sábado, 9 de junho de 2012

LIÇÃO 11 - O EVANGELHO DO REINO NO IMPÉRIO DO MAL


 
Ap 14.1-7



INTRODUÇÃO
A lição em apreço, trata do que acontecerá com a Bíblia e o Espírito Santo após ao Arrebatamento da Igreja. Discorrerá sobre o papel dos mártires na Grande Tribulação e também sobre os 144 mil selados das doze tribos de Israel. Será analisado também sobre as características das duas testemunhas do Apocalipse e sobre a proclamação do Evangelho Eterno por meio do anjo na Grande Tribulação, onde trataremos da possibilidade de existir salvação neste período.


I - A BÍBLIA E O ESPÍRITO SANTO APÓS O ARREBATAMENTO
1.1 A Bíblia. Algumas pessoas chegam a pensar que após o arrebatamento da igreja, a Bíblia irá ficar com suas páginas “em branco”, que as letras irão “sumir”, ou até que as Escrituras deixarão de ter a inspiração divina. No entanto, sabemos que isso não passa de uma interpretação equivocada, pois, a Palavra diz ao contrário: “Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste ETERNAMENTE” (Is 40.8). A própria Bíblia testifica de sua permanência: “Mas a palavra do Senhor permanece PARA SEMPRE” (1Pe 1.25). Deve-se salientar que é através da Bíblia que os mártires da tribulação irão evangelizar o mundo.

1.2 O Espírito Santo. Se o Apocalipse mostra que haverá salvação durante este período, é porque a Palavra continuará a ser pregada e o Espírito Santo continuará agindo, pois, é ele quem convence o homem. “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo” (Jo 16.8). “No começo da Tribulação, o Espírito Santo será “afastado”. Isso não significa ser ELE tirado do mundo, pois sendo DEUS, Ele é onipresente, mas que cessará sua influência restritiva à iniquidade e ao surgimento do Anticristo (2Ts. 2.7). O Espírito Santo, todavia, agirá na terra durante a Tribulação, convencendo pessoas dos seus pecados e convertendo-as a Cristo” (Ap. 7.9,14; 11.1-11; 14.6-7).


II - O PAPEL DOS MÁRTIRES NO PERÍODO DA TRIBULAÇÃO
Deus nunca se deixou a si mesmo sem testemunho (At 14.17); Ele é o Deus que “nunca muda” (Ml 3.6), e durante o tempo da Grande Tribulação levantará um grupo de pregadores do “Evangelho do Reino” que com grande poder darão o seu testemunho. Ao contrário do que alguns pensam, muitos serão salvos neste período. João descreve uma grande colheita de almas (Ap 7.9): “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas […]”. Estes são os novos crentes, que se convertem depois do Arrebatamento. Estes crentes se convencem do pecado durante os julgamentos que Deus envia ao mundo neste tempo.


III - OS 144 MIL SELADOS DE ISRAEL
Os 144.000 israelitas que são mencionados em (Ap. 14.1) são o mesmos que foram selados em (Ap. 7.4-8; Ap. 7.9-17). Eles representam uma quantidade dos israelitas redimidos remanescente (Rm. 11.26). Eles fazem o contraste com os adoradores da besta que foram marcados para a condenação. Estes são chamados de “primícias” os primeiros frutos colhidos, penhores da futura, pertenciam ao Senhor (Lv 22.12; Nm 5.9; 18.8; 28 e 29). Assim também, os 144 mil são as “primícias” dentre os israelitas comprados para Deus e para o Cordeiro. Vejamos algumas características deste grupo de israelitas:

a) Não estão contaminados”. É esta uma das razões que os faz “primícias” à semelhança de Cristo as primícias dos que dormem (1Co 15.20);

b) São virgens”. Existem várias interpretações sobre esta expressão. Há quem interprete ser literal e outros acreditam ser metafórico. Devemos compreender isto no sentido “espiritual”, ou seja, simbólico (Mt. 25.1; Tg. 4.4), em contraste com a igreja apóstata (Ap. 14.8), que espiritualmente era uma “prostituta” (Ap. 17.1). A expressão “virgens” significa que não foram desviados da fidelidade ao Senhor. Conservaram em si mesmos sua pureza “virginal” no sentido simbólico, pois se trata de um “celibato espiritual” (2Co 11.2; Ef 5.25-27; Ap 2.4);

c) “São os que seguem o Cordeiro”. Essas palavras estão de acordo com o que lemos em (Mc 2.14; 10.21; Lc 9.59; Jo 1.43 e 21.19), que falam sobre as exigências do discipulado cristão e sobre o fato que Cristo chama alguns para “segui-lo”. O caráter dos 144 mil demonstra isso muito bem, a seriedade em suas vidas e no seu caráter, os declarou “pioneiros da fé” não fingida durante o sombrio tempo de extrema apostasia;

d) Como primícias. Na qualidade de “colheita”, Cristo foi o primeiro. No presente texto (Ap. 14.1-7), os 144 mil foram também aceitos como os primeiros a aceitarem o testemunho de Cristo no período tribulacional, e por cuja razão são contados como “primícias”, e “seguidores” do Cordeiro para onde quer que vai.

