Mt 22.1-14
INTRODUÇÃO
Logo após o
arrebatamento dos salvos e o Tribunal de Cristo seguir-se-á a tão esperada “Bodas
do Cordeiro”. Nesta lição destacaremos alguns fatos sobre o casamento
judaico que ilustra este grande evento escatológico. Pontuaremos também
informações detalhadas a respeito desta gloriosa celebração, que a Igreja
aguarda anelante.
I.
O CASAMENTO JUDAICO UMA FIGURA DAS BODAS DO CORDEIRO
As Escrituras,
tanto no Antigo como no Novo Testamento, utilizam-se do casamento para
simbolizar a glória espiritual final e a alegria dos fiéis servos de Deus. Em
muitos trechos do Novo Testamento a relação entre Cristo e a igreja é revelada
pelo uso de figuras do noivo e da noiva (Jo 3.29; Rm 7.4; 2Co 11.2; Ef 5.25-33;
Ap 19.7,8; 21.1-2.7). Abaixo destacaremos algumas informações sobre isto:
CASAMENTO
JUDAICO
|
BODAS
DO CORDEIRO
|
O pai escolhe a
esposa para o filho (Gn 24.1-4; 38.6)
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Em Cristo,
fomos eleitos por Deus (Jo 6.37; Ef 1.4)
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Assume-se o
compromisso de noivado (Dt 20.7; Mt 1.18)
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A igreja é
chamada de Noiva e Cristo é chamado de noivo (2 Co 11.2; Ef 5.25-32; Ap
19.6-8)
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O pagamento do
dote para obter a noiva (Gn 34.12; Êx 22.12; I Sm 18.25)
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Cristo pagou o
preço para obter sua noiva (At 20.28; I Co 6.19,20; Ef 5.25; I Pe 1.18,19)
|
O noivo sai com
um cortejo para buscar a noiva em sua residência a fim de trazê-la para si
(Mt 25.6).
|
O noivo sairá
com o cortejo angelical para buscar a noiva a fim de trazê-la para a casa do
Pai (Jo 14.1-3)
|
O tempo da
celebração do casamento de sete dias (Jz 14.12,15,17,18)
|
O tempo das
bodas no céu durará sete anos (Dn 9.27; Nm 14.34; Ez 4.6; Ap 19.7)
|
Acontecia um
banquete em comemoração (Gn 29.22)
|
Acontecerá um
grande banquete em comemoração (Ap 19.9).
|
II.
INFORMAÇÕES DETALHADAS SOBRE AS BODAS DO CORDEIRO
“As Bodas do
Cordeiro é a consumação da união mística entre Cristo e a sua Igreja. Será uma
celebração tão elevada e inefável, que não encontrará precedente algum quer no
tempo, quer no espaço; começará com o arrebatamento dos santos, e há de
continuar por toda a eternidade. Nas Bodas do Cordeiro, a Igreja apossar-se-á
de toda a sua herança como a Noiva de Cristo, e Cristo a possuirá,
concretizando, assim, de maneira amorosa e eterna, o alvo maior do Plano Redentivo:
Deus entre o seu povo, e o seu povo a desfrutar-lhe de todos os benefícios
advindos desta comunhão” (ANDRADE, sd, p. 35). Abaixo destacaremos mais algumas
informações sobre este importante evento:
2.1 Quando
ocorrerá. “Esse
casamento parece seguir os acontecimentos do Tribunal de Cristo, visto que,
quando surge, a igreja aparece adornada com “os atos de justiça dos
santos” (Ap 19.8), que só podem referir-se às coisas que foram aceitas
no tribunal de Cristo. Desse modo, as bodas devem ocorrer entre o tribunal e a
segunda fase da segunda vinda de Cristo a terra. Uma evidência disso é que, ao
descer o Senhor, as bodas já ocorreram, como se vê, comparando Ap 19.7-9,com
19.11-14. Assim, enquanto os juízos divinos caem sobre a terra, durante a
Grande Tribulação, haverá festa no céu. (PENTECOST, sd, p. 248 – acréscimo
nosso).
2.2 Local das
Bodas. “Só
pode ser o céu. Visto que se segue ao tribunal de Cristo, demonstrado como
acontecimento celestial, e visto que, quando o Senhor retomar, a igreja virá
nos ares (Ap 19.14), as bodas devem ocorrer no céu. Nenhum outro local seria
adequado a um povo celestial (Fp 3.20)” (PENTECOST, sd, p. 248).
2.3 Os
participantes das Bodas. Participarão das Bodas do Cordeiro todos os santos
ressuscitados e os vivos transformados por ocasião do arrebatamento (I Ts
4.16,17). A Noiva será formada pelos crentes de todas as épocas porque os
santos do NT deverão participar das promessas juntamente com os santos do AT
(Rm 4.16; Hb 11.39).
