domingo, 30 de março de 2025

ENTREVISTA COM O COMENTARISTA DO 2º TRIMESRE - PASTOR ELIENAL CABRAL


 Lições Bíblicas Adultos





ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

2º Trimestre de 2025





No 2º trimestre de 2025 estudaremos em nossas Escolas Dominicais o tema: E o Verbo se fez carne – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor. O comentarista do trimestre será o Pr. Elienai Cabral Este servo Deus é Pastor da Assembleia de Deus em Jundiaí, SP. É Graduado em Letras, com habilitação em Hebraico, pela Universidade de São Paulo, e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo; é também professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Além disso, é Comentarista das Lições Bíblicas CPAD, autor de diversos livros publicados pela CPAD e presidente da Comissão de Apologética Cristã da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil).
 
 
Abaixo, você pode conferir os títulos das 13 lições:
 
Lição 01 - O Verbo que se Tornou em Carne
Lição 02 - O Novo Nascimento
Lição 03 - A Verdadeira Adoração
Lição 04 - Jesus – o Pão da Vida
Lição 05 - A Verdade que Liberta
Lição 06 - O Bom Pastor e suas Ovelhas
Lição 07 - “Eu Sou a Ressurreição e a Vida”
Lição 08 - Uma Lição de Humildade
Lição 09 - O Caminho, a Verdade e a Vida
Lição 10 - A Promessa do Espírito
Lição 11 - A Intercessão de Jesus pelos discípulos
Lição 12 - Do Julgamento à Ressurreição
Lição 13 - Renovação de Esperança
 
 
Venha e traga a sua família!
Você não pode faltar!
 




QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2025






A Verdadeira Religião –
Um Convite à Autenticidade na Carta de Tiago. 









Lição 13
Hora da Revisão

A respeito de “Conselhos Para Uma Vida Autêntica”, responda:
 
 
1. Qual a resposta adequada para todas as ocasiões da vida?
Tiago deixa claro que a oração é uma resposta adequada para todas as situações da vida, sejam de aflição, alegria ou doença.
 
2. Segundo a lição, quais os benefícios da oração?
A oração nos ajuda a manter uma conexão com Deus, permitindo que Ele intervenha e nos guie em todas as áreas da nossa vida.
 
3. Qual o sentido da palavra doente no versículo 14?
A palavra “doente” no versículo 14 tem o sentido de fraco ou frágil.
 
4. Qual o passo decisivo para a cura e a restauração?
A confissão de pecados é um passo decisivo para a cura e a restauração (v. 16).
 
5. O que o pecado e a culpa podem trazer?
O pecado e a culpa podem causar doenças espirituais, emocionais e físicas, mas a contrição, a confissão e o arrependimento trazem alívio e restauração para o espírito, alma e corpo.

 


QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2025






Em Defesa da Fé Cristã-
Combatendo as Antigas Heresias que
se Apresentam com Nova Aparência.









Lição 13
Revisando o Conteúdo

A respeito de “Perseverando na Fé em Cristo” responda:          
 
 
1. Quais os dois principais grupos heréticos que o apóstolo Paulo combatia?
O apóstolo Paulo está combatendo dois principais grupos heréticos em sua geração: os gnósticos de sua geração, como combateu as heresias judaicas, também de sua época, os falsos “doutores da lei” (1 Tm 1.7), da “circuncisão” (Tt 1.10) e as “fábulas judaicas” (Tt 1.14).
 
2. Qual a fonte de autoridade do aprendizado de Timóteo?
A fonte de autoridade do aprendizado de Timóteo são “as sagradas letras”, as Escrituras Sagradas, que são inspiradas por Deus.
 
3. Onde deve começar o ensino cristão?
O ensino cristão deve começar em casa, no lar (Dt 6.6-9).
 
4. Qual a abrangência da inspiração do texto sagrado?
Antigo e Novo Testamento.
 
5. Como estaríamos no mundo sem a Bíblia?
Estaríamos à deriva no mundo sem essas palavras, pois elas nos levam à luz de Cristo (Sl 119.105).


 

LIÇÃO 12 – PERSEVERANDO NA FÉ EM CRISTO






2Tm 3.10-17
 
 

INTRODUÇÃO
No decorrer deste trimestre, estudamos doze lições sobre diversas heresias antigas que se apresentam com nova aparência em nossos dias. Nesta última lição, estudaremos sobre a necessidade de perseverar na fé em Cristo, para não sermos enganados pelos falsos ensinos e doutrinas heréticas. Veremos o significado de perseverança; citaremos algumas recomendações bíblicas sobre a necessidade da perseverança; explicaremos sobre o perigo das falsas doutrinas bem como dos falsos mestres; e, finalmente, veremos qual deve ser a nossa atitude diante das heresias.
 