e) “…na sua boca não se achou engano”. Isso pode ser comparado com 1Pd 1.19, onde Cristo, na qualidade de Cordeiro de Deus, aparece “sem mácula”. A dignidade destes 144 mil já se encontrava profetizada nas páginas áureas da Bíblia Sagrada, (Sf 3.13), que diz: “os remanescentes de Israel não cometerão iniquidade, nem proferirão mentira, e na sua boca não se achará língua enganosa”. Os 144 mil serão assim. Eles não “negarão” a Cristo; não concordarão com a fraude do culto do Anticristo. Eles se manterão puros de toda idolatria e imoralidade. ”


IV - AS DUAS TESTEMUNHAS E A PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO
As duas testemunhas têm sido identificadas de várias maneiras. Para alguns comentadores tratam-se de: Enoque e Elias (Gn 5.24; 2Rs 2.11); Moisés e Elias (Dt 34.6; Lc 9.30-31; Jd v.9); Josué e Zorobabel (Zc 4); João e Paulo (Jo 21.22-23 e Fl 1.22-25); A lei e a graça (Rm 3.21). O certo, é que eles serão, dois grandes representantes levantados por Deus. Cumprirão a vontade de Deus à risca do seu propósito, e realizarão a sua missão durante o tempo da Grande Tribulação. O que sabemos destas duas testemunhas a luz de Ap.11.1-13 é o seguinte:
  • Exercerão seu ministério na primeira metade da Grande Tribulação, durante 42 meses, ou seja, 1260 dias. (Ap. 11 2-3);
  • Terão um especial poder e grande autoridade da parte de Deus para cumprirem sua missão (Ap.11.3,5 e 6);
  • Trajar-se-ão de pano de saco (Ap 11.3);
  • São comparados a duas oliveiras e dois castiçais que estão diante de Deus (Ap.11.4);
  • Farão sinais e prodígios (Ap 11.6);
  • Quando acabarem a sua missão, serão mortas pelo Anticristo (Ap.11.7);
  • Os corpos delas permanecerão expostos em praça pública, em Jerusalém (Ap.11.8-10);
  • As Testemunhas ressuscitarão depois de três dias e meio (Ap. 11.11);
  • Ao ressuscitarem, elas ouvirão uma grande voz do céu. (Ap. 11.11);
  • Após a ascensão das duas testemunhas, haverá um grande terremoto, e sete mil homens morrerão (Ap. 11.13).

V - A SALVAÇÃO NO PERÍODO DA GRANDE TRIBULAÇÃO
A Bíblia deixa claro que haverá salvação durante a Grande Tribulação, e para isso dão provas os seguintes textos das Escrituras: (Joel 2.32; Ap. 6.9-11; 7.9-11; 12.17; 15.2 e 20.4). certamente que as condições espirituais prevalecentes durante este período não serão tão favoráveis quanto hoje (OLIVEIRA, 2001, p. 337). Durante este tempo, Deus dará mais uma oportunidade de salvação a todos aqueles que não foram arrebatados […], mas a salvação será possível […] desde que invoquem ao Senhor (Joel 2.32) (ZIBORDI, 2009, 515). Vejamos os Resultados da Salvação neste período:
a) Haverá purificação pessoal: Passagens como Apocalipse 7.9,14 e 14.4 mostram claramente que o indivíduo salvo é aceito por Deus. Em nenhuma outra base o indivíduo poderia estar “diante do trono de Deus”;

b) Haverá salvação nacional: A preparação de tal nação (Ez 20.37,38; Zc 13.1,8,9) resultará na salvação da nação remanescente de Israel no segundo advento, como prometido em Romanos 11.27. As promessas nacionais podem ser cumpridas porque Deus, pelo Espírito Santo, redimiu um remanescente em Israel ao qual e por meio do qual as alianças podem ser cumpridas;

c) Haverá bênçãos milenares: Apocalipse 7.15-17 e 20.1-6 deixam claro que a salvação oferecida durante esse período encontrará seu cumprimento na terra milenar. Todas as bênçãos e privilégios de serviço, posição e acesso a Deus são vistos no âmbito milenar. É assim que as promessas nacionais serão realizadas mediante a salvação individual na eternidade com Cristo.


