quarta-feira, 18 de setembro de 2024

LIÇÃO 12 - O BANQUETE DE ESTER: DENÚNCIA E LIVRAMENTO (V.01)


Vídeo Aula - Pastor Ciro
 




QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2024






Na Cova dos Leões –
O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o
Testemunho Cristão em Nossos Dias. 









Lição 11
 
Hora da Revisão
A respeito de “Revelações sobre o Tempo do Fim”, responda:

 
1. Qual o sentido da expressão “cidadela”?
A expressão cidadela refere-se a um local específico, referindo-se a uma fortaleza situada em lugar estratégico, que domina e protege uma cidade.
 
2. Quem o carneiro, na visão de Daniel, simbolizava?
O Império Medo-Persa.
 
3. Na história, com quem é identificado o bode?
Alexandre, o Grande (356-323 a.C) rei da Macedônia.
 
4. Em razão de suas características e descrições bíblicas, Antíoco é tido por muitos intérpretes da Escrituras como sendo quem?
Como um tipo de Anticristo, um líder no fim do tempos que se levantará contra o povo de Deus e fará coisas semelhantes(v.v. 23-24).
 
5. O que retrata do verso 25 da passagem em estudo?
O verso 25 retrata o Armagedom apocalíptico, quando o poder gentílico mundial, sob o Anticristo será sobrenaturalmente destruído por Cristo na sua vinda.

 

 


QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2024






O Deus que Governa o Mundo e Cuida da Família-
Os Caminhos Divinos nos Livros
de Rute e Ester para a Nossa Geração.









Lição 11

Revisando o Conteúdo
A respeito de “A Humilhação de Hamã e a Honra de Mardoqueu” responda: 

 
1. O que aprendemos com o exemplo de Mardoqueu quanto a compartilhar nossos sentimentos?
Compartilhar nossos sentimentos, com as pessoas certas, é necessário e nos faz bem (Rm 12.15).
 
2. Qual era o obstáculo para o plano de Mardoqueu?
Ester respondeu a Mardoqueu lembrando-lhe da lei que não permitia que qualquer pessoa, homem ou mulher, fosse ao interior do palácio sem ser chamada pelo rei. A sentença era a morte, salvo se o rei estendesse o cetro de ouro.
 
3. O que a expressão “socorro e livramento doutra parte virá” nos revela?
A expressão “socorro e livramento doutra parte virá” revela que Mardoqueu confiava em Deus, acima de tudo (Et 4.14).

4. O que aprendemos com a atitude de Ester em pedir, antes de tudo, três dias de jejum?
Equilíbrio e prudência espiritual nos fazem entender o tempo e o lugar de Deus e o nosso no cotidiano da vida. Antes de Ester procurar o rei, os judeus deveriam buscar a Deus.

5. Por que podemos afirmar que Ester estava em plena sintonia com Deus?
Mesmo o rei se prontificando imediatamente a atendê-la, Ester agiu com cautela. Apenas o convidou para um banquete, junto com Hamã.




sábado, 14 de setembro de 2024

LIÇÃO 11 – A HUMILHAÇÃO DE HAMÃ E A HONRA DE MARDOQUEU






Et 6.1-14
 
 
 
INTRODUÇÃO
Nesta lição, observaremos o plano de Hamã contra Mardoqueu; focaremos na análise dos conceitos de humilhação e honra, que é mais do que um simples relato de rivalidades e conspirações. Ao refletirmos sobre este enredo, nosso objetivo é analisar como a justiça e a providência divina se manifestam através das reviravoltas da história, mostrando que os planos humanos podem ser frustrados diante do propósito de Deus.
 
 
I. DEFINIÇÃO DAS PALAVRA HUMILHAÇÃO E HONRA
1. Definição do termo humilhação.
O dicionário Houaiss (2001, p. 1555) define humilhação como: “ação em que alguém humilha, rebaixa, diminui o valor de outra pessoa ou coisa; rebaixamento moral; afronta, diminuição, ação em que uma pessoa é diminuída”. A Bíblia tem vários versículos que mencionam a humilhação, incluindo: “Pois todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele que se humilhar será exaltado” (Mt 23.11-12); “Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que vos exalte a seu tempo, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1Pe 5.6-7).A Bíblia também sugere que as pessoas não devem humilhar os outros: “Envergonhem-se e sejam humilhados juntamente os que se alegram com o meu mal; vistam-se de vergonha e de desonra os que se engrandecem contra mim” (Sl 35.26).
 
