quinta-feira, 17 de agosto de 2023

LIÇÃO 08 – TRANSGÊRENO – QUE TRANSREALIDADE É ESSA




 
 
Gn 2.7, 18-25 

 

INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos a definição das palavras: transgeneridade e transexualidade; pontuaremos o que é cisgênero e transgênero e seus postulados; estudaremos o que determina o sexo na pessoa; postularemos porque não aceitamos a transgeneridade; e por fim, analisaremos as consequências dessa ideologia.
 
 
I. DEFINIÇÕES DAS PALAVRAS
1. Definição da palavra transgeneridade.
Biblicamente, os seres humanos possuem um sexo biologicamente determinado, de conformação heterossexual (Gn 2.24). No entanto, a desconstrução dos valores e a revolução sexual apresentam novas formas de sexualidade, dentre elas, a transgeneridade. O transexualismo, também conhecido como transgeneridade, considerado como “transtorno de identidade de gênero” ou “disforia de gênero”, é um sentimento de que seu gênero biológico/genético/fisiológico não corresponde ao gênero com o qual a pessoa se identifica e/ou se percebe (BAPTISTA, 2023, p. 90).
 
2. Definição da palavra transexualidade.
Para os especialistas, a orientação sexual de uma pessoa é definida de acordo com o gênero que ela se identifica e por qual gênero sente atração sexual, a saber: a) heterossexual, quando a atração é pelo gênero oposto; b) homossexual, quando a atração é pelo mesmo gênero; c) bissexual, quando a atração é por ambos os gêneros; d) assexual, quando inexiste atração por gênero algum; e) pansexual, quando a atração não depende de gênero. Além dessas categorias, existem pessoas que se denominam não-binárias, que não se encaixam em nenhum gênero, nem masculino nem feminino. Desse modo, como nessa ideologia não há conexão entre sexo biológico e gênero, uma pessoa que se identifica como Transgênero transita livremente em todo o tipo de relação sexual (BAPTISTA, 2023, p. 90).
 
 
II. A DIFERENCIAÇÃO DE CISGÊNERO E TRANSGÊNERO
1. Definição de cisgênero.
Cisgênero se refere a pessoa cujo gênero está em concordância com o sexo de nascimento, ou seja, a fêmea nascida com genitália feminina que se reconhece mulher e o macho nascido com genitália masculina que se reconhece homem (BAPTISTA, 2023, p. 88). A Bíblia diz que “[…] desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea” (Mc 10.6).
 
1. Definição de transgênero.
Transgênero ou “disforia de gênero” classifica a pessoa cujo gênero está em oposição ao sexo de nascimento, ou seja, indivíduo que nasce com genitália masculina, mas que se assume mulher ou o que nasce com genitália feminina, mas que se assume homem. São pessoas que alegam ter nascido no corpo errado e se identificam com o gênero diferente do sexo biológico. O movimento social de representatividade desse grupo é chamado de LGBTQIAPN+. Essa cosmovisão ratifica a ideia de que a identidade de gênero independe do sexo biológico (BAPTISTA, 2023, p. 89 - grifo nosso).
 
 
III. O QUE DETERMINA O SEXO DA PESSOA
Biblicamente (e cientificamente), a orientação e o desejo sexual estão direta e intrinsecamente relacionados às características físicas do sexo (masculino e feminino). O conceito de “transgeneridade” não aceita o sexo biológico (masculino e feminino) como fator determinante da sexualidade. Ensinam que os indivíduos desenvolvem sua “identidade de gênero” durante o processo de socialização com a cultura na qual estão inseridos. No entanto, de acordo com as Escrituras e a ciência, existem apenas dois tipos de gêneros: o masculino e o feminino. Vejamos o que define a sexualidade de uma pessoa:
 
1. A ação do Criador.
Do ponto de vista bíblico, a sexualidade de uma pessoa é determinada por uma ação criadora do próprio Deus de maneira bem definida: “E criou Deus […] homem e mulher os criou” (Gn 1.27); “Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea” (Mc 10.6 ver Mt 19.4); “[…] e Isabel tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome João” (Lc 1.13); “[…] A Noemi nasceu um filho, e chamaram ao menino Obede […]” (Rt 4.17). Até com os animais a Bíblia mostra a diferença entre os sexos (Gn 6.19; 7.2,3,9,16). A transexualidade está fora de sincronia com esta criação e é contrária à ordem natural estabelecida pelo Criador (Rm 1.24-27 ver Lv 18.1-23; Is 28.15).

