segunda-feira, 30 de março de 2020

LIÇÃO 11 – O HOMEM DO PECADO (SUBSÍDIO)


   




2 Ts 2.1-15




INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos a definição do termo “anticristo”; traremos algumas informações sobre a pessoa do anticristo; pontuaremos a sua atuação no mundo; e por fim; mencionaremos alguns aspectos do “espírito” do anticristo.


I. DEFINIÇÃO DA PALAVRA ANTICRISTO
1. Conceito do termo anticristo.
O nome “anticristo” vem da expressão grega “antichristos” significando: “contra Cristo” formados pelos termos “anti” que significa “contra” e “christos”, que significa “ungido”. Será o opositor de Cristo e o maior representante de Satanás, no futuro. Também chamado de: “a besta que emerge do mar” (Ap 13.1). Será um homem comum, nascido de mulher; mas, revestido de um “poder satânico”, que terá uma capacidade demoníaca extraordinária (2 Ts 2.9; Ap 13.2,4), de modo que exercerá uma poderosa influência sobre a humanidade com seus discursos (Ap 13.5). Ele será um homem personificando o diabo, porém, apresentando-se como se fosse Deus (Dn 11.36). Sua sabedoria e capacidade serão sobrenaturais, pois, além da ação diabólica em seu apoio, outros fatores contribuirão para a implantação de seu governo, tais como: poder político (Dn 7.8,25) e comercial (Dn 8.25; Ap 13.16,17). Ele será uma pessoa influente que atrairá até mesmo os judeus (Dn 9.20-27; Mt 24.22-27). Promoverá a mentira (2 Ts 2.11-13); o pecado (2 Ts 2.3); o culto a Satanás (Dn 11.45; 2 Ts 2.4); e, uma economia única no mundo (Ap 13.16-18).


II. A PESSOA DO ANTICRISTO
1. A identidade do anticristo.
O anticristo será a mais completa personificação de Satanás e o seu mais autorizado representante. É o ditador que assumirá o comando do mundo após o arrebatamento da Igreja. Ele será uma personificação do mal, um líder mundial de habilidades e capacidades desconhecidas até o dia de hoje, possuirá um carisma irresistível e uma oratória extremamente persuasiva. A Bíblia dá vários outros adjetivos a este personagem: a) o pequeno chifre (Dn 7.8); b) príncipe que há de vir (Dn 9.26); c) homem vil (Dn 11.21); d) o rei que fará segundo a sua vontade (Dn 11.36); e) homem da iniquidade (2 Ts 2.3); f) filho da perdição (2 Ts 2.3); g) iníquo (2 Ts 2.8); h) anticristo (1 Jo 2.18); i) abominável da desolação (Mt 24.15); j) assolador (Dn 9.27); e, l) besta (Ap 13.1,2,18; 19.20).

2. As estratégias do anticristo.
De acordo com as Escrituras, no início, o anticristo fará um pacto com Israel, restaurando a antiga prática de sacrifícios no Templo em Jerusalém (Dn 9.20-27). Todavia, na metade deste período, ele quebrará este acordo, tornar-se-á um governante mundial, declarar-se-á Deus, proibirá a adoração ao Senhor e perseguirá terrivelmente aqueles que desejarem ser fiéis a Cristo (2 Ts 2.4). Conforme as profecias bíblicas, o filho da perdição realizará, por intermédio satânico, “poder, sinais e prodígios de mentira” (2 Ts 2.7-10). Este período é chamado de Grande Tribulação (Ap 7.14), um tempo de grande perseguição e oposição a tudo o que se chama Deus (Ap 12.17; 13.15).

3. O tempo do governo do anticristo.
O governo do anticristo será de sete anos dividido em dois momentos. Primeiro ele reinará por um período de “quarenta e dois meses, ou três anos e meio, ou ainda mil duzentos e sessenta dias” (Ap 13.5). Nesse período de falsa paz, os homens, inclusive Israel, hão de pensar que ele é, de fato, o Messias prometido. Findo esse tempo, ele romperá o acordo que firmara com Israel, e passará a persegui-lo por outro período de “quarenta e dois meses, ou três anos e meio” (Dn 9.27; 1 Ts 5.3).

