Vídeo Aula - Pastor Ciro
terça-feira, 29 de abril de 2025
QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2025
Davi –
De Pastor de Ovelhas à Rei de israel.
Lição 04
Hora da Revisão
A respeito de “Davi: Amigo Fiel”, responda:
1.
Diante da amizade com Davi, qual a postura de Jonatas com Saul?
Jonatas foi fiel ao seu pai até o fim. Mesmo quando
apoiava e socorria a Davi, sempre buscou honrar o pai e convencê-lo de que no
belemita não havia uma ameaça, mas sim um forte e fiel aliado.
2.
Que lições aprendemos a partir da amizade entre Davi e Jônatas?
Foi uma amizade que agradou ao Senhor, foi edificante
para ambos, permitiu que muitas vidas fossem abençoadas e estava em
conformidade com a vontade de Deus. Essa amizade transcende a esfera pessoal e,
pelo significado e reto-vivência, se tomou em um verdadeiro compromisso com
Deus.
3.
Como a amizade entre cristãos pode contribuir para o desenvolvimento de ambos?
Através de conversas sobre projetos objetivos e
vocação do estudo bíblico compartilhado das orações de um pelo outro ou ainda
por temas em comum da motivação e do acolhimento do amigo no momento certo das
trocas de percepções sob uma cosmovisão cristã do incentivo quanto ao
crescimento na fé e outras tantas possibilidades.
4.
Aponte alguns fatores que levam à fragilidade nas relações virtuais.
Alusão de intimidade os relacionamentos superficiais a
solidão: distanciamento da realidade a idealização da imagem corporal: os
problemas emocionais os perigos entre outros.
5.
Como a identidade do jovem cristão pode se fortalecer?
A partir de sua relação com o Senhor e com o seu
semelhante. Essa relação com Deus é um reflexo natural do ato da criação do
homem por Deus levando-o a uma responsabilidade glorificadora ao agir no mundo
e cumprir sua missão.
QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2025
E o Verbo
se Fez Carne-
Jesus sob o Olhar do
Apóstolo do Amor.
Lição 04
Revisando o Conteúdo
A respeito de “Jesus: O Pão da Vida” responda:
1.
Em quais dos Evangelhos se encontra o relato do episódio da multiplicação?
A
narrativa do milagre dos pães e peixes está presente nos quatro Evangelhos.
2.
O que Jesus notou em relação à multidão?
Jesus
percebeu que a multidão o seguia devido aos milagres e curas que realizava, mas
não para escutar a sua mensagem.
3.
Que ensinamento podemos extrair do episódio da multiplicação?
A
lição que tiramos deste episódio é que Deus nos surpreende com soluções
extraordinárias. Ele manifesta o seu poder de provisão para aqueles que
acreditam nEle.
4.
Qual foi a mensagem clara que Jesus transmitiu à multidão?
Ao
encontrá-la, Jesus transmitiu uma mensagem clara e disse-lhes: Na verdade, na
verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque
comestes do pão e vos saciastes” (Jo 6.26).
5.
Que alteração é visível nas palavras de Jesus em João 6.51?
Observamos
uma mudança nas palavras de Jesus ao passar de “o pão vivo que desceu do céu”
para “o pão que eu der é a minha carne” (Jo 6.51).
LIÇÃO 03 – JESUS: O PÃO DA VIDA
Jo
6.1-14
INTRODUÇÃO
Nesta
lição iremos analisar o significado do pão na Bíblia Sagrada; pontuaremos sobre
a declaração de Jesus como o pão da vida, refletindo sobre o seu significado e
as implicações no mundo espiritual; ressaltaremos a necessidade de alimentar-se
de Cristo e as lições extraídas do milagre da multiplicação.
I. O SIGNIFICADO DO PÃO NA BÍBLIA
SAGRADA
1.
Símbolo da provisão divina.
O
pão, desde o Antigo Testamento, é visto como o sustento provido por Deus. Em
passagens como a de Êx 16, quando os filhos de Israel estão no deserto e se
queixam contra Moisés e Arão, desejando o pão e a carne do Egito: “Quem
dera que nós morrêssemos por mão do Senhor na terra do Egito, quando estávamos
sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar!”
