terça-feira, 31 de maio de 2016

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2016






   MARAVILHOSA GRAÇA –
O evangelho de Jesus Cristo
revelado na carta aos Romanos





Lição 08

Para Refletir
A respeito da Carta aos Romanos, responda:


Os patriarcas e o Cristo descendiam de que povo?
Os patriarcas e o próprio Cristo descendiam dos judeus.

As promessas de Deus em relação a Israel falharam com a rejeição deles?
As promessas de Deus relativas à nação de Israel não falharam, mesmo que a maioria deles as tenha rejeitado.

Segundo a lição, por que Israel foi endurecido?
Israel foi endurecido porque não aceitou a justificação que lhe foi dada através de Jesus Cristo.

Paulo se considerava um dos remanescentes?
Sim, ele se considerava um dos remanescentes.

Como os gentios passaram a fazer parte do plano da salvação?
Como os judeus tropeçaram ao não aceitarem a justiça de Deus manifestada em Jesus Cristo, os gentios entraram como um “enxerto” no plano da salvação.


LIÇÃO 08 – ISRAEL NO PLANO DA REDENÇÃO






Rm 9.1-5; 10.1-8; 11.1-5




INTRODUÇÃO
Veremos nesta lição que Romanos 9-11 é uma trilogia do povo de Israel e dos gentios, onde, o capítulo 9 olha para o passado e mostra a soberana eleição divina sobre Israel; o capítulo 10 vê o presente e aborda a responsabilidade humana; já o capítulo 11 vislumbra o futuro e trata da bênção universal. Assim, falaremos sobre Israel no plano divino para a salvação; estudaremos sobre sua eleição; pontuaremos sobre o sentimento de tristeza de Paulo em relação aos judeus, e concluiremos falando sobre os privilégios de Israel como nação escolhida por Deus.


I. ISRAEL NO PLANO DIVINO PARA A SALVAÇÃO
1.1 A eleição de Israel no passado (Rm 9.6-29).
Em Romanos 9.6-13, Paulo afirma que a promessa de Deus a Israel não falhou, pois a promessa era só para os fiéis da nação e visava somente o verdadeiro Israel, aqueles que eram fiéis à promessa (Gn 12.1-3; 17.19), pois “sempre há um Israel dentro de Israel, que tem recebido a promessa” (Rm 9.6). Nos versículos 14-29, Paulo chama a nossa atenção para o fato de que Deus tem o direito de rejeitar a Israel, se desobedecerem a Ele e o direito de usar de misericórdia para com os gentios, oferecendo-lhes a salvação (STAMPS, 1995, p. 1715 – grifo nosso).

1.2 A rejeição presente do evangelho por Israel (Rm 9.30 a Rm 10.21).
O erro de Israel de não voltar-se para Cristo, não se deve a um decreto incondicional de Deus, mas à sua própria incredulidade e desobediência (At 4.11; Rm 10.3). O estado espiritual de perdido, da maioria dos israelitas, não fora determinado por um decreto arbitrário de Deus, mas, resultado da sua própria recusa de se submeterem ao plano divino da salvação mediante a fé em Cristo (Rm 10.3; 11.20). Inúmeros gentios, porém, aceitaram o caminho de Deus, e se tornaram “filhos do Deus vivo” (Rm 9.25,26).

1.3 A rejeição de Israel é apenas parcial e temporária (Rm 11.1-36).
As Escrituras estão repletas de promessas de uma futura restauração de Israel ao aceitarem o Messias. Tal restauração terá lugar ao findar-se a Grande Tribulação, na iminência da volta pessoal de Cristo (Is 11.10-12; 24.17-23; 49.22,23; Jr 31.31-34; Ez 37.12-14; Rm 11.26; Ap 12.6). O apóstolo Paulo deixa claro que Israel por fim aceitará a salvação divina em Cristo por algumas razões: a) Deus não rejeitou o Israel verdadeiro (Rm 11.1-6); b) Deus transformou a transgressão de Israel numa oportunidade de proclamar a salvação a todo o mundo (Rm 11.11,12, 15), e por fim, c) O propósito sincero de Deus é ter misericórdia de todos, tanto dos judeus como dos gentios, e incluir no seu reino todas as pessoas que creem em Cristo (Rm 11.30-36; Rm 10.12,13; 11.20-24) (STAMPS, 1995, p. 1715 – grifo nosso).


