sábado, 29 de fevereiro de 2020

LIÇÃO 06 – A SEXUALIDADE HUMANA (SUBSÍDIO)






At 19.1-12 



INTRODUÇÃO
Hoje estudaremos a sexualidade humana criada por Deus. Definiremos os termos sexualidade e sexo, como também o que determina o sexo de uma pessoa; destacaremos o propósito da sexualidade segundo os padrões bíblicos, contrapondo aos padrões distorcidos da sexualidade na sociedade atual; e, por fim, veremos motivações para uma sexualidade sadia e que glorifique a Deus.


I. DEFINIÇÃO DAS PALAVRAS “SEXUALIDADE” E “SEXO”
O dicionarista Antônio Houaiss (2001, p. 2563) define a palavra “sexualidade” como: “qualidade do que é sexual. O conjunto dos fenômenos da vida sexual externos ou internos, determinados pelo sexo do indivíduo”. A expressão “sexo” por sua vez, é usada como referência aos órgãos sexuais ou à prática de atividades sexuais.


II. O SEXO FOI CRIADO POR DEUS
A confissão de Fé das Assembleias de Deus no Brasil (2017, p. 203 – grifo nosso) sobre o sexo, assim afirma: “a diferenciação dos sexos visa à complementariedade mútua na união conjugal (1Co 11.11), essa complementariedade mútua é necessária à formação do casal e a procriação. Rejeitamos o comportamento pecaminoso [...] bem como qualquer configuração social, que se denomine família, cuja existência se fundamente em prática, união ou qualquer conduta que atente contra a monogamia e a heterossexualidade consoante o modelo estabelecido pelo Criador e ensinado por Jesus (Mt 19.6). Quando criou o ser humano, a Bíblia revela que Deus os fez sexuados (Gn 1.27). A bênção do Senhor estava sobre aquele casal heterossexual (Gn 1.28). O sexo dentro do casamento não se constitui pecado, pois a Bíblia nos revela que foi Deus quem o criou (Ec 9.9; Pv 5.15-19; Hb 13.4). Logo, a natureza do sexo em si não é pecaminosa nem má, como acreditam e defendem alguns de forma equivocada (1Tm 4.1-3). O sexo fez parte da constituição física e emocional do ser humano, desde o momento da sua criação (Gn 1.27). Assim, à luz das Sagradas Escrituras não é correto ver o sexo dentro do casamento como coisa imoral, feia ou suja, pois Deus não fez nada ruim (Gn 1.31).


III. O QUE DETERMINA O SEXO DE UMA PESSOA
Biblicamente (e cientificamente), a orientação e o desejo sexual estão direta e intrinsecamente relacionados às características físicas do sexo (masculino e feminino), de acordo com as Escrituras e a ciência, existem apenas dois tipos de gêneros: o masculino e o feminino. Vejamos:

1. A ação do Criador.
Do ponto de vista bíblico, a sexualidade de uma pessoa é determinada por uma ação criadora do próprio Deus de maneira bem definida: “E criou Deus [...] homem e mulher os criou” (Gn 1.27); “Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea” (Mc 10.6 ver Mt 19.4); “[...] e Isabel tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome João” (Lc 1.13); “[...] A Noemi nasceu um filho, e chamaram ao menino Obede [...]” (Rt 4.17). Até com os animais a Bíblia mostra a diferença entre os sexos (Gn 6.19; 7.2,3,9,16). A ideologia de gênero está fora de sincronia com esta criação e é contrária à ordem natural estabelecida pelo Criador (Rm 1.24-27 ver Lv 18.1-23; Is 28.15).