(Êx 16.3), Deus envia resposta, dizendo que haveria de enviar o maná no
deserto, para prover a necessidade do povo: “Eis que vos farei chover pão
dos céus” (Êx 16.4). Essa passagem aponta para a provisão divina em
cenários de escassez (Êx 15.25; Dt 8.2.16; Ne 9.15; Sl 78.24; Sl 105.40).
2.
Pão como sustento físico.
Na
Bíblia, o pão é frequentemente usado como símbolo de alimento que serve para
manutenção física do homem (Gn 31.54; Gn 43.32; 1Rs 13.19; 1Rs 17.6; Jr 37.21;
Mt 16.7; Mc 6.43; Mc 8.14; Jo 21.13). Desde o Gênesis, podemos ver o pão como
sinônimo do sustento físico, onde o próprio Deus, ao sentenciar o homem, após a
queda de Adão, disse que: “No suor do teu rosto, comerás o teu pão”
(Gn 3.19), onde a expressão hebraica aqui para pão é lehem, que segundo
Wycliffe (2007, p. 76), é usada é usada 297 vezes no AT e o seu correspondente
no gr. artos, que é utilizado 99 vezes no NT. “O pão era o alimento mais
comum e importante do lavrador. Era feito de grãos, com ou sem fermento, e em
diferentes formatos. Geralmente era usado para a mesa, embora frequentemente
também em sacrifícios” (Wycliffe, 2007, p. 76).
3.
Pão, o símbolo do sustento espiritual.
A
Bíblia também se refere ao pão como um sustento espiritual. Em Dt 8.3, o
próprio Deus, ao tratar com o povo de Israel à respeito do cuidado que Ele teve
para com eles, afirma que assim o fez: "para te dar a entender que o
homem não viverá só de pão, mas que de tudo o que sai da boca do Senhor viverá
o homem". O Senhor Jesus reafirma esta verdade, quando foi tentado
pelo diabo, respondendo: “Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas
de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4). O apóstolo Paulo,
fazendo referência ao povo de Israel quando peregrinou no deserto, disse: “Irmãos,
eu quero que vocês lembrem do que aconteceu com os nossos antepassados que
seguiram Moisés. Todos comeram da mesma comida espiritual e beberam da mesma
bebida espiritual. Pois bebiam daquela rocha espiritual que ia com eles; e a
rocha era Cristo” (1Co 10.1,3,4 – NTLH). É por isso que em Jo 6.35
Jesus transcende o sentido literal, quando se autodeclara como o “pão da vida”,
estabelecendo assim um paralelo entre o alimento físico e o espiritual.
II. SIGNIFICADO DA DECLARAÇÃO DE
JESUS: EU SOU O PÃO DA VIDA
Em
Jo 6.35 temos a seguinte declaração de Jesus: “Eu sou o pão da vida;
aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede”.
Analisemos o contexto, o significado da declaração e a sua relação com o maná:
1.
O contexto da declaração.
Após
a realização do milagre da multiplicação dos cinco pães e dois peixes (Jo
6.1-14), no dia seguinte, a multidão vai até Cafarnaum, em busca de Jesus (Jo
6.22-24). Ao encontrarem o Mestre, esperando novamente a realização de outro
milagre de provisão, “Jesus respondeu e disse-lhes: Na verdade, na
verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque
comestes do pão e vos saciastes. Trabalhai não pela comida que perece, mas pela
comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará,
porque a este o Pai, Deus, o selou. Disse-lhes, pois, Jesus: Na verdade, na
verdade vos digo que Moisés não vos deu o pão do céu, mas meu Pai vos dá o
verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida
ao mundo. Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão” (Jo
6.26,27,32-34). “A percepção de Jesus o fez ver que a multidão não queria
aceitar a sua mensagem porque não admitia que Ele fosse o Filho de Deus,
preferindo a ideia de que fosse apenas um profeta poderoso. Não é muito
diferente nos tempos atuais, quando multidões correm atrás dos milagres e de
curas físicas e estão pouquíssimos interessadas pela Palavra de Deus” (Cabral,
2025, p. 54).
2.
O significado da declaração.
