Vídeo Aula - Pastor Alexandre
sexta-feira, 1 de agosto de 2025
domingo, 27 de julho de 2025
QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2025
A Liberdade em Cristo –
Vivendo o Verdadeiro Evangelho
conforme a Carta de Paulo aos Gálatas.
Lição 04
Hora da Revisão
A respeito de “O
Encontro em Jerusalém e os Falsos Irmãos”, responda:
1.
O que fez Paulo subir para Jerusalém?
Ele subiu para Jerusalém por força de uma revelação.
Deus é soberano não somente para nos oferecer a sua graça para a salvação, mas
também para operar entre nós obras pelo Espírito Santo.
2.
Que obreiro teve uma participação bem ativa no ministério com Paulo?
Barnabé.
O “filho da consolação” teria uma participação muito ativa no ministério aos
gentios.
3.
Qual era a origem de Tito?
Tito
era grego e não precisou ser circuncidado.
4.
Quem eram os “falsos irmãos”?
Eram aqueles que tinham acesso aos apóstolos.
Conheciam a lei de Moisés, mas eles não colaboravam com o Evangelho. Os falsos
irmãos impunham aos visitantes a obrigatoriedade de seguirem todos a lei como
um requisito para a salvação.
5.
Que recomendação os apóstolos de Jerusalém deram a Paulo e Barnabé, apresentada
na lição?
Os apóstolos de Jerusalém pediram que a missão aos
gentios não se esquecesse dos pobres. Em uma cultura onde a pobreza era
bastante comum, e a sobrevivência de certos grupos, como viúvas e órfãos,
dependia muito da família ou da caridade alheia, os cristãos se tornaram
conhecidos pelo altruísmo e pela generosidade.
QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2025
A Igreja
em Jerusalém -
Doutrina, Comunhão e Fé:
a Base para
o Crescimento da Igreja
em meio às Perseguições.
Lição 04
Revisando o Conteúdo
A respeito de “Uma Igreja Cheia do Espírito Santo” responda:
1.
Suportar provas e sofrimento é uma marca de que tipo de igreja?
De
uma igreja perseverante, que permanece firme na fé mesmo diante das
adversidades.
2.
Cite uma das marcas da igreja que perdeu ou está perdendo o poder do Espírito.
Uma
dessas marcas é a aceitação de princípios e práticas que afrontam as
Escrituras.
3.
O que podemos observar em Atos 4.24-30?
A
igreja reunida clamando para que Deus seja glorificado por meio de um
evangelismo de poder.
4.
No ensino de Lucas, de acordo com a lição, a que o enchimento do Espírito está
relacionado?
Está
relacionado à prática dos dons espirituais na igreja cristã.
5.
A palavra “ousadia” se refere a quê em relação a Pedro e João?
Refere-se
à coragem de Pedro e João quando foram interrogados pelos anciãos e escribas.
sábado, 26 de julho de 2025
LIÇÃO 04 – UMA IGREJA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO
At
4.24-31
INTRODUÇÃO
I.
PNEUMATOLOGIA: A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO
De
acordo com Gilberto (2008, p. 173), Pneumatologia é a doutrina do Espírito
Santo quanto a sua deidade, seus atributos, obras e operações. O termo vem de pneuma
do grego “ar”, “o vento”, cognato do verbo pnéo,
“respirar”, “soprar”, “inspirar”. Pneuma do hebraico ruach diz
respeito ao Espírito de Deus, a terceira Pessoa da Trindade. Para a igreja, a
doutrina do Espírito Santo é prioritária e indispensável. Analisemos o porquê:
1.
A divindade do Espírito Santo e seus atributos.