II. ISRAEL E SUA ELEIÇÃO
2.1 A eleição de Israel não é superior a dos gentios (Rm 9.24).
Havia na igreja de Roma dois grupos distintos, um formado por judeus, e outro por gentios (Rm 1.13; 7.1). Os judeus não aceitavam o ensino de Paulo quanto à salvação pelo fato do apóstolo apresentar o novo pacto (a graça), como capaz e superior ao velho pacto (a Lei) para salvar o homem. O judeu cria que Deus havia eleito seu povo e, por isso, a sua salvação estava pré-ordenada e pré-determinada. No entanto, Deus jamais escolhe alguém com parcialidade, pois Ele não faz acepção de pessoas (At 10.34; Rm 2.11; Ef. 6.9; 1 Pe 1.17).

2.2 A eleição de Israel não é genética, mas espiritual (Rm 9.6-9).
Nem todos os descendentes físicos de Abraão são filhos espirituais de Abraão (Rm 9.6). Os verdadeiros filhos de Abraão não são os que têm o sangue de Abraão correndo nas veias (filiação carnal), mas os que têm a fé de Abraão em seu coração (filiação espiritual). Se a fé de Abraão não estiver nos corações, de nada lhes adiantará ter o sangue de Abraão em suas veias, pois, a descendência natural de Abraão não é garantia de um parentesco espiritual com Abraão. Deus não se deixa enquadrar como um Deus nacionalista, assim, não são judeus todos os que são judeus, nem são circuncisos todos os que são da circuncisão (Rm 2.28,29). Os verdadeiros filhos de Abraão são aqueles que “também andam nas pisadas da fé que teve Abraão” (Rm 4.12) (MURRAY apud LOPES, 2010, p. 328).

2.3 A eleição de Israel não é meritória, mas graciosa (Rm 9.10-13).
A graça não é concedida por critério étnico, cultural ou religioso, pois Deus chama dentre os judeus, mas também dentre os gentios (Rm 9.24). Portanto, a salvação não é endereçada apenas aos filhos de sangue de Abraão, mas também aos que se tornam filhos de Abraão pela fé (Gl 3.7).

2.4 A eleição de Israel não é uma predestinação fatalista (Rm 9.26,27).
Paulo está tratando do modo como Deus lida com nações e povos do ponto de vista histórico, a partir do seu direito de usar povos e nações conforme Ele quer. Por exemplo, sua escolha de Jacó em lugar de seu irmão Esaú (Rm 9.11) teve como propósito fundar e usar as nações de Israel e de Edom, oriundas dos dois. Nada tinha que ver com seu destino eterno quanto a sua salvação ou condenação como indivíduos como ensinam alguns teólogos fatalistas (STAMPS, 1995, p. 1715).


III. ISRAEL E O SENTIMENTO DE TRISTEZA DE PAULO
Paulo declara seu amor por sua gente, os judeus (Rm 9.12-3). Visto que era conhecido como judeu zeloso, sua conversão a Cristo o tornou antipático para os judeus, que o viam como “um traidor de sua gente”. Entretanto, Paulo garante que seus sentimentos são sinceros e que sua consciência tinha o testemunho do Espírito Santo (Rm 9.1).

3.1 A incredulidade dos judeus e a tristeza de Paulo (Rm 9.1,2).
Paulo passa da exultação do final do capítulo 8 para a profunda tristeza do começo do capítulo 9. A confissão de amor de Paulo por seus compatrícios não é uma retórica vazia nem uma declaração hipócrita, dissimulada e fingida, mas uma realidade. Os judeus, irmãos e compatriotas de Paulo segundo a carne, ainda estavam aferrados à sua tradição religiosa, sem Cristo e sem salvação, e isso provocou no apóstolo grande tristeza e dor (Rm 9.2) (LOPES, 2010, pp. 323,324).