 
I. DEFINIÇÕES DO TERMO PERSEVERANÇA:
O Dicionarista Houaiss define o termo ‘perseverar’ do seguinte modo: “ter perseverança, persistir, ser constante, permanecer, conservar-se, continuar”. E, a palavra ‘perseverança’ como “qualidade de quem persevera, constância, continuação.” (Houaiss, 2001, p. 2196). Já o Pr. Claudionor de Andrade define o termo ‘perseverança’ da seguinte maneira: “Do grego hupomonê, e do latim perseverântia. Significa “constância’, ‘tenacidade’. Capacidade que o crente recebe, através do Espírito Santo, para permanecer fiel até a vinda de Cristo Jesus. No grego, o termo serve para ilustrar a coragem demonstrada pelo soldado em plena batalha. Perseverança é a virtude varonil que só o filho de Deus pode ter.” (Andrade, 2019, p. 298). Assim, Perseverar na fé em Cristo, significa: permanecer fiel a Jesus até a Sua vinda!
 
 
II. RECOMENDAÇÕES BÍBLICAS SOBRE A NECESSIDADE DA PERSEVERANÇA
Encontramos nas páginas do Novo Testamento, diversos exemplos e recomendações sobre a necessidade da perseverança na fé. Vejamos alguns:
 
  • A perseverança na doutrina era uma das características da Igreja primitiva: E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações(At 2.42). 
  • Barnabé, ao chegar em Antioquia exortou a igreja para permanecer no Senhor: E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia, o qual, quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor(At 11.22,23). 
  • Barnabé e Saulo, em sua primeira viagem missionária exortou os cristãos a permanecerem no Senhor: E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia, confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus(At 14.21,22). 
  • O apóstolo Paulo exortou a Timóteo que permanecesse no que ele tinha aprendido: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido” (2Tm 3.14), e perseverasse nelas: Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem(1Tm 4.16). 
  • O apóstolo João adverte que aquele que não perseverar na doutrina de Cristo, não tem a Deus: Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo não tem a Deus; quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto o Pai como o Filho(2 Jo 1.9).
 
 
III. O PERIGO DAS FALSAS DOUTRINAS E DOS FALSOS MESTRES
Um dos sinais dos tempos do fim é o surgimento de falsos mestres, falsos profetas, e, consequentemente, falsos ensinos. Escrevendo a Timóteo, o apóstolo Paulo diz; “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1Tm 4.1). Em sua segunda epístola, o apóstolo Pedro, adverte, dizendo: “E, também, houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade; e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita” (2Pe 2.1-3). Vejamos, então, alguns perigos dos falsos mestres e de suas heresias, ou seja, seus falsos ensinos:

O Perigo dos falsos mestres e dos seus falsos ensinos:
Referências
Eles parecem ovelhas, se vestem como ovelhas, mas, são lobos devoradores.
Mt 7.15
Eles são capazes de fazer sinais e maravilhas para enganar até os escolhidos.
Mt 24.24
Eles são como lobos cruéis e falam coisas perversas para atraíres os discípulos para si.
At 20.29,30
Eles são obreiros fraudulentos, que se transfiguram em apóstolos de Cristo.
2Co 11.13
Eles podem levar as pessoas a se afastarem da graça de Cristo.
Gl 1.6-9
Através de vãs sutilezas e tradição dos homens, eles atraem as pessoas para si.
Cl 2.8
Eles ensinam outra doutrina, diferente da doutrina de Cristo e dos apóstolos.
1 Tm 1.3
Seus ensinos se baseiam em fábulas e genealogias que promovem mais dissensões do que edificação.
1 Tm 1.4
Eles são desprovidos de amor, de um coração puro e sua fé é fingida.
1 Tm 1.5
Por causa deles, muitos se desviam da verdade e se entregam a vãs contendas.
1 Tm 1.6
Eles querem ser doutores, mas, não entendem o que dizem e nem o que afirmam.
1 Tm 1.7
Seus ensinos conduzem ao naufrágio na fé.
1 Tm 1.18,19
Eles são blasfemos!
1 Tm 1.20
Conduzem a apostasia, ou seja, ao abandono premeditado da fé em Cristo.
1 Tm 4.1a
Suas doutrinas são demoníacas, hipócritas, mentirosas e oriundas de mentes cauterizadas.
1 Tm 4.1,2
Seus seguidores desviarão os ouvidos da verdade.
2 Tm 4.4
Eles introduzem encobertamente heresias de perdição, negando o próprio Senhor Jesus Cristo.
2 Pe 2.1
Muitas pessoas seguirão seus falsos ensinos e o caminho da verdade será blasfemado.
2 Pe 2.2
Por avareza, com palavras fingidas, eles fazem negócio com os seus seguidores.
2 Pe 2.3
Eles torcem as Escrituras para sua própria perdição.
2 Pe 3.16,17
Muitos deles tem se levantado no mundo.
1 Jo 4.1