De
acordo com Geisler (2010, p. 1141), “o Espirito Santo é chamado “Deus” ou
“Senhor” (At 5.3,4), “Espírito de Deus” (1Co 3.16), “Senhor” (1Co 12.4-6) e
“Espírito eterno” (Hb 9.14)”, trazendo referências do Novo Testamento. Barreto
(2024, pp. 61,65,66,68) atesta que podemos conhecer o Espírito Santo já nos “bastidores
do Antigo Testamento”, havendo aproximadamente cem referências ao Espírito
de Deus (Gn 1.1,2; Gn 2.7; Ex 31.3; Jó 26.13; Sl 33.6,9; Sl 104.30 entre
outras), onde podemos perceber as Suas ações. Quando observamos a atuação do
Espírito Santo, podemos perceber que atributos exclusivos da divindade estão
nEle, tais como os descritos por Gilberto (2008, p.176):
A)
Onipotência. O divino Consolador tem
pleno poder sobre todas as coisas (Sl 104.30). É dEle que flui a vida, em suas
dimensões e sentidos bem como o poder de Deus (Sl 104.30; Ef 3.16; At 1.8).
B)
Onisciência. O Espírito Santo sabe e
conhece todas as coisas (1Co 2.10,11).
C)
Onipresença. O Espírito Santo está
presente em todo lugar (Sl 139.7-10; 1Co 2.10).
D)
Eternidade. Ele é infinito em
existência; sem princípio; sem fim; sem limitação de tempo (Hb 9.14). Ele
estava presente no princípio, quando todas as coisas foram criadas (Gn 1.1,2).
2.
A personalidade do Espírito Santo.
“O
Espírito Santo é uma pessoa divina, um ser inteligente e atuante mesmo antes da
eternidade (Hb 9.14). Quando nos referimos a uma pessoa, dizemos assim por que
cremos e ensinamos que o Espírito Santo possui uma personalidade. A Bíblia
revela todos os elementos constitutivos da personalidade do Espírito Santo,
como: intelecto (Rm 8.27; 1Co 2.10,11), emoção (Ef
4.30) e vontade (At 16.6,7; 1Co 12.11)” (Barreto, 2024, pp.
69,70). Gilberto (2008, pp. 174,175) afirma que “o Espirito de Deus não é
tão-somente uma influência, um poder, uma energia, uma unção — como os
heréticos concluem por si e assim ensinam —, mas uma Pessoa divina e real”.
3.
Atos e operações do Espírito Santo no livro de Atos.
Quanto
aos atos e operações do Espírito Santo no livro de Atos, como o Paracleto
divino prometido pelo Pai, a “palavra grega parakletos, do verbo parakaleo,
“chamar para o lado, com a finalidade de ajudar, exortar, consolar, encorajar”
(Wycliffe, 2007, p. 1463), está claro em diversos versículos:
ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
|
REFERÊNCIAS
|
Sobre
os que aguardavam o cumprimento da promessa
|
At
2.1-4
|
Na
revelação: do que estava oculto; de propósitos; de fatos futuros
|
At
5.1-5; 20.22,23; 21.4,11
|
Na
inspiração da pregação do Evangelho
|
At
7.51,55
|
Na
confirmação e expansão da igreja
|
At
8.14-17,39
|
Na
conversão dos ouvintes
|
At
10.19,20
|
Na
direção da obra missionária
|
At
13.1-4a
|
II.
UMA IGREJA COM CARACTERÍSTICAS QUE DEVEM SER COPIADAS
De
acordo com Wiersbe (2008, pp. 309,310), o capítulo 4 do livro de Atos é o
início da perseguição à igreja, uma vez que os saduceus não criam na
ressurreição e opunham-se à pregação de Pedro, ao mesmo tempo em que os
fariseus odiavam Jesus, porque ele os condenara (Mt 23). Começa então a
perseguição que Cristo havia alertado os apóstolos, conforme João 15.18 – 16.4.
Ao analisar a igreja em Jerusalém diante do cenário de perseguição, podemos
perceber algumas características dessa igreja e que devem ser observadas e
copiadas pelos crentes dos tempos hodiernos. Vejamos:
1.
Prioridade na obediência a Deus.
Ao
serem presos (At 4.3), Pedro e João foram inquiridos pelas principais
autoridades (At 4.5-7), sendo questionados sobre com qual poder ou em nome de
quem realizaram o milagre na vida do coxo. “Pedro, cheio do Espírito
Santo” (At 4.8), faz uma defesa incontestável sobre a pessoa de Cristo.