3.2 A profunda dor do apóstolo em relação aos judeus (Rm 9.3).
Paulo desejou ser apartado de Cristo para que seus irmãos fossem reconciliados com Cristo, desejou ser maldito para que seus compatriotas fossem benditos, desejou ir ao inferno para que os seus irmãos fossem ao céu. Paulo se mostrou disposto a ficar fora do céu por amor aos salvos e a ir ao inferno por amor aos perdidos. Paulo estava pronto a ir às últimas consequências para ver seus compatrícios salvos. O sentimento de Paulo nos lembra de Judá que, como substituto de seu irmão Benjamim (Gn 44.33), recorda-nos as palavras emocionantes de Moisés ao interceder pelo povo (Êx 32.32), e o agonizante clamor de Davi por seu filho (2 Sm 18.33). Porém, acima de tudo, ele fixa nossa atenção naquele que realmente se fez o substituto de seu povo (Rm 3.24,25; 8.32). “Parece inacreditável que um homem se disponha a ser amaldiçoado a fim de que os malditos possam se salvar” (STOTT apud LOPES, 2010, p. 324).


IV. OS PRIVILÉGIOS DE ISRAEL
Nenhuma nação no mundo recebeu as bênçãos que Israel recebeu. Vejamos os privilégios para Israel apresentados por Paulo nesta Carta (STAMPS, 1995, p. 1715):

4.1 A descendência “Que são israelitas...” (Rm 9.4).
Como promessa divina, visto que foram feitos filhos ou povo peculiar de Deus, tirado do meio das nações (Êx 4.22; Os 11.1).

4.2 A adoção “.... dos quais é a adoção de filhos” (Rm 9.4).
A “adoção” se refere à sua eleição teocrática, pela qual eles foram separados das nações pagãs para se tomarem os primogênitos de Deus (Êx 4.22), sua possessão particular (Êx 19.5), seu filho (Os 11.1), seu povo escolhido (Is 43.20).

4.3 A glória “.... e a glória” (Rm 9.4).
A “glória” era o sinal visível da presença de Deus com eles. Essa glória deve ser reputada como referência àquela que se manifestou e permaneceu no monte Sinai (Êx 24.16,17), a glória que cobriu e encheu o Tabernáculo (Êx 40.34-38), a glória que aparecia sobre o propiciatório, no Santo dos Santos (Lv 16.2), a glória do Senhor que encheu o templo (l Rs 8.10,11).

4.4 As alianças “... e as alianças” (Rm 9.4).
As “alianças” estão no plural porque o pacto de Deus foi progressivamente revelado. Devemos considerar o plural como denotação das alianças abraâmica (Gn 15.18; 17.4), mosaica (Êx 24.8; 34.10; Dt 29.1); nos dias de Josué, o sucessor de Moisés (Dt 27.2; Js 8.30; 24.25); e davídica (2 Sm 23.5; Sl 89.28).

4.5 A legislação “... e a lei” (Rm 9.4).
Deus favoreceu de modo especial Israel pela dádiva da Lei. Deus deu preceitos e instruções a seu povo para guiá-lo no caminho da santidade. A concretização da aliança feita com o aparecimento da Lei concretiza a preocupação divina com a vida cotidiana do povo judeu (Êx 20.1-17).

4.6 O culto “... e o culto” (Rm 9.4).
O “culto” aqui fala da adoração do verdadeiro Deus de modo verdadeiro. Paulo diz literalmente: “deles é o culto”, no sentido de que foi privilégio particular da nação israelita cultuar ao Deus verdadeiro, visto que as demais nações não conheciam esse Deus verdadeiro. Hoje, pela graça do Senhor Jesus, todos quantos o aceitam têm direito de cultuar a esse Deus.

4.7 Os patriarcas “... dos quais são os pais” (Rm 9.5).
Os “patriarcas” se referem a Abraão, Isaque e Jacó, os pais da fé de quem eles descendiam e podiam orgulhar-se (Êx 3.6; Lc 20.37; Is 55.1; At 13.23,32-34). A estes, Deus fez promessas, que representam toda a esperança de Israel. É impossível deixar de reconhecer os “pais da antiguidade”: Abraão, Isaque e Jacó, que revestiram de glória todas as gerações dos judeus até o presente (Êx 3.6,13; Lc 20.37).