2. Definição do termo honra.
O verbo honrar segundo o dicionário Houaiss (2001, p. 1550) significa “princípio de conduta de quem é virtuoso, qualidades consideradas virtuosas; virtude, posição de destaque em relação aos demais”. Como substantivo, honra na Bíblia significa “estima, valor ou grande respeito”. Honrar alguém é valorizar muito essa pessoa. A Bíblia nos exorta a expressar honra e estima por certas pessoas: nossos pais, os idosos e as autoridades (Ef 6.2; Lv 19.32; Rm 13.1). Pedro nos diz: “Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei” (1Pe 2.17). A ideia de honrar os outros, especialmente aqueles em autoridade (o rei), vem do fato de que representam a autoridade suprema de Deus.
 
 
II. A PROVIDÊNCIA DIVINA NO CONTROLE DA HISTÓRIA
A palavra “providência” vem do latim “providentia”, e a palavra “prover” do latim “providere” (Campos, 2001, p. 7). Segundo dicionário Houaiss (2001, p. 2321) provisão é: “ato ou efeito de prover; fornecimento, abastecimento”. Sendo assim, podemos definir a provisão divina como a atividade do deus soberano, em provê as necessidades da sua criação, intervindo para sua preservação (Campos, 2001, p. 8)
 
1. A providência de Deus tira o sono do rei (Et 6.1).
Tudo começou com a insônia do rei, um sinal de que a providência divina tinha um plano maior. Este era o momento decisivo da história. O monarca que governava 127 províncias não podia dominar seu próprio sono. Apesar de ter ao seu alcance todos os prazeres imagináveis, banquetes, entretenimento e um harém vasto, ele optou por ouvir a leitura das crônicas do reino [não confundir como os livros das crônicas de Israel]. Às vezes, é na mais inesperada das noites que o destino se revela.
 
2. O rei buscou respostas nas crônicas e encontrou a justiça (Et 6.1c).
Segundo o dicionário Houaiss significa: “caráter, qualidade do que está em conformidade com o que é direito, com o que é justo” (2001, p. 1696). Os termos bíblicos no hebraico, “tsedeq” e “tsedakah” como também o vocábulo grego “dikaiosune”, são traduzidos em português por ‘justiça’ ou ‘retidão’ (Champlin, 2004, p. 677). Teologicamente, diz respeito “à característica intrínseca de deus em que ele é absolutamente justo ou reto e é o padrão último de justiça e retidão” (Geisler, 2010, p. 829). O rei, atormentado pela insônia, decide ouvir histórias antigas na esperança de encontrar alívio. Durante a leitura, é surpreendido ao descobrir detalhes sobre um episódio crítico em que sua vida foi salva por um homem chamado Mardoqueu, que havia desmascarado uma conspiração contra ele.
 
3. Deus está no controle das sequências dos acontecimentos (Et 6.2).
Havia se passado cinco anos. Alguém poderia até perguntar: Será que Deus se esqueceu? Em meio ao caos e à incerteza, o cristão pode confiar como diz o salmista: “Meu futuro está seguro em tuas mãos” (Sl 31.15). Pode parecer injusto ver os ímpios prosperarem enquanto os justos enfrentam dificuldades, mas devemos lembrar que Deus age conforme sua própria vontade. Outro exemplo é josé que depois de fazer amizade com o copeiro do faraó, José pensou que isso resultaria em sua libertação da prisão, mas teve de esperar dois anos até que chegasse o tempo escolhido por deus para ele tornar-se o segundo no poder no Egito (Gn 40.23-41.1) (Wiersbe, 2010, p.718). como diz salmo 37:7: “Descansa no Senhor e espera por ele; não te irrites por causa daquele que prospera em seu caminho”. Deus é paciente com os perversos, esperando que se arrependam, e também é cuidadoso com seu povo, garantindo que recebam a recompensa adequada no momento certo (2Pe 3.9; Rm 8.28). Lembremo-nos: Deus não precisa de relógio.
 