2.4 Quanto tempo
durará. A
Bíblia nos informa que entre os judeus, as bodas eram celebradas durante sete
dias com grande alegria (Jz 14.12,15,17,18). As bodas de Jacó duraram sete dias
(Gn 29.27,28). “Na simbologia profética das Escrituras Sagradas, isso aponta
para as bodas do Cordeiro durante “sete anos”: Em termos
proféticos um dia equivale um ano (Nm 14.34; Ez 4.6). Naquele dia Cristo se
unirá a Igreja para nunca mais se separar dela (I Ts 4.17). Estaremos com ele
no Tribunal; nas Bodas; na Ceia; na sua Manifestação; no Milênio; no Juízo
Final; na Nova Terra; finalmente na eternidade!” (SILVA, 1998, p.46 – acréscimo
nosso).
III.
O QUE ACONTECERÁ DEPOIS DO ARREBATAMENTO
3.1 O casamento.
A
palavra bodas é traduzida como uma “celebração de casamento” (FERREIRA,
2004, p. 308). A Bíblia nos mostra que, enquanto a Igreja estiver aqui na
terra, ela será chamada de Noiva de Cristo (II Co 11.2). Contudo, na ocasião pós-arrebatamento
dar-se-á o casamento, quando enfim, ele será chamada de esposa do Cordeiro (Ap
19.7;21.9). Assim vemos que “o simbolismo do casamento judaico foi
maravilhosamente cumprido no relacionamento de Cristo com sua igreja. O pacto
do casamento é implementado no momento em que os membros da igreja são
redimidos (Lc 22.20; Hb 9.15). Cristo, o noivo, busca a sua noiva no
arrebatamento (I Ts 4.16,17). Segue-se, então, a terceira fase, isto e, a Ceia
do Casamento (Ap 19.8)” (PFEIFFER apud WALWOORD, 2007, p.320 – acréscimo
nosso).
3.2 A ceia.
A palavra “ceia” significa “refeição”. Neste caso diz respeito ao banquete que segue o casamento (Gn 29.22; Jz 14.10). A sunamita, a esposa de Salomão, foi por ele introduzida nas recâmaras do palácio (Ct 1.4). Em seguida, amorosamente ele também a conduziu a sala do banquete (Ct 2.4). De igual forma o Senhor ao levar a sua noiva para as mansões celestes (Jo 14.1-3), irá promover a grande ceia, conforme as palavras de Jesus: “Porque vos digo que a não comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus” (Lc 22.16; 27-30). “Será um banquete como nunca houve; será o cumprimento das parábolas, das profecias, e da tipologia do relacionamento entre Cristo e a sua Igreja. É mais uma razão para todo este regozijo. As bodas do Cordeiro trarão grande honra e glória ao Deus Pai, pois é a culminação de seu grande plano de redenção” (HORTON, 2011, p. 203).
A palavra “ceia” significa “refeição”. Neste caso diz respeito ao banquete que segue o casamento (Gn 29.22; Jz 14.10). A sunamita, a esposa de Salomão, foi por ele introduzida nas recâmaras do palácio (Ct 1.4). Em seguida, amorosamente ele também a conduziu a sala do banquete (Ct 2.4). De igual forma o Senhor ao levar a sua noiva para as mansões celestes (Jo 14.1-3), irá promover a grande ceia, conforme as palavras de Jesus: “Porque vos digo que a não comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus” (Lc 22.16; 27-30). “Será um banquete como nunca houve; será o cumprimento das parábolas, das profecias, e da tipologia do relacionamento entre Cristo e a sua Igreja. É mais uma razão para todo este regozijo. As bodas do Cordeiro trarão grande honra e glória ao Deus Pai, pois é a culminação de seu grande plano de redenção” (HORTON, 2011, p. 203).
3.3 Grande
celebração.
Em Apocalipse 19.6,7 vemos a descrição da visão de João a cerca desse glorioso evento, informando-nos que ele será repleto de júbilo, adoração e alegria. “Os salvos chegados de todas as partes da terra e de todos os tempos saudar-se-ão alegremente. Conheceremos os santos do Antigo e do Novo Testamento e reencontraremos aqueles que dentre nós foram antes estar com Jesus (Mt 8.11; I Ts 4.13,14). Os salvos estarão livres de todas as lutas, angústias, pecado e mal. Uma só vez mirar a augusta e divina face de Jesus compensará todas as lutas e tristezas sofridas neste lado da vida. Como não será a recepção por Deus e por todos os santos anjos, do cortejo chegado da Terra, composto por miríades de fiéis, tendo à frente o Senhor Jesus que os salvou por sua graça” (GILBERTO, 2007, p.15 – acréscimo nosso).