VI - A PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO ETERNO
O Evangelho pregado nessa época de angústia, é o mesmo ensinado por Jesus, pois a essência da mensagem diz respeito a obra redentora de Cristo (Lc. 24.45-47; Ap 14.6). Como sabemos, não há “outro evangelho” (Gl 1.8). O Evangelho é o mesmo, mas pode ser apresentado de maneira MULTIFORME. Deve-se observar como sua mensagem é progressiva em suas várias manifestações ao mundo, e em qualquer época. Em todas as formas apresentadas ele é “UM SÓ” (Gl 1.6-9). Em qualquer época pode ser chamado de “pro tõn aiõnõn”, (desde a eternidade). O Evangelho é imutável, pelo que é eterno. Nenhum evangelho está em foco, além do evangelho de Cristo. Este Evangelho é eterno no plano de Deus. Vejamos:
“Evangelho” (Mc 1.15) “O Evangelho de seu Filho” (Rm 1.9)
“O Evangelho de Cristo” (Rm 1.16) “O Evangelho da glória de Cristo” (2Co 4.4)
O Evangelho de Deus” (Rm 1.1) “O Evangelho da vossa salvação” (Ef 1.13)
O Evangelho de Jesus Cristo” (Mc 1.1) “O Evangelho da paz” (Ef 6.15)
O Evangelho do Reino” (Mt 4.23) “O Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo” (2Ts 1.18)
O Evangelho da graça de Deus” (At 20.24) “O Evangelho Eterno” (Ap 14.6)


CONCLUSÃO
Conforme vimos, a Palavra de Deus será amplamente proclamada durante a Grande Tribulação, o Espírito Santo continuará convencendo o homem de seu pecado, os mártires gentios morrerão por sua fidelidade ao Senhor e os 144.000 israelitas também serão seguidores de Cristo, e por fim o Evangelho Eterno será pregado para glória de Deus!



REFERÊNCIAS
  • SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse, versículo por versículo. CPAD.
  • STAMPS, Donald C. Biblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
  • CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.



quarta-feira, 6 de junho de 2012

O Ministério [Das Duas Testemunhas]

Subsídio Teológico

O ministério destas duas testemunhas incluirá pregação, profecias e realização de milagres. Elas chamarão as pessoas ao arrependimento, predirão eventos futuros e anunciarão que é chegado o reino. Como Zorobabel e Josué, que procuraram restaurar Israel à sua terra, as duas testemunhas encorajarão a fidelidade a Deus, independentemente das circunstâncias individuais.
Apocalipse 11.4 descreve as testemunhas como 'as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra'. Este versículo é uma alusão a Zacarias 4.3, 11, 14, em que Zorobabel e Josué, o sumo sacerdote, líderes de Israel na época de Zacarias, são retratados como um castiçal, ou luz para Israel. O seu combustível é o azeite de oliva, que representa o poder do Espírito Santo. Assim também, nos últimos dias, as duas testemunhas se levantarão pelo poder de Deus e trabalharão em seu cargo profético.
Deus protegerá as duas testemunhas daqueles que tentarem causar-lhes mal antes que a sua missão esteja concluída. Apocalipse 11.5-6 registra os poderes milagrosos dados a estas testemunhas e declara que se alguém lhes quiser fazer mal, será destruído pelo fogo. [...] De maneira similar, os idólatras e inimigos de Moisés foram destruídos pelo fogo (Nm 16.35)" (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.157).

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2012

                           (As Sete Cartas do Apocalipse)


 
Lição 10

1. Qual a definição etimológica da palavra Anticristo?
R. De origem grega, a palavra Anticristo significa aquele que se levanta contra Cristo.

2. Defina teologicamente a expressão Anticristo.
R. O Anticristo é o representante máximo de Satanás. É a sua mais perfeita representação (1Jo 2.18).

3. De acordo com Apocalipse 11.8, quais são os cognomes de Jerusalém?
R. Sodoma e Egito (Ap 11.8).

4. De acordo com a lição, como o Dragão é identificado no Apocalipse?
R. O Dragão é identificado no Apocalipse como a Antiga Serpente (Ap 12.9) e, também, é conhecido como Diabo e Satanás.

5. Quem destruirá o império do Anticristo?
R. Jesus Cristo.

terça-feira, 5 de junho de 2012

 Lições Bíblicas - 3º Trimestre de 2012.
 
 TEMA: VENCENDO AS AFLIÇÕES DA VIDA
“Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas” Salmos 34.19

Lição 01 – No Mundo Tereis Aflições
Lição 02 – A Enfermidade na Vida do Crente
Lição 03 – A Morte para o Verdadeiro Cristão
Lição 04 – Superando os Traumas da Violência Social
Lição 05 – As Aflições da Viuvez
Lição 06 – A Despensa Vazia
Lição 07 – A Divisão Espiritual no Lar
Lição 08 – A Rebeldia dos Filhos
Lição 09 – A Angústia das Dívidas
Lição 10 – A Perda dos Bens Terrenos
Lição 11 – Inveja, um Grave Pecado
Lição 12 – As Dores do Abandono
Lição 13 – A Verdadeira Motivação do Crente
Lição 14 – A Vida Plena nas Aflições

Comentarista: Pr. Eliezer de Lira e Silva


sábado, 2 de junho de 2012

A PRIMEIRA BESTA

1. “E EU pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia”.