Como não tinham com o quê os acusar, “chamando-os, disseram-lhes que
absolutamente não falassem, nem ensinassem, no nome de Jesus. Respondendo,
porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus,
ouvir-vos antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que
temos visto e ouvido” (At 4.18-20). A obediência a Deus é a chave para
sermos vitoriosos na caminhada cristã (Dt 5.29; Js 1.8; 1Sm 15.22; Mt 5.19; At
5.29).
2.
Confiança em Deus.
Após
serem soltos, Pedro e João retornaram a presença dos demais discípulos, pois o
texto sagrado diz: “E, soltos eles, foram para os seus e contaram tudo o
que lhes disseram os principais dos sacerdotes e os anciãos. E, ouvindo eles
isto, unânimes levantaram a voz a Deus [...]” (At 4.23,24). A elevação
da voz em oração a Deus simboliza não apenas uma reverência ao Senhor, mas
acima de tudo, um ato de confiança na proteção divina. Essa atitude nos ensina
que em momentos de adversidade, a igreja deve se unir em oração e confiar no
socorro do céu (Sl 46.1).
3.
Crer na soberania de Deus.
Ao
declararem que “levantaram-se os reis da terra, e os príncipes se
ajuntaram à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido. [...] o teu santo Filho
Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, [...], para fazerem tudo o que a tua mão e
o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer”
(At 4.26-28), os discípulos estão expressando que tinha a convicção de que
todas as ações contra eles, por mais malignas que fossem, eram o cumprimento do
plano de Deus para algo maior (Gn 50.20; Sl 76.10; Is 28.29; Is 53.10; At
2.23). Segundo Henry (2008, p. 42), “a mão de Deus, que aponta corretamente
para seu poder executivo, aqui é colocada no lugar do seu propósito e decreto,
porque com Ele dizer e fazer não são duas coisas distintas, como é conosco. A
sua mão e o seu conselho sempre concordam, “pois tudo o que o Senhor
quis, ele o fez” (SI 135.6)”.
III.
UMA IGREJA QUE MANIFESTA O PODER DE DEUS
1.
Prega a Palavra com ousadia e coragem.
Diante
da perseguição que estavam enfrentando, a igreja em Jerusalém não desfaleceu,
muito pelo contrário, pedia ao Senhor, dizendo: “Agora, pois, ó Senhor,
olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que falem com toda a
ousadia a tua palavra” (At 4.29). “Eles oraram por ousadia, e Deus
respondeu ao enchê-los com o Espírito” (Wiersbe, 2008, p. 311). De igual forma,
a igreja de hoje deve rogar ao Senhor para que haja um revestimento de coragem,
ousadia e autoridade na proclamação do Evangelho, mesmo diante das
perseguições.
2.
Há manifestação de sinais e prodígios.
Na
continuidade da oração, os discípulos pediram para que Deus estendesse “a
mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo
Filho Jesus” (At 4.30). Henry (2008, p. 43 – acréscimo nosso)
afirma que “a resposta graciosa que Deus deu a oração que os apóstolos e os
seus fizeram – [foi uma] resposta dada não em palavras, mas em poder”. O
livro de Atos registra inúmeras operações sobrenaturais da parte de Deus,
demonstrando o Seu poder e confirmando a pregação da Palavra através dos sinais
e prodígios (At 5.5,12,15,16,19; At 8.6,7,13; At 9.17,18,34,40; At 12.6-10; At
13.11; At 14.3; At 16.25,26; At 19.11,12; At 20.10-12; At 28.5,8,9).
3.
Experimenta o verdadeiro avivamento.