4. Deus agiu no controle dos acontecimentos na vida do seu povo (Et 6.3).
Quem iria salvar a vida do rei da próxima vez se não houvesse certeza de uma recompensa? Podemos imaginar o rei Assuero levantando-se rapidamente da cama, como sempre fazia. Ao amanhecer, ele sai apressado do palácio, seguido por seus servos. Havia algo errado que precisava ser corrigido imediatamente. Mas o rei não sabia o que fazer sem seus conselheiros, que sempre o orientavam. Ele pergunta aos servos: “Quem está no pátio?” (Et 6.4), ou seja, quem dos meus conselheiros está disponível para me ajudar?
 
5. Na hora certa e no lugar certo (Et 6.4).
É possível que Hamã tivesse passado a noite em claro, supervisionando com gosto a construção da forca onde planejava executar Mordecai. Era bem cedo, mas Hamã desejava encontrar-se com o rei o mais rápido possível e obter sua permissão para a execução (Pv 6.18). Do ponto de vista da Hamã, quanto antes Mardoqueu fosse executado, melhor. O corpo de Mardoqueu ficaria exposto o dia todo, o que daria grande prazer a Hamã e também instilaria o medo no coração dos cidadãos judeus de Susã. Imagine se Hamã tivesse chegado duas horas depois? O rei teria consultado outros conselheiros e ele teria sido deixado de fora da celebração de Mardoqueu. Deus queria que Hamã passasse o dia honrando Mardoqueu e não exultando em sua malignidade ao ver o corpo de Mardoqueu na forca. Na verdade, Deus estava advertindo Hamã de que seria melhor mudar seu curso de ação ou acabaria sendo destruído (Wiersbe, 2010, p. 719).
 
 
III. DEUS SEMPRE HONRA SEUS SERVOS
Normalmente, a essa hora da manhã, o pátio estaria vazio (Et 6.5,6). No entanto, a providência divina fez com que Hamã estivesse lá, apesar da hora cedo. Ele não estava lá por acaso; Hamã havia vindo para pedir ao rei que enforcasse Mardoqueu na forca que já havia sido preparada, na esperança de aproveitar o resto do dia sem preocupações. Como está escrito em Provérbios 16.9: “O coração do homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos”.
 
1. Hamã não conseguia ter felicidade mesmo tendo glória (Et 6.5).
Hamã, cheio de orgulho, não sabia que seu dia acabaria de forma oposta ao que ele esperava. Em vez de enforcar Mardoqueu, ele seria forçado a honrar-lo publicamente. O banquete de Ester revelaria Hamã como traidor, e ele mesmo acabaria na forca. Como diz em Provérbios 11.8: “O justo é libertado da angústia, e o perverso a recebe em seu lugar”. Podemos lembrar ainda de Provérbios 18.12: “Antes da ruína, gaba-se o coração do homem, mas a humildade vem antes da honra”. A Bíblia ensina que: “A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra”.
 
2. Uma pergunta simples e uma resposta cheia de soberba (Et 6.5-7).
A soberba é o encurvamento do homem a si mesmo. Soberbo no grego é “huperephanos” que significa: “mostrar-se a si mesmo acima dos outros” formada de “huper” que é “muito acima de” e da expressão “phainomai” que é “aparecer, ser manifesto”, embora muitas vezes denote “preeminente”, sempre é usado no nt no mau sentido de “arrogante, desonesto, orgulhoso, altivo, soberbo” (Lc 1.51; Rm 1.30; 2Tm 3.2; Tg 4.6; 1Pe 5.5) (Vine, 2002, p. 996). O orgulho é um pecado abominável diante de Deus (Pv 21.4; 6.16). Quando o rei faz a pergunta, em quem Hamã pensa imediatamente? E claro que em si mesmo. Hamã não perdeu tempo com formalidades ou elogios. Ele foi direto e objetivo em seu pedido, ignorando as habituais expressões de cortesia: “Se parece bem ao rei”, “Se eu achei favor aos olhos do rei”, e outras semelhantes. Hamã foi direto ao ponto e por isso tenhamos cuidado pois o orgulho engana os homens.
 
3. Deus frustra os planos dos inimigos (Et 6.8-9).
Hamã queria o trono para si e como segundo no poder no império, se alguma coisa acontece a Assuero, sem dúvida Hamã estaria na melhor posição de tomar o lugar do rei. Um homem orgulhoso, com ambições egoístas, não se contenta com o segundo lugar se existe algum modo de conseguir o primeiro. O que o orgulhoso Hamã não sabia era que, antes de o dia terminar, a situação teria sido completamente invertida (Wiersbe, 2010, p. 720).
 
4. O livramento de Deus veio dos labios de Hamã (Et 6.10-14).
As palavras que Hamã teve de proclamar devem ter parecido areia em sua boca. As coisas se inverteram para Hamã, todavia, melhoraram para Mardoqueu. Sentado no cavalo, com as vestes reais, ele era o homem mais surpreso do reino. Mardoqueu não era orgulhoso, nem vingativo, ele não ficou sussurrando: “Fale um pouco mais alto. Sofra, Hamã!” Segundo o que está escrito, Mardoqueu não abriu a boca (Swindoll, 2010, p. 145). Enquanto os inimigos tramam seus planos, Deus observa e ri, pois, como diz Salmos 2.4 “O Senhor se ri deles; o Senhor zomba deles”. É impossível observar o plano frustrado de Hamã contra Mardoqueu sem abrir um sorriso no final da história.
 
 
CONCLUSÃO
Ao concluirmos está lição sobre a história de Hamã e Mordecai, é evidente que a narrativa não é apenas uma crônica de traição e justiça, mas um poderoso testemunho da soberania de Deus sobre os planos humanos. Hamã, com seu orgulho e ambição desmedidos, arquitetou um plano para humilhar Mordecai e aniquilar o povo judeu. No entanto, Deus, que observa e dirige os eventos conforme Sua vontade, transformou a trama de Hamã em um cenário de humilhação para ele e exaltação para Mordecai.
       
 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Ø  HUBBARD JR, Robert L. Comentário do Antigo Testamento. CULTURA CRISTÃ.
Ø  NETO, Emilio Garofalo. Ester na Casa da Pérsia. FIEL.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
Ø  WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo do Antigo Testamento. GEOGRÁFICA.
Ø  (Swindoll, Charles R. Ester: uma mulher de sensibilidade e coragem. MUNDO CRISTÃO.   
 
Por Rede Brasil de Comunicação.



 

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

LIÇÃO 11 - A HUMILHAÇÃO DE HAMÃ E A HONRA DE MARDOQUEU (V.01)


Vídeo Aula - Pastor Ciro
 




QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2024






Na Cova dos Leões –
O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o
Testemunho Cristão em Nossos Dias. 









Lição 10
 
Hora da Revisão
A respeito de “Os Impérios Mundiais e a Supremacia do Filho do Homem”, responda:

 
1. Quando Daniel teve a visão dos quatro animais?
No primeiro ano do reinado de BELSAZAR.

2. Quais eram os animais da visão?
O Leão com asas de águia” (v.4): o urso (v.5), o leopardo com quatro asas (v.6) e o quarto animal, terrível e espantoso (v.7).

3. O urso simboliza qual império mundial?
O império Medo-Persa.

4. Na escatologia pentecostal, qual a interpretação sobre a pequena ponta?
A interpretação é que a pequena ponta representa o Anticristo, que surgirá no final dos tempos e fará guerra aos santos (7.21)). Esse é o homem do pecado, o filho da perdição (2 Ts 2.3,4).

5. A que período equivale à expressão “um tempo, e tempos, e metade de um tempo”?
Esse período equivale a “três anos e meio”, ou “quarenta e dois meses” ou ‘mil e duzentos e sessenta dias” (Dn 12.7; 9.27; Ap 12.14; 7.14).
 


QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2024






O Deus que Governa o Mundo e Cuida da Família-
Os Caminhos Divinos nos Livros
de Rute e Ester para a Nossa Geração.









Lição 10

Revisando o Conteúdo
A respeito de “A Plano de Livramento e o Papel de Ester” responda: 
 
 
1. O que aprendemos com o exemplo de Mardoqueu quanto a compartilhar nossos sentimentos?
Compartilhar nossos sentimentos, com as pessoas certas, é necessário e nos faz bem (Rm 12.15).
 
2. Qual era o obstáculo para o plano de Mardoqueu?
Ester respondeu a Mardoqueu lembrando-lhe da lei que não permitia que qualquer pessoa, homem ou mulher, fosse ao interior do palácio sem ser chamada pelo rei. A sentença era a morte, salvo se o rei estendesse o cetro de ouro.
 
3. O que a expressão “socorro e livramento doutra parte virá” nos revela?
A expressão “socorro e livramento doutra parte virá” revela que Mardoqueu confiava em Deus, acima de tudo (Et 4.14).