4. O julgamento e o fim do anticristo.
Apesar dos seus feitos e poder, o anticristo já possui um fim pré-determinado na Bíblia (2 Ts 2.8). Sua atividade se encerrará na Batalha do Armagedon quando o Senhor Jesus vier com a sua Igreja. Naquela ocasião, o Rei dos reis e Senhor dos senhores destruirá o anticristo, seus exércitos e todos os que o seguirem (Mt 24.30; Ap 19.19-21).


III. O ANTICRISTO E SUA ATUAÇÃO NO MUNDO
1. O espírito do anticristo.
Ao falar sobre o anticristo e os “anticristos”, o apóstolo João não estava se referindo unicamente a um assunto escatológico, ele estava também advertindo seus leitores a respeito de um espírito que já ameaçava a igreja naquele período e que ainda está em plena atuação. Um espírito que nega a divindade e o senhorio de Cristo (1 Jo 4.3). João deixa claro que já é a última hora, ou seja, a vinda de Cristo se dará em breve (1 Jo 4.18). Muitos são os sinais de que a volta de Jesus poderá ocorrer a qualquer momento. Um dos sinais é a operação do anticristo. De acordo com João, o espírito dele já está no mundo (1 Jo 4.3), e exercerá domínio sobre todas as nações. Daniel fala a respeito do governo do anticristo, mostrando que este será de grande influência (Dn 11.36).

2. A plataforma do anticristo.
Atualmente observamos o fortalecimento das grandes organizações geopolíticas e a unificação dos blocos econômicos através do globalismo. Na verdade, trata-se de uma preparação para um único governo mundial, pois, de acordo com a Palavra de Deus, o Anticristo assumirá grande poder político (Dn 7.8), comercial e religioso (Dn 8.25; Ap 13.16,17). Segundo as Escrituras, ele terá o controle da economia mundial (Ap 13.16,17).

3. A aparição do anticristo.
Alguns pregadores e escritores, diante de grandes acontecimentos históricos e personalidades importantes, acabam afirmando que determinado líder político, ou religioso, é o anticristo; que tal evento marcou ou marcará a sua chegada e muitas outras colocações de natureza duvidosa. Tenhamos cuidado com tais especulações, pois, apesar de seu nascimento ocorrer antes do arrebatamento da Igreja - tendo alguns sinais precedentes indicados (2 Ts 2.1-12), sua manifestação pública como tal só ocorrerá após Jesus retirar o seu povo da Terra através do arrebatamento da Igreja, e ele só se revelará demonstrando toda sua oposição ao Senhor Deus, na metade da Grande Tribulação (Dn 9.27).

4. A artimanha do anticristo.
O Anticristo fará muitos sinais e prodígios, ou seja, obras sobrenaturais para que suas mentiras sejam confirmadas: “A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios de mentira” (2 Ts 2.9). Ele usará destes sinais mentirosos para se impor e atrair seguidores. Porém, só conseguirá enganar aqueles que rejeitaram crer na verdade de Deus (2 Ts 2.10-12). A Bíblia descreve o anticristo como dono de uma grande habilidade: a) intelectualmente (Dn 7.20); b) politicamente (Dn 11.21); c) militarmente (Dn 8.24); d) oratoriamente (Dn 7.20); e) comercialmente (Dn 8.25); f) administrativamente (Ap 13.1-2); e g) religiosamente (2 Ts 2.4).

5. A habilidade do anticristo.
A Besta ou anticristo será uma personagem de uma habilidade e capacidade desconhecidas até hoje. Sua sabedoria e capacidade serão sobrenaturais, quando consideramos seus atos à luz do relato bíblico. Além da ação diabólica direta, outros fatores contribuirão decisivamente para a implantação do governo do anticristo, como poderio bélico, alta tecnologia e poder econômico. Influenciará decisivamente as massas com seus discursos inflamados (Ap 13.5). A Bíblia diz que toda a terra se maravilhará após a Besta (Ap 13.3). Alguns aspectos do seu futuro governo, segundo a Bíblia: a) não será admirado no início (Dn 11.21); b) virá na era que existir vários anticristos (1 Jo 2.18); c) mentirá e negará que Jesus é o Messias (2 Jo 1.7); d) adorará um deus estranho (Dn 11.39); e) honrará um deus militar com fortunas (Dn 11.38); f) controlará a economia mundial (Ap 13.7,16-17; 17.12-13); g) fará um acordo de paz com Israel por 7 anos, mas, quebrará o acordo após 3 anos e meio e iniciará a Grande Tribulação propriamente dita (Dn 9.27).