IV. QUAL DEVE SER A NOSSA ATITUDE DIANTE DAS HERESIAS?
1. Batalhar pela fé (Jd 1.3).
Diante das investidas dos falsos mestres, o apóstolo Judas nos ensina a batalhar pela fé. “Os fiéis em Cristo têm o solene encargo de ‘batalhar’ pela fé que Deus entregou aos apóstolos e aos demais santos (Fp 1.27; 1Tm 1.18; 6.12). A fé aqui, significa o evangelho proclamado pro Cristo e pelos apóstolos. É a verdade estabelecida e inalterável, comunicada pelo Espírito Santo e incorporada no NT [...] A palavra ‘batalhar’, do grego ‘epagonizomai’ descreve a luta que o crente fiel deve travar na defesa da fé [...] Batalhar pela fé significa tomar posição firme contra aqueles que, dentro da igreja visível, negam a autoridade da Bíblia ou distorcem a fé original anunciada por Cristo e pelos apóstolos” (Stamps, 1995, p. 1975).
 
2. Priorizar a Bíblia, a inerrante e infalível Palavra de Deus (Hb 4.12).
A Bíblia é a nossa regra de fé e prática. “As religiões mundiais e seus movimentos dissidentes possuem diversos escritos sagrados. No cristianismo, a fonte de autoridade é a Bíblia Sagrada. A autoridade bíblica deriva sua origem em Deus. Isso encerra a superioridade das Escrituras como plena e total garantia de infalibilidade...” (Soares, 2025, p. 158). Vejamos algumas razões por que devemos priorizar a Bíblia: Somente a Bíblia é inspirada por Deus (2Tm 3.16; 32Pe 1.20,21). Ela é viva e eficaz (Hb 4.12; Is 55.10,11). Ela é inerrante e infalível (Is 40.8; 1Pe 1.24,25).
 
3. Pregar o Verdadeiro Evangelho (Mc 16.15).
Milhares de pessoas estão sendo enganadas por heresias e falsas religiões. Por isso, não devemos negligenciar na tarefa da evangelização. A evangelização é a Grande Tarefa que foi entregue pelo Senhor Jesus à sua Igreja aqui na terra, para levar a mensagem de salvação aos pecadores (Mt 28.19; Mc 16.15; At 1.8; 17.30; Rm 10.13-17). O desejo de Deus é que todos sejam salvos, e venham ao conhecimento da verdade (Jo 3.16; Tt 2.11; 1Tm 2.3,4; 2Pe 3.9). Todo salvo deve sentir o desejo de falar de Cristo aos pecadores (Mt 10.8; Rm 1.16,17; ICo 9.16). Porém, um dos maiores desafios da evangelização é alcançar pessoas que estão enganadas por heresias e grupos heterodoxos. Por isso, precisamos estudar a Bíblia, conhecer suas doutrinas para estarmos preparados para refutar as heresias e ganhar as almas para Cristo. Como disse o apóstolo Pedro: “Antes, santificai a Cristo, como senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há entre vós(1Pe 3.15).
 
 
CONCLUSÃO
Diante das falsas religiões e das heresias por elas proclamadas, devemos nos manter firmes na fé, perseverando em seguir a Cristo, batalhando pela fé que foi entregue aos santos, priorizando a Bíblia Sagrada como a nossa regra de fé e prática e pregando o verdadeiro e genuíno evangelho, com o objetivo de alcançar as almas para Cristo.
  