Na
igreja em Jerusalém “... tendo eles orado, moveu-se o lugar em que
estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo” (At 4.31),
demonstrando a ação do movimento do Espírito Santo. Gonçalves (2025, p. 55)
aponta que “em alguns círculos pentecostais, o avivamento é entendido quase que
como sendo o sinônimo de “movimento”. Geralmente, o que se tem em mente quando
se fala de um derramamento do Espírito é a imagem de um ambiente carregado de
emoções. É bem verdade que há em todo avivamento um “movimento” sagrado do
Espírito e que, sem dúvida, as emoções não estão fora dele. O próprio Espírito
é movimento: “O vento sopra onde quer” (Jo 3.8 - NAA). Deve-se
ser observado, contudo, que um avivamento não se resume a um “movimento” nem
tampouco pode ser confundido com mero emocionalismo. Quando o fogo de um
avivamento resume-se a experiências sensoriais, marcadas apenas pela presença de
demonstrações físicas sem, contudo, apontar nenhuma mudança interior ou de
caráter, ele está fadado ao fracasso”.
CONCLUSÃO
A
igreja que estava em Jerusalém foi cheia do poder de Deus e um exemplo de como
se comportar em tempos de perseguição. A ousadia na pregação do Evangelho,
fruto da atuação do Espírito Santo e a manifestação de sinais e prodígios os
fizeram viver o verdadeiro avivamento, mesmo diante de um cenário adverso.
REFERÊNCIAS
Ø GONÇALVES, José. A Igreja em
Jerusalém: Doutrina, Comunhão e Fé. CPAD.
Ø BARRETO, Alessandro. Protopentecostes:
Ações do Espírito Santo no Antigo Testamento. Editora Bereia.
Ø GEISLER, Norman. Teologia
Sistemática. CPAD.
Ø GILBERTO, Antônio et. al. Teologia
Sistemática Pentecostal. CPAD.
Ø PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário
Bíblico Wyclliffe. CPAD.
Ø HENRY, Matthew. Comentário
Bíblico Matthew Henry – Vol. 6. CPAD.
Ø WIERSBE, Warren W. Comentário
Bíblico Novo Testamento. Geográfica Editora.
Por
Rede Brasil de Comunicação.
QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2025
A Liberdade em Cristo –
Vivendo o Verdadeiro Evangelho
conforme a Carta de Paulo aos Gálatas.
Lição 03
Hora da Revisão
A respeito de “Paulo
e Sua Chamada”, responda:
1. Por que Paulo conta uma parte de
sua história aos gálatas?
Paulo não conta a sua história para impressionar os
gálatas. Ele não faz com o objetivo de comover os seus leitores, e sim para
mostrar que ele tinha autoridade para pregar e defender o Evangelho aos
gentios.
2. Os apóstolos de Jerusalém
aprovaram o Evangelho pregado por Paulo?
Sim. Eles reconheceram o ministério de Paulo e a
mensagem que ele pregava.
3. Por qual motivo os irmãos da
Judéia deram graças a Deus?
Paulo diz que os irmãos da Judéia glorificavam a Deus
pela vida dele. Em que aspecto residia a alegria daqueles irmãos? No fato de
que a fé em Jesus Cristo havia alcançado o coração do perseguidor, e que ele
estava anunciando a fé.
4. As Cartas de Paulo no Novo
Testamento se ocupam extensivamente de quê?
As Cartas de Paulo no Novo Testamento se ocupam
extensivamente não da sua vida pessoal e do que ele era ou fazia antes do
Evangelho, e sim do poder de Deus em sua vida e da forma como esse poder estava
disponível para salvar e transformar todos os homens.
5. Quem conduziu Saulo para a
estrada de Damasco?
Enquanto a igreja era perseguida por Paulo. Deus
estava trabalhando. Foi Ele que conduziu Saulo para estrada de Damasco.
QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2025
A Igreja
em Jerusalém -
Doutrina, Comunhão e Fé:
a Base para
o Crescimento da Igreja
em meio às Perseguições.
Lição 03
Revisando o Conteúdo
A respeito de “Uma Igreja Fiel à Pregação do Evangelho” responda:
1. Em que a pregação do apóstolo Pedro é
baseada?
A pregação do apóstolo Pedro é baseada
nas Escrituras. O apóstolo usou trechos das Escrituras para fundamentar sua
pregação.
