domingo, 27 de julho de 2014

LIÇÃO 04 – GERADOS PELA PALAVRA DA VERDADE



Tg 1.9-11, 16-18.



INTRODUÇÃO
Para vencermos as provações, e obtermos sabedoria para tal vitória, se faz necessário sermos pessoas regeneradas. É exatamente isto que Tiago busca ensinar aos destinatários de sua epístola logo no inicio da referida epístola. Por isso, nesta aula, abordaremos a definição, a necessidade e o processo da regeneração na vida do pecador. Em seguida, trataremos de como deve ser o relacionamento de um regenerado por Deus no âmbito social em que está inserido. Desejo a todos uma excelente aula!!  


I. DEFININDO O TERMO “REGERENAÇÃO”
A Regeneração é um dos cinco aspectos que compõem a Doutrina da Salvação. Em teologia, tal doutrina é conhecida por Soteriologia, e origina-se de dois termos gregos: Soteria, que significa “salvação” ou ‘libertação”, e Logia, que significa “discurso” ou “tratado”. Assim, Soteriologia é o “tratado as salvação”. Mas, como já dito, além da regeneração existem outros quatros aspectos da salvação que são: Justificação, Santificação, Adoção e Glorificação. No entanto, nesta aula, iremos dá ênfase apenas a regeneração. A palavra “Regeneração” vem do original grego “Palinginesia” que significa “Nascer de Novo”. Ela é a obra sobrenatural e instantânea de Deus que concede nova vida ao pecador que recebe a Cristo como seu Salvador. O pastor Claudionor de Andrade assim define a regeneração: “Milagre que se dá na vida de quem aceita a Cristo, tornando-o partícipe da vida e da natureza divinas. Através da regeneração, conhecida também como conversão e novo nascimento, o homem passa a desfrutar de uma nova realidade espiritual. A regeneração não é um processo; é um ato revolucionário que leva o homem a nascer da água e do Espírito”. Assim, os dois melhores textos bíblicos que definem a regeneração são:

Não por obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, ele nos salvou mediante a lavagem da regeneração e da renovação pelo Espírito Santo” (Tt 3.5).

Mas a todos os que o receberam, àqueles que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de serem filhos de Deus – filhos nascidos não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo 1.12.13).

Ressaltamos, ainda, que a palavra “regeneração” aparece pelo menos 85 vezes no Novo Testamento, sendo descrita de várias maneiras, como: o novo nascimento (Jo 3.5); o nascer da parte de Deus (1 Jo 3.9); a nova vida (Ef 2.1-5); novo homem (Ef 4.24; Cl 3.9,10); e nova criação (Gl 6.15). Portanto, não confunda tais expressões, pois todos esses termos referem-se ao fenômeno bíblico chamado de REGENERAÇÃO!


II. A NECESSIDADE E O PROCESSO DA REGENERAÇÃO
Por certo, alguém perguntará: “como ocorre o processo da regeneração na vida do pecador?”. Embora a pergunta seja bem instigante, é ao menos tempo, impossível de respondê-la. Em primeiro lugar, porque a regeneração é um milagre! Em segundo, porque se tratado de um milagre, não há como enumerar as etapas ou fases deste glorioso milagre. E, em terceiro, como asseverou o Pr. Claudionor de Andrade, a regeneração não é um processo, pois é milagre! Todavia, não podendo saber como este glorioso milagre ocorre (a não ser na prática), é possível saber por quais meios ele acontece. Em João 3.5, o Senhor Jesus deixou explicito a Nicodemos que “aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus”. Vemos, então, que a água, isto é, a Palavra de Deus e o Espírito, ou seja, a ação transformadora e sobrenatural do Espírito Santo são os únicos meios para operar na vida do pecador o grandioso milagre da regeneração. Observe, pois, os versículos abaixo:

Tendo sido regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível, pela palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (1 Pe 1.23).

Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas” (Tg 1.18).

Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).

Além disto, todo pecador possui a necessidade de ser regenerado. Pois, sem esta milagrosa transformação espiritual, o pecador permanecerá escravo do pecador (Jo 8.34-36), destituído da glória de Deus (Rm 3.23), morto em seus delitos e pecados (Ef 2.1,5) e incapaz de conhecer a Deus num relacionamento pessoal (1 Co 2.14). Sendo assim, observemos os versículos abaixo que enfatizam algumas das razões por que a regeneração é imprescindível ao homem.

