domingo, 29 de setembro de 2013

LIÇÃO 13 – O SACRIFÍCIO QUE AGRADA A DEUS




Fp 4.14-23




INTRODUÇÃO
Graças ao Senhor chegamos ao final de mais um trimestre de Lições Bíblicas! Estivemos juntos estudando a Epístola aos Filipenses, cujo tema principal foi “A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja”. Com certeza, este trimestre foi de grande edificação para todos nós, onde aprendemos muito através do estudo da referida Epístola. Nesta última aula, daremos continuidade à aula passada, visto que o assunto da generosidade dos filipenses engloba o texto da lição passada como o da presente lição (Fp 4. 10-20). Assim, trataremos da resposta do Apóstolo aos filipenses pela boa iniciativa que tiveram. Além disso, definiremos o que é reminiscência bem como o que é oblação no contexto desta lição. Abordaremos, ainda, os tipos de sacrifícios que agradam a Deus. Boa aula para todos!!  


I. A PARTICIPAÇÃO DA IGREJA NAS TRIBULAÇÕES DE PAULO (4.14)
Dando sequência ao agradecimento do Apóstolo pelos donativos enviados pelos filipenses como prova do zelo e da generosidade deles por Paulo, estudado na lição passada; Paulo, então, elogia a iniciativa dos amados irmãos dizendo: “Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha aflição” (v.14). Observamos, aqui, nesta afirmação de Paulo duas importantes verdades: 1) O desprendimento dos filipenses em desejar ajudar ao Apóstolo demonstrando o amor, a generosidade, a comunhão, o cuidado, bem como o agir de Deus na vida daquela comunidade cristã em prol do ministério de Paulo; tal realidade é notória na expressão “em tomar parte”, que segundo o comentarista do trimestre equivale às expressões “partilhar” e “coparticipar”. 2) A grande estima e o amor que aquela igreja tinha por Paulo a conduziu ao sofrimento, pois apoiando o ministério de Paulo a comunidade cristã de Filipos passou a participar das aflições e tribulações do Apóstolo. Por isso, Paulo é especifico em mostrar no que eles tomaram parte: “na minha aflição”. Vemos, aqui, o verdadeiro sacrifício que agrada a Deus! O escritor da Epístola aos Hebreus também aborda o referido assunto, e diz: “Não vos esqueçais de fazer o bem e de repartir com outros, pois com tais sacrifícios Deus se agrada” (Hb 13.16).


II. REMINISCÊNCIA: O ATO DE DAR E RECEBER (4.15-17)
Reminiscência?! Que é isso? Segundo Aurélio, é toda lembrança vaga que se conserva na memória. Paulo continua seu agradecimento aos filipenses trazendo à memória deles que, a generosidade da amada igreja de Filipos foi algo que tocou o seu coração desde o principio da evangelização daquela cidade. Assim, afirma Paulo: “E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no principio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e receber, senão vós somente” (v.15). Observe o que diz Paulo, ele afirma que a generosidade e apoio dos irmãos filipenses ocorreram ‘quando parti da Macedônia’, e não quando estava na Macedônia. Além disso, os irmãos filipenses foram os únicos que tiveram o cuidado de prover para o Apóstolo os recursos necessários à manutenção de seu ministério, pois diz Paulo: “nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e receber, senão vós somente” (v.15). Por esse motivo, os filipenses tornaram-se cooperadores do Apóstolo na expansão do Reino de Deus até aos confins da terra. Entretanto, Paulo continua a testificar deles dizendo: “Porque também, uma e outra vez, me mandastes o necessário a Tessalônica” (v.16). Veja que os filipenses eram, de fato, os mantenedores da Obra Missionária realizada pelo Apóstolo Paulo. Todavia, é bem curioso Paulo afirmar no v.15 que partiu da Macedônia, e no v.16 dizer que se encontrava em Tessalônica. 
Pelo que se sabe Tessalônica é uma das cidades da província da Macedônia; então, o que Paulo quis dizer quando afirmou que ‘quando parti da Macedônia’? Que Macedônia é essa?! Ora, a expressão “Macedônia” empregada pelo Apóstolo não representa a província em si, mas a cidade de Filipos; pois como poderia está Paulo fora da província da Macedônia, estando em uma cidade desta mesma província? Por isso, não há dúvida trata-se de Filipos, por ser ela a primeira cidade da província da Macedônia (At 16.12). Embora Paulo estivesse muito agradecido pela boa iniciativa e generosidade dos filipenses, ele não quis que a igreja se sentisse constrangida ao fazê-lo, por isso, disse: “Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta” (v.17). Ele sabia da relação perigosa que há entre o dinheiro e a religião (1 Tm 6.10,11). E, principalmente, que o ministro de Deus não pode e não deve permitir que o dinheiro o escravize. Aliás, essa é uma das prerrogativas ou exigências bíblicas para ser ministro de Deus (1 Tm 3.3,8; Tt 1.7). E, só por essa prerrogativa bíblica, muitos ministérios e seus respectivos “ministros” já se encontram reprovados por Deus! Ver Mt 7.21; 18.7. Portanto, o grande interesse de Paulo era o crescimento espiritual dos filipenses, e o progresso do Reino de Deus (Fp 1.9-11,22,24). Somente os verdadeiros ministros, a semelhança de Paulo, é que estão preocupados com o crescimento do Reino de Deus, e não do seu próprio reino!
 