2. A genética.
Os hormônios sexuais são encarregados de conceder a uma pessoa as características físicas de seu sexo genético. Estes cromossomos contêm as chaves que desencadeiam a regulação dos hormônios sexuais nos homens e mulheres. Essas instruções estão localizadas em segmentos do DNA chamados “genes” que definirão o sexo da pessoa [...] (TAY, 2015, p. 90 – grifo nosso). Os cromossomos sexuais são um tipo de plasma encontrado no núcleo das células e que determina o sexo dos seres vivos. As fêmeas normalmente possuem o mesmo tipo de cromossomos sexuais “XX”, e por isso chamado de sexo homogamético. Os machos são o sexo heterogamético, contendo dois tipos distintos de cromossomos sexuais, um “X” e outro cromossomo “Y” (TAY, 2015, p. 92 – grifo nosso). Então, alterar o fenótipo (aparência) não consiste em alterar o genótipo (genes).

3. A fisiologia.
Fisiologia é uma área de estudo da biologia responsável em analisar o funcionamento físico, orgânico, mecânico e bioquímico dos seres vivos. O termo fisiologia se originou a partir da junção do grego “physis”, que significa “funcionamento” ou “natureza”, com a palavra “logia”, que quer dizer “estudo” ou “conhecimento” (TAY, 2015, p. 92 – grifo nosso). Deus criou dois sexos anatomicamente distintos (Gn 1.27). Portanto, o órgão genital e as características físicas de nascimento de um ser humano, também determinam sua sexualidade.


IV. PROPÓSITOS DO SEXO SEGUNDO AS ESCRITURAS
Além da Bíblia ensinar que o ato conjugal deve ser praticado única e exclusivamente dentro do casamento, ela também mostra quais os propósitos pelos quais Deus criou o sexo. Vejamos as principais:

1. Procriação.
Sem dúvida alguma, o primeiro propósito do ato sexual é a reprodução humana (Gn 1.28; 9.1; Sl 127.3). A procriação é o ato criador de Deus, através do homem. Para tanto, o Senhor dotou o homem de capacidade reprodutiva, instituindo o matrimônio e a família (Gn 2.21-24). No AT, a “lua de mel” para o soldado durava um ano, com o fim de proporcionar ao casal a possibilidade da procriação (Dt 24.5). Quando os fez macho e fêmea, Deus tinha o propósito de tornar possível a reprodução do gênero humano (Gn 1.28-a), visto que dois iguais não se reproduzem, por isso a prática homossexual é vista na Bíblia como uma abominação (Lv 18.22); e, algo antinatural (Rm 1.26,27). Portanto, “o princípio da heterossexualidade estabelecido na criação, continua a ser parte integrante do plano de Deus para o casamento”.

2. Satisfação.
O ato conjugal também foi criado para proporcionar prazer ao casal. A Bíblia diz: “Bebe água da tua fonte, e das correntes do teu poço. Derramar-se-iam as tuas fontes por fora, e pelas ruas os ribeiros de águas? Sejam para ti só, e não para os estranhos contigo. Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade” (Pv 5.15-18). O sábio exorta os cônjuges a desfrutarem do sexo, sem ao menos mencionar os filhos. Neste capítulo, o homem é incentivado a valorizar a união conjugal honesta e santa, exaltando a monogamia, a fidelidade e o prazer (Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9).


V. DISTORÇÕES DA SEXUALIDADE CONDENADAS PELAS ESCRITURAS
Já vimos que o sexo foi criado por Deus com propósitos elevados, saudáveis e benéficos para o ser humano. No entanto, desde a Queda, o sexo e a sexualidade têm sido deturpados de modo irresponsável (Rm 1.24-27). Abaixo elencaremos algumas práticas sexuais reprovadas pelas Escrituras:

1. Fornicação.
Relação sexual entre pessoas não casadas. A Bíblia restringe o ato sexual apenas aos casados. Portanto, praticá-
lo antes do casamento se constitui em transgressão (Gl 5.19-21; Ef 5.3; Cl 3.5).

2. Adultério.
Relação sexual de um homem casado com uma mulher que não é a sua esposa, ou vice-versa. Prática condenada pela Bíblia Sagrada (Êx 20.14; Dt 5.18; Mt 5.27; Rm 13.9). A Escritura fala da união Monossomática (mono = um) + (soma = corpo). Este é mais um mistério da união sexual dentro do casamento: “serão ambos uma carne” (Gn 2.24). A expressão em destaque diz respeito a um nível de relacionamento tão íntimo entre um casal, ao ponto de fazerem com que o marido e a esposa tornem-se uma só pessoa, de tal forma que beneficiando ou afetando um, logo se atingirá o outro (Ef 5.28-b).

