sábado, 15 de julho de 2023

LIÇÃO 03 – O PERIGO DO ENSINO PROGRESSISTA






2Tm 3.1-9
 
 

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos sobre o movimento progressista, que tenta a todo custo desconstruir ou reconfigurar o pensamento cristão e da sociedade. Ao longo dos últimos séculos uma avalanche de falsas doutrinas tenta minar a base de todo o nosso pensamento ocidental, formatado pelas “Escrituras Sagradas”, sendo assim, na aula de hoje iremos estudar sobre o que é o progressismo, qual seu intuito em relação as Escrituras além de refutar seus ensinos nocivos.
 
 
I. O QUE VEM A SER O MOVIMENTO PROGRESSISTA
Pode-se definir progressismo como: “o conjunto de ensinamentos filosóficos, sociais e econômicos baseados na ideia de que o progresso é fundamental para o aprimoramento do ser humano”. Bobbio (1998, p. 1009) enfatiza que o progressismo está alinhado com o progresso material, moral e social em que uma sociedade caminha. Essa ideia é oriunda dos filósofos franceses do século XVIII, os quais “proclamavam um progresso mundial secular, isto é, sem Deus”. Nessa premissa, os teóricos subsequentes passaram a pregar um progressismo científico (Augusto Comte), progressismo econômico (Karl Marx), progressismo biológico (Charles Darwin), entre outros. Destaca-se que o progressismo inclui ideais ateístas e racionalismo exacerbado. Henry (2007, p. 472) afirma que, “entre os progressistas, alguns eram secularistas que rejeitavam completamente a religião tradicional”. Do pensamento progressista, surgem alguns dogmas que propõem a erradicação da divindade por meio de concepções seculares. Dentre elas, destacamos os seguintes:
 
1. O Iluminismo: movimento intelectual e filosófico do século XVIII que enfatizava principalmente a razão e defendia ideias como progresso, tolerância, fraternidade, governo constitucional e separação entre Igreja-Estado.
 
2. O Marxismo: doutrina filosófica/política desenvolvida pelos alemães Karl Marx e Friedrich Engels no século XIX, cuja ideologia serviu de base para o programa político do Partido Comunista Alemão e que pregava a revolução por meio da luta de classes entre a burguesia (patrões) e o proletariado (empregados).
 
3. Darwinismo:
teoria de Charles Darwin (Séc. XIX), autor da obra “A Origem das Espécies” (1859), na qual defende que “todos os seres vivos, incluindo o homem, são resultado de transformações progressivas em longo prazo”. O darwinismo prega o progressismo atrelado “à lei do mais forte”, ou seja, somente os melhores sobrevivem na seleção natural. (BAPTISTA, 2023, pp. 33-34).
 
 
II. O INTUITO DESTE MOVIMENTO EM NOSSOS DIAS EM RELAÇÃO AS ESCRITURAS
1. Desconstruir sua mensagem.
Uma das formas mais utilizadas em nosso tempo é a tentativa de desconstruir a mensagem das Escrituras, dizem eles: “Este texto foi escrito há muitos anos, não serve para nós hoje”, ou, “Essa mensagem é antiga, ouço desde o tempo dos meus avós”, não entendem eles aquilo que Pedro registrou (2Pe 3.9).
 
2. Relativizar sua mensagem.
Como pudemos observar anteriormente a relativização é a tentativa de dizer que a mensagem pode ter diversas percepções, isto aconteceu também nos dias de Isaias: “Aí dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!” (Is 5.20).
 
3. Negar sua autoridade.
A negação da autoridade vem no quesito prático, ou seja, não aceitam seu padrão e ditames tais como a sociedade do império romano nos dias de Paulo: “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém” (Rm 1.25), este também tem sido o padrão da nossa sociedade, que também se sentem sábios (Rm 1.22), além de consentirem na prática do erro (Rm 1.32) “Não faço, mas não condeno” é o pensamento deles.
 
4. Resistir sua mensagem.
Os tempos trabalhosos que o apóstolo Paulo falou já chegou (2Tm 3.1-5), e hoje em dia existe uma grande resistência a verdade das Sagradas Escrituras, como nos dias de Paulo: E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé” (2Tm 3.8).
 
 
III. CARACTERÍSTICAS DA BÍBLIA QUE O PROGRESSISMO TENTA DETURPAR
Quando olhamos o pensamento progressista, conseguimos enxergar que sua maior inimiga é a Palavra de Deus. Pois a Bíblia é um livro superior a qualquer outro livro, ela possui características que a fazem ser singular. Tais característica revestem a Bíblia de autoridade tornando-a o modelo e padrão de conduta para o mundo, e isto não é aceito por nenhuma ala progressista moderna. Vejamos então por que a Bíblia incomoda tanto este pensamento:
 
1. Ela é inspiração por Deus.
A Bíblia alega ser um livro de Deus e ter uma mensagem com autoridade divina. Paulo diz que: “Toda a Escritura é divinamente inspirada [...]” (2Tm 3.16). A palavra grega é “theopneustos”, e significa literalmente “soprada por Deus”. Portanto, a Bíblia não contém, nem se torna, ela é a Palavra de Deus. Geisler (2010, p. 460 - acréscimo nosso) define a inspiração da seguinte forma: “é a operação sobrenatural do Espírito Santo, que, por intermédio de diferentes personalidades e estilos literários dos autores humanos escolhidos, investiu as palavras exatas dos livros originais das Sagradas Escrituras, em separado ou no seu conjunto, como a própria Palavra de Deus, isenta de erro em tudo o que ensina, e é, dessa forma, a regra infalível e a autoridade final de fé e prática para todos os crentes”. As próprias Escrituras afirmam ser inspiradas no todo, em partes, em palavras e em cada letra (Mt 5.17; Jo 12.14-16; Mt 4.4; Mt 5.18).
 
 2. Ela é a revelação divina aos homens.
A Bíblia é a revelação escrita de Deus ao homem, pois através dela o Senhor se fez conhecido de forma especial (Jo 3.16). O conhecimento divino preservado nas Sagradas Escrituras, é posto à disposição da humanidade (Dt 8.3; Is 55.11; 2Tm 3.16; Hb 4.12). Por ela, conhecemos Seus atributos comunicáveis e incomunicáveis, dentre outras coisas (Sl 139.1-10; 1Jo 4.8). “Pela Bíblia, Deus fala em linguagem humana, para que o homem possa entendê-lo. Isto é, Deus, para fazer-se compreender, vestiu a Bíblia da nossa linguagem, bem como do nosso modo de pensar” (GILBERTO, 2004, p. 06 – acréscimo nosso). A revelação é a ação de Deus pela qual Ele dá a conhecer aos escritores da Bíblia, coisas e fatos desconhecidos, que eles jamais poderiam saber, nem descrever, senão por revelação divina (Gn 1,2).
 
3. Ela é inerrante.
Segundo o Aurélio (2004, p. 1100) a palavra “inerrância” significa: “que não pode errar; infalível; não errante, fixo”. Teologicamente “a inerrância bíblica é a doutrina segundo a qual as Sagradas Escrituras não contêm quaisquer erros, por serem a inspirada, infalível e completa Palavra de Deus” (ANDRADE, 2008, p. 33). A palavra de Deus não pode mentir (Sl 19.8,9; Hb 6.18); não pode passar ou ser destruída (Mt 5.18); permanecerá para sempre (1Pe 1.25); e é a própria verdade (Jo 17.17). Tais atribuições mostram claramente a inerrância das Escrituras.
 
4. Seus inscritos possuem infalibilidade divina.
Segundo Andrade (2006, p. 229 – acréscimo nosso) infalibilidade é a “doutrina de acordo com a qual a Bíblia Sagrada é infalível em seus propósitos, promessas e profecias”. Ela pode ser assim considerada porque: a) seus propósitos jamais falham; b) suas promessas são rigorosamente observadas; e, c) suas profecias cumprem-se de forma detalhada, exata e clara. Deus usou o profeta Isaías para dizer: “[...] a palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei” (Is 55.11). O Escritor aos hebreus diz que: “a palavra de Deus é viva e eficaz [...]” (Hb 4.12a).
 
5. Ela advoga para sim uma completude divina.
Quando afirmamos que a Bíblia é um livro completo, dizemos que ela contém tudo aquilo que Deus quis revelar à humanidade (Dt 29.29). Ela é completa no que diz respeito ao seu propósito principal, que é revelar-nos a origem de todas as coisas (Gn 1-3); como o pecado passou a fazer parte da história da humanidade (Gn 3.1-24); como o homem tornou-se destituído da glória de Deus (Rm 3.23); e apresentar o único meio de o homem obter a salvação, através da fé em Jesus Cristo (Jo 3.16; Rm 3.21-24).
 
 
IV. VENCENDO A INFLUÊNCIA DO PROGRESSISMO
1. Como defender nossa família das influências do progressismo
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Não podemos evitar que nossa família sofra investidas do progressismo, mas podemos proteger a nossa família das suas astutas ciladas (Ef 6.10,11). Vejamos como podemos proteger nossa família: 
  • Santificando o lar (Lv 20.26; 2 Co 7.1; 1Ts 4.7);
  • Praticando o culto doméstico (Dt 6.7-9);
  • Mantendo uma vida de oração e jejum (Rm 12.12; Cl 4.2; 1Ts 5.17);
  • Ensinando a Palavra de Deus no lar (Pv 22.6; At 5.42);
  • Frequentando os cultos no templo assiduamente (2 Cr 7.15,16; Sl 122.1);
  • Vigiando em todo tempo (At 20.31; 1Co 16.13; Cl 4.2; 1Ts 5.6.10; 1Pe 5.8).
 
2. Levando outros a conhecerem a verdade das Escrituras.
A igreja foi incumbida de evangelizar o mundo, a fim de trazer as pessoas das trevas para a luz (1Pe 2.9). É bom dizer que a evangelização consiste na comunicação ao pecador a respeito de sua condição de escravo do pecado (Rm 3.23; 6.23); da natureza e consequência dessa escravidão (Mc 16.16; Rm 5.18); do amor de Deus e de Sua providência, por intermédio de Jesus Cristo para salvação da humanidade (Jo 3.16; Rm 5,8); e da chamada divina para uma decisão por Cristo Jesus (Mt 11.28; Mc 16.15).
 
 
CONCLUSÃO
Como pudemos ver na aula de hoje, o movimento progressista nada mais é do que uma tentativa de minar a base de nossa sociedade, a família. Sendo assim, seus ataques contra a palavra de Deus tem um único propósito, destruir o conceito de família e assim levar a sociedade para um patamar de caos social. A Igreja é a guardiã das verdades sagradas e como tal precisa estar preparada não apenas para defender, mas para ensinar o que Deus deseja realmente deseja para nós.
  
 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. CPAD.
Ø  BAPTISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o Império do Mal. CPAD.
Ø  BAPTISTA, Douglas. Valores cristãos. CPAD.
Ø  GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. CPAD.
Ø  GILBERTO, Antônio, et al. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.
Ø  GRENZ, Stanley, J. Pós-Modernismo: uma guia para entender filosofia do nosso tempo. VIDA NOVA.
Ø  SOARES, Ezequias (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
 
 


Por Rede Brasil de Comunicação.


 

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