 

 
REFERÊNCIAS
Ø  ALMEIDA. João Ferreira de. Bíblia de Estudo Defesa da Fé. CPAD.
Ø  ANDRADE, Claudionor Correa. Dicionário Teológico. CPAD.
Ø  OLIVEIRA. Raimundo de. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. CPAD.
Ø SOARES, Ezequias. Em Defesa da Fé Cristã: Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência. CPAD. 
 
 
 Por Rede Brasil de Comunicação.




terça-feira, 25 de março de 2025

LIÇÃO 13 - PERSEVERANDO NA FÉ EM CRISTO (V.01)

 
Vídeo Aula- Pastor Ciro





QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2025






A Verdadeira Religião –
Um Convite à Autenticidade na Carta de Tiago. 









Lição 12
Hora da Revisão

A respeito de “Autenticidade e Paciência”, responda:
 
 
1. Quais são alguns dos males da impaciência mencionados na lição?
Frustração e ansiedade, relações deterioradas, perda da fé e da esperança.
 
2. O que Tiago 5.7-9 nos ensina sobre como devemos esperar?
Devemos esperar com paciência no Senhor.
 
3. Quais são os benefícios da paciência destacados na lição?
Crescimento espiritual, relacionamentos saudáveis e paz interior.
 
4. Como a prática da paciência pode influenciar nossos relacionamentos?
A prática da paciência promove relacionamentos mais saudáveis. Ser paciente com os outros demonstra amor e respeito, criando um ambiente de compreensão mútua e apoio, fortalecendo os laços interpessoais.
 
5. O que Tiago nos aconselha a fazer diante das injustiças?
Ele nos aconselha a fortalecer o coração diante das injustiças.

 


QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2025






Em Defesa da Fé Cristã-
Combatendo as Antigas Heresias que
se Apresentam com Nova Aparência.









Lição 12
Revisando o Conteúdo

A Respeito de "A Igreja Tem Uma Natureza Organizacional" responda:


1. Por que a situação espiritual de Creta era desanimadora?
A situação espiritual de Creta era desanimadora porque a igreja estava desorganizada, e o grande descuido no comportamento daqueles crentes é denunciado no capítulo.
 
2. O que dá a entender o contexto da Epístola a Tito?
O contexto da epístola dá a entender que o relaxo e o descuido em que estavam as comunidades cristãs da ilha de Creta eram reflexo da cultura da região (Tt 1.12).
 
3. Cite três exemplos bíblicos em favor da organização eclesiástica.
Havia local e horário e ordem no culto (1 Co 14.26,40), reunião de ministério para consagração de presbíteros, segundo o contexto da época de uma igreja emergente (At 14.23); foi realizado um concílio, que nós diríamos, uma convenção, para tratar de assuntos doutrinários (At 15.6).
 
4. Qual a nossa atitude em relação aos que pensam ser a igreja apenas local de culto?
A nossa atitude é mostrar que a Bíblia nos apresenta a igreja como um organismo e ao mesmo tempo uma organização.
 
5. Por que o programa de funcionamento, adotado pela igreja do período apostólico, foi uma bênção?
A igreja do período apostólico adotou um programa de funcionamento logo no limiar de sua história e foi uma bênção, pois ajudou a cumprir a sua tarefa de maneira eficaz (At 6.1-7).



sexta-feira, 21 de março de 2025

LIÇÃO 12 – A IGREJA TEM UMA NATUREZA ORGANIZACIONAL






Tt 1.1-9
 


INTRODUÇÃO
Nesta lição, abordaremos o conceito de igreja e suas definições como organismo e organização. Veremos que as Escrituras nos apresentam essas verdades de maneira inconteste, pois não se pode existir um organismo, sem que ele venha precedido de uma organização. Esta lição vem esclarecer àqueles que ignoram o aspecto organizacional da igreja, relegando-o ao conceito de inovação, apontando de que o Novo Testamento nos mostra uma igreja organizada, norteada por princípios administrativos-eclesiásticos, que foram sendo constituídos à medida que a igreja crescia e tomava forma.
 