Ao
afirmar “Eu sou o pão da vida” (6.35,48,51), o Senhor Jesus traz algumas
verdades espirituais. Algumas delas são apontadas por Henry (2008, p. 132,133 –
acréscimo nosso): a) Jesus é para a alma o que o pão é para o
corpo. Ele nutre e sustenta a vida espiritual. Ele nasceu em Belém, a casa de
pão, e foi tipificado pelo pão da proposição (Lv 24.5-7); b) Jesus é o pão de
Deus (v. 33), o pão divino. Ele é aquele que é “de Deus” (v. 46), é pão que
“meu Pai” dá (v. 32), o pão que Ele criou para ser o alimento das nossas almas.
Os sacrifícios dos levitas eram chamados o “pão de Deus” (Lv 21.21,22), e Jesus
é o grande sacrifício; c) Jesus é o pão da vida (v. 35, v. 48), uma
alusão à árvore da vida no meio do jardim do Éden, da qual Adão podia comer e
viver; d) Jesus é o pão que desceu do céu. Isto indica a divindade da
pessoa de Cristo. Sendo Deus, Ele tinha uma existência no céu (Jo 1.1), de onde
Ele veio para assumir nossa natureza: “Eu desci do céu” (v. 51); e, por fim, e)
Jesus é aquele pão do qual o maná era um tipo e um exemplo (v. 58). Assim
como o maná foi dado a Israel, Cristo é dado ao Israel espiritual”.
3.
Paralelo entre o maná do deserto e o Pão da vida.
A
multidão questionou a Jesus, dizendo: “Nossos pais comeram o maná no
deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu. Disse-lhes, pois,
Jesus: Na verdade, na verdade vos digo que Moisés não vos deu o pão do céu, mas
meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce
do céu e dá vida ao mundo” (Jo 6.31-33). De acordo com Wiersbe (2008,
p. 248 – acréscimo nosso), podemos fazer um paralelo entre o maná [o
pão] que desceu no deserto para o povo de Israel e Jesus o “pão que desceu
dos céus” para toda humanidade:
PARALELO ENTRE O MANÁ E JESUS, O PÃO DA VIDA
|
REFERÊNCIAS
|
O
maná vinha do céu; Jesus veio do céu quando os homens estavam nas trevas.
|
Êx
16.8; Is 9.2; Jo 8.12.
|
O maná caía no orvalho;
Cristo, como homem, foi gerado pelo Espírito de Deus.
|
Êx 16.13; Lc 1.35
|
O
maná não foi maculado pela terra; Cristo não tinha pecado.
|
2Co
5.21; Hb 4.15
|
O
maná era pequeno e branco, o que sugere a humildade e a pureza de Cristo.
|
Êx
16.14; Mt 11.19; Mt 20.27,28; Fp 2.8
|
O
maná tinha sabor doce; Cristo, que é a Palavra viva, é doce para os que crêem
nele.
|
Êx
16.31; Ap 10.8-11
|
O
maná devia ser pego e comido; Cristo deve ser recebido e apropriado pela fé;
|
Êx
16.4; Jo 1.12-13
|
O
maná foi uma dádiva gratuita; Cristo é uma dádiva gratuita de Deus para o
mundo.
|
Êx
16.4-8; Jo 3.16
|
O
maná era suficiente para todos; Cristo é suficiente para todos.
|
Êx
16.4; 1Tm 2.5
|
O
maná derretia no aquecer do sol e, consequentemente, seria pisado, se não
fosse pego.
|
Ex
16.21; Hb 10.26-31
|
O
maná era um alimento [pão] do deserto; Cristo é nosso alimento [pão] nessa
jornada de peregrinação em direção ao céu.
|
Êx
16.4; Jo 6.48-50
|
III. LIÇÕES EXTRAÍDAS PARA A VIDA DO
CRISTÃO
1.
A necessidade da nutrição espiritual.
Todo
aquele que é nascido de novo (Jo 3.3; 1Pe 1.3,4,23; 1Jo 5.18), precisa buscar,
diariamente, alimentar-se espiritualmente com a Palavra de Deus (Dt 17.19; Js
1.8; Sl 1.2; Sl 119.97; Cl 3.16), pois bem disse o salmista: “Bem-aventurados
os que guardam os seus testemunhos e o buscam de todo o coração” (Sl
119.3). Por isso Jesus disse que devemos trabalhar (nos esforçar) “[...]
pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará
[...]” (Jo 6.27).