2. A genética.
Os hormônios sexuais são encarregados de conceder a uma pessoa as características físicas de seu sexo genético. Estes cromossomos contêm as chaves que desencadeiam a regulação dos hormônios sexuais nos homens e mulheres. Essas instruções estão localizadas em segmentos do DNA chamados “genes” que definirão o sexo da pessoa […] (TAY, 2015, p. 90 – grifo nosso). Os cromossomos sexuais são um tipo de plasma encontrado no núcleo das células e que determina o sexo dos seres vivos. As fêmeas normalmente possuem o mesmo tipo de cromossomos sexuais “XX”, e por isso chamado de sexo homogamético. Os machos são o sexo heterogamético, contendo dois tipos distintos de cromossomos sexuais, um “X” e outro cromossomo “Y” (TAY, 2015, p. 92 – grifo nosso). Então, alterar o fenótipo (aparência) não consiste em alterar o genótipo (genes).

3. A fisiologia. 
Fisiologia é uma área de estudo da biologia responsável em analisar o funcionamento físico, orgânico, mecânico e bioquímico dos seres vivos. O termo fisiologia se originou a partir da junção do grego “physis”, que significa “funcionamento” ou “natureza”, com a palavra “logia”, que quer dizer “estudo” ou “conhecimento (TAY, 2015, p. 92 – grifo nosso). Deus criou dois sexos (heterossexualidade) anatomicamente distintos (Gn 1.27). Portanto, o órgão genital e as características físicas de nascimento de um ser humano, também determinam sua sexualidade.


IV. PORQUE NÃO ACEITAMOS A TRANSGENERIDADE
1. Porque ela é anticientífica.
A homossexualidade assim como outros transtornos relacionados com a identidade de gênero, trata-se de uma conduta patológica, um desvio da pulsão sexual, tanto no que concerne ao objeto quanto ao alvo sexual (SILVA, 2018, p. 23 – grifo nosso). Fisiologicamente, o ser humano normal, sem nenhum distúrbio, nasce menino ou menina. A sexualidade de uma pessoa não deve, naturalmente, ser diferente do seu sexo, a menos que ela, já madura, resolva renunciar sua própria natureza. Mesmo que haja alguma deturpação física, permanecem homens ou mulheres biológicos. Não há nenhuma dúvida que não existe “gene gay” ou “gene trans”: “Cientificamente, não existe um ‘terceiro sexo’, visto que a sexualidade humana é binária por princípio, com a finalidade óbvia de reprodução e florescimento de nossa espécie” (Jornal Mensageiro da Paz, nº 1.583, junho/2016, p.15).
 
2. Porque ela é antirracional.
O conceito de “transgeneridade” não aceita o sexo biológico (masculino e feminino) como fator determinante da sexualidade. Se pegarmos qualquer coisa que tenha sido criada ou projetada para funcionar de determinada maneira e reverter a sequência da operação, e o resultado inevitável será a destruição. Uniões do mesmo sexo (homossexualidade) agridem a própria imagem de Deus e a ordem natural e racional da criação (Rm 1.25-27) (STAVER apud SHELDON, 2004, p.102).
 
3. Porque ela é antiética.
A transgeneridade mais uma daquelas mentiras com ares de suposta verdade que infestam o mundo contemporâneo […] é um dos subprodutos da ditadura do relativismo moral, cuja origem se encontra no marxismo cultural […] é um ataque frontal e violento a família e à dignidade do homem (HENRIQUE apud SILVA, 2018, pp. 29,30 – grifo nosso). É o desdobramento do marxismo que também pretende eliminar o modelo ético familiar monogâmico, patriarcal e heterossexual (BAPTISTA, 2018, p. 19 – créscimo nosso). A transgeneridade, também conhecida como ‘ausência de sexo’, é um mal presente na sociedade pós-moderna e indica o grau da corrupção da espécie humana […] (BAPTISTA, 2018, pp. 17,18).
 
4. Porque ela é antibíblica.
A transgeneridade está exatamente no contrário do que Deus ordenou (Rm 1.24-27 ver Is 28.15). Ao instituir o casamento, Deus ordenou: “o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne” (Gn 2.24). Isso significa que a união monogâmica (um homem e uma mulher) e heterossexual (um macho e uma fêmea) sempre fez parte da criação original de Deus. A diferenciação dos sexos visa à complementaridade mútua na união conjugal: “nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão” (1Co 11.11 ver Gn 1.27; 1Co 6.10; Ef 5.22-25).
 

