Lições Bíblicas Adultos
domingo, 30 de março de 2025
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
2º Trimestre de 2025
No 2º trimestre de 2025 estudaremos em nossas Escolas Dominicais o
tema: E o Verbo se fez carne
– Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor. O comentarista do trimestre
será o Pr. Elienai Cabral. Este
servo Deus é Pastor da Assembleia de Deus em Jundiaí, SP. É Graduado em Letras,
com habilitação em Hebraico, pela Universidade de São Paulo, e Mestre em
Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo; é
também professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Além disso, é
Comentarista das Lições Bíblicas CPAD, autor de diversos livros publicados pela
CPAD e presidente da Comissão de Apologética Cristã da CGADB (Convenção Geral
das Assembleias de Deus no Brasil).
Abaixo, você pode
conferir os títulos das 13 lições:
Lição 01 - O Verbo que se Tornou em Carne
Lição 02 - O Novo Nascimento
Lição 03 - A Verdadeira Adoração
Lição 04 - Jesus – o Pão da Vida
Lição 05 - A Verdade que Liberta
Lição
06 - O Bom Pastor e suas Ovelhas
Lição
07 - “Eu
Sou a Ressurreição e a Vida”
Lição
08 - Uma
Lição de Humildade
Lição
09 - O
Caminho, a Verdade e a Vida
Lição
10 - A
Promessa do Espírito
Lição
11 - A Intercessão
de Jesus pelos discípulos
Lição
12 - Do Julgamento
à Ressurreição
Lição 13 - Renovação de Esperança
Venha e traga a sua família!
Você não pode faltar!
QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2025
A Verdadeira Religião –
Um Convite à Autenticidade na Carta de Tiago.
Lição 13
Hora da Revisão
A respeito de “Conselhos Para Uma Vida Autêntica”,
responda:
1.
Qual a resposta adequada para todas as ocasiões da vida?
Tiago
deixa claro que a oração é uma resposta adequada para todas as situações da
vida, sejam de aflição, alegria ou doença.
2.
Segundo a lição, quais os benefícios da oração?
A
oração nos ajuda a manter uma conexão com Deus, permitindo que Ele intervenha e
nos guie em todas as áreas da nossa vida.
3.
Qual o sentido da palavra doente no versículo 14?
A
palavra “doente” no versículo 14 tem o sentido de fraco ou frágil.
4.
Qual o passo decisivo para a cura e a restauração?
A
confissão de pecados é um passo decisivo para a cura e a restauração (v. 16).
5.
O que o pecado e a culpa podem trazer?
O
pecado e a culpa podem causar doenças espirituais, emocionais e físicas, mas a
contrição, a confissão e o arrependimento trazem alívio e restauração para o
espírito, alma e corpo.
QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2025
Em Defesa
da Fé Cristã-
Combatendo as Antigas
Heresias que
se Apresentam com Nova
Aparência.
Lição 13
Revisando o Conteúdo
A respeito de “Perseverando na Fé em Cristo” responda:
1.
Quais os dois principais grupos heréticos que o apóstolo Paulo combatia?
O apóstolo Paulo está combatendo dois
principais grupos heréticos em sua geração: os gnósticos de sua geração, como
combateu as heresias judaicas, também de sua época, os falsos “doutores da lei”
(1 Tm 1.7), da “circuncisão” (Tt 1.10) e as “fábulas judaicas” (Tt 1.14).
2.
Qual a fonte de autoridade do aprendizado de Timóteo?
A fonte de autoridade do aprendizado de
Timóteo são “as sagradas letras”, as Escrituras Sagradas, que são inspiradas
por Deus.
3.
Onde deve começar o ensino cristão?
O
ensino cristão deve começar em casa, no lar (Dt 6.6-9).
4.
Qual a abrangência da inspiração do texto sagrado?
Antigo
e Novo Testamento.
5.
Como estaríamos no mundo sem a Bíblia?
Estaríamos à deriva no mundo sem essas
palavras, pois elas nos levam à luz de Cristo (Sl 119.105).