IV. CARACTERÍSTICAS DO “ESPÍRITO” DO ANTICRISTO
Diferentemente do anticristo que virá, muitos “anticristos” já se manifestam (2 Jo 1.7). Além destes, existem ainda os falsos profetas, homens enganadores que se fazem de cristãos para, se possível, enganar a Igreja (2 Pe 2.1; 1Jo 4.1). Este fato atesta a advertência do apóstolo João quanto à realidade de que o “espírito do anticristo” (1 Jo 4.3) já está atuante e em plena operação. João apresenta algumas características destes anticristos, as quais merecem ser estudadas. Notemos algumas:

1. Estavam entre nós.
Estes falsos mestres se haviam infiltrado na comunidade cristã com o fim de mesclar-se entre os irmãos para perverter a doutrina dos apóstolos. Pareciam cristãos, mas não o eram de fato. Abandonaram a igreja talvez por terem falhado em seus propósitos de desviar o povo. Esta foi a prova que desmascarou sua real intenção. Ainda hoje há muitos que se dizem cristãos, mas na verdade não o são. Misturados no meio do povo de Deus, são verdadeiros lobos em peles de ovelha. A Bíblia nos adverte várias vezes contra estas pessoas (Mt 24.24; 1 Tm 4.1,2; 2 Pe 2.1; Jd 1-19). Cabe a nós apercebermo-nos da existência destes falsos mestres em nosso meio.

2. Negavam a sã e principal doutrina cristã.
Os falsos mestres da época não admitiam que Cristo tivesse vindo em carne, negando assim o próprio Deus, já que Ele mesmo deu testemunho de Jesus (1 Jo 5.9; Jo 5.32-38; 8.18). O Filho de Deus é a mensagem central de toda a Bíblia; o apóstolo Paulo nos ensina que, em Cristo, todas as coisas serão congregadas (Ef 1.10) e que ao nome dEle todo joelho se dobrará, e toda língua confessará que Ele é Senhor (Fp 2.10,11). Qualquer ensinamento que negue isso é maldito (1 Co 16.22; Gl 1.8,9). Assim, esses falsos mestres negavam a Cristo, a sã doutrina e a própria fé.

3. Enganavam os fiéis.
A intenção dos falsos cristos e falsos profetas é enganar (Mt 24.24; 1 Tm 4.1,2). E só não conseguiram seu intento entre os leitores de João porque estes tinham o Espírito de Deus (1 Jo 2.20) e sabiam a verdade (1 Jo 2.21). Jesus, quando falou a respeito do Espírito que enviaria, disse que Ele nos guiaria em toda a verdade (Jo 16.13), pois é chamado de “Espírito da verdade”.


CONCLUSÃO
O espírito do anticristo já está no mundo, usando homens enganadores na realização de falsos milagres e manifestações, tentando iludir os homens. Nenhum falso mestre terá êxito em desviar pessoas que conhecem a verdade (Sl 119.105). Pois estes cristãos, alicerçados na Palavra, farão como os crentes em Bereia, que examinavam as Escrituras para confirmar se a pregação de Paulo e Silas era biblicamente confiável (At 17.11). 



REFERÊNCIAS
Ø  ANDRADE, Claudionor Correia de. Dicionário de Profecia Bíblica. CPAD.
Ø  LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de profecia Bíblica. CPAD.
Ø  RENOVATO, Elinaldo. O Final de Todas as Coisas. CPAD.
Ø  GILBERTO, Antonio. Daniel & Apocalipse. CPAD.
Ø  GILBERTO, Antonio. O Calendário da Profecia. CPAD.
Ø  OLSON, Nels Laurence. O plano divino através dos séculos. CPAD.
Ø  SILVA, Severino Pedro da. Daniel versículo por versículo. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  WALVOORD, John F. Todas as Profecias da Bíblia. VIDA.


Por Rede Brasil de Comunicação.



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