2. O que a pregação de Pedro invocou?
A pregação de Pedro invocou o testemunho
das Escrituras para mostrar que a rejeição de Jesus e sua morte não foram por
acaso, mas já haviam sido preditas pelos antigos profetas.
3. Como a expressão “fixar os olhos” é
usada para descrever o apóstolo?
A expressão “fixar os olhos” é usada para
descrever o apóstolo em momentos de revelação, reconhecimento ou atenção
especial, geralmente ligados a acontecimentos divinos ou milagrosos, mostrando
que Pedro não apenas estava capacitado para curar, mas também ungido para
pregar.
4. Como podemos identificar uma pregação
não bíblica?
Podemos identificar uma pregação não
bíblica quando ela tira o foco de Cristo e coloca o homem no centro, não
passando de um discurso humano.
5. De quem é a marca da insensibilidade
espiritual?
A insensibilidade espiritual é a marca
daqueles que não conhecem a Deus.
sexta-feira, 18 de julho de 2025
LIÇÃO 03 – UMA IGREJA FIEL À PREGAÇÃO DO EVANGELHO
At
3.11-19
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, estudaremos, com base em Atos, capítulo três, sobre uma Igreja que não
busca a sua própria glória. Refletiremos sobre a verdadeira característica da
pregação da Igreja e, por fim, abordaremos o perfil de uma Igreja que sabe
aproveitar as oportunidades para evangelizar.
I. UMA IGREJA QUE NÃO BUSCA GLÓRIA
PRÓPRIA
A
Igreja primitiva enfrentou desafios, perseguições e oposição, mas permaneceu
fiel à sua missão principal: pregar o Evangelho. A Igreja nasceu em poder no
dia de Pentecoste, mas sua missão principal sempre foi anunciar o Evangelho. A
cura do coxo na porta do templo (At 3.1-10) chamou atenção do povo, mas Pedro e
João aproveitaram o momento para pregar Cristo. A fidelidade à pregação do
Evangelho é o que caracteriza uma igreja verdadeiramente cheia do Espírito.
Neste texto de Atos 3.11-19, aprendemos com Pedro como a Igreja primitiva
lidava com as oportunidades para evangelizar e manter o foco em Jesus. Conforme
o pastor José Gonçalves: “A igreja recém-nascida não possuía muitos bens
materiais nem tampouco relevância e influência política; era, contudo, uma
igreja cheia do poder de Deus” (Gonçalves, 2025, p. 41).
1.
A pregação do Evangelho é uma das evidências mais claras de que uma igreja está
comprometida com a fidelidade às Sagradas Escrituras.
Ao
longo da história da fé cristã, essa verdade tem se mostrado inegociável. Desde
os primórdios da comunidade cristã em Jerusalém, podemos observar que os
apóstolos não apenas anunciavam a mensagem de Cristo, mas o faziam com coragem,
clareza e, sobretudo, cheios do poder do Espírito Santo (At 2.4). Um exemplo
notável desse compromisso se encontra na segunda pregação do apóstolo Pedro,
conforme registrada no capítulo 3 do livro de Atos dos Apóstolos. Ali, Pedro
reafirma com firmeza a centralidade de Jesus como o Messias prometido (At
3.13-15), chama o povo ao arrependimento sincero e anuncia a esperança de
tempos de refrigério vindos da parte do Senhor (At 3.19). Essa pregação não era
fruto de discurso humano persuasivo, mas uma manifestação viva da atuação do
Espírito que conduzia a Igreja nascente na verdade e na missão.
2.
A missão essencial da pregação da igreja é exaltar a Cristo.
O
milagre da cura do coxo na porta Formosa (At 3.1-10) serve como ponto de
partida para um poderoso sermão evangelístico de Pedro. O que poderia ser um
momento de exaltação pessoal, se transforma em uma oportunidade
para glorificar a Jesus. A igreja fiel não se gloria em suas
realizações, dons ou carismas. Ela aponta para Cristo em tudo que faz: “Para
que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (1Co
1.29-31). Uma igreja fiel à pregação não prega prosperidade ou autoajuda. Ela
anuncia Jesus crucificado e ressurreto: “Porque nada me propus saber
entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1Co 2.2).