4.8 A descendência de Cristo “... e dos quais é Cristo segundo a carne”. (Rm 9.5). Paulo completa a sua lista dos privilégios do povo judaico mencionando o Messias demonstrando uma honra que nunca pode ser-lhe arrebatada. Paulo deixou por último “a Cristo” por ser o mais eminente dos privilégios dos judeus. É indiscutível o fato de que o Cristo, o Ungido, é o “Verbo divino que se fez carne” (Jo 1.1,14) e “habitou entre nós”. Como Deus bendito, Cristo nasceu como homem, “segundo a carne”, descendendo dos judeus e sua humanização não afetou em nada a sua divindade. Paulo faz um tributo à divindade de Cristo, quando diz que Ele é “sobre todos”, isto é, exalta-o e o coloca em sua real posição de supremacia. Ainda mais, Paulo o trata como “Deus bendito eternamente”. Esse tratamento é identificado no AT, quando o salmista precede o nome de Deus com a palavra “bendito” (Sl 68.35; 72.18). Finalmente, entende-se que Cristo descendeu dos judeus “segundo a carne” para revelar-se ao mundo todo como o Redentor de todos os homens (Mt 1.1; Jo 4.22; Rm 1.3; Hb 2.16; Ap 5.5).


CONCLUSÃO
Concluímos que assim como Deus ama Israel e o escolheu como povo santo e peculiar, também, da mesma maneira amou os gentios sem nenhuma acepção ou distinção. Não podemos negar que os judeus são privilegiados por ser o povo eleito para ser o receptor das bênçãos descritas em Romanos 9; porém, isso não os torna melhores e nem superiores aos demais povos, pois o Senhor jamais escolhe com parcialidade, e não faz acepção de pessoas (At 10.34; Rm 2.11; Ef. 6.9; 1Pe 1.17).



REFERÊNCIAS
GILBERTO, et al. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.
LOPES, Hernandes dias. Comentário Exegético de Romanos. HAG


Por Rede Brasil de Comunicação.


sexta-feira, 27 de maio de 2016

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2016






   MARAVILHOSA GRAÇA –
O evangelho de Jesus Cristo
revelado na carta aos Romanos





Lição 07

Para Refletir
A respeito da Carta aos Romanos, responda:


Todos os homens, gentios e judeus estão debaixo do jugo do pecado?
Sim. Todos os homens, quer gentios quer gregos, estavam debaixo da condenação do pecado.

A lei do pecado e da morte foi revogada por qual lei?
A lei do pecado e da morte, que havia neutralizado ou tornado ineficaz a lei, agora foram revogadas pela lei do Espírito da vida.

A lei do Espírito opera baseada em quê?
No sacrifício de Jesus, o imaculado Cordeiro de Deus.

O que acontece quando o crente cede a inclinação da carne?
Ele passa a viver segundo a carne e quando a carne assume o controle o Espírito fica de fora.

Como é denominada a velha natureza adâmica?
Velho homem.


LIÇÃO 07 – A VIDA SEGUNDO O ESPÍRITO






Rm 8.1-17




INTRODUÇÃO
Nesta lição, destacaremos a luz de Romanos oito, que embora estivéssemos condenados por causa do pecado, Deus mudou a nossa sorte, quando nos justificou; veremos também que o nosso comportamento depois de salvos, deve ser totalmente diferente da vida anterior; e, por fim, pontuaremos qual o papel do Espírito Santo na vida do pecador redimido, destacando as suas ministrações em seu favor.


