quinta-feira, 4 de julho de 2024

LIÇÃO 01 – DUAS IMPORTANTES MULHERES NA HISTÓRIA DE UM POVO

 
 



Rt 4.13-22; Et 7.1-7
 
 

INTRODUÇÃO
Deus sempre se utilizará dos disponíveis. Hoje iniciaremos uma nova lição que terá o foco em duas grandes mulheres usadas por nosso Deus para fazer sua vontade. A primeira era uma gentia moabita, ela não sabia mais se tornou ancestral do Messias devido as suas escolhas. A outra, foi usada por Deus para ser um canal de salvação do povo escolhido. Nesta lição de apresentação de ambas aprenderemos que a disponibilidade é o primeiro grande passo para seremos usados por Deus. Esperamos em Cristo que esta aula desperte outros para serem assim.
 
 
I. CONHECENDO UM POUCO O PERFIL DE RUTE
Rute cujo nome quer dizer “amizade”, era oriunda da terra de Moabe localizada no planalto, ao leste do Mar Morto e povoada pelos descendentes do fruto de um relacionamento incestuoso de Ló com uma de suas filhas (Gn. 19.36,37). Os moabitas eram, às vezes, chamados de “povo de Camos”, devido à sua adoração a essa divindade pagã. A jovem moabita se casou com Malom, filho mais velho de Elimeleque e Noemi (Rt 1.1-4; 4.10); ficando posteriormente viúva, à semelhança de sua sogra e, também, a Orfa (Rt 1.4,5). Sua experiência pessoal com Deus é notável, sendo refletida através dos traços de seu caráter. Vejamos alguns:
 
1. Rute era uma mulher altruísta (Rt 1.14).
Um dos traços do caráter de Rute era o amor para com o próximo, nesse caso, à sua sogra. A despeito da tentativa de Noemi em fazê-la voltar para a casa de sua mãe (Rt 1.8), com o argumento de não ter nada para lhe oferecer (Rt 1.11,12); Rute revela seu amor altruísta, ou seja, sem interesses pessoais, quando nos diz o texto: “[…] porém Rute se apegou a ela(Rt 1.14). A sua amizade não era uma relação utilitarista e conveniente. Seu amor não era apenas de palavras, mas de fato e de verdade (1Jo 3.18). Embora a morte do seu marido tenha cortado os laços dela com a família de Noemi pelas normas da sociedade, Rute escolhe ficar com ela voluntariamente; esse ato reflete uma abnegação notável, a ponto de pôr a perder a própria felicidade. O altruísmo de Rute é a expressão do verdadeiro amor que Paulo descreveu: “[…] não procura seus interesses” (1Co 13.5); é o amor sacrificial que tem como o maior exemplo Cristo Jesus (Rm 5.6-8); é o amor que devemos ter para com todos Como disse o apóstolo Paulo: “Ninguém busque seu próprio interesse, e sim o de outrem” (1Co 10.24).
 
2. Rute era uma mulher determinada (Rt 1.18).
Outra virtude notável dessa jovem moabita é a sua convicção; diante da insistência de Noemi, Rute se mostra resoluta, mesmo vendo que Orfa tinha se despedido e voltado para Moabe (Rt 1.15), e tendo também como um fator o pessimismo de Noemi a respeito de seu futuro; ainda assim, Rute persiste em ficar ao lado da sua amada sogra (Rt 1.14,16). Sua determinação não estava apenas no âmbito afetivo, mas, também em suas convicções religiosas, pois estava decidida a abandonar os deuses de Moabe tornando-se seguidora do Deus de Israel “[…] o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus(Rt 1.16). Esta determinação ainda é ressaltada ao se dispor em ir ao campo colher espigas trazendo provisão para ela e sua sogra (Rt 2.1,7,17,18).
 
3. Rute era uma mulher submissa (Rt 2.2,7,10).
De acordo com Aurélio submissão quer dizer: “Ato ou efeito de submeter-se. Disposição para aceitar uma condição de dependência” (2004, p. 1885). Submissão é outro aspecto do caráter de Rute; sua humildade é revelada ao se submeter à sua sogra, pedindo autorização para ir ao campo; ao pedir permissão para colher as espigas ao encarregado dos segadores, mesmo sendo um direito concedido às viúvas (Dt 24.19); como também ao receber o favor de Boaz “Então ela caiu sobre o seu rosto, e se inclinou à terra; e disse-lhe: Por que achei graça em teus olhos, para que faças caso de mim, sendo eu uma estrangeira?” (Rt 2.10).
 
4. Rute era uma mulher digna de confiança.
As muitas qualidades de Rute abriram portas por onde ela passava. Suas virtudes foram percebidas pelos trabalhadores, que sabendo de sua origem étnica não lhe fez objeção, deixando-a colher as espigas (Rt 2.7); pelo próprio Boaz que lhe concedeu certos privilégios, devido ao conhecimento que tinha de seu comportamento (2.11-16). A fama de Rute precedeu a sua chegada a Belém, de modo que todos testificavam do seu bom caráter “[…] pois toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa(Rt 3.11). A confiança é conquistada a partir das qualidades positivas de uma pessoa.
 
 
II. CONHECENDO UM POUCO O PERFIL DE ESTER
Deus sempre tem a pessoa certa, na hora certa, para realizar os seus propósitos. Ele nunca é pego de surpresa! Por isso, diante do perigo do extermínio do povo judeu, Ele já havia preparado alguém para que, no momento certo, pudesse agir. Ester foi alvo da escolha de Deus para este fim. Vejamos, então, alguns aspectos do seu caráter:
 
1. Ester uma rainha submissa.
Submissão é um dos requisitos necessários para aquele que deseja ser usado por Deus. Em um mundo onde o feminismo tem ensinado que existe uma competição irrisória entre os papeis masculinos e feminismos Ester nos ensina que a submissão é o caminho da vida e vitorias. Ester foi submissa, não só a Deus, mas também a seu pai adotivo e, posteriormente, a seu esposo Assuero (Et 2.10). Sua submissão é exatamente o que o termo indica, estar com uma missão para ser feita. Em seu caso, defender seu povo condenado a morte por um amalequitas chamado Hamã.
 
2. Uma rainha que havia devotado sua vida à Deus.
A sua posição de rainha não afetou a sua vida de devoção a Deus. Quando ela soube do decreto assinado pelo rei, enviou mensageiros a dizer a Mardoqueu: “Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite e eu e as minhas servas também assim jejuaremos....” (Et 4.16). Duas lições podemos extrair daqui: 1ª Ela não só confiou no poder do sacrifício de jejum, como também se dispôs a jejuar, demostrando assim, que a sua devoção à Deus não foi afetada depois de sua ascensão à posição de rainha da Pérsia. 2ª Ela disse que as suas moças também jejuariam, o que nos leva a crer que elas aprenderam a confiar no Deus de Ester. O caráter de Ester e sua devoção a Deus não apenas salvaria seu povo, mas mudaria o destino do seu reino. “A devoção fala de entrega, o devoto vive para aquele a quem ama. Quando afirmamos que a devoção precisa ser unanime, não queremos dizer que todos tenham, mas, antes, que todos vejam” (EDER, p. 53, 2024) e é isto que podemos enxergar em Ester.
 
3. Ester uma rainha humildade.
Mesmo ascendendo à tão elevada honra, Ester não esqueceu do seu povo e de sua origem. Ela disse ao rei: “Porque fomos vendidos, eu e o meu povo...” (Et 7.4a). Além disso, ela disse ainda: “... se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia...” (Et 7.4b); o que significa dizer que, mesmo sendo rainha, ela se coloca em par de igualdade com o povo judeu. Isto é uma demonstração de humildade.
 
4. Ester uma rainha que confiou em Deus:
Ao Comparecer à presença do rei sem ser chamada, Ester não só demonstra a sua confiança em Deus, bem como, a disposição para morrer, caso Ele não quisesse livrá-la (Et 4.16). Aquele que confia em Deus, não confia apenas no livramento que Ele pode dar, mas também na realização da vontade Dele (Dn 3.17,18; At 21.8-14).
 
 
III. DEUS SEMPRE USARÁ MULHERES DISPOSTAS A FAZEREM A DIFERENÇA
1. Com Rute aprendemos.
Pessoas comuns são alvos de Deus para sua glória. Ao ser incluída na árvore genealógica do Messias, Rute passou também a ser uma figura no Antigo Testamento, que aponta para o valor universal da obra redentora de Jesus Cristo. Revelando a verdade que a participação no reino vindouro de Deus é determinada não por sangue ou nascimento, mas, por ajustarmos a vida à vontade do Senhor mediante a obediência que vem pela fé (Rm 1.5). O menino foi motivo de grande alegria para família e vizinhos, em especial sua avó Noemi (Rt 4.14-16). O nome “Obede” significa “servo”. Obede foi o pai de Jessé, avô de Davi, e ancestral do Senhor Jesus (Rt 4.17,21,22; 1Cr 2.12; Mt 1.5; Lc 3.32). Sim, Deus pode transformar histórias de tragédias em histórias que glorificam seu Santo Nome.
 
2. Com Ester aprendemos.
Podemos ser instrumentos de Deus para livramento de seu povo. Quando Ester tomou conhecimento do decreto que estava assinado pelo rei, se dispôs a ir à presença do rei, mesmo sem ser chamada; o que significa dizer que ela pôs a sua própria vida em risco. Ela se vestiu com trajes reais, e se pôs no pátio interior da casa do rei. Vendo o rei à rainha Ester, estendeu para ela o cetro de ouro, que tinha na sua mão. Quando ela foi recebida pelo monarca, convidou-o para um banquete e denunciou o plano diabólico de Hamã (Et 7.1-6). Quando o rei Assuero tomou conhecimento dos planos de Hamã, tomou o seu anel e o deu a Mardoqueu; e chamou os escrivães para que escrevessem um edito, concedendo aos judeus o direito de se reunirem para defender as suas vidas, bem como para matar a todos os que os afligissem ou saqueassem os seus bens.
 
 
CONCLUSÃO
Duas mulheres que Deus usou poderosamente, seus perfis bem parecidos, suas ações de altruísmo e entrega, devem ensinar a nossa geração o que Cristo nos deixou escrito, devemos amar a Deus acima de todas as coisas, mas precisamos amar nosso próximo como a nós mesmos. O mundo será um lugar melhor, quando aprendermos estas verdades.

  
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  EDER, Jônatas. Culto doméstico: Restaurando a essência da adoração familiar. BEREIA.
Ø  LOPES, Hernandes Dias. Comentário Expositivo Rute. HAGNOS.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo do Antigo Testamento. GEOGRAFICA. 

Por Rede Brasil de Comunicação.




 

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