II. A VERDADEIRA CARACTERÍSTICA DA
PREGAÇÃO DA IGREJA
Pedro
reconhece a ignorância do povo (At 3.17), mas não omite a verdade: eles
precisavam se arrepender: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para
que sejam apagados os vossos pecados” (At 3.19). O Evangelho fiel
confronta o pecado, chama à conversão e promete perdão. Uma igreja fiel não tem
medo de pregar contra o pecado. Ela chama os pecadores ao arrependimento com
amor, mas com firmeza como Jesus ensinou: “E em seu nome se pregasse
arrependimento para remissão dos pecados a todas as nações [...]” (Lc
24.47). Em Atos 3.11-19, vemos um modelo claro de uma pregação sem vaidade,
centrada em Cristo e que clama por arrependimento. O apóstolo Paulo exortou: “Porque
não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação
de todo aquele que crê” (Rm 1.16). Vejamos algumas características da
verdadeira Igreja que pregação do Evangelho:
1.
Uma igreja que rejeita a glória humana.
Pedro
percebe a admiração do povo e rejeita prontamente qualquer forma de idolatria: “Por
que olhais tanto para nós?” (At 3.12). A verdadeira igreja sabe que os
dons e milagres são meios, não fins. Herodes aceitou a glória dos homens e foi
ferido por um anjo (At 12.21-23). A glória pertence exclusivamente a Deus: “Eu
sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei
[...]” (Is 42.8). João o batista disse: “É necessário que ele
cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). A igreja fiel não busca
reconhecimento humano, mas vive para glorificar a Deus em tudo: “Outro fato
importante a ser observado nessa narrativa é que essa cura não reflete nenhum
tipo de antropocentrismo. Deus, e não o homem, é o seu centro. Não
há mérito humano nela [...] Pois bem, assim como aconteceu na primeira
pregação de Pedro (At 2.14-40), esta segunda pregação também parte de uma
experiência dada por Deus (At 3.1-26). Naquela, o ponto de partida foi a
experiência do Espírito que veio por conta do derramamento do batismo no
Espírito Santo (At 2.4); dessa vez, a pregação seguiu-se à cura do paralítico
(At 3.6). Tanto em um caso como no outro, o Espírito Santo é o agente por
trás desses eventos miraculosos. É o Espírito Santo quem glorifica a
Jesus no meio do seu povo” (Gonçalves, 2025, pp. 41,42).
2.
Uma igreja que exalta Cristo em todas as coisas.
Pedro
apresenta um resumo poderoso da cristologia apostólica: Jesus como o Servo de
Deus (At 3.13; cf. Is 52.13-53.12); como o Santo e Justo (At 3.14; cf. Is
53.11; Lc 1.35); como o O Autor da Vida (At 3.15; cf. Jo 1.4; Cl 1.16) e como
Ressurreto dos mortos (At 3.15; cf. Rm 6.9). A fé no nome de Jesus operou a
cura (At 3.16), confirmando que Ele é a única fonte de salvação e poder. O foco
da pregação não está no milagre, mas na Pessoa e na obra de Cristo: “Para
que em tudo [Jesus] tenha a preeminência” (Cl 1.18). Uma
igreja centrada em Cristo não substitui o Evangelho por modismos, psicologia
positiva ou entretenimento.
3.
Uma igreja que confronta o pecado com verdade.
Pedro
não esconde a culpa do povo: “Vós entregastes e negastes [...]” (At
3.13-14); “Matastes o Autor da vida” (At 3.15). Mas também reconhece sua
ignorância (At 3.17), como Jesus declarou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem
o que fazem” (Lc 23.34). A pregação fiel não suaviza o pecado, mas revela sua
gravidade à luz da cruz: “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das
trevas, mas antes condenai-as” (Ef 5.11). A igreja que deseja ser fiel ao
Evangelho deve resistir à tentação de adaptar sua mensagem ao gosto do mundo.