I. “...Uma Besta”. A palavra para “besta” neste capítulo não é a mesma usada no capítulo 4.6 e ss: (“zoon, o que vive”), mas, a palavra grega “therion”, que significa “uma fera”. Ela era usada na literatura grega e helenista para indicar animais “perigosos”. Usava-se também para indicar seres animalescos, de natureza sobrenatural, ou indivíduo de natureza bestial. No presente texto, João usa a palavra para descrever a “figura sombria do Anticristo”. Esta Besta será uma pessoa e não apenas uma personificação do mal, ela é chamada de “Besta”, porque do ponto de vista divino de observação é o que ela é. A passagem fala claramente de uma pessoa, pelo uso do pronome “ela” (13.4; 17.11; 19.20). “Em inglês, o pronome é “he”, usado somente para pessoas. Deve-se ter isto em mente para compreensão do significado do pensamento, pois em português, “ela” é usado tanto para pessoas animais ou coisas”.
1. Ele será o monstro mais hediondo que o mundo já conheceu; somos forçados a crer que ele tenha duas nacionalidades: uma romana e a outra judia. Sobre a primeira (Dn 2.44; 7.7 e ss; 8.9 e ss; 9.27; Ap 13.1 e ss); sobre a segunda (Dn 11.37, 38, 45; Mt 24.15; Mc 13.14; Jo 5.43; 2Ts 2.4; 1Jo 2.18; 2Jo v.7). Em figura de retórica ver At 22.28. Sobre sua raça ver Ez 21.25-27; 28.2 e ss; Dn 8.23-25; 9.27; Mt 12.43-45. Semelhantemente, ele exercerá suas atividades em duas capitais: (Roma – centro político) e (Jerusalém – centro religioso). Os rabinos judaicos ensinam que ele será da tribo de Dã: “Dã será (no futuro) serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda” (Gn 30.6; 49.17). Os místicos contemporâneos dizem que o Anticristo nasceu a 5 de fevereiro de 1962, na Palestina; foi para um dos países árabes. Atualmente se encontra em silêncio em Jerusalém. Não sabemos se isso é real, ou fictício, mas será uma coincidência curiosa que adicionando os números da data desse ano, temos 1 + 9 + 6 + 2 = 18, ou seja, três x6 ou 666. Não devemos duvidar se há ou não nisso significação especial, pois a Bíblia afirma que “...já o mistério da injustiça opera” (2Ts 2.7). “...ouvistes que vem o Anticristo... por onde conhecemos que é já a última hora” (1Jo 2.18).
2. “Em João (1 Epístola 2.18, 22 e 2 João v.7), fala do “Anticristo e de muitos anticristos”. O “Anticristo” (1Jo 2.18), a pessoa, deve ser discriminada dos “muitos anticristos” e do “espírito do Anticristo” (1Jo 4.3); o que caracteriza todos eles é a negação da encarnação do Verbo (a palavra), o Filho Eterno, Jesus, como o Cristo (Mt 1.16; Jo 1.1), os “muitos anticristo” precedem e preparam o caminho para o Anticristo, que é a Besta que “subiu do mar”, ele será o último chefe político, como o falso profeta (a segunda Besta) de Ap 13.11 e ss; 16.13; 19.20 e 20.10, será o último chefe religioso. O termo exato, “anticristo”, limita-se, no Novo testamento, à primeira e à segunda Epístolas de João; mas o conceito é perfeitamente comum. Esse termo é usado no singular ou plural, nas passagens (1Jo 2.18, 22; 4.3 e 2Jo v.7). Seu nome demonstra que ele será a antítese do verdadeiro Cristo: Jesus é o Justo, ele será o iníquo; Jesus, ao entrar no mundo disse: “Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb 10.9), do Anticristo está escrito que ele fará conforme a sua vontade (Dn 11.36). O Senhor Jesus é o Filho de Deus, ele será “o filho da perdição” (2Ts 2.3); seu governo será segundo a eficácia (energia, ou operação interna) de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira...”.

2. “E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio”.