III. A OBLAÇÃO DE AMOR E SAUDAÇÕES FINAIS (4.18-23)
Oblação?! Que é isso? A oblação é, segundo o dicionário teológico do Pr. Claudionor de Andrade, a dedicação de alguma coisa inanimada a Deus: azeite, flor de farinha, etc.. Portanto, trata-se de um sacrifício comestível, uma parte era queimada para memorial e a outra direcionada ao consumo dos sacerdotes (Lv 2.1-3). Desta forma, Paulo usa a linguagem dos sacrifícios do culto levítico para descrever o amor e a dedicação dos filipenses ao seu ministério. Assim, diz o Apóstolo: “Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus” (v.18). Desta forma, Paulo não apenas agradece a generosidade dos filipenses, mas também mostra que é esse o tipo de sacrifício que agrada a Deus – o sacrifício de amor (Rm 13.8; 2 Co 5.14). Além desse, Deus agrada-se também do sacrifício da obediência (1 Sm 15.22), do sacrifício de louvor (Hb 13.15), entre outros. No versículo 19, Paulo diz: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus”. Embora a iniciativa dos filipenses fosse, de fato, mui nobre para com o ministério de Paulo, ele sabia que tudo isto era provisão divina. Por isso, ele afirma que assim como Deus supriu suas necessidades, da mesma forma o Senhor supriria as necessidades daqueles amados irmãos (2 Co 9.6,8). Nos vv. 20 ao 23, o Apóstolo faz suas considerações finais enfatizando a Cristo, o tema da referida carta, dizendo: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém!” (v.23). É o que todos nós precisamos na realidade presente – a presença e a graça de Jesus em nossas vidas! Busquemo-las com todo o nosso coração!


CONCLUSÃO
Diante do exposto, aprendemos o valor de contribuirmos para Obra de Deus, ainda que, a mesma se ache desacreditada por muitos, devido os muitos tristemunhos e escândalos envolvendo “ministros” do evangelho. Fica, a nós ou para nós, o bom exemplo da iniciativa e generosidade dos filipenses que foram os únicos a apoiarem o ministério do Apóstolo dos Gentios. Portanto, cumpramos nosso papel de servos do Senhor, e cooperemos com o Reino de Deus não apenas financeiramente, mas, especialmente, com nosso serviço ao Reino de Deus. Quero neste momento agradecer, primeiramente ao Senhor, que tem sido testemunha das lutas que passo para postar essas linhas a cada semana, também a todos os amigos (as), irmãos (ãs) e internautas que tem cooperado conosco acessando o Amigo da EBD. Peço perdão a todos pelas postagens que não foi possível postá-las a tempo. No entanto, esforço-me em não deixar de postá-las! Em fim, com tudo isto, quero dizer a todos: MUITO OBRIGADO POR TUDO! Deixo para vossa reflexão espiritual um dos versículos que mais amo da Epístola aos Filipenses: “Pois para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21). Que Deus em Cristo abençoe a vós todos! Amém!!



REFERÊNCIAS
CABRAL, Elienai. Lições Biblicas (3º trimestre/ 2013) CPAD.
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. CPAD.
 Revista Ensinador Cristão, nº 55. CPAD.  


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