4.
Uma igreja que anuncia a mensagem do arrependimento.
Pedro
convoca: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos [...]” (At 3.19).
O arrependimento é mais que remorso, é mudança de mente, coração e direção. A
conversão através da ação do Espírito Santo e a pregação do Evangelho é
necessária para que os pecados sejam apagados e tempos de refrigério venham. A
mensagem do arrependimento foi o centro do ministério de João Batista (Mt 3.2);
de Jesus (Mc 1.15) e dos apóstolos (At 2.38; 17.30) por meio do Espírito Santo:
“Somente através da atuação do Espírito Santo é que o coração humano pode ser
regenerado, despertado para a vida espiritual e capacitado a responder ao
chamado de Deus” (Barreto, 2024, p. 110). Paulo disse que: “A tristeza
segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se
arrepende” (2Co 7.10). A igreja fiel prega o Evangelho completo: cruz,
arrependimento, conversão e perdão.
5.
Uma igreja que espera e anuncia o tempo do refrigério.
O
apóstolo afirmou: “Para que venham os tempos de refrigério pela presença do
Senhor”. Esse refrigério aponta tanto para a presença do Espírito no presente,
quanto para a esperança escatológica do retorno de Cristo. Uma igreja fiel
prega o Evangelho com os olhos no futuro glorioso: “Aguardando a
bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso
Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13). Uma igreja fiel vive entre o “já” da
salvação e o “ainda não” da glorificação, anunciando a bendita esperança da
vinda de Cristo. O episódio em Atos 3 mostra que o milagre abriu portas, mas a
prioridade era pregar Jesus.
III. UMA IGREJA QUE APROVEITA AS
OPORTUNIDADES PARA EVANGELIZAR
A
reação do povo diante do milagre operado por Pedro e João (At 3.9-11) revela
como Deus pode usar eventos extraordinários para atrair a atenção das pessoas e
abrir portas para a pregação do Evangelho. No entanto, a igreja não deve se
distrair com os aplausos nem se desviar da missão principal. Pedro não
desperdiçou a ocasião: diante de uma multidão admirada, ele apontou
imediatamente para Cristo. Uma igreja cheia do Espírito reconhece os momentos
preparados por Deus para evangelizar e age com sabedoria, ousadia e
discernimento.
1.
Uma igreja sensível às oportunidades concedidas por Deus.
Pedro
e João estavam indo ao templo para orar, mas Deus já havia preparado um momento
de impacto evangelístico (At 3.1-10). Após o milagre, ao ver o povo se
ajuntando, Pedro aproveitou a ocasião para pregar (At 3.11-12). Uma igreja
cheia do Espírito discerne o tempo de Deus e responde com prontidão: “Portai-vos
com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo” (Cl 4.5).
A sensibilidade ao mover de Deus é uma marca de uma igreja viva e missionária.
2.
Uma igreja que transforma milagres em proclamação.
Pedro
não transformou o milagre em espetáculo, mas em mensagem. Em vez de buscar
fama, ele apontou para Jesus como o verdadeiro autor da cura (At 3.13-16).
Sinais e prodígios são sinais indicadores, não o destino final. A função deles
é confirmar a Palavra (Mc 16.20; Hb 2.3-4). A igreja não manipula os milagres,
mas os usa como pontes para anunciar o Evangelho: “Assim como Pedro, o
apóstolo Paulo demonstrou que a sua pregação era por ‘palavras’ e por ‘obras’
(1Co 2.4). Vemos que a verdadeira pregação precisa ser da Palavra e do
Espírito” (Gonçalves, 2025, p. 43).
3.
Uma igreja que prega com ousadia e clareza.