I. “...a besta que vi era semelhante...”. A pessoa aqui citada compreende também seu reino ou governo. O apóstolo João contempla agora esta grande visão, cerca de 651 anos da visão de Daniel 7. (Em Daniel 7 a ordem é inversa). Daniel olha para o futuro dos séculos e vê (Leão, Urso, Leopardo e Fera Terrível), João olha para o passado e vê (Besta, Leopardo, Urso e Leão). “O Anticristo sumariará todo o brilho da Grécia, todo o poder maciço e passado da Pérsia, todo o domínio absoluto real e autocrático da Babilônia que os gentios já conheceram”. Essa Besta combina características das primeiras três feras de Dn 7.2 e ss. A força e a brutalidade do império babilônico, medo e persa aparecem também no império romano. A vigilância felina do leopardo, o poder lento esmagador do urso e o rugido do leão, que eram características familiares para os pastores da Palestina.

3. “E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta”.

I. “...uma de suas cabeças (“como”) ferida de morte”. Aqui João vê como fato consumado uma forma revivificada do império romano, que desapareceu há séculos. Essa ferida mortal ou como diz o grego “ferida até a morte”, foi feita quando Odoacro, rei dos hérulos, apoderou-se de Roma, terminando assim o império. Nos dias atuais Roma existe, mas não o império. Durante o governo sombrio do “homem do pecado”, sua primeira grande maravilha será “curar” (através do poder do dragão) essa monarquia. Três vezes neste capítulo é referido esta “cura” (restauração) e de todas elas como significação especial (vs. 3, 12, 14).
1. O Novo Testamento ensina que temos um adversário espiritual em atividade neste mundo, a saber, Satanás. Ele dará todo o seu poder ao Anticristo, o filho da perdição (13.2); ele maravilhará o mundo com suas “mágicas” em vários aspectos:
(a) O leopardo representa o reino da Grécia e da Macedônia (Dn 7.6); rápido, veloz, conquistador e incansável. O Anticristo terá essas qualidades em grau supremo:
(b) Os pés de urso representam a Média e a Pérsia (Dn 7.5); dando as idéias de força, estabilidade e consolidação. As Escrituras falam de seus (“PÉS”) em várias conexões (Dn 2.33, 34, 41, 42; 7.7, 19, 23; 8.10, 13). Outras expressões com o mesmo sentido, são usadas no Novo Testamento, tais como: “pisada” (Lc 21.24); “pisarão” (Ap 11.2). Observe novamente a expressão (“SEUS PÉS”) nesta secção (13.2). Até o “MAPA GEOGRÁFICO” deste império é a “figura de um pé!”. O Anticristo também incorporará esses aspectos em seu poder:
(c) A boca de Leoa representa a monarquia do império da Babilônia (Dn 7.4); subentendendo ruína ameaçadora rugido de blasfêmia, perseguição e matança. O Anticristo será o possuidor supremo dessas qualidades:
(d) A Besta ou fera terrível (Dn 7.7); representa Roma imperial. Terrível, e espantosa e muito forte. O Anticristo será tudo isso e mais ainda; pois o “dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio”.

4. “E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? quem poderá batalhar contra ela?”.

I. “...e adoraram a besta”. A autoridade da Besta e geograficamente extensa, é mundial: sobre cada tribo, povo, língua e nação. A exemplo dos antigos Césares, ela exigirá adoração universal. Há um pormenor a salientar no versículo 12 deste capítulo. Enquanto nos versículos 4 e 8 a adoração é aparentemente voluntária e espontânea, embora interesseira, no versículo doze parece haver intenção de coagir: observe bem a frase “faz com que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta”. Isso não é de admirar, pois além das força invisíveis do mal: o dragão lhe deu “o seu poder, e o seu trono, e grande poderio”, mas quatro coisas o ajudarão na sua popularidade: o número, a imagem, o nome e o sinal (13.17; 15.2). “O que significa tudo isso, no momento, é impossível dizer com certeza, onde estão estampados, as Escrituras claramente indicam”.

5. “E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses”.

I. “...foi-lhe dada uma boca”. O presente versículo encontra seu paralelo, na passagem de (Dn 7.8), onde lemos: “Estando eu considerando as pontas, eis que dentre elas subiu outra ponta pequena (o Anticristo), diante da qual três das pontas primeiras forma arrancadas; e eis que nesta ponta havia olhos, como de homens e uma boca que falava grandiosamente”. Isso é dito porque, conforme já vimos, esse homem, apesar de possuir naturalmente grande inteligência e autoridade, não poderá ser explicado somente sobre bases humanas. Por seis vezes (número do homem) é dito que esse poder “lhe foi dado” (13.2, 5, 7, 14, 15). Esse poder será limitado pelo tempo, mas mesmo assim, durará “quarenta e dois meses”. Esta expressão e outras similares são termos técnicos freqüentemente empregados para descrever o período sombrio chamado de Grande Tribulação. Emprega-se também a frase “um tempo, tempos, e metade de um tempo” (Ap 12.14), como sendo igual a 42 meses e 1.260 dias (11.2, 3; 12.6, 14; 13.5). Expressões estas que denotam o período durante o qual a Cidade Santa foi calcada aos pés dos gentios, e as duas testemunhas profetizaram, a mulher esteve no deserto, e a Besta que subiu do mar ocupou o trono que herdou do dragão vermelho.

