19.2),  toma ela o sinete real para selar a carta que escrevera aos nobres de Jezreel que dizia: “Apregoai um jejum, e ponde a Nabote diante do povo. Ponde defronte dele dois homens, filhos de Belial, que testemunhem contra ele, dizendo: Blasfemaste contra Deus e contra o rei. Depois levai-o para fora, e apedrejai-o, para que morra” (1 Rs 21.9,10). É interessante observar que o maligno plano de Jezabel se reveste de um caráter espiritual, com direito a proclamação de um jejum. O ‘dia de jejum’ que Jezabel proclamou sugere que ela havia convocado os anciãos em assembleia para identificar a causa de algum recente desastre ou dificuldade (cf. Jl 1.14-18). Alguns sugerem que a acusação feita pelos dois ‘vilões’ era que Nabote abandonara a promessa feita em nome de Deus para vender sua terra ao rei. O fracasso em manter um juramento feito em nome de Deus seria blasfêmia. 
Nesse caso, após a morte de Nabote, o rei podia legalmente tomar posse da propriedade em disputa. Mas, Nabote não foi a única vítima desta trama maligna, pois o texto de 2 Rs 9.26 diz: “Ontem eu vi o sangue de Nabote e o sangue de seus filhos, diz o Senhor”. Desta forma, sem nenhum herdeiro vivo, aparentemente não havia ficado ninguém para disputar a reclamação de Acabe pela terra. Vemos, portanto, que é possível “espiritualizar” até a cobiça. Em nome de Deus, e com a máscara da falsa espiritualidade, muitas barbáries e injustiças são realizadas sob a influência do “espírito de Jezabel”, muitas cobiças são alimentadas à custa da destruição de vidas, casamento e famílias.



IV. AS CONSEQUÊNCIAS DA COBIÇA
1. Julgamento divino.
Depois que o plano sórdido da rainha Jezabel foi devidamente executado, ela aguardou, juntamente com o seu cumplice o rei Acabe, o mensageiro que lhe traria as novas. Que novas! Então, o mensageiro chega e lhe diz: “Nabote foi apedrejado, e morreu” (1 Rs 21.14). Pronto! O plano sujo da rainha deu certo, e a essa altura tanto ela como o rei Acabe estavam convictos de que ninguém saberia o que de fato aconteceu. Eles pensavam que o assassinato de Nabote e de sua família, que teve inicio com a cobiça do rei, ficaria impune. Porém, eles esqueciam que “não há criatura alguma encoberta diante dele. todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos de daquele a quem havemos de prestar contas” (Hb 4.13). Tão logo Acabe se apossou da vinha de Nabote, imediatamente, o Senhor manda o profeta de tisbe encontrasse com o rei na vinha de Nabote e dizer-lhe: “Assim diz o Senhor: Não mataste e tomaste a herança? Então lhes dirás: Assim diz o Senhor: No lugar em que os cães lamberam e sangue de Nabote, lamberão o teu sangue, o teu mesmo... Trarei o mal sobre ti, lançarei fora a tua posteridade, e arrancarei de Acabe todo o homem, escravo ou livre, em Israel... Também acerca de Jezabel disse o Senhor: Os cães comerão a Jezabel junto ao antemuro de Jezreel. Quem morrer de Acabe na cidade, os cães o comerão, e o que morrer no campo, as aves do céu o comerão” (1 Rs 21.19,21,23,24). Deus, portanto, envia o seu julgamento como punição contra a desobediência (Lv 26.14-16; 2 Co 7.19,20); desprezo às advertências divinas (2 Cr 36.16; Pv 1.24-31; Jr 44.4-6); murmuração contra Deus (Nm 14.29); idolatria (2 Rs 22.17; Jr 16.18); iniquidade (Is 26.21; Ez 24.13-14); pecados dos líderes (1 Cr 21.2,12). Que isso sirva de lição a todos os que de alguma forma detém o poder e dele abusam: não se pode zombar de Deus utilizando o poder temporal para realizar propósitos pessoais e até malignos.


2. Arrependimento e morte.
Acabe e Jezabel esperavam adquirirem a vinha de Nabote por meios ilícitos. Porém, o que eles não esperavam era uma sentença tão dura como essa entregue pelo profeta Elias (1 Rs 21.19-24). Por isso, ao ouvir a sentença divina, o rei Acabe logo tratou de se humilhar diante do Senhor (1 Rs 21.27). Diferentemente das outras vezes em que Acabe ignorou a palavra do Senhor endurecendo seu coração (1 Rs 18.17), Agora, para quem sempre esteve a incitar a ira do Senhor (1 Rs 16.33), prontamente se humilha como querendo que o Senhor desistisse dessa sentença. Afinal de contas, a sentença foi a destruição completa da dinastia de Acabe (1 Rs 21.21)! Assim, o texto bíblico de 1 Rs 21.20, 25, 26 resumem o caráter de Acabe. Deus revelou-se a Acabe de muitas maneiras, de severo julgamento a atos de grande graça. Nada moveu seu coração, que “vendeste para fazer o que era mau” (1 Rs 21.20). Ainda que os sinais exteriores de arrependimento não sinalizem uma verdadeira mudança no coração. No caso de Acabe, o Senhor foi gracioso  e retardou a sentença (1 Rs 21.29). Desta forma, o arrependimento aparente de Acabe além de não tê-lo salvo, não pode nem ainda livrá-lo da morte já decretada pelo Senhor (1 Rs 22.33-38).



CONCLUSÃO
Diante da aula de hoje aprendemos que a cobiça transforma indivíduos comuns em criminosos, pois como diz as Escrituras “um abismo chama outro abismo” (Sl 42.7). Por isso, precisamos ter o devido cuidado com nossas ações, porque o Senhor nos assegura de que “nada há encoberto que não haja de ser descoberto, nem oculto, que não haja de ser sabido” (Lc 12.2). O rei Acabe com sua esposa Jezabel acreditavam que ninguém jamais descobririam seus planos sórdidos, mas, esqueceram de que “tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). Mesmo diante do arrependimento tardio de Acabe, Deus foi gracioso com ele, porém, não retirou a espada da justiça de sobre os atos reprováveis de Acabe. A lei da semeadura é uma das leis divina que absolutamente ninguém está livre dela! Hoje muitos clamam por justiça, mas muitos daqueles que clamam são os que causam a própria injustiça. Portanto, evitemos a cobiça e pratiquemos a justiça, pois “aquele que pratica a justiça é nascido dele” (1 Jo 2.29). Além disso, aquele que é conhecido como “Senhor, Nossa Justiça” ( Jr 23.6), nos promete: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fardos” (Mt 5.6).  Que Deus abençoe a todos!

 

Referências:

Ø  ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. CPAD.
Ø  BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. CPAD.
Ø  RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.
Ø  SCHULTZ, Samuel. A História de Israel no Antigo Testamento. VIDA NOVA.
Ø  ENSINADOR CRISTÃO, Revista. nº53 p.39. CPAD.
Ø  THOMPSOM, Bíblia de Referência. VIDA.
Ø  GONÇALVES, José. Lições Bíblicas. (1º Trimestre/2013). CPAD.
Ø  www.altairgermano.net/
Ø  www.dicio.com.br
Ø  http://origemdapalavra.com.br/palavras/cobica/
Ø  http://origemdapalavra.com.br/palavras/propriedade/
Ø  http://origemdapalavra.com.br/palavras/heranca/



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