4. O que aprendemos com a atitude de Ester em pedir, antes de tudo, três dias de jejum?
Equilíbrio e prudência espiritual nos fazem entender o tempo e o lugar de Deus e o nosso no cotidiano da vida. Antes de Ester procurar o rei, os judeus deveriam buscar a Deus.

5. Por que podemos afirmar que Ester estava em plena sintonia com Deus?
Mesmo o rei se prontificando imediatamente a atendê-la, Ester agiu com cautela. Apenas o convidou para um banquete, junto com Hamã.



 

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

LIÇÃO 10 – O PLANO DE LIVRAMENTO E O PAPEL DE ESTER






Et 4.5-17; 5.1-3,7,8
 
 

INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos a definição da palavra “livramento”; pontuaremos o momento histórico em que este povo se viu diante de um possível massacre promovido por um dos seus inimigos por meio de um projeto antissemita de Hamã para destruição dos judeus; estudaremos qual a reação da rainha Ester e de seu pai adotivo Mardoqueu diante do antissemitismo de Hamã; verificaremos a reação do povo judeu diante do antissemitismo de Hamã; e por fim, pontuaremos a resposta de Deus para proteger o seu povo.
 
 
I. DEFININDO A PALAVRA LIVRAMENTO
1. Definição da palavra livramento.
Os escritores sagrados empregam várias palavras que fazem referência ao conceito geral de “livramento” ou “salvação”, seja no sentido natural, jurídico ou espiritual. O enfoque recai em dois verbos: “natsal” e “yasha”. O termo “natsal” primeiro ocorre 212 vezes, mais frequentemente com o significado de “livrar” ou “libertar” (Êx 3.8; 2Cr 32.17). A raiz da palavra “yasha” ocorre 354 vezes, sendo a maior concentração nos Salmos onde aparece 136 vezes e nos livros proféticos 100 vezes. A palavra “yasha” também pode significar: “salvar, livrar, conceder vitória ou ajudar” (Horton, 2023, p.336).
 
 
II. O PROJETO ANTISSEMITA DE HAMÃ PARA DESTRUIÇÃO DOS JUDEUS
1. A nomeação de Hamã.
O livro de Rute nos informa que Assuero engrandeceu a um homem chamado Hamã (Et 3.1). Segundo Beacon (2008, p. 550): “Hamã foi elevado à posição de primeiro-ministro. Esta posição lhe trouxe a maior condição entre os príncipes da corte persa, e tornou-se o segundo abaixo do rei em poder. De acordo com a ordem do monarca, segundo o costume dos governos orientais antigos, as princesas e nobres, assim como o povo em geral, todos precisavam inclinar-se perante o grão-vizir quando ele passava pelo palácio e pelas ruas de Susã”. De fato, todos os servos do rei se inclinavam diante de Hamã, no entanto, Mardoqueu o judeu, descumpria esta ordem (Et 3.2). Josefo (2004, p. 503) diz que: “Mardoqueu era o único que não lhe prestava essa homenagem, porque a lei de Deus o proibia”. Talvez uma alusão ao Decálogo, que condenava a adoração a qualquer coisa em lugar de Deus (Êx 20.3-6; Dt 5.7-10).
 
2. O ódio de Hamã.
Ao ver que Mardoqueu não se prostava diante de si, contrariando a ordenação real, Hamã encheu-se de furor (Et 3.5,6). Sua atitude em seguida deste sentimento foi de executar Mardoqueu e, também, todo o povo judeu a quem ele pertencia. O registro bíblico nos diz que Hamã se tornou adversário dos judeus (Et 3.10).
 
3. O decreto de Hamã.
Para levar adiante o seu plano de provocar um genocídio dos judeus (Et 3.7-15), Hamã, que tinha acesso direto ao rei, lhe propôs exterminar e saquear os bens de um povo que segundo ele tinha leis e costumes diferentes dos povos que estavam sob o domínio de Assuero (Et 3.8). Além de Hamã estar propondo varrer do reino um povo “insubmisso ao rei”, prometeu-lhe também que pagaria ao rei por esta prestação de serviço (Et 3.9). Ao que o rei consentiu, colocando-lhe na mão o seu anel com o qual o decreto poderia ser assinado (Et 3.10). O decreto de morte então foi assinado, para ser colocado em prática no dia 13 do mês de Adar, segundo consultou os seus deuses (Et 3.7,12-14).
 