          ü  É necessária para entrar no céu: “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3).
   ü  É necessária para resistir ao pecado: “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado” (1 Jo 3.9).
   ü  É necessária para viver em retidão: “Reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele” (1 Jo 2.29).

Diante do exposto, só resta ao pecador crer na palavra de Deus para que, por meio da fé, receba essa poderosa transformação espiritual em sua vida, que é a regeneração!


III. O RELACIONAMENTO DOS REGENERADOS POR DEUS
As Escrituras nos mostram como o nascido de novo deve se relacionar com seus irmãos e irmãs na fé. Em Efésios 2.13-16 o texto sagrado diz: “Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.  Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um, e destruiu a parede de separação, a barreira de inimizade que estava no meio, desfazendo na sua carne a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um só corpo, matando com ela a inimizade”.
Veja que o apóstolo Paulo foi bastante esclarecedor mostrando que Cristo é nossa paz, e que essa paz é fruto da destruição da parede de separação, ou seja, da inimizade e, que por sua vez, foi morta na cruz promovendo a reconciliação de Deus com os homens e do homem para com homem. O apóstolo Tiago ao escrever sua epístola admoestou e exortou aqueles cristãos justamente a esse respeito, pois ao que parece estava havendo no seio daquela comunidade cristã uma série de pecados que promovia a acepção de pessoas (Tg 2.1-4). Sendo que, muitas dessas acepções, eram motivadas por questões econômicas e sociais (Tg 1.9-11).  No entanto, a prática de fazer acepção de pessoas é, terminantemente, reprovável por Deus (Dt 10.17; Jó 34.19; 2 Cr 19.7; Rm 2.11; At 10.34; Ef 6.9; Tg 2.9). 
O Dr. Champlin ao comentar o texto de Tiago 1.9-11, diz: “Os humildes da igreja, que possuem pouco dinheiro, tendem também por exercer pouca autoridade e por receber pouco respeito, quando a congregação em que estão porventura é rica. O autor sagrado mostra que tal padrão está distante de qualquer validade cristã. Os ricos deveriam lembrar-se que o dinheiro não somente não representa um  valor permanente, como, na realidade, não tem qualquer valor, quando olhamos espiritualmente para as coisas. Até mesmo neste mundo temporal, a confiança na posição social e nas riquezas é um alicerce muito frouxo, que fatalmente haverá de sucumbir sob a pressão do tempo. Com frequência os ricos não têm senso muito agudo de sua necessidade de Deus; e, assim, a vida centralizada em torno dessas coisas, não se reveste de especial importância.
De fato, o mérito da questão não está em ser rico ou ser pobre, mas como ensinou o Doutor Paulo em: “ser uma nova criatura” (Gl 6.15). E, como nova criatura, as Escrituras nos ensinam como devemos nos comportar e nos relacionar com o nosso próximo, quer seja irmão em Cristo, quer não (Lc 6.27,28; Rm 12.9-21; Cl 3.1-14; 1 Pe 2.17; 3.8-11; 4.8-10). Portanto, toda nova criatura, independente de sua condição econômica e social deve saber que “onde estiver o vosso tesouro, aí estará o vosso coração” (Mt 6.21).  Onde está o seu coração? Nos tesouros celestiais ou nos tesouros da terra?


CONCLUSÃO
Diante do exposto, aprendemos que graças à obra regenerativa do Espírito Santo em nossas vidas, nós hoje, somos um milagre de Deus. E, por isto, devemos refletir a glória de Deus por meio da nossa maneira de viver (Mt 5.13-16). Independentemente de qualquer que seja nossa classe econômica ou social, em Cristo, todos nós somos um só corpo (1 Co 12.12) e um só povo (1 Pe 2.10). Portanto, aprendamos a viver como novas criaturas (2 Co 5.17). Que Deus em Cristo vos Abençoe! Amém!!  


REFERÊNCIAS
Ø  CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. HAGNOS.
Ø  ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. CPAD.


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