V. CONSEQUÊNCIAS DA IDEOLOGIA DA TRANSGENERIDADE
Como já vimos, a transgeneridade teve sua origem no fim do século XIX; desde então, vem criando consequências funestas para a vida em sociedade. Citaremos quatro sérias consequências, que são produtos dessa agenda:
 
1. A eliminação do conceito de “pessoa”.
A pessoa é uma realidade primária e original, e a aceitação do “eu” é o primeiro passo para vivermos nossa vida feliz. Na transgeneridade, há uma constante rejeição e negação do que as pessoas são. Deus nos fez a Sua imagem e semelhança, e isso tem um valor incalculável (Gn 1.26). O ser “pessoa” não é um elemento qualquer, mas a construção mais autêntica de cada ser humano feito a imagem do Criador como coroa da criação (Sl 8.4-9).
 
2. A suplantação da sexualidade pelo sexuado.
O propósito transgeneridade na área da moralidade é desassociar o sexo da sexualidade e com isso provocar a inversão dos valores no casamento e na família. Tal posição despreza os papéis biblicamente constituídos (Rm 1.25-32; Ef 5.22-33). Devemos rejeitar esta ideia, porque entendemos que em cada um de nós, Deus plasmou (formar ou modelar em barro) o seu querer santo em nós e o homem sempre será homem a mulher sempre será mulher: “E, quando forem cumpridos os dias da sua purificação por filho ou por filha […] Esta é a lei da que der a luz a menino ou menina” (Lv 12.6,7). “Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez” (Mt 19.4).
 
3. A eliminação das relações afetivas e os vínculos familiares.
A transgeneridade postula que os critérios familiares são secundários e devem ser rejeitados como: a figura do pai, da mãe e dos irmãos. Assim também a monogamia, a fidelidade, a exclusividade e o compromisso são desnecessários, e tudo passa a ser relativizado e permitido, e o casamento heterossexual e a família tradicional são totalmente desconsiderados (BAPTISTA, 2018, p. 22). Por isso e muito mais, esta ideologia de vida agride em todas as suas dimensões a família e deve ser rejeitada (Ef 5.22; 6.1-4).
 
4. A depravação da sexualidade.
Depravações sexuais como zoofilia (sexo do homem com animais); necrofilia (atividade sexual com cadáver) e até a pedofilia (sexo de adultos com criança) serão toleradas como resultado da aceitação da transgeneridade. Convém aqui registrar que a prática da zoofilia é tipificada como crime (Art. 32, Lei 9.605/1998), a necrofilia (Art. 212, Código Penal Brasileiro), bem como a pedofilia, é considerada crime contra vulnerável previsto no Código Penal Brasileiro (Art. 217-A), além de ser tipificada como doença na categoria “Transtornos da preferência sexual” listada na Classificação Internacional de Doenças (CID-10, Código F65.4) (BAPTISTA, 2018, p. 23 – acréscimo nosso).
 

CONCLUSÃO
O plano de Deus foi criar um casal, sendo um macho e a outra fêmea, ou seja, um homem e uma mulher. Entre muitos propósitos divinos estava a união heterossexual entre um homem e uma mulher. Portanto, a revelação divina contida na Bíblia Sagrada está acima da ideologia de gênero e transcende a cultura pós-moderna relativizada de nossa época.



 
REFERÊNCIAS
Ø  ANKERBEG, J; W, J. Os fatos sobre a homossexualidade. CMN.
Ø  BAPTISTA, Douglas. Valores cristãos. CPAD.
Ø  CHAMBENS. Alan. A Graça de Deus e o homossexual. Graça.
Ø  DALLAS, Joe. Operação de Erro. Cultura Cristã.
Ø  GEISLER, N. L. B, Peter. Fundamentos inabaláveis. Vida.
Ø  LOBO. M. Famílias em perigo. Central Gospel.
Ø  SEVERO, Júlio. O movimento homossexual. Editora Betânia.
Ø  SHELDON, L. P. A estratégia. Central Gospel.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  WEINGAERTNER, M. (Ed.). Igreja e homossexualismo. IECLB.
Ø  TAY, Dr. John S.H Nascido Gay? Central Gospel.
  


Por Rede Brasil de Comunicação.




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