2.
Confiança na providência divina.
No
milagre da multiplicação (Jo 6.1-14), Jesus nos ensina que na caminhada cristã,
“às vezes, somos desafiados pelas circunstâncias adversas” (Cabral,
2025, p. 55). Foi assim com diversos personagens da Bíblia, mas eles puderem
experimentar a providência divina em meio à adversidade (Gn 28.20-22; Êx
16.1-20; 1Rs 17.1-7; 1Rs 17.8-16; 2Rs 4.1-7). Precisamos confiar e crer que
Deus supre todas as nossas necessidades (Sl 9.10; Sl 37.25; Sl 104.27,28; Mt
6.31,32; 2Co 9.10,11; Fp 4.19).
CONCLUSÃO
Jesus, ao se apresentar como o “Pão
da Vida”, transcende a mera demonstração de poder para oferecer um alimento
físico, mas sim um alimento que sacia a fome espiritual e conduz à vida eterna.
Através do simbolismo do pão, somos conscientizados a buscar nutrir a nossa
alma e a confiarmos na providência divina.
REFERÊNCIAS
Ø CABRAL, Elienai. E o Verbo se
Fez Carne: Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor. CPAD.
Ø HENRY, Matthew. Comentário
Bíblico Matthew Henry – Vol. 5. CPAD.
Ø PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário
Bíblico Wyclliffe. CPAD.
Ø WIERSBE, Warren W. Comentário
Bíblico Novo Testamento. Geográfica Editora.
Por
Rede Brasil de Comunicação.
quinta-feira, 24 de abril de 2025
segunda-feira, 21 de abril de 2025
domingo, 20 de abril de 2025
QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2025
Davi –
De Pastor de Ovelhas à Rei de israel.
Lição 03
Hora da Revisão
A respeito de “Davi: O Matador de Gigante”,
responda:
1.
Qual foi a reação dos israelitas diante das ameaças de Golias?
Ao
ouvir os gritos de Golias no vale de Elá os israelitas tiveram muito medo e
nenhum guerreiro estava disposto a enfrentar o gigante.
2.
Qual fator foi decisivo para que Davi se voluntariasse para lutar contra
Golias?
A
sua confiança em Deus.
3.
Quais os dois fatos mencionados por Davi para mudar a opinião do rei?
Aprendeu
a lutar defendendo as ovelhas contra os predadores; e o Senhor com ele estaria.
4. Quais os perigos do mundo virtual?
De
forma nociva revelou a fragilidade humana e promovendo insegurança,
frustrações, rupturas de comunhão e o insucesso afastando assim o homem do que
era certo.
5.
Aponte as posturas ideais para vencermos diante das ameaças da banalização da
sexualidade.
Fugir dessas
provocações, buscar no tempo certo um relacionamento conjugal dirigido pelo
Senhor e viver uma vida de santificação.
QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2025
E o Verbo
se Fez Carne-
Jesus sob o Olhar do
Apóstolo do Amor.
Lição 03
Revisando o Conteúdo
A respeito de “A Verdadeira Adoração” responda:
1. Quais são as duas principais lições
que Jesus nos ensinou durante a sua conversa com a mulher samaritana?
Toda pessoa necessita de Deus; o autêntico culto de
adoração a Deus não se limita a um lugar específico.
2. O que constitui o verdadeiro culto de
adoração a Deus que atende às necessidades humanas?
O verdadeiro culto dirigido a Deus deve
ser feito ao “Pai em espírito e em verdade” (w .21,24).
3.
Quais são os elementos essenciais da verdadeira adoração?
Em suma, adorar a Deus significa
essencialmente reconhecê-lo, render-se e exaltá-lo por tudo o que Ele é e faz.
4.
Em resumo, o que implica adorar a Deus?
Implica reconhecer a própria
inferioridade e a superioridade daquEle que estamos dispostos a servir
plenamente.
5.
De que forma podemos definir a adoração como um ato de serviço dedicado a Deus?