Em Apocalipse 19.6,7 vemos a descrição da visão de João a cerca desse glorioso evento, informando-nos que ele será repleto de júbilo, adoração e alegria. “Os salvos chegados de todas as partes da terra e de todos os tempos saudar-se-ão alegremente. Conheceremos os santos do Antigo e do Novo Testamento e reencontraremos aqueles que dentre nós foram antes estar com Jesus (Mt 8.11; I Ts 4.13,14). Os salvos estarão livres de todas as lutas, angústias, pecado e mal. Uma só vez mirar a augusta e divina face de Jesus compensará todas as lutas e tristezas sofridas neste lado da vida. Como não será a recepção por Deus e por todos os santos anjos, do cortejo chegado da Terra, composto por miríades de fiéis, tendo à frente o Senhor Jesus que os salvou por sua graça” (GILBERTO, 2007, p.15 – acréscimo nosso).
IV.
O PERFIL DA NOIVA DO CORDEIRO
4.1 Virgem.
Na ótica
judaica, a pureza sexual era fator preponderante para o matrimônio. A
virgindade da moça era um dos critérios para estar apta para casar, pois como
no princípio o ato conjugal só deveria ser consumado no casamento (Gn 2.24,25;
24.16; Lc 1.27). Dessa noite nupcial se conservava o tecido manchado de sangue
que provava a virgindade da noiva e que servia de prova em caso de calúnia do
marido (Dt 22.13-21). A virgindade da noiva nos aponta quão elevada deve ser a
pureza moral e espiritual daqueles que servem a Cristo (I Ts 4.3; Hb 12.14).
Biblicamente, o pecado, a idolatria e a amizade com o mundo, se constitui num
adultério espiritual (Os 1-3; Jr 2-3; Ez 16; 23; Tg 4.4). Portanto, a Igreja
deve viver como a virgem prometida ao seu futuro esposo (II Co 11.2),
pertencendo somente a Cristo de acordo com o pacto de casamento. Ele buscou sua
noiva com amor e a santificou para que possa estar livre de qualquer mácula quando
Ele mesmo a apresentar a si próprio com todo esplendor (Ef 5.23,27).
4.2 Vestida de
linho.
As vestes de linho neste caso indicam as boas obras realizadas pelos salvos (Ap
19.8). “O linho fino é a manifestação dessa justiça entretecida que é
desenvolvida diariamente no viver cristão” (BEACON, p. 488). É bom lembrar que
embora as obras não tenham valor nenhuma para salvação (Rm 3.20; Gl 2.16; II Pe
1.5-8), elas tem muito valor depois da salvação (Ef 2.10). As igrejas da Ásia,
com exceção de Laodicéia, receberam elogios de Jesus por suas boas obras (Ap
2.2,3,9,13,19; 3.4; 8-10).
4.3 Adornada.
Toda a noiva era adornada para esta ocasião especial (Sl 45.14,15). Desde as vestes nupciais até enfeites eram colocados para ela comparecer perante o seu noivo. A Bíblia diz que, Abraão enviou por meio do seu servo Eliezer, joias de prata, de ouro e vestidos para dá-los a esposa de Isaque (Gn 24.53). Ester, de igual forma, foi presentada com adornos para poder comparecer diante de Assuero (Et 2.9,12). De igual forma, Cristo adornou a sua Igreja com: (a) vestes de salvação (Cl 3.9,10); (b) o fruto do Espírito (Gl 5.22); e, (c) os dons do Espírito (Rm 12.6-8; I Co 12.8-10).
Toda a noiva era adornada para esta ocasião especial (Sl 45.14,15). Desde as vestes nupciais até enfeites eram colocados para ela comparecer perante o seu noivo. A Bíblia diz que, Abraão enviou por meio do seu servo Eliezer, joias de prata, de ouro e vestidos para dá-los a esposa de Isaque (Gn 24.53). Ester, de igual forma, foi presentada com adornos para poder comparecer diante de Assuero (Et 2.9,12). De igual forma, Cristo adornou a sua Igreja com: (a) vestes de salvação (Cl 3.9,10); (b) o fruto do Espírito (Gl 5.22); e, (c) os dons do Espírito (Rm 12.6-8; I Co 12.8-10).
CONCLUSÃO
Assim como os
noivos aguardam ansiosamente o dia do casamento. De igual forma, a Igreja que é
a Noiva anseia encontra-se com Cristo o Noivo a fim de estar ao seu lado para
sempre. As Bodas do Cordeiro se constitui no clímax de todas as benesses que os
salvos receberão do Senhor, por isso é bem aventurado quem dela participa (Ap
19.9).
REFERÊNCIAS
Ø ANDRADE,
Corrêa de. Dicionário de Escatologia Bíblica. CPAD.
Ø GILBERTO,
Antonio. O Calendário da profecia. CPAD.
Ø HORTON,
Stanley M. Apocalipse – as coisas que brevemente devem acontecer. CPAD.
Ø HOWARD, R.E et al. Comentário
Bíblico. CPAD.
Ø PENTECOST,
J. Dwight. Manual de Escatologia – Uma análise detalhada dos eventos futuros.
VIDA.
Ø SILVA,
Severino Pedro da. Apocalipse versículo por versículo. CPAD.
Por Rede Brasil
de Comunicação.
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