LIÇÃO 12 – PERSEVERANDO NA FÉ EM CRISTO
2Tm 3.10-17
INTRODUÇÃO
No
decorrer deste trimestre, estudamos doze lições sobre diversas heresias antigas
que se apresentam com nova aparência em nossos dias. Nesta última lição,
estudaremos sobre a necessidade de perseverar na fé em Cristo, para não sermos
enganados pelos falsos ensinos e doutrinas heréticas. Veremos o significado de
perseverança; citaremos algumas recomendações bíblicas sobre a necessidade da
perseverança; explicaremos sobre o perigo das falsas doutrinas bem como dos
falsos mestres; e, finalmente, veremos qual deve ser a nossa atitude diante das
heresias.
I. DEFINIÇÕES DO TERMO PERSEVERANÇA:
O
Dicionarista Houaiss define o termo ‘perseverar’ do seguinte modo: “ter
perseverança, persistir, ser constante, permanecer, conservar-se, continuar”.
E, a palavra ‘perseverança’ como “qualidade de quem persevera, constância,
continuação.” (Houaiss, 2001, p. 2196). Já o Pr. Claudionor de Andrade define o
termo ‘perseverança’ da seguinte maneira: “Do grego hupomonê, e
do latim perseverântia. Significa “constância’, ‘tenacidade’.
Capacidade que o crente recebe, através do Espírito Santo, para permanecer fiel
até a vinda de Cristo Jesus. No grego, o termo serve para ilustrar a coragem
demonstrada pelo soldado em plena batalha. Perseverança é a virtude varonil que
só o filho de Deus pode ter.” (Andrade, 2019, p. 298). Assim, Perseverar na fé
em Cristo, significa: permanecer fiel a Jesus até a Sua vinda!
II. RECOMENDAÇÕES BÍBLICAS SOBRE A
NECESSIDADE DA PERSEVERANÇA
Encontramos
nas páginas do Novo Testamento, diversos exemplos e recomendações sobre a
necessidade da perseverança na fé. Vejamos alguns:
- A perseverança na doutrina era uma das características da Igreja primitiva: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At 2.42).
- Barnabé, ao chegar em Antioquia exortou a igreja para permanecer no Senhor: “E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia, o qual, quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor” (At 11.22,23).
- Barnabé e Saulo, em sua primeira viagem missionária exortou os cristãos a permanecerem no Senhor: “E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia, confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (At 14.21,22).
- O apóstolo Paulo exortou a Timóteo que permanecesse no que ele tinha aprendido: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido” (2Tm 3.14), e perseverasse nelas: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1Tm 4.16).
- O apóstolo João adverte que aquele que não perseverar na doutrina de Cristo, não tem a Deus: “Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo não tem a Deus; quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto o Pai como o Filho” (2 Jo 1.9).
III. O PERIGO DAS FALSAS DOUTRINAS E
DOS FALSOS MESTRES
Um
dos sinais dos tempos do fim é o surgimento de falsos mestres, falsos profetas,
e, consequentemente, falsos ensinos. Escrevendo a Timóteo, o apóstolo Paulo
diz; “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos,
apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas
de demônios” (1Tm 4.1). Em sua segunda epístola, o apóstolo Pedro,
adverte, dizendo: “E, também, houve entre o povo falsos profetas, como
entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias
de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos
repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será
blasfemado o caminho da verdade; e, por avareza, farão de vós negócio com
palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença,
e a sua perdição não dormita” (2Pe 2.1-3). Vejamos, então, alguns
perigos dos falsos mestres e de suas heresias, ou seja, seus falsos ensinos:
O Perigo dos falsos mestres e dos seus falsos
ensinos:
|
Referências
|
Eles
parecem ovelhas, se vestem como ovelhas, mas, são lobos devoradores.
|
Mt
7.15
|
Eles
são capazes de fazer sinais e maravilhas para enganar até os escolhidos.
|
Mt
24.24
|
Eles
são como lobos cruéis e falam coisas perversas para atraíres os discípulos
para si.
|
At
20.29,30
|
Eles
são obreiros fraudulentos, que se transfiguram em apóstolos de Cristo.
|
2Co
11.13
|
Eles
podem levar as pessoas a se afastarem da graça de Cristo.
|
Gl
1.6-9
|
Através
de vãs sutilezas e tradição dos homens, eles atraem as pessoas para si.
|
Cl
2.8
|
Eles
ensinam outra doutrina, diferente da doutrina de Cristo e dos apóstolos.
|
1
Tm 1.3
|
Seus
ensinos se baseiam em fábulas e genealogias que promovem mais dissensões do
que edificação.
|
1
Tm 1.4
|
Eles
são desprovidos de amor, de um coração puro e sua fé é fingida.
|
1
Tm 1.5
|
Por
causa deles, muitos se desviam da verdade e se entregam a vãs contendas.
|
1
Tm 1.6
|
Eles
querem ser doutores, mas, não entendem o que dizem e nem o que afirmam.
|
1
Tm 1.7
|
Seus
ensinos conduzem ao naufrágio na fé.
|
1
Tm 1.18,19
|
Eles
são blasfemos!
|
1
Tm 1.20
|
Conduzem
a apostasia, ou seja, ao abandono premeditado da fé em Cristo.
|
1
Tm 4.1a
|
Suas
doutrinas são demoníacas, hipócritas, mentirosas e oriundas de mentes
cauterizadas.
|
1
Tm 4.1,2
|
Seus
seguidores desviarão os ouvidos da verdade.
|
2 Tm
4.4
|
Eles
introduzem encobertamente heresias de perdição, negando o próprio Senhor
Jesus Cristo.
|
2 Pe 2.1
|
Muitas
pessoas seguirão seus falsos ensinos e o caminho da verdade será blasfemado.
|
2 Pe 2.2
|
Por
avareza, com palavras fingidas, eles fazem negócio com os seus seguidores.
|
2 Pe 2.3
|
Eles
torcem as Escrituras para sua própria perdição.
|
2 Pe
3.16,17
|
Muitos
deles tem se levantado no mundo.
|
1 Jo
4.1
|
IV. QUAL DEVE SER A NOSSA ATITUDE
DIANTE DAS HERESIAS?
1.
Batalhar pela fé (Jd 1.3).
Diante
das investidas dos falsos mestres, o apóstolo Judas nos ensina a batalhar pela
fé. “Os fiéis em Cristo têm o solene encargo de ‘batalhar’ pela fé que Deus
entregou aos apóstolos e aos demais santos (Fp 1.27; 1Tm 1.18; 6.12). A fé
aqui, significa o evangelho proclamado pro Cristo e pelos apóstolos. É a
verdade estabelecida e inalterável, comunicada pelo Espírito Santo e
incorporada no NT [...] A palavra ‘batalhar’, do grego ‘epagonizomai’
descreve a luta que o crente fiel deve travar na defesa da fé [...] Batalhar
pela fé significa tomar posição firme contra aqueles que, dentro da igreja
visível, negam a autoridade da Bíblia ou distorcem a fé original anunciada por
Cristo e pelos apóstolos” (Stamps, 1995, p. 1975).
2.
Priorizar a Bíblia, a inerrante e infalível Palavra de Deus (Hb 4.12).
A
Bíblia é a nossa regra de fé e prática. “As religiões mundiais e seus
movimentos dissidentes possuem diversos escritos sagrados. No cristianismo, a
fonte de autoridade é a Bíblia Sagrada. A autoridade bíblica deriva sua origem
em Deus. Isso encerra a superioridade das Escrituras como plena e total
garantia de infalibilidade...” (Soares, 2025, p. 158). Vejamos algumas razões
por que devemos priorizar a Bíblia: Somente a Bíblia é inspirada por Deus (2Tm
3.16; 32Pe 1.20,21). Ela é viva e eficaz (Hb 4.12; Is 55.10,11). Ela é inerrante
e infalível (Is 40.8; 1Pe 1.24,25).
3.
Pregar o Verdadeiro Evangelho (Mc 16.15).
Milhares
de pessoas estão sendo enganadas por heresias e falsas religiões. Por isso, não
devemos negligenciar na tarefa da evangelização. A evangelização é a Grande
Tarefa que foi entregue pelo Senhor Jesus à sua Igreja aqui na terra, para
levar a mensagem de salvação aos pecadores (Mt 28.19; Mc 16.15; At 1.8; 17.30;
Rm 10.13-17). O desejo de Deus é que todos sejam salvos, e venham ao
conhecimento da verdade (Jo 3.16; Tt 2.11; 1Tm 2.3,4; 2Pe 3.9). Todo salvo deve
sentir o desejo de falar de Cristo aos pecadores (Mt 10.8; Rm 1.16,17; ICo
9.16). Porém, um dos maiores desafios da evangelização é alcançar pessoas que
estão enganadas por heresias e grupos heterodoxos. Por isso, precisamos estudar
a Bíblia, conhecer suas doutrinas para estarmos preparados para refutar as
heresias e ganhar as almas para Cristo. Como disse o apóstolo Pedro: “Antes,
santificai a Cristo, como senhor, em vosso coração; e estai sempre
preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a
razão da esperança que há entre vós” (1Pe 3.15).
CONCLUSÃO
Diante
das falsas religiões e das heresias por elas proclamadas, devemos nos manter
firmes na fé, perseverando em seguir a Cristo, batalhando pela fé que foi
entregue aos santos, priorizando a Bíblia Sagrada como a nossa regra de fé e
prática e pregando o verdadeiro e genuíno evangelho, com o objetivo de alcançar
as almas para Cristo.
REFERÊNCIAS
Ø ALMEIDA. João Ferreira de. Bíblia
de Estudo Defesa da Fé. CPAD.
Ø ANDRADE, Claudionor Correa. Dicionário
Teológico. CPAD.
Ø OLIVEIRA. Raimundo de. Seitas e
Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. CPAD.
Ø SOARES, Ezequias. Em Defesa da
Fé Cristã: Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência.
CPAD.
Por Rede Brasil de Comunicação.
sábado, 29 de março de 2025
terça-feira, 25 de março de 2025
QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2025
A Verdadeira Religião –
Um Convite à Autenticidade na Carta de Tiago.
Lição 12
Hora da Revisão
A respeito de “Autenticidade e Paciência”,
responda:
1.
Quais são alguns dos males da impaciência mencionados na lição?
Frustração
e ansiedade, relações deterioradas, perda da fé e da esperança.
2.
O que Tiago 5.7-9 nos ensina sobre como devemos esperar?
Devemos
esperar com paciência no Senhor.
3.
Quais são os benefícios da paciência destacados na lição?
Crescimento
espiritual, relacionamentos saudáveis e paz interior.
4.
Como a prática da paciência pode influenciar nossos relacionamentos?
A
prática da paciência promove relacionamentos mais saudáveis. Ser paciente com
os outros demonstra amor e respeito, criando um ambiente de compreensão mútua e
apoio, fortalecendo os laços interpessoais.
5.
O que Tiago nos aconselha a fazer diante das injustiças?
Ele
nos aconselha a fortalecer o coração diante das injustiças.
QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2025
Em Defesa
da Fé Cristã-
Combatendo as Antigas
Heresias que
se Apresentam com Nova
Aparência.
Lição 12
Revisando o Conteúdo
A Respeito de "A Igreja Tem Uma Natureza Organizacional" responda:
1.
Por que a situação espiritual de Creta era desanimadora?
A situação espiritual de Creta era
desanimadora porque a igreja estava desorganizada, e o grande descuido no
comportamento daqueles crentes é denunciado no capítulo.
2. O que dá a entender o contexto da
Epístola a Tito?
O contexto da epístola dá a entender que
o relaxo e o descuido em que estavam as comunidades cristãs da ilha de Creta
eram reflexo da cultura da região (Tt 1.12).
3. Cite três exemplos bíblicos em favor
da organização eclesiástica.
Havia local e horário e ordem no culto (1
Co 14.26,40), reunião de ministério para consagração de presbíteros, segundo o
contexto da época de uma igreja emergente (At 14.23); foi realizado um
concílio, que nós diríamos, uma convenção, para tratar de assuntos doutrinários
(At 15.6).
4. Qual a nossa atitude em relação aos
que pensam ser a igreja apenas local de culto?
A nossa atitude é mostrar que a Bíblia
nos apresenta a igreja como um organismo e ao mesmo tempo uma organização.
5. Por que o programa de funcionamento,
adotado pela igreja do período apostólico, foi uma bênção?
A igreja do período apostólico adotou um
programa de funcionamento logo no limiar de sua história e foi uma bênção, pois
ajudou a cumprir a sua tarefa de maneira eficaz (At 6.1-7).
sábado, 22 de março de 2025
sexta-feira, 21 de março de 2025
LIÇÃO 12 – A IGREJA TEM UMA NATUREZA ORGANIZACIONAL
Tt 1.1-9
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, abordaremos o conceito de igreja e suas definições como organismo e
organização. Veremos que as Escrituras nos apresentam essas verdades de maneira
inconteste, pois não se pode existir um organismo, sem que ele venha
precedido de uma organização. Esta lição vem esclarecer àqueles que
ignoram o aspecto organizacional da igreja, relegando-o ao conceito de
inovação, apontando de que o Novo Testamento nos mostra uma igreja organizada,
norteada por princípios administrativos-eclesiásticos, que foram sendo
constituídos à medida que a igreja crescia e tomava forma.
I. DEFINIÇÕES DOS TERMOS: IGREJA,
ORGANISMO E ORGANIZAÇÃO
1.Igreja.
Eclesiologia
é a disciplina da Teologia que estuda a igreja, sua fundação, símbolos e
missão, conforme as Escrituras. A Declaração de Fé das Assembleias de Deus
(2017, p. 120) define que: “A palavra ‘igreja’ significa, literalmente,
‘chamados para fora’ e era usada para designar ‘assembleia’ ou ‘ajuntamento’
dos cidadãos de uma localidade na antiguidade grega”. O vocábulo igreja é
formado por duas palavras gregas: pelo prefixo “ek”, “a partir de, dentro de”
ou “para fora de”; e, “klesis”, que significa: “chamada, convocação, convite”.
Literalmente quer dizer “chamados para fora”. O termo ainda é usado para
designar um “grupo local de cristãos” (Mt 18.17; At 5.11; Rm 16.1,5); ou a
Igreja universal à qual todos os servos de Cristo em todos os tempos estão ligados
(At 9.31; 1Co 12.28; Ef 1.22). Podemos dizer que a Igreja do Senhor Jesus foi
fundada durante o seu ministério (Mt 16.18), e inaugurada no dia de Pentecoste
(At 2) (Bergstén, 2005, p. 214).
2.
Organismo.
Segundo
o dicionário da língua portuguesa, o termo “organismo” refere-se a: Forma
individual de vida [...] qualquer corpo constituído por órgãos, organelas ou
outras estruturas que interagem fisiologicamente, executando os diversos
processos necessários à vida” (Houaiss, 2001, p. 2079).
3.
Organização.
Segundo
o dicionário da língua portuguesa, o termo “organismo” refere-se ao: “ato
ou efeito de organizar, composição, estrutura, inter-relacionamento regular das
partes que constituem um ser vivo. Entidade que serve à realização de ações de
interesse social, político, administrativo etc.; instituição, órgão, organismo,
sociedade”. Segundo Chiavenato (2011, p. 26), um dos autores nacionais
mais conhecidos e respeitados na área da administração de empresas e recursos
humanos, organização “é uma entidade social composta de pessoas e de
recursos, deliberadamente estruturada e orientada para alcançar um objetivo
comum”.
II. A IGREJA COMO ORGANISMO
1.
Como organismo, a Igreja é o “Corpo de Cristo”.
Segundo
Stanley Horton (2021, p, 544), a figura bíblica de máxima relevância para
apresentar a Igreja é o “Corpo de Cristo”. Era a expressão predileta de Paulo,
que frequentemente comparava os inter-relacionamentos e funções dos membros da
igreja como partes do corpo. Como corpo, Paulo nos lembra a verdadeira união,
que é essencial na igreja (1Co 12.12). Da mesma forma que o Corpo de Cristo tem
o propósito de funcionar eficazmente como uma só unidade, também os dons do
Espírito Santo são dados para equipar o corpo “pelo Espírito... o mesmo
Senhor... o mesmo Deus que opera tudo em todos... para o que for útil (1Co
12.4-7). Por esta razão, os membros do corpo de Cristo devem agir com grande
cautela “para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os
membros igual cuidado um dos outros” (1Co 12.25; Rm 12.5). Embora deva
existir união no corpo de Cristo, não se constitui antítese enfatizar que é
necessária a diversidade para o bom funcionamento do corpo. No mesmo contexto
em que Paulo enfatiza a união, também declara: “Porque também o corpo não
é um só membro, mas muitos” (1Co 12.14). Referindo-se a mesma analogia,
em outra epistola ele declara: “Assim como em um corpo temos muitos
membros, e nem todos os membros têm a mesma operação...” (Rm 12.4).
Dessa maneira, há uma “unidade na diversidade” dentro do corpo de Cristo.
2.
Como organismo, a Igreja é “universal”.
A
igreja universal ou invisível consiste em todos os discípulos de Cristo, quer
estejam vivos ou mortos em todo o mundo e em todos os tempos. Algumas vezes a
Bíblia usa a palavra “igreja” no sentido universal para falar de todo o povo
que pertence a Cristo, não importa de onde ele possa ser. A Igreja invisível
não é um edifício construído com blocos e cimento, mas, um edifício construído
com pedras vivas (1Pe 2.5). Estas “pedras vivas” são chamadas os santos e
membros da família de Deus (Ef 2.19-22).
3.
Como organismo, a Igreja é conhecida por sua “unidade e dons”.
Como
um organismo vivo, a Igreja Primitiva era conhecida, por exemplo, pela comunhão
dos seus membros (At 2.42-46) e pelo exercício dos seus carismas (1Co 12-14). Essa
era a estrutura mística do Corpo de Cristo. O apóstolo Paulo mostra esse fato
quando faz a analogia da igreja com um corpo humano (1Co 12). Por outro lado, a
organização é um processo natural em tudo o que é humano. Todos nós sentimos a
necessidade, de alguma forma, de estarmos organizados (Gonçalves, 2023, p. 65).
A IGREJA COMO ORGANIZAÇÃO
|
A IGREJA COMO ORGANISMO
|
A
Igreja como organização é visível, local, humana, imperfeita
(tem defeitos, problemas e pode até cometer erros), é temporária (pode vir a
desaparecer).
|
A
Igreja como organismo, enquanto organismo vivo, é dirigida pelo
Espírito Santo, enviado por Jesus. Como organismo, a igreja é a noiva, a
lavoura e o edifício santo.
|
É
visível
|
É
invisível
|
É
local
|
É
universal
|
É
humana
|
É
divina
|
É
temporária
|
É
perpétua
|
É
imperfeita
|
É
perfeita
|
III. A IGREJA COMO ORGANIZAÇÃO
1.
Como organização, a Igreja é “local e organizada”.
As
Escrituras apresentam o modelo bíblico para os cultos: “Por que isto?
Deus não é Deus de confusão, mas de paz, na igreja dos santos” (1Co
14.33). A Bíblia nos ensina que: “Não abandonando a nossa congregação,
como é costume de alguns […]” (Hb 10.25). A igreja de Cristo é composta
por crentes de todas as eras e tempos que se reúnem com cultos, liturgias,
ministérios, lideranças, coletas, contribuições etc. (Lc 11.42; At 2.46,47; 1Co
14.6; 6:1-6; 13.1-2; 16.1; Ef 4.11-12; Rm 15.26; 2Co 9.1-13; Hb 7.8; Hb 13.17).