O serviço que prestamos a Ele, ou seja,
cumprir os seus propósitos para nós, exige uma entrega total da nossa vida,
como um sacrifício vivo ao Senhor (Rm 12.1).
quinta-feira, 17 de abril de 2025
LIÇÃO 03 – A VERDADEIRA ADORAÇÃO
Jo
4.5-7,9,10,19-24
INTRODUÇÃO
Nesta
lição veremos a definição do termo adoração e seu conceito bíblico; pontuaremos
o que é adoração segundo a Bíblia; veremos alguns elementos da verdadeira
adoração; e por fim, elencaremos as características da genuína adoração.
I. DEFINIÇÃO DE ADORAÇÃO
1.
Definição do termo.
A
palavra portuguesa “adoração, adorar” é derivada do latim: “adoratione,
adorare” que significa: “ato de adorar, reverenciar com muito
respeito, render culto, reconhecimento outorgado ou devido a alguém, prestar
homenagem ou respeito” (Tenney, pp. 101,102). Uma das palavras usadas
no AT relacionada a adoração, é o termo hebraico “shahâ” traduzido
por: “prostrar-se, curvar-se ou inclinar-se”, refere-se ao
ato de um indivíduo inclinar-se diante de uma autoridade (Gn 18.2; 19.1; 37.7;
Êx 34.8; Rt 2.10; 1Sm 24.8), nesses casos, o ato de inclinar-se é um sinal de
respeito e honra e não adoração no sentido de culto. Quando “shahâ” se
refere à adoração que é oferecida a Deus, pode indicar um ato individual ou
coletivo (Gn 22.5; Jó 1.20; Sl 29.2), e sua tradução literal seria: “beijar
a mão ou o chão diante de”. O fato de que esta palavra ocorre mais de
170 vezes no AT mostra sua importância (Vine, 2002. p. 31). Essa palavra também
quer dizer: “veneração elevada que se presta a Deus, reconhecendo-lhe a
soberania sobre o universo” (Andrade, 2006, p. 33).
2.
Conceito bíblico.
Adoração
em seu sentido bíblico é a expressão máxima de obediência e reverência ao
Senhor. É o ato de reverenciar e obedecer a Deus (Vine, 2002, p. 31). O verbo
grego empregado no NT é “proskyneo” e significa: “homenagear
e reverenciar”. É o reconhecimento direto a Deus, da sua natureza,
atributos, caminhos e reivindicações, quer pela saída do coração em louvores e
ações de graças, quer por ações feitas em tal reconhecimento (Vine, 2002, p.
375). No mundo religioso, o termo adoração, é usado para a “devoção
reverente, serviço ou honra prestada a Deus, quer pública quer individual” (Gn
24.26; 2Sm 12.20; Sl 66.4) (Dyrness, apud Jones, pp. 269,270). A rigor,
segundo as Escrituras, o adorador não é, necessariamente, um músico ou cantor,
mas um servo do Senhor, que reconhece, ao mesmo tempo, a sua própria pequenez e
a grandeza do Todo-poderoso (Jn 1.9; At 16.14).
II. O QUE É ADORAÇÃO SEGUNDO A BÍBLIA
1.
Adorar é um ato de rendição a Deus.
Nas
línguas bíblicas, o sentido do termo adoração é “chegar-se a Deus de modo
reverente, submisso e agradecido, a fim de glorificá-lo”. Adorar é um ato
de total rendição, gratidão e exaltação jubilosa a Deus (Sl 95.6; 2Cr 5.13,14;
29.30; Mt 2.11; Mc 7.25). É o Espírito Santo que habilita o crente a adorar com
profundidade e temor a Deus (Jo 4.23,24; Ef 5.18,19; 1Co 14.15; At 10.46; Fp
3.3).
2.
Adorar é um ato de serviço a Deus.
O
servir a Deus tem relação direta com o adorá-lo (Mt 4.10; Ap 2.19). O serviço
que fazemos para Deus por amor e gratidão é uma forma de adoração. Em 2
Coríntios 9.12, a palavra adoração é traduzida por “serviço”. A oferta
apresentada como gratidão a Deus, para o sustento de sua obra, é um ato de
adoração (2Co 9.7-12). O termo também é empregado em Filipenses 2.17,30,
descrevendo o “serviço da fé”, isto é, o esforço pessoal empreendido pelo servo
de Cristo a favor de sua obra. Portanto, essa palavra tem uma relação direta
com o culto que fazemos a Deus, seja no serviço da adoração, contribuição
financeira ou realização da obra do Senhor (Mt 4.10; Jo 16.2; Hb 9.9; Ap 2.19).