I. A SITUAÇÃO DO HOMEM QUE FOI JUSTIFICADO
Por causa do pecado de Adão, além da culpa ter-nos sido imputada (Rm 3.23), herdamos a natureza pecaminosa, ou seja, a inclinação para o mal (Rm 7.18). A nossa situação espiritual parecia irremediável, mas não era (Rm 7.24,25). Principalmente, no capítulo oito da epístola aos Romanos, o apóstolo faz a seguinte declaração: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus[...]” (Rm 8.1). Analisemos este versículo mais detalhadamente:

1.1 O tempo (Rm 8.1a).
A expressão utilizada por Paulo no presente texto mostra-nos uma mudança no tempo. Antes estávamos em pecado (Rm 5.12); destituídos da glória de Deus (Rm 3.23); condenados (Rm 5.16); e, mortos (Rm 6.23a). Mas, “agora” a situação é totalmente diferente. Nossos pecados foram perdoados (I Jo 2.12); temos a esperança da glória (Rm 5.2b); somos salvos (Rm 5.9,10; 8.24; I Co 1.18; Ef 2.5); e, temos vida (Jo 10.10; 5.24; Rm 6.4).

1.2 A remoção da sentença (Rm 8.1b).
Paulo diz que antes estávamos sentenciados a condenação por causa do pecado (Rm 5.16,18). Mas, agora já que os nossos pecados foram perdoados “nenhuma condenação há”. Confira também (Jo 5.24). Aqueles que estão em Cristo não são condenados, porque Cristo foi condenado em lugar deles (Is 53.4-6; I Co 1.30). “A condenação do pecado, salvou os pecadores da condenação. Cristo foi feito pecado por nós (2 Co 5.21), e, assim, quando Ele foi condenado, o pecado foi condenado na carne de Cristo, condenado na natureza humana. Dessa forma, foi feita satisfação em relação a justiça divina e aberto um caminho para a salvação do pecador” (HENRY, 2008, p. 351).

1.3 O único meio de salvação (Rm 8.1c; 8.3).
Nenhum homem poderá desfrutar da salvação e das bênçãos que acompanham, senão for por intermédio de Cristo Jesus. Paulo nos diz que era impossível a Lei salvar o homem, visto que ela veio para revelar o pecado humano; e o homem por causa da sua natureza pecaminosa não podia atingir o padrão de justiça da Lei. Cristo, quando veio ao mundo, cumpriu toda a Lei e ainda sofreu a sentença do nosso pecado, em seu próprio corpo, tornando possível a nossa salvação. Portanto, Ele é o nosso Salvador (At 4.12; Fp 3.20; II Tm 1.10; Tt 1.4); Justificador (Rm 5.1; I Co 1.30); e, Santificador (I Co 1.30; I Co 6.11). Só em Cristo somos abençoados (Ef 1.3); eleitos (Ef 1.4); predestinados (Ef 1.5); nos tornamos agradáveis (Ef 1.6); e, fomos redimidos (Ef 1.7).


II. O COMPORTAMENTO DAQUELE QUE FOI JUSTIFICADO
“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.1). Neste capítulo, o Espírito é contrastado com a carne. Nessa nova vida, os homens precisam viver de forma diferente do que viviam na antiga. Se antes costumavam praticar as obras da carne, agora, devem agir na vontade do Espírito de Deus. A expressão “andar” fala de procedimento, modo de vida, práticas, obras. Para o apóstolo, não basta dizer que está em Cristo, é preciso evidenciar isto, andando no Espírito. Vejamos na tabela abaixo, quais as consequências na vida daquele que anda na carne e daquele que anda no Espírito:

A INCLINAÇÃO DA CARNE
A INCLINAÇÃO DO ESPÍRITO
Gera morte (Rm 8.6a)
Gera vida (Rm 8.6b)
Inimizade contra Deus (Rm 8.7)
Gera paz (Rm 8.6c)
Não agrada a Deus (Rm 8.8)
Não há condenação (Rm 8.1)


III. O PAPEL DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO HOMEM JUSTIFICADO
O Espírito Santo é mencionado no AT como “Espírito” (Gn 1.2; Êx 31.3; Sl 104.30; Is 44.3; 37.14). Já no NT, onde se dá especificamente a dispensação do Espírito, Ele é mais citado como “Espírito Santo”, o que destaca seu principal ministério na igreja: santificar o crente. Essa distinção de ofício do Espírito Santo no Antigo e NT é claramente percebida em 2 Coríntios 3.7,8. O versículo 8 assevera: “Como não será de maior glória o ministério do Espirito?”. Abaixo destacaremos algumas ministrações do Espírito Santo ao crente, baseado no capítulo oito da Epístola aos Romanos:

3.1 O Espírito Santo habita (Rm 8.9).
No AT, o Espírito agia entre o povo de Deus (Ag 2.5; Is 63.11-b), mas com o advento de Cristo, e por sua mediação, o Espirito habita no crente conforme profetizou nas Escrituras (Jr 31.31-34; cf. Hb 10.14-17; Ez 36.26-27). Este privilégio é também reafirmado em (I Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16; e Gl 4.6). A palavra “habitar” no grego “oikeõ” que significa: “ocupar uma casa”, isto é, no sentido figurado, “habitar”, “residir”, “permanecer” (PALAVRA-CHAVE, 2009, p. 2316 – acréscimo e negrito nosso). “É o Espírito quem aplica a obra da redenção em nós. Sem sua presença e ação, nenhum homem pode tornar-se um cristão. Passamos a pertencer a Cristo quando o Espírito habita e opera em nós” (LOPES, 2010, p. 286).

3.2 O Espírito Santo liberta (Rm 8.2).
Nos nossos membros, temos a lei do pecado, da qual não conseguimos por nossas próprias forças nos desvencilharmos (Rm 7.21-24). Todavia, por intermédio do Espírito, fomos libertos dessa escravidão. “Quando dependíamos de nós mesmos para atender às demandas da lei, vivíamos prisioneiros do pecado e caminhávamos para a morte; mas, agora, uma vez que o Espírito Santo habita em nós, saímos da masmorra do pecado e fomos libertados da sua tirania” (LOPES, 2010, p. 283).

3.3 O Espírito Santo inclina (Rm 8.5).
Segundo o Aurélio (2004, p. 285) a palavra “inclinação” significa: “disposição, tendência, propensão, pendor”. O apóstolo Paulo nos diz que, antes éramos inclinados para as coisas da carne, e a consequência deste pendor é a morte (Rm 8.6a). No entanto, depois de justificados, nos tornamos habitação do Espírito e passamos a ser inclinados para as coisas do Espírito, à medida que nos submetemos diariamente a Sua vontade.

3.4 O Espírito Santo vivifica (Rm 8.11).
O Aurélio diz que a palavra “vivificar” significa: “dar vida ou existência a” (FERREIRA, 2004, p. 2071). “Por causa do pecado o homem é separado de Deus (Is 59.2), e o seu espírito está morto (Ef 2.1-3; Lc 15.32; Cl 2.13), sem poder para exercer a função de ser o meio de contato com Deus. Todavia, quando o pecador é justificado, o Espírito Santo lhe comunica vida, a vida de Deus, dando-lhe a certeza da salvação (Rm 8.16), a qual faz com que ele clame “Aba, Pai” (Rm 8.15; Gl 4.16)” (BERGSTÉN, 1981, p. 20 – acréscimo nosso).

3.5 O Espírito Santo mortifica (Rm 8.13).
O homem mesmo justificado, ainda conta a presença do pecado em sua natureza humana. Ele não conseguirá vencê-la por suas próprias forças, senão pelo Espírito Santo “mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis”. A velha natureza não irá prevalecer se andarmos no Espírito “Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gl 5.16). Isso exige um trabalho em parceria do homem com o Espírito (Cl 3.5). A nova maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus (Rm 8.5-14; 8.14; 2 Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2 Pe 1.4-9).

3.6 O Espírito Santo guia (Rm 8.14).
A palavra “guiar” segundo Aurélio (2004, p. 1015) quer dizer: “servir de guia a; orientar; dirigir”. Jesus havia prometido que ia rogar ao Pai, que enviasse o Consolador para guiar os seus seguidores: “Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade” (Jo 16.13-a). “Sermos guiados pelo Espirito de Deus é o mesmo que caminhar em conformidade com o Espirito Santo. Caminhar implica a participação ativa e o esforço do cristão. Ser conduzido sublinha o lado passivo, a dependência submissa de cada cristão ao Espirito. Esses são filhos de Deus” (RADMACHER, 2010, p. 383).