6. “E abriu a sua boca em blasfêmia contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu”.

I. “...abriu a sua boca em blasfêmias”. O Anticristo blasfemará os “poderes do mundo superior”, ridicularizando sua própria existência. Apresentará suas próprias explicações acerca de todos os problemas difíceis do universo, e conseguirá enganar a maioria dos homens com seu aparente poder messiânico.
1. O tabernáculo de Jerusalém foi alvo das blasfêmias de Antíoco IV Epifânio. O tabernáculo dos céus será objeto das blasfêmias do Anticristo, durante seu período de existência na terra. durante sua vida terrena, o Filho de Deus foi alvo cerrado das grandes blasfêmias dos rebeldes fariseus. Eles chegaram até blasfemar do infinito Espírito de Deus, e assim ultrapassaram todos” os limites da Redenção” (Mt 12.31, 32). Os súditos da Besta, porém, blasfemarão não só da pessoa de Deus, mas do seu nome, do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.

7. “E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação”.

I. “...foi-lhe permitido fazer guerra aos santos”. O versículo em foco, tem sua base literária nas palavras de Daniel (7.21), aludindo ao poder que Antíoco IV Epifânio teve de ferir e derrotar a nação de Israel. (Ver também nota expositivas em Ap 11.7, onde são usadas palavras similares, acerca da morte das duas testemunhas). Historicamente, conforme o vidente João encarava a questão, o Anticristo será a culminação desse poder satânico vindo do mundo exterior. Quando surgir no grande cenário mundial, o mundo inteiro sofrerá suas perseguições atrozes, e não apenas a Igreja (não a da graça) composta pelos mártires e assinalados durante a Grande Tribulação. Os santos serão vencidos, não no sentido espiritual, pois neste sentido serão “mais do que vencedores” (Rm 8.37), mas, sim, no sentido físico. Alguns deles morrerão à míngua, porquanto não poderão adquirir alimentos, medicamentos e outros meios de subsistência, já que não prestaram lealdade a Besta
8. “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”.

I. “...o livro da vida do Cordeiro”. O presente texto, faz referência ao “livro da vida”. Encontramos de novo a mesma idéia e expressão, em 21.27, sendo ali o mesmo significado do pensamento que temos aqui. “Naquela passagem, somente os que têm sue nomes registrados naquele livro terão a permissão de entrar na Nova Jerusalém. Portanto, essa referência pode ser presente ou escatológica, e a questão da vida eterna está envolvida no quadro”.
1. Desde a fundação do mundo. Essa expressão se acha fora do Apocalipse por seis vezes: (Mt 13.35; 25.34; Lc 11.50; Hb 4.3; 9.26; 1Pd 1.20). No Apocalipse, fora das duas passagens já mencionadas, ver 17.8. A expressão nos leva a entender que o nome de alguém é registrado no “Livro da Vida” devido à expiação de Cristo. (Ver notas expositivas sobre isso, em Ap 3.5).

9. “Se alguém tem ouvidos, ouça”.

I. “...se alguém tem ouvidos, ouça!”. Esta expressão “...se alguém tem ouvidos, ouça” ou “...quem tem ouvidos, ouça”, é freqüentemente usada nos Evange hos; ela é peculiar e exclusiva aos lábios do Senhor Jesus (cf. Mt 13.9, 43; Mc 4.9). Ela também aparece em Ap 2.7, 11, 29 e 3.13, 22, nas quais são acrescentadas as palavras: ‘...o que o Espírito diz às igrejas”. Fora do Apocalipse achamo-la em Mt 13.9, 43, dentro das “parábolas do reino”. (Cf. também Mc 4.9, 23; 7.16; Lc 8.8; 14.35). Tal expressão chama a nossa atenção para a necessidade de darmos ouvidos à mensagem proferida e de agirmos de acordo com ela. O ouvir a palavra de Deus traz ao homem grande segurança contra o pecado “que tão de perto” o rodeia. (Da Silva, Severino Pedro. Apocalipse - versículo por versículo. CPAD

LIÇÃO 10 - O GOVERNO DO ANTICRISTO


                                                      Ap 13.1-9


INTRODUÇÃO
Quando o Senhor Jesus veio a este mundo, há cerca de dois mil anos, o cenário político, social e religioso estava preparado. Deus havia guiado a história até àquele sublime momento em que o Verbo se fez carne (Jo 1.14). O apóstolo Paulo chamou este momento de “plenitude dos tempos” (Gl 4.4). Com o advento do anticristo não será diferente, pois, como o mundo jaz no maligno (I Jo 5.19), este está preparando a plataforma do governo do príncipe que há de vir (Dn 9.27).