3.
Adorar é um ato de reverência a Deus.
Deus
é infinitamente sublime em majestade, poder, santidade, bondade, amor e glória.
Por isso, devemos adorá-lo e servi-lo com toda reverência, fervor, zelo,
sinceridade e dedicação (Hb 12.28). Portanto, adoração e reverência são
elementos inseparáveis em nosso culto a Deus. Adorar é também exaltar e
reconhecer que Deus é o Senhor, Criador de todas as coisas (Sl 95.3-6). O
apóstolo Paulo nos ensinou a louvarmos com cânticos espirituais (Cl 3.16).
Louvar a Deus com uma vida que não esteja em acordo com a sua Palavra é o mesmo
que oferecer fogo estranho ao Senhor.
4.
Adorar é um ato de experiência interior.
E
sendo Deus infinito, há muitas maneiras de adorá-lo (Sl 95.6,7). A adoração a
Deus, no qual vivemos, nos movemos e existimos, é, acima de tudo, uma atitude
interior do ser humano, imagem e semelhança do Criador (At 17.28). Faz parte da
estrutura espiritual de quem crê, teme, ama e serve ao Eterno, a necessidade
interior de adorá-lo (Ef 1.6,12,14). A experiência pessoal na adoração é algo
que flui do coração grato (Ne 12.43).
III.
ELEMENTOS DA ADORAÇÃO
1.
A oração é um elemento da adoração.
Ao
dobrarmos nossos joelhos estamos adorando ao Senhor. A oração é um princípio de
adoração e comunhão constante com o Senhor que necessitamos para sermos
vitoriosos e mantermos seguros que Ele nos escuta sempre (Sl 3.4; 30.8; 120.1;
Jn 2.2; Mt 6.6; 1Jo 5.14). O crente deve estar confiante que Deus se importa
com ele e sente profundamente as suas aflições (Sl 34.18; Is 57.15). A Bíblia
nos exorta a adorarmos a Deus apresentando nossas queixas e ansiedades através
da oração a fim de repousarmos nEle (Sl 4.1; 18.6; Fp 4.6; 1Pe 5.7).
2.
O louvor é um elemento da adoração.
O
verbo louvar deriva-se de “laudare” em latim, que é uma
declinação do verbo “laudo”. Segundo o dicionário, laudo é um
parecer ou documento descrevendo uma decisão. Quando louvamos alguém estamos
dando um parecer de que aquele alguém merece ser elogiado. Nosso Criador espera
que reconheçamos a grandeza dos seus feitos e entreguemos a Ele o nosso laudo
de louvor (Êx 15.11; Lv 22.29). No Evangelho de Lucas encontramos importantes
cânticos como: a) O cântico de Maria “magnificat” (Lc
1.46-55); b) O cântico de Zacaria “benedictus” (Lc
1.68-79); c) O cântico dos anjos “Glória in excelsis Deo” (Lc
2.13,14); e, d) O cântico de Simeão “nunc dimittis” (Lc
2.29-32). O louvor é a expressão, a verbalização, a exteriorização, do que
pensamos e sentimos acerca do Senhor (Sl 108.1). O louvor não se limita ao
cântico, mas abarca tudo o que há em nós (Sl 103.1,2; 149.1) (Wiersbe 2010, pp.
226-227).
3.
A confissão de pecados é um elemento da adoração.
A
Igreja tem um papel relevante no que diz respeito à obra redentora de Jesus. A
Igreja não salva, mas é através dela que a salvação é difundida e recebida
através da confissão de pecados e arrependimento sincero. O crente, que foi
salvo da condenação do pecado, deve aqui viver em santidade prática, liberto do
poder do pecado, e vencedor por Cristo, mediante a fé (Hb 11.17-39).
4.
A pregação da Palavra é um elemento da adoração.