 
I. DEFINIÇÕES DOS TERMOS: IGREJA, ORGANISMO E ORGANIZAÇÃO
1.Igreja.
Eclesiologia é a disciplina da Teologia que estuda a igreja, sua fundação, símbolos e missão, conforme as Escrituras. A Declaração de Fé das Assembleias de Deus (2017, p. 120) define que: “A palavra ‘igreja’ significa, literalmente, ‘chamados para fora’ e era usada para designar ‘assembleia’ ou ‘ajuntamento’ dos cidadãos de uma localidade na antiguidade grega”. O vocábulo igreja é formado por duas palavras gregas: pelo prefixo “ek”, “a partir de, dentro de” ou “para fora de”; e, “klesis”, que significa: “chamada, convocação, convite”. Literalmente quer dizer “chamados para fora”. O termo ainda é usado para designar um “grupo local de cristãos” (Mt 18.17; At 5.11; Rm 16.1,5); ou a Igreja universal à qual todos os servos de Cristo em todos os tempos estão ligados (At 9.31; 1Co 12.28; Ef 1.22). Podemos dizer que a Igreja do Senhor Jesus foi fundada durante o seu ministério (Mt 16.18), e inaugurada no dia de Pentecoste (At 2) (Bergstén, 2005, p. 214).
 
2. Organismo.
Segundo o dicionário da língua portuguesa, o termo “organismo” refere-se a: Forma individual de vida [...] qualquer corpo constituído por órgãos, organelas ou outras estruturas que interagem fisiologicamente, executando os diversos processos necessários à vida” (Houaiss, 2001, p. 2079).
 
3. Organização.
Segundo o dicionário da língua portuguesa, o termo “organismo” refere-se ao: “ato ou efeito de organizar, composição, estrutura, inter-relacionamento regular das partes que constituem um ser vivo. Entidade que serve à realização de ações de interesse social, político, administrativo etc.; instituição, órgão, organismo, sociedade”. Segundo Chiavenato (2011, p. 26), um dos autores nacionais mais conhecidos e respeitados na área da administração de empresas e recursos humanos, organização é uma entidade social composta de pessoas e de recursos, deliberadamente estruturada e orientada para alcançar um objetivo comum”.
 
 
II. A IGREJA COMO ORGANISMO
1. Como organismo, a Igreja é o “Corpo de Cristo”.
Segundo Stanley Horton (2021, p, 544), a figura bíblica de máxima relevância para apresentar a Igreja é o “Corpo de Cristo”. Era a expressão predileta de Paulo, que frequentemente comparava os inter-relacionamentos e funções dos membros da igreja como partes do corpo. Como corpo, Paulo nos lembra a verdadeira união, que é essencial na igreja (1Co 12.12). Da mesma forma que o Corpo de Cristo tem o propósito de funcionar eficazmente como uma só unidade, também os dons do Espírito Santo são dados para equipar o corpo “pelo Espírito... o mesmo Senhor... o mesmo Deus que opera tudo em todos... para o que for útil (1Co 12.4-7). Por esta razão, os membros do corpo de Cristo devem agir com grande cautela “para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado um dos outros” (1Co 12.25; Rm 12.5). Embora deva existir união no corpo de Cristo, não se constitui antítese enfatizar que é necessária a diversidade para o bom funcionamento do corpo. No mesmo contexto em que Paulo enfatiza a união, também declara: “Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos” (1Co 12.14). Referindo-se a mesma analogia, em outra epistola ele declara: “Assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação...” (Rm 12.4). Dessa maneira, há uma “unidade na diversidade” dentro do corpo de Cristo.
 
2. Como organismo, a Igreja é “universal”.
A igreja universal ou invisível consiste em todos os discípulos de Cristo, quer estejam vivos ou mortos em todo o mundo e em todos os tempos. Algumas vezes a Bíblia usa a palavra “igreja” no sentido universal para falar de todo o povo que pertence a Cristo, não importa de onde ele possa ser. A Igreja invisível não é um edifício construído com blocos e cimento, mas, um edifício construído com pedras vivas (1Pe 2.5). Estas “pedras vivas” são chamadas os santos e membros da família de Deus (Ef 2.19-22).
 
3. Como organismo, a Igreja é conhecida por sua “unidade e dons”.
Como um organismo vivo, a Igreja Primitiva era conhecida, por exemplo, pela comunhão dos seus membros (At 2.42-46) e pelo exercício dos seus carismas (1Co 12-14). Essa era a estrutura mística do Corpo de Cristo. O apóstolo Paulo mostra esse fato quando faz a analogia da igreja com um corpo humano (1Co 12). Por outro lado, a organização é um processo natural em tudo o que é humano. Todos nós sentimos a necessidade, de alguma forma, de estarmos organizados (Gonçalves, 2023, p. 65). 
 