I - O CONTEXTO HISTÓRICO-PROFÉTICO
A vinda do anticristo não ocorrerá sem sinais que antecedam tal fato. Além das profecias alusivas a este personagem contidas no Antigo Testamento, especialmente no livro do profeta Daniel (Dn 7-11), o apóstolo Paulo, na sua segunda carta aos tessalonicenses, faz menção de alguns fatos precursores da manifestação deste homem:

1.1 O mistério da injustiça (II Ts 2.7). Trata-se de atividades secretas desempenhadas pelos poderes malignos, e que estão em grande evidência nos dias de hoje. Tais atividades estão conduzindo a sociedade ao escárnio e à zombaria até que se chegue ao extremo da rejeição aos princípios bíblicos. Por causa dessa iniquidade crescente, Jesus afirmou que o amor de muitos esfriaria (Mt 24.10-12). A maldade já chegou a tal ponto que os seres humanos estão, em muitos aspectos, comportando-se como animais irracionais (II Pe 2.12; Jd 10). Essa maldade caracterizará o governo do pior ditador de todos os tempos.

1.2 A apostasia (II Ts 2.3). Palavra grega que significa desvio, afastamento ou abandono. Observando-se o contexto atual, podemos destacar alguns tipos de apostasias causadas pela atuação do espírito do anticristo, que está preparando o cenário mundial para o aparecimento propriamente dito. Vejamos:

1.2.1 Apostasia Teológica. Trata-se do desvio total ou parcial dos ensinos de Cristo e dos apóstolos, ou a rejeição de tais ensinamentos (I Tm 4.1; II Tm 4.3). Vemos tal realidade nos dias atuais, quando os falsos ensinadores transmitem evangelhos voltados aos interesses humanos, sem mencionarem as exigências de Cristo para se ter uma verdadeira comunhão com Deus e alcançar a salvação (II Pe 2.1-3, 12-19).

1.2.2 Apostasia Moral. Diz respeito ao abandono da comunhão que a salvação em Cristo proporciona. Não apenas o abandono, mas o envolvimento declarado com o pecado e a imoralidade. O mais grave é que alguns chegam a ensinar corretamente a sã doutrina, mas vivem desordenadamente do ponto de vista moral (Mt 23.24,25). A imoralidade também caracterizará o governo do anticristo, pois ele será o homem do pecado, o filho da perdição e a personificação da iniquidade (II Ts 2.3,7).
A questão da apostasia é tão séria, que algumas igrejas locais já permitem quase tudo para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (I Tm 4.1). O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por Cristo (Fp 1.29), de renunciar todo o pecado (Rm 8.13), de sacrificar-se pelo reino de Deus e de renunciar a si mesmo é algo raro nos dias hodiernos (Mt 24.12; II Tm 3.1-5).

1.3 “O que agora resiste” (II Ts 2.7). Um dos eventos que determinará o advento do anticristo será a saída de alguém ou de algo que impede o “mistério da injustiça” e o “homem do pecado”. O que o detém é sem dúvida uma referência ao Espírito Santo, pois somente Ele tem poder para deter a iniquidade. A expressão “o que o detém” (II Ts 2.6) possui uma construção gramatical interessante, pois combina um artigo definido masculino e um artigo definido neutro. Essa mesma construção é aplicável à palavra Espírito na língua grega (Jo 16.8). A ação do Espírito, restringindo o pecado pode ser vista claramente nas Escrituras (I Co 3.16; 6.19; Gl 5.17). Com a sua saída, ou com a cessação da sua inibição quanto ao anticristo, a manifestação do homem do pecado terá livre trânsito e uma influência enganadora terá lugar em todo o mundo (II Ts 2.11).


II - QUEM É O ANTICRISTO?
Ele é descrito em Ap 13.1-8 como a Besta que emerge do mar. Quando o Dragão se põe em pé sobre a areia do mar (Ap 12.18), João vê aquilo que representa o tipo de governo mais severo, mais forte e mais aterrador que já existiu (13.1). Ele reúne o poderio do império grego (Dn 7.6, conf. Ap 13.2a), do império medo-persa (Dn 7.5 conf. Ap 13.2b) e do babilônico (Dn 7.4 conf. Ap. 13: 2c). O personagem que estará à frente desse poderoso governo mundial terá o seu poder, seu trono e uma grande autoridade garantida pelo Dragão, que deve ser entendido como uma parceria entre o diabo (v. 3) e os reinos da terra (Ap. 17.12-13).
Naturalmente que o anticristo será um homem comum, nascido de mulher, mas será revestido de um poder satânico, e terá uma capacidade demoníaca extraordinária (Ap 13.2,4), de modo que exercerá poderosa influência sobre a humanidade. Ele é chamado na Bíblia de vários nomes, entre eles analisemos:
  • O chifre pequeno (Dn 7.8);
  • A Besta (Ap 13.1; 14:9; 15:2; 16:2; 17: 3,11;19:20; 20:10);
  • O homem do pecado e filho da perdição (II Ts 2.3);
  • O príncipe que há de vir e o assolador (Dn. 9.26,27);
  • Rei de Feroz Catadura (Dn 8.23);
  • Rei voluntarioso (Dn 11.36);
  • O iníquo ( 2 Ts 2.8);
  • O abominável da desolação (Mt. 24:15).