Diante
de um povo curioso, Pedro não se esquivou da verdade: confrontou, chamou ao
arrependimento e apresentou a esperança (At 3.13-19). Ele não falou para
agradar, mas para transformar. A ousadia da igreja vem do Espírito Santo (At
4.31) e da convicção na Palavra. A clareza da mensagem é fruto de uma vida
alicerçada nas Escrituras. A igreja que evangeliza precisa falar com verdade,
compaixão e poder: “Porque não podemos deixar de falar do que temos visto
e ouvido” (At 4.20; cf. 3.9; 8.6; 14.10,11). “A pregação não era
algo meramente abstrato; ela demonstrava pelo poder do Espírito que Jesus havia
ressuscitado e que, portanto, continuava vivo!” (Gonçalves, 2025, p.
43).
4.
Uma igreja que vê cada oportunidade como uma porta missionária.
O
episódio em Atos 3 mostra que qualquer contexto pode se tornar um campo
missionário: uma cura, uma crise, uma reunião ou uma simples conversa. Jesus
fazia isso em poços, casas e ruas (Jo 4; Lc 19). A igreja deve estar atenta às
portas que o Senhor abre: “Porque uma porta grande e eficaz se me abriu
[...]” (1Co 16.9). Ser igreja é viver em missão todos os dias, em todos
os lugares.
CONCLUSÃO
A
Igreja primitiva serve como modelo de fidelidade ao Evangelho, centrada em
Cristo, guiada pelo Espírito Santo e comprometida com a missão. Em Atos 3, os
milagres não desviam os apóstolos de seu propósito: exaltar Jesus e conclamar
ao arrependimento. Uma igreja cheia do Espírito vive para glorificar a Deus,
prega com ousadia, denuncia o pecado com amor e anuncia a esperança em Cristo.
Reconhece cada situação como uma oportunidade missionária. A igreja atual é
desafiada a retomar esse compromisso: ser profética, bíblica, sensível ao
Espírito e dedicada à salvação das almas, impactando o presente e preparando o
caminho para os tempos de refrigério do Senhor.
REFERÊNCIAS
Ø
BARRETO,
Alessandro. Protopentecoste: Ações do Espírito Santo no Antigo Testamento.
Editora Bereia.
Ø
BERGSTÉN, Eurico. Teologia
Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD.
Ø
GONÇALVES, José.
A Igreja em Jerusalém: Doutrina, Comunhão e Fé. CPAD.
Ø
PEARLMAN, Meyer. Conhecendo
as doutrinas da Bíblia. São Paulo: Editora Vida.
Ø
STAMPS, Donald. Bíblia
de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD.
Por
Rede Brasil de Comunicação.
quarta-feira, 16 de julho de 2025
domingo, 13 de julho de 2025
QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2025
A Liberdade em Cristo –
Vivendo o Verdadeiro Evangelho
conforme a Carta de Paulo aos Gálatas.
Lição 02
Hora da Revisão
A respeito de “O
Falso Evangelho”, responda:
1.
O que deixou o apóstolo Paulo impressionado com os gálatas?
Foi
não só o fato de os gálatas atentar para um Evangelho diferente do que ele
havia pregado, mas também pelo fato de que esse “novo evangelho incentivava os
gálatas a desconsiderarem a graça e tentarem, por meio de obras, pagar uma
dívida que eles jamais quitaram.
2.
Quais as diferenças existentes na palavra “outro” em grego?
Na
língua grega, a palavra outro tem duas percepções distintas, advindas
igualmente de duas palavras apontadas: allós, que significa “outro da mesma
espécie”, e heteros, “outro de outra espécie.
3.
Quais os dois sentidos da palavra “anátema”?
A
palavra anátema é oriunda do hebraico herem, e pode ter dois sentidos: algo
devotado a uma divindade, e ao mesmo tempo excluído da utilização humana.
4.
Para onde o “evangelho” dos judaizantes estavam conduzindo os gálatas?
O
“evangelho” dos judaizantes estava afastando os irmãos do verdadeiro e os
encaminhando para uma vida de legalismo.
5.
Paulo escreve para agradar aos homens ou a Deus?
A
preocupação de Paulo é agradar ao Senhor, por isso escreve a Carta aos Gálatas.
Se fosse para agradar aos homens, ele poderia deixar a situação nas igrejas da
Galácia correr sem qualquer interferência.
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