A IGREJA COMO ORGANIZAÇÃO
A IGREJA COMO ORGANISMO
A Igreja como organização é visível, local, humana, imperfeita (tem defeitos, problemas e pode até cometer erros), é temporária (pode vir a desaparecer).
A Igreja como organismo, enquanto organismo vivo, é dirigida pelo Espírito Santo, enviado por Jesus. Como organismo, a igreja é a noiva, a lavoura e o edifício santo.
É visível
É invisível
É local
É universal
É humana
É divina
É temporária
É perpétua
É imperfeita
É perfeita
 
 
III. A IGREJA COMO ORGANIZAÇÃO
1. Como organização, a Igreja é “local e organizada”.
As Escrituras apresentam o modelo bíblico para os cultos: “Por que isto? Deus não é Deus de confusão, mas de paz, na igreja dos santos” (1Co 14.33). A Bíblia nos ensina que: “Não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns […]” (Hb 10.25). A igreja de Cristo é composta por crentes de todas as eras e tempos que se reúnem com cultos, liturgias, ministérios, lideranças, coletas, contribuições etc. (Lc 11.42; At 2.46,47; 1Co 14.6; 6:1-6; 13.1-2; 16.1; Ef 4.11-12; Rm 15.26; 2Co 9.1-13; Hb 7.8; Hb 13.17).
 
2. Como organização, a Igreja possui liderança humana para administrá-la.
Desde o AT o Senhor instituiu homens para liderar (Êx 18.25,26; Ne 8.4-6; Jr 3.15). A hierarquia ministerial não existe com a pretensão de um ser melhor que o outro, mas para o Altíssimo manter a ordem: “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus […]” (Hb 13.7). Paulo falou: “E rogamo-vos, irmãos, que reconheceis os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam(1Ts 5.12). Ainda podemos ver: “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina” (1Tm 5.17). O próprio Jesus constitui homens para a liderança do ministério: “E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores […]” (Ef 4.11-13 ver At 20.24,28, Jo 21.17). Paulo ainda disse: “Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja […]” (1Co 12.27,28). Segundo o modelo do NT os pastores representam os fiéis e hão de dar conta do rebanho: “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles […]” (Hb 13.17). Seguir ao Senhor Jesus presume-se em pertencer ao seu rebanho e conquanto tenhamos pastores (Ef 4.11; Hb 13.7; Jr 3.15).
 
3. Como organização, a Igreja uma “organização formal”.
O Novo Testamento nos apresenta a igreja como uma organização formal. Ela possuía dias de cultos estabelecidos (At. 207; Hb 10.25); tinha uma liderança era centralizada (At 16.4); as igrejas locais estavam subordinadas a igreja mãe (At 16.4); os apóstolos doutrinavam a igreja (At 2.42); havia instituição de lideranças (At 6.6; 14.23; Tt 1.5), verificava-se as qualificações dos candidatos ao ministério (1Tm 3.2-13), reunia-se em concílio (At 15. 1-6), enviava missionários (At 13.2). Os missionários prestavam relatório das atividades (At 14.26-28), havia disciplina na igreja (1 Cor 5.4,5,13); ordenanças (At. 2.41; 1 Co 11.23-26); cartas de recomendação (At. 18.27; 2Co 3.1) e contribuições (Rm 15.26; 1Co 16.1,2). Assim, como toda organização, a Igreja possuía membros (At 2.47; 5.15; 1Co 1.2); tinha um objetivo: a glória de Deus (Hb 10.25; 1Ts 5.11; Hb 3.13; Mt 28.19; 2Co 8.5; At. 8.4); e era regida por leis: a lei de Cristo (2Co 5.17; Cl 3.1-5; At 2.42-46; Rm 8.1-4; 6.11-14; Ef. 4.17-5.1).
 
 
CONCLUSÃO
Aprendemos que a igreja do Senhor Jesus, é tanto um organismo como uma organização. Como organismo, a igreja é universal ou invisível, e consiste em todos os discípulos de Cristo, quer estejam vivos ou mortos em todo o mundo e em todos os tempos. Como organização, é composta por crentes de todas as eras e tempos, que se reúnem com cultos, liturgias, ministérios, lideranças, coletas, contribuições etc. 
 
 


REFERÊNCIAS
Ø  ANDRADE, Claudionor Correa. Dicionário Teológico. CPAD.
Ø  BERGSTEN, Eurico. Teologia Sistemática. CPAD.
Ø CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. CAMPUS.
Ø GONÇALVES, José. O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e Vocação da Igreja no Mundo. CPAD.
Ø HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. CPAD.
Ø  CHAMPLIM, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
 

Por Rede Brasil de Comunicação.