 
III. REAÇÃO DA RAINHA ESTER E DE MARDOQUEU DIANTE DO ANTISSEMITISMO DE HAMÃ
1. A reação da rainha Ester diante do perigo.
Uma das virtudes mais admiráveis de Ester é a sua sabedoria diante das situações mais difíceis de sua vida. Ela nos ensina a não entrar em desespero por conta das adversidades e problemas, como também nos mostra que não devemos agir por impulso ou sem pensar nas consequências. A conduta de Ester nos faz ver que Mardoqueu a educou nos caminhos do Senhor. Vejamos algumas atitudes da rainha Ester: 
  • A rainha Ester convocou um Jejum (Et 4.16);
  • A rainha Ester prudentemente apresentou-se ao rei Assuero (Et 5.1);
  • A rainha Ester sabiamente oferece um banquete ao rei Assuero (Et 5. 4,8);
  • A rainha Ester no momento certo denunciou Hamã (Et 7.6).
 
2. A reação de Mardoqueu diante do perigo.
Mardoqueu, mesmo vivendo em terra estranha, entendia que Deus é fiel no cumprimento de todas as suas alianças e promessas. Certamente, Mardoqueu era conhecedor da aliança existente entre Abraão e o Senhor. Mardoqueu percebeu que o povo judeu corria o risco de ser exterminado e que ele e Ester poderiam fazer alguma coisa para que não acontecesse tal tragédia. 
  • Mardoqueu humilhou-se diante de Deus (Et 4.1);
  • Mardoqueu estrategicamente foi para a porta do Rei (Et 4.2);
  • Mardoqueu sabiamente enviou uma cópia do edito real para a rainha Ester (Et 4.8);
  • Mardoqueu confiou no livramento de Deus para os Judeus (Et 4.14).
 
IV. A REAÇÃO DO POVO JUDEU DIANTE DO ANTISSEMITISMO DE HAMÃ
Depois que o edito real assinado por Hamã começou a ganhar notoriedade, a cidade de Susã “estava confusa” (Et 3.15). Mardoqueu e os judeus que estavam na Pérsia, resolveram agir (Et 4.3). Vejamos quais foram as suas atitudes do povo:
 
1. O povo orou (Et 4.1-3).
Diante da ameaça iminente, os judeus se puseram a orar. Mardoqueu foi o primeiro (Et 4.1). Todo o povo começou a clamar também (Et 4.3). A oração é uma prece dirigida pelo homem ao seu Criador, com o objetivo de adorá-Lo, pedir-lhe perdão pelas faltas cometidas, agradecer-lhe pelos favores recebidos, buscar proteção e, acima de tudo, uma comunhão mais íntima com Ele. Essa atividade é descrita como: invocar a Deus (Sl 17.6); invocar o nome do Senhor (Gn 4.26); clamar ao Senhor (Sl 3.4); levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1). Este deve ser o primeiro e não o último recurso utilizado pelo crente em todo tempo e principalmente diante das dificuldades (Sl 4.1; 18.6; 77.2; 91.15).
 
2. O povo se quebrantou (Et 4.1-3).
Além de os judeus orarem, o registro sagrado diz de que forma eles oraram: “e em todas as províncias aonde a palavra do rei e a sua lei chegava, havia entre os judeus grande luto, com jejum, e choro, e lamentação; e muitos estavam deitados em saco e em cinza” (Et 4.3). Segundo Champlin (2004, p. 620), “o ato de rasgar as próprias vestes era uma maneira comum e simbólica de exprimir alguma emoção forte, como ira, tristeza ou consternação”. O que Deus requer de cada um de nós é um espírito quebrantado (II Cr 7.14; Sl 34.18; 51.17; Is 57.15).
 