3. Homossexualidade.
Atração erótica entre pessoas do mesmo sexo. Considerada pela Bíblia uma das perversões mais
chocantes. Por isso, é por ela condenada (Lv 18.22; 20.13; Jz 19.22-25; Rm 1.25-27; 1Co 6.9; 1Tm 1.9,10). A Bíblia apresenta a união heterossexual (heteros = diferente) + (sexual = sexo). O relacionamento conjugal só é possível entre um homem e uma mulher, ou seja, entre um macho e uma fêmea (Gn 1.27). Qualquer união sexual fora desse padrão se constitui violência ao plano original divino (Lv 18.22; Dt 23.17).

4. Ideologia de Gênero.
Quanto à sexualidade, a ideologia ensina que o gênero e a orientação do desejo sexual não são determinados pela constituição anatômica do corpo humano (BAPTISTA, 2018, pp. 17,18 – grifo do autor). A ideologia de gênero está exatamente no contrário do que Deus ordenou (Rm 1.24-27 ver Is 28.15). Ao instituir o casamento, Deus  ordenou: “o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne” (Gn 2.24). Isso significa que a união monogâmica (um homem e uma mulher) e heterossexual (um macho e uma fêmea) sempre fez parte da criação original de Deus. A diferenciação dos sexos visa à complementaridade mútua na união conjugal: “nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão” (1Co 11.11 ver Gn 1.27; 1Co 6.10; Ef 5.22-25).


VI. AS MOTIVAÇÕES QUE DEVEM CONDUZIR O CASAL AO SEXO
1. O amor.
Ao contrário do modo de vida das pessoas que não conhecem a Palavra de Deus e praticam o sexo por mero prazer, o cristão é orientado a praticar o ato conjugal motivado pelo amor: “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido” (1Co 7.3). Benevolência e amor andam juntos, pois “o amor é benigno” (1Co 13.4).

2. Respeito.
O ato sexual entre cristãos deve ser feito com respeito, pois o amor: “não se porta com indecência” (1Co 13.5). O marido deve honrar o corpo da esposa, e a esposa o corpo do marido, como nos ensina o apóstolo Pedro (1Pe 3.7). Portanto, o cônjuge não pode ser forçado a fazer sexo quando não pode, principalmente a mulher, em casos específicos, entre outros: período de menstruação (Lv 18.19,20), período pós-parto, como também em casos de doenças.

3. Alegria.
O ato conjugal não deve ser praticado com tristeza ou insatisfação; mas, com alegria, pois é um momento de prazer mútuo entre os cônjuges. A recomendação do sábio é clara: “alegra-te com a mulher da tua mocidade” (Pv 5.18). Uma vez seguindo as orientações bíblicas, virá sobre a vida íntima do casal a proteção contra quaisquer tipos de pecados e ações de satanás (1Co 7.1-3).


CONCLUSÃO
Como pudemos ver, o sexo foi criado por Deus. Mas, o propósito de Deus é que o sexo seja praticado dentro do casamento, entre marido e mulher. Toda prática sexual fora do casamento é uma transgressão à Lei divina, assim como as perversões sexuais, tais como: adultério, homossexualismo, prostituição, etc., que são terminantemente proibidas na Palavra de Deus, como também a ideologia de gênero. Por isso, os cônjuges devem desfrutar dessa bênção dada por Deus, que é o ato conjugal, desde que esteja dentro dos princípios bíblicos.


REFERÊNCIAS
Ø  ARÉVALO, Waldir Moreno. O sexo que Deus criou. MPT.
Ø  BAPTISTA, Douglas. Valores cristãos. CPAD.
Ø  GEISLER, N. L. B, Peter. Fundamentos inabaláveis. Vida
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  TAY, Dr. John S.H Nascido Gay? Central Gospel.
Por Rede Brasil de Comunicação.


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