Em
toda a Bíblia e principalmente no livro dos Salmos encontramos belos hinos de
adoração a Deus (Êx 15.1-19; Is 6.3; 12.1-6; Sl 23; 91; 139; Rm 11.33-36; Fp
2.6-11; 1Tm 3.16; Ap 4.8; 5.9,10). Na adoração e ministração da Palavra de
Deus, a ignomínia do pecado é revelada e a necessidade de salvação é
demonstrada (Sl 51.10-12,17; 32.5-7). O homem sob o poder do pecado não é capaz
de avaliar o perigo eterno que aguarda aquele que é escravo do pecado. Mas, uma
vez remido e salvo do pecado, o crente deseja adorar ao Senhor que o salvou (Sl
32.1,2; 34.15-22).
IV. CARACTERÍSTICAS DA VERDADEIRA
ADORAÇÃO
1.
A verdadeira adoração é sincera.
A
verdadeira adoração deve partir do nosso desejo de fazer tudo para que Deus
seja glorificado (Sl 103.1-2). Uma das verdades mais impressionantes que
encontramos na Bíblia é que Deus procura os verdadeiros adoradores (Jo 4.23),
pois, existem aqueles que o adoram desinteressadamente, na maioria das vezes
estão em busca de algo de Deus e não em busca da presença de Deus. Muitos
cantam, mas não louvam nem adoram ao Senhor (Am 5.23; Is 29.13). Adoração não
deve ser mecanizada, ela deve ser do mais íntimo do coração (Is 1.11-14).
Adoração que não é sincera não é adoração, só é apenas um ritual sem valor (Is
1.11; Jo 4.23). A adoração se inicia no coração. É o amor a Deus expressado em
louvor e agradecimento. Adoração não é um sentimento sem expressão ou uma
formalidade vazia (Is 29.13; Mc 7.6,7).
2.
A verdadeira adoração é teocêntrica.
Como
a Bíblia nos ensina a verdadeira adoração é teocêntrica, pois, na verdadeira
adoração não há espaço para o espelho. O verdadeiro louvor não pode ser
antropocêntrico (homem no centro), mas teocêntrico (Deus no
centro) (Sl 115.1; 2Cr 20.18,19,21; Mt 4.10), pois ela prioriza Deus e
não as nossas necessidades (Jó 1.20-22; Mt 15.25). De acordo com o AT, a
adoração tem uma característica marcante que é a prostração reverente diante do
Senhor (Gn 24.26; Êx 12.27; 34.8,9; 2Cr 20.18; 29.29; Ne 8.6; Jó 1.20: Sl 95.6).
Essa mesma característica distintiva, a prostração referente, é reafirmada no
NT (Mt 2.11; At 10.45; 1Co 14.25; Ap 1.17; 19.1-4). Até no céu a marca da
verdadeira adoração permanece (Ap 19.4). Deus convida-nos a adorá-lo,
reconhecê-lo como único Senhor (Sl 29.2; 150.6; Is 55.6). Logo, a adoração
concentra-se em Deus e não no homem ou qualquer outro ser (Is 42.8; Mt 4.10; Ap
19.10; 22.9).
3.
A verdadeira adoração é cristocêntrica.
A
adoração ao Pai está centrada na pessoa bendita de Jesus Cristo (Rm 11.33-36).
Nesse sentido, não é o ritualismo ou o simbolismo que pauta a adoração, mas a
pessoa de Jesus. Ele é o centro. Ele é o tudo. Ele é o nosso Salvador. O louvor
para o cristão só terá um verdadeiro sentido se este for endereçado a Cristo,
não existe outro que tenha esta preeminência. O louvor cristocêntrico é aquele
que reconhece em Cristo Jesus o centro da adoração. O Senhor Jesus revelou ao
apóstolo João que o conteúdo da adoração deve ser cristocêntrico (Ap 4.8-11;
5.9-14; 7.9-12). Em Filipenses 3.17 o apóstolo “Paulo trata agora de
motivações; seja em ação, seja por palavras, tudo precisa ser feito em nome de
Cristo, com atitude”. Quando Cristo é o centro de nossa adoração o louvor é
utilizado para expressar exatamente isto. A Igreja primitiva aprendeu logo cedo
a exaltá-lo, e usar o momento de louvor no culto para evidenciar a soberania de
Cristo (BRUCE, 2010, p. 2026).