3.7 O Espírito Santo testifica (Rm 8.16).
No presente versículo, Paulo nos diz que o Espírito Santo “testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. A palavra “testificar” segundo Aurélio (2004, p. 1943) significa: “afirmar, assegurar, comprovar, atestar”. “Esse testemunho é uma plena convicção produzida no crente pelo Espírito Santo de que Deus é o nosso Pai celeste e de que somos filhos de Deus. É, pois, um testemunho objetivo e subjetivo, da parte do Espírito Santo, concernente a nossa salvação em Cristo” (GILBERTO, 2008, p. 187). O apóstolo acrescenta ainda a informação de que “E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo” (Rm 8.17a).

3.8 O Espírito intercede (Rm 8.26,27).
Apesar de sermos salvos, ainda permanecemos na fraqueza do nosso atual corpo. Todavia, Paulo nos diz que o Espírito Santo está bem presente para nos ajudar. Frequentemente, por causa das nossas limitações, não sabemos quais são nossas reais necessidades. Queremos realizar a vontade de Deus, mas nem sequer sabemos orar conforme deveríamos. Então, o Espírito vem nos socorrer, intercedendo por nós com gemidos inexprimíveis.


CONCLUSÃO
A nossa condição de pecado parecia ser irremediável, todavia, Deus, por meio de Cristo assumiu a nossa culpa, e, assim, de condenados agora somos salvos. Deus também nos fez habitação do Seu Espírito, a fim de que fôssemos libertos do poder do pecado e pudéssemos viver segundo a Sua vontade.



REFERÊNCIAS
BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. CPAD.
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. CPAD.
CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
GILBERTO, et al. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.
GREGO E HEBRAICO. Bíblia de Estudo Palavras-Chave: Hebraico e Grego. CPAD.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Atos a Apocalipse. CPAD.
LOPES, Hernandes dias. Comentário Exegético de Romanos. HAGNOS.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico: Novo Testamento. CENTRAL GOSPEL.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.



Por Rede Brasil de Comunicação.


quinta-feira, 19 de maio de 2016

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL – 3º Trimestre de 2016





Em nosso 3º trimestre de 2016 estaremos estudando em nossas Escolas Bíblicas Dominicais o tema: O Desafio da Evangelização – Obedecendo ao Ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura. O comentarista do trimestre será o Pr. Claudionor de Andrade. Este servo de Deus é Consultor Teológico da CPAD, membro da Casa de Letras Emílio Conde, Teólogo, Conferencista, Comentarista das Revistas Lições Bíblicas da CPAD, Apresentador do programa radiofônico “O Som da Profecia” da Rádio CPAD FM 96.1 em João Pessoa (PB), e autor dos livros “As Verdades Centrais da Fé Cristã”, “Manual do Conselheiro Cristão”, “Teologia da Educação Cristã”, “Manual do Superintendente da Escola Dominical”, “Dicionário Teológico”, “As Disciplinas da Vida Cristã”, “Jeremias – O Profeta da Esperança”, “Geografia Bíblica”, “História de Jerusalém”, “Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento”, “Merecem Confiança as Profecias?”, “Comentário Bíblico de Judas”, “Dicionário Bíblico das Profecias” e “Comentário Bíblico de Jó”, dentre outros títulos da CPAD.


Abaixo, você pode conferir os títulos das 13 lições:

Lição 1 - O que é Evangelização
Lição 2 - Deus, o Primeiro Evangelista
Lição 3 - Igreja, Agência Evangelizadora
Lição 4 - O Trabalho e Atributos do Ganhador de Almas
Lição 5 - A Evangelização Urbana e suas Estratégias
Lição 6 - A Evangelização dos Grupos Desafiadores
Lição 7 - O Evangelho no Mundo Acadêmico e Político
Lição 8 - A Evangelização dos Grupos Religiosos
Lição 9 - A Evangelização das Crianças
Lição 10 - O Poder da Evangelização na Família
Lição 11 - A Evangelização das Pessoas com Deficiência
Lição 12 - A Evangelização Real na Era Digital
Lição 13 - A Evangelização Integral nesta Última Hora 


Venha e traga a sua família para aprendermos
a cumprirmos o Ide do Senhor!!