III - CARACTERÍSTICAS DO ANTICRISTO
Crê-se que o texto “Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá” (Dn 11.37), refere-se ao futuro ditador mundial. Que é o pequeno chifre (Dn 7.8,21-25) e a besta que emerge do mar (Ap 13.1-8). Observemos algumas características deste personagem:
  • Baseado no texto de Dn 11.37, alguns consideram este personagem um judeu, por causa da frase “…aos (Elohim) deuses de seus pais...” (Em algumas versões, a palavra “deuses” está no singular). Porém, o termo mais comum para descrever o Deus de Israel como o Deus de seus pais é Yahweh, que é uma referência inconfundível ao Deus de Israel;
  • Mas, é também significativo Daniel ter usado o termo Elohim, pois é um vocábulo que pode ser usado tanto para o Deus verdadeiro como para ídolos, pois é um termo genérico, como a palavra “deus” em português. O texto deseja destacar que ele não apenas desprezará o Deus de Israel, como rejeitará todos os tipos de ídolos, como bem descreve o versículo anterior;
  • A frase “Não terá respeito….nem ao desejo de mulheres…“, para boa parte dos expositores, em um sentido mais coerente, é que ele poderá ser um homossexual ou um defensor da causa;
  • Ainda observando os textos bíblicos, podemos chegar à conclusão de que ele será um gênio político, militar, religioso e da oratória (habilidade de falar eloquentemente) (Dn 8.23-25; 11.21; Ap 13.4-8).


IV - O GOVERNO DO ANTICRISTO
A besta ou o anticristo será um personagem de uma habilidade e capacidade desconhecidas até hoje. Será um dos maiores líderes da história, acima de qualquer famoso general ou governante mundial conhecido. Sua sabedoria e capacidade terão elementos sobrenaturais, pois além do poderio bélico, da alta tecnologia e do poder econômico, o governo do anticristo contará com uma inédita atuação diabólica.
  • Ele convencerá as massas com seus discursos inflamados (Ap 13.5);
  • A Bíblia diz que toda a terra se maravilhará após a besta (Ap 13.3);
  • Ele buscará a paz e travará guerras (Dn 9.27; Ap. 6:2);
  • Ele certamente aparecerá com a solução para as diversas crises sociais e econômicas que até hoje não foram resolvidas e estabelecerá uma falsa paz (I Ts 5.3; Ap 6.2);
  • Durante a Grande Tribulação, o anticristo declarará ser Deus e exigirá adoração, e perseguirá severamente os que permanecerem leais a Cristo (II Ts 2.4; Ap 11.6,7; 13.7);
  • Mediante o poder satânico, o anticristo fará grandes sinais e maravilhas a fim de propagar o engano com mais eficiência (II Ts 2.9; Ap 13.3). Quem sabe tais sinais não serão transmitidos ao mundo inteiro via satélite e espalhará ainda mais a sua fama e o reconhecimento de sua autoridade dentre todas as nações?;
  • A Bíblia nos diz que esse governo não durará muito tempo, pois o Senhor, que é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, o Príncipe da Paz virá para estabelecer o seu reino aqui na Terra. Ele destruirá o anticristo pelo assopro da sua boca e pelo esplendor da sua vinda (II Ts 2.8). Jesus Cristo é a pedra que foi cortada sem mão e que esmiuçou o governo satânico (Dn 2.34).


CONCLUSÃO
Do ponto de vista político, social, religioso e moral, o mundo já está preparado para o advento do anticristo, que há de estabelecer um domínio temporário sobre a terra. Somente há um que agora o detém, o Espírito Santo de Deus, que é o mantenedor da Igreja de Cristo, a coluna e a firmeza da verdade (I Tm 3.15). Uma vez que essa Igreja for tirada desse mundo, o anticristo se manifestará, mas será destronado pelo verdadeiro Rei e Senhor de toda a terra (Ap 17.14; 19.16).



REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Abraão. Israel, Gogue e o Anticristo. CPAD
GILBERTO, Antônio. O Calendário da Profecia. CPAD
ICE, Thomas e Timothy Demy. A Verdade sobre o Anticristo e seu Reino. Atual Edições.
STANPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD