Jo
14.16-18,26; 16.7,8,13; 20.21,22
INTRODUÇÃO
Na
lição de hoje, estaremos estudando sobre a pessoa do Espírito Santo e a
promessa de Jesus acerca dEle para os seus discípulos. O Senhor Jesus Cristo
chama o Espírito Santo de “Consolador” e “Espírito da verdade” (Jo 15.26). Como
Consolador, o Espírito Santo é o nosso parakletos, ou “Advogado” –
aquele que se apresenta ao nosso lado para interceder, defender e ajudar. Como
Espírito da verdade, o Espírito Santo é único e verdadeiro. Em meio a tantos
espíritos de erro, de mentira e de engano que existem neste mundo, o Espírito
Santo é o Espírito da verdade (Jo 16.13).
I.
A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO
Nos
textos bíblicos de Jo 14.16-18,26 e Jo 16.7,8,13 Jesus prometeu nos enviar o
Espírito Santo para nos guiar em toda a verdade. O Espírito Santo é a Terceira
Pessoa da Santíssima Trindade (Mt 28.19). Esta definição foi dada pelo próprio
Jesus, ao citar o Espírito Santo como uma Pessoa coexistente com o Pai e com o
Filho. O Espírito Santo não é uma energia cósmica ou uma força ativa,
impessoal, como muitas seitas ensinam. Pelas Escrituras aprendemos que o
Espírito Santo é representado como uma Pessoa da Trindade, dotada de
inteligência, vontade e emoções que somente uma pessoa pode ter e sentir.
Ao
falar sobre o Espírito Santo, Jesus usou pronomes de tratamento que são
aplicados apenas a pessoas. Por exemplo, em Jo 16.13, Jesus disse: “Mas,
quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade,
porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará
o que há de vir”. Note que, aqui, Jesus usou pronome de tratamento
masculino “ele”. Então, como Pessoa, o Espírito Santo:
- Fala (II Sm 23.2; Ap 2.29) e se entristece (Ef 4.30);
- Alegra-se (At 13.52; Rm 14.17) e possui vontade (I Co 12.11);
- Guia e ensina (Jo 14.26; Rm 8.14), intercede e geme (Rm 8.26);
- Chama e envia outras pessoas (At 13.1-4), e tem amor (Rm 15.30;Gl 5.22; Cl 1.8);
- Possui inteligência e habilidade (Ex 31.2), Ele investiga e revela as coisas (I Co 2.10,11);
- Ajuda e convence outras pessoas (Rm 8.26; Jo 16.7-11), e Ele tem até ciúme de nós (Tg 4.5);
O
Espírito Santo continua agindo e guiando a Igreja do Senhor na Terra, e
convencendo o mundo (as pessoas), do pecado, da justiça e do juízo (Jo
16.7-11). O Espírito Santo é nosso fiel amigo e companheiro. Ele nos ajuda em
nossas batalhas espirituais e nos prepara como Noiva de Cristo para o nosso
encontro com o Senhor Jesus (Ap 22.17).
II.
A PROMESSA DA VINDA DO ESPÍRITO SANTO
Há
muitas promessas de Deus no Antigo e no Novo Testamento a respeito da vinda do
Espírito Santo, proferidas, por exemplo, pelos profetas Joel, Isaías, Ezequiel
e João Batista, e pelo próprio Senhor Jesus Cristo (Jo 7.38-39), que
proclamaram durante seus ministérios, um futuro derramamento do Espírito Santo
sobre a casa de Israel e sobre toda carne, como um evento que marcaria os
últimos dias (Jl 2.28-29; Is 44.3; Ez 39.29; At 1.5; Mt 3.11; Jo 7.37-39).
1.
A promessa da vinda do Espírito Santo e sua importância
Em
vários lugares das Escrituras encontramos passagens que fazem referência ao
fato de Deus ter prometido que um dia seu Espírito seria concedido
graciosamente aos homens. Um dos textos mais conhecidos foi escrito pelo
profeta Joel, cerca de oito séculos antes: “Acontecerá que derramarei o meu
Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos
velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as
servas derramarei o meu Espírito naqueles dias” (Jl 2.28-29). Mais de dois
séculos depois, através do profeta Isaías, Deus ratifica essa promessa dizendo:
“Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca;
derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os
teus descendentes” (Is 44.3). Se a promessa do derramamento do Espírito
Santo não fosse uma experiência tão importante para o povo de Deus, certamente
estes grandes homens de Deus não teriam revelado.