4.
A verdadeira adoração é ultracircunstancial.
A
verdadeira adoração vem do coração, não é só um ato exterior. A adoração ao
Senhor deve brotar de um coração pronto e agradecido (Sl 57.7) que não adora
apenas nos momentos de abundância e felicidade, mas também nas horas de
escassez e tristeza (2Cr 20.3,4; At 16.25; Fp. 4.12,13). A adoração genuína é
ultracircunstancial (2Cr 20.2,12,15; Hc 3.17,18); ou seja, não se limita às
circunstâncias favoráveis. A adoração ultracircunstancial é um estado de
consciência onde se reconhece simultaneamente a grandiosidade de Deus e a
efemeridade da condição humana (Jo 4.23). É a busca insaciável por mais da
pessoa de Deus, sem nenhum interesse alheio a esse fim. Não é fácil esquecer-se
das lutas e dificuldades que enfrentamos no nosso dia a dia, em que muitas
delas são embates tenebrosos contra o inimigo. Porém, crente que confia e
obedece ao Senhor aproveita estes momentos difíceis para adorar ao Senhor em
gratidão pelos grandes livramentos alcançados (Sl 18.3).
CONCLUSÃO
Na
mordomia da adoração, precisamos saber que Deus não vê apenas o gesto exterior
como expressão de louvor, mas também a motivação do coração (1Sm 16.7). Com
base no Antigo e no Novo Testamento, a adoração é a veneração elevada que se
presta ao Deus único e Criador.
REFERÊNCIAS
Ø CHAMPLIN, R. N. Dicionário de
Bíblia, Teologia e Filosofia. SP: HAGNOS. 2002.
Ø STAMPS, Donald C. Bíblia de
Estudo Pentecostal. RJ: CPAD. 1997.
Ø JONES, Landon. O Deus de Israel.
Na teologia do Antigo Testamento. SP: HAGNOS. 2018.
Ø VINE, W. E.; UNGER, Merril F.; WHITE
JR., William. Dicionário Vine. RJ: CPAD, 2007.
Ø JEREMIAH, D. O Desejo do Meu
Coração. RJ: CPAD, 2006.
ØWIERSBE, Warren W. Comentário
Bíblico Expositivo. vol. 5. SP: GEOGRÁFICA, 2010.
Ø BRUCE, F.F. Comentário Bíblico NVI.
SP: VIDA, 2010.
Por
Rede Brasil de Comunicação.
quarta-feira, 16 de abril de 2025
segunda-feira, 14 de abril de 2025
domingo, 13 de abril de 2025
QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2025
Davi –
De Pastor de Ovelhas à Rei de israel.
Lição 02
Hora da Revisão
A respeito de “Davi: A Excelência no Servir”,
responda:
1.
Quais habilidades faziam parte do currículo de Davi?
Davi era músico, valente animado guerreiro, ponderado
nas palavras e o mais importante o Senhor era com ele.
2.
Aponte alguns destaques dos salmos messiânicos escritos por Davi.
Os salmos messiânicos falam da glória e dignidade do
Filho do Homem (8). fazem referência à ressurreição de Cristo (16). abordam os
sofrimentos de Cristo na crucificação (22).
3.
Mencione algumas das disciplinas espirituais que devem fazer parte da vida do
cristão.
Oração,
jejum, leitura e meditação bíblica, espírito, serviço cristão entre outras
possibilidades.
4.
Como foi o início do reinado de Saul?
Escolhido e ungido por Deus para ser o primeiro rei de
Israel, Saul foi guiado pelo Espírito do Senhor conseguiu fazer um bom início
de reinado e foi admirado por muitos Foi temente a Deus, chegou a profetizar e
constantemente consultava o profeta Samuel.
5.
Quais são os desafios do jovem cristão na atualidade?
A cosmovisão, o jeito de agir, os valores defendidos,
os relacionamentos, os valores sociais e morais, entre tantos outros são. por
essência, opostos ao que nós devemos Também devemos anunciar boas novas de
salvação para um mundo que está imerso em caos e sofrimento.
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