2.
Como organização, a Igreja possui liderança humana para administrá-la.
Desde
o AT o Senhor instituiu homens para liderar (Êx 18.25,26; Ne 8.4-6; Jr 3.15). A
hierarquia ministerial não existe com a pretensão de um ser melhor que o outro,
mas para o Altíssimo manter a ordem: “Lembrai-vos dos vossos pastores,
que vos falaram a palavra de Deus […]” (Hb 13.7). Paulo falou: “E
rogamo-vos, irmãos, que reconheceis os que trabalham entre vós e que presidem
sobre vós no Senhor, e vos admoestam” (1Ts 5.12). Ainda podemos ver: “Os
presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra,
principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina” (1Tm 5.17). O
próprio Jesus constitui homens para a liderança do ministério: “E Ele
mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores […]” (Ef 4.11-13 ver At
20.24,28, Jo 21.17). Paulo ainda disse: “Ora, vós sois o corpo de Cristo,
e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja […]” (1Co
12.27,28). Segundo o modelo do NT os pastores representam os fiéis e hão de dar
conta do rebanho: “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles […]”
(Hb 13.17). Seguir ao Senhor Jesus presume-se em pertencer ao seu
rebanho e conquanto tenhamos pastores (Ef 4.11; Hb 13.7; Jr 3.15).
3.
Como organização, a Igreja uma “organização formal”.
O
Novo Testamento nos apresenta a igreja como uma organização formal. Ela possuía
dias de cultos estabelecidos (At. 207; Hb 10.25); tinha uma liderança
era centralizada (At 16.4); as igrejas locais estavam subordinadas
a igreja mãe (At 16.4); os apóstolos doutrinavam a igreja (At
2.42); havia instituição de lideranças (At 6.6; 14.23; Tt 1.5),
verificava-se as qualificações dos candidatos ao ministério (1Tm
3.2-13), reunia-se em concílio (At 15. 1-6), enviava
missionários (At 13.2). Os missionários prestavam relatório das
atividades (At 14.26-28), havia disciplina na igreja (1 Cor
5.4,5,13); ordenanças (At. 2.41; 1 Co 11.23-26); cartas de
recomendação (At. 18.27; 2Co 3.1) e contribuições (Rm
15.26; 1Co 16.1,2). Assim, como toda organização, a Igreja possuía
membros (At 2.47; 5.15; 1Co 1.2); tinha um objetivo: a
glória de Deus (Hb 10.25; 1Ts 5.11; Hb 3.13; Mt 28.19; 2Co 8.5; At. 8.4); e era
regida por leis: a lei de Cristo (2Co 5.17; Cl 3.1-5; At 2.42-46;
Rm 8.1-4; 6.11-14; Ef. 4.17-5.1).
CONCLUSÃO
Aprendemos
que a igreja do Senhor Jesus, é tanto um organismo como uma organização. Como
organismo, a igreja é universal ou invisível, e consiste em todos os discípulos
de Cristo, quer estejam vivos ou mortos em todo o mundo e em todos os tempos.
Como organização, é composta por crentes de todas as eras e tempos, que se
reúnem com cultos, liturgias, ministérios, lideranças, coletas, contribuições
etc.
REFERÊNCIAS
Ø ANDRADE, Claudionor Correa. Dicionário
Teológico. CPAD.
Ø BERGSTEN, Eurico. Teologia
Sistemática. CPAD.
Ø CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à
Teoria Geral da Administração. CAMPUS.
Ø GONÇALVES, José. O Corpo de Cristo:
Origem, Natureza e Vocação da Igreja no Mundo. CPAD.
Ø HORTON, Stanley. Teologia
Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. CPAD.
Ø CHAMPLIM, R. N. Enciclopédia de
Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo
Pentecostal. CPAD.
Por
Rede Brasil de Comunicação.
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