2.
A promessa da vinda do Espírito Santo nas palavras de João Batista
João
Batista, considerado oficialmente como o último dos profetas, aparece no
deserto da Judeia, e apresenta Jesus aos seus contemporâneos de duas formas:
Primeiro, ele apresenta Jesus como “Cordeiro de Deus” que tira o pecado do
mundo (Jo 1.29). Depois, como “aquele que batiza com o Espírito Santo e com
fogo”: “Eu, em verdade, vos batizo com água, para arrependimento; mas depois
de mim vem alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de levar
as suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt
3.11).
III.
A PROMESSA DO PAI SE CUMPRE
Após
Jesus ter sido elevado ao céu, e já à direita do Pai, cumpriu-se o que Ele
prometeu (At 2.1-13). Naquele dia, o apóstolo Pedro falando à multidão que
estava reunida em Jerusalém, disse que o que estava ocorrendo ali era o início
do cumprimento das promessas de Deus. Depois ele exorta todos ao arrependimento
para também receberem aquela manifestação: “E disse-lhes Pedro:
Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para
perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; Porque a promessa vos
diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos
Deus nosso Senhor chamar”. (At 2.38-39). O sábio pregador disse: “Convertei-vos
pela minha repreensão; eis que abundantemente derramarei sobre vós o meu
Espírito Santo e vos farei saber as minhas palavras” (Pv 1.23).
O
Espírito Santo veio quando o dia de Pentecoste se cumpriu (At 2.1). Os
discípulos esperaram por Ele (At 1.4), cumprindo a ordem de Jesus (Lc 24.49).
Estavam ali reunidos no cenáculo perseverando unânimes em oração (At 1.14),
esperando pelo cumprimento da promessa do Pai (Jl 2.28-32). O Espírito Santo
veio sobre todos os que esperaram o cumprimento da promessa ali (At 2.4; Jo
7.39). O Espírito Santo veio de repente (At 2.2), como será a volta de Jesus
(Mt 25.6). O Espírito Santo veio como um vento impetuoso para vivificar (Ez
37.9), em forma de línguas de fogo (At 2.3). O Espírito Santo veio glorifica a
Cristo (Jo 16.14), edificar a Igreja de Cristo (Ef 2.20-22), habitar no homem e
fazer dele Seu templo (I Co 6.19), conceder dons espirituais (I Co 12.4), revestir
as testemunhas de Cristo (At 1.8) e dar-nos a adoção de filhos (Rm 8.15,16).
IV.
A PROMESSA CONTINUA DE PÉ
Ao
contrário do que alguns pregam, o batismo com o Espírito Santo não se limitou
ao Dia de Pentecoste. Não encontramos nada nas Escrituras que prove que o falar
em línguas seja uma experiência restrita àquele tempo. Ao contrário, a Bíblia
diz que o derramar do Espírito Santo é universal e alcançável não só em nossos
dias (At 2.39), como será também no futuro Deus derramará do Seu Espírito Santo
sobre Israel (Zc 12.10; Ez 39.29). A promessa de Deus descrita em Joel 2.28-29
é para “toda carne’. Para ratificar ainda mais este argumento, Pedro foi claro
e incisivo ao dizer: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos
filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quanto Deus nosso Senhor
chamar” (At 2.39).
CONCLUSÃO
Antes
de deixar seus discípulos, cumprindo Sua missão na Terra, o Senhor Jesus disse
que enfrentariam tempos difíceis. Entretanto, não os deixou com coração pesado,
mas lhes deu preciosas promessas e incentivos, dentre as quais a promessa do
Espírito Santo como Consolador (Jo 16.7), como um Mestre (Jo 16.13,14) que nos
guia a toda a verdade, que revela coisas futuras, que glorifica a Jesus, e que
intercede por nós (Jo 16.26,27). O Espírito Santo opera em nós justiça, paz e
alegria (Rm 14.17), derrama amor em nossos corações (Rm 5.5), enche-nos de
poder (Rm 15.13), edifica a Igreja (At 9.31), ensina aos crentes (Jo 14.26),
habita nos crentes (Jo 14.23; I Co 6.19) e permanece nos crentes (Jo 14.16).
REFERÊNCIAS
Ø Stamps, Donald. Bíblia de
Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
Ø Bergstén, Eurico. Teologia
Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
Ø Pearlman, Meyer. Conhecendo as
doutrinas da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 2006.
Por
Rede Brasil de Comunicação.
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