3. O povo jejuou (Et 4.15-17).
Ester ficou sabendo por meio dos seus servos que o seu parente Mardoqueu estava a porta do rei clamando por misericórdia, mandou procurar saber do próprio Mardoqueu o porquê daquela atitude (Et 4.4-7). Ele deu a ela uma cópia do decreto assinado de morte assinado pelo rei e mandou dizer-lhe que como era a rainha e estava no palácio, deveria comparecer diante do rei para suplicar em favor do seu povo (Et 4.7-9). Ester sabia que não podia comparecer ante o rei sem ser chamada (Et 4.11). Diante desta dificuldade, Ester propôs que junto com ela os demais judeus recorressem a Deus em jejum para que Ele pudesse intervir nesse caso (Et 4.10-16). O jejum é a abstinência parcial ou total de alimentos com finalidades específicas. Prática comum entre os judeus em ocasiões específicas, sendo a principal delas os momentos de aflição (II Cr 20.3; Dn 9.3; Jl 1.1-14).
 
 
V. A RESPOSTA DE DEUS PARA PROTEGER O SEU POVO ANTISSEMITISMO DE HAMÃ
O livro de Ester descreve a soberania e o cuidado de Deus para com o seu povo. Ele relata o grande livramento dado por Deus ao povo judeu na Pérsia. Embora o nome de Deus não seja mencionado no livro, cada página está cheia dEle. Mattew Henry (2010, p. 845), diz: “Ainda que o nome de Deus não se encontre nele, o mesmo não se pode dizer da sua mão, guiando minuciosamente os fatos que culminaram na libertação de seu povo”. Vejamos como Deus agiu para livrar o seu povo:
 
1. Deus agiu previamente.
O livro de Ester nos mostra Deus agindo antes que o mal se levantasse sobre o seu povo, por exemplo: a) a nomeação de Ester a rainha (Et 2.17), se deu antes da nomeação de Hamã para primeiro-ministro (Et 3.1); b) a recompensa pelo livramento que Mardoqueu deu ao rei Assuero (Et 2.21-23), somente aconteceu na ocasião que Hamã intentava lhe pendurar numa forca. Deus fez que ao invés de morto, Mardoqueu fosse honrado pelo próprio opositor (Et 5.14; 6.1-12).
 
2. Deus agiu providencialmente.
O povo de Israel é a semente de Abraão, a qual Deus fez a seguinte promessa: “e abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3b). Portanto, pelejar contra a nação de Israel só resultará em desvantagem. Tal concepção foi assimilada pela própria mulher de Hamã, após ele ter chegado frustrado de sua tentativa de executar o judeu Mardoqueu (Et 6.13). Embora Satanás tente através de governantes e nações aniquilar a semente abraâmica jamais conseguirá (Zc 14.1-15). Mardoqueu estava convicto de que Deus providenciaria livramento de uma forma ou de outra (Et 4.14).
 
3. Deus agiu sabiamente.
Por certo, Deus orientou a Ester que junto com os judeus orassem e jejuassem por três dias, para que no terceiro dia, mesmo sem ser chamada, ela comparecesse diante do trono real arriscando a sua própria vida (Et 4.11-16). No terceiro dia, Ester corajosamente compareceu diante do rei, o qual estendeu sobre ela o cetro dizendo que estava disposto a lhe conceder o que pedisse. Ester convidou o rei e Hamã para dois banquetes e neste a rainha revelou o propósito de Hamã de destruição de todos os judeus, do qual povo ela também pertencia (Et 7.1-6). Na mesma hora, o rei também ficou sabendo que Hamã intentava enforcar Mardoqueu, o benfeitor do rei (Et 7.9). Diante disto, Assuero enfurecido mandou que Hamã fosse enforcado nela (Et 7.10). Quanto ao decreto real de destruição de todos os judeus, que foi assinado por Hamã com o anel do rei, que era irrevogável (Et 8.8), Deus sabiamente colocou no coração de Mardoqueu que assumiu o cargo de Hamã (Et 8.1,2), que se fizesse outro decreto dando aos judeus o direito de se defenderem (Et 8.9-12). O luto dos judeus terminou em alegria, pois Deus mudou-lhes a sorte (Et 8.16,17; 9.17-32).
 
 
CONCLUSÃO
O livro de Ester nos ensina que o povo de Deus não está a deriva neste mundo tenebroso. O Senhor, Deus único e verdadeiro intervém na história, de forma que, antes mesmo do mal ser planejado para prejudicar os seus servos, Ele dispõe previamente do livramento. Diante desta verdade, devemos descansar no cuidado providencial de Deus.
 


       
REFERÊNCIAS
Ø  GARDNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA.
Ø  HOWARD, R.E et al. Comentário Bíblico. CPAD.
Ø  HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
   
 
Por Rede Brasil de Comunicação.