sábado, 9 de maio de 2015

LIÇÃO 06 – MULHERES QUE AJUDARAM JESUS





Lc 8.1-3



INTRODUÇÃO
Espero que seus alunos estejam gostando e, principalmente, sendo edificados com as lições deste trimestre! Hoje, estudaremos mais um subtema que, embora fácil, pode gerar, dependendo dos alunos que formam a sua classe, certa polêmica. Assim, abordaremos a presença feminina no contexto judaico, em seguida, veremos a participação delas no ministério de Jesus, e, por fim, responderemos a questão “é ou não bíblico a ordenação de mulheres em funções eclesiásticas?”. Desejo a todos uma excelente aula!


I. AS MULHERES NO CONTEXTO JUDAICO
Para melhor compreendermos a cultura judaica na época de Jesus, o Pr. José Gonçalves cita em seu livro, um trecho do livro ‘História Social do Protocristianismo’ de autoria dos escritores Ekkehard e Wolfgang Stegemann, onde os tais descrevem o comentário do escritor judeu Filo de Alexandria, contemporâneo de Jesus, que resume o pensamento do judaísmo do primeiro século, ao dizer: “Praças, reuniões do conselho, tribunais, associações, ajuntamentos de grandes massas e o relacionamento cotidiano a céu aberto, por meio da palavra e da ação, na guerra e na paz, são apropriados apenas aos homens; o sexo feminino, em contrapartida, deve cuidar do lar e permanecer em casa; mais exatamente, as virgens devem (ficar) nos aposentos mais retirados e encarar as portas de acesso como seu limite; as mulheres casadas, por sua vez, as portas da casa. Pois há dois tipos de complexos urbanos, casas (oikíai); destes dois, com base na divisão, os homens têm a direção dos maiores, que constitui a administração da cidade (politeia), e as mulheres dirigem os menores, as chamadas economias domésticas (oikonomia). A mulher, portanto, não deve se preocupar com qualquer coisa que vá além das obrigações da economia doméstica”.
Ainda sobre a presença feminina na vida pública na Palestina nos dias de Jesus, o escritor e historiador J. Jeremias destaca que a mulher que saía de casa sem ter a cabeça coberta, quer dizer, sem o véu que ocultava o rosto, faltava de tal modo aos bons costumes que o marido tinha o direito, até mais, tinha o dever de despedi-la sem ser obrigado a pagar a quantia que, no caso de divórcio, pertencia à esposa, em virtude do contrato matrimonial.
Este fato faz-nos lembrar do episódio narrado em João 8.1-11, onde ocorre um típico caso de discriminação contra a mulher. Os versículos 3,4 são enfáticos aos revelar que a mulher havia sido flagrada no ato de adultério. Porém, os escribas e os fariseus trouxeram a mulher, mas não trouxeram o homem. Sendo que a Lei ordenava a pena capital para ambos (Lv 20.10; Dt 22.22). Jesus vendo a injustiça transvestida de justiça, disse: “Aquele que dentre vós está sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra” (v.7). Assim, Jesus não condenou a mulher, antes a perdoou, por trata-se de um julgamento injusto (vv.10,11).
Observa ainda J. Jeremias, as regras do decoro proibiam encontra-se sozinho com uma mulher, olhar para mulher casada, e até mesmo cumprimentá-la. Seria vergonhoso para um aluno de escriba falar com uma mulher na rua. Aquela que conversasse com alguém na rua ou ficasse do lado de fora de sua casa podia ser repudiada sem receber o pagamento previsto no contrato de casamento.
Bem, então, o que dizer do dialogo de Jesus com a mulher samaritana? Em João 4, Jesus discorre sobre o tema “água” com aquela mulher. Porém, se um aluno de escriba não podia falar com uma mulher na rua, o que dizer, então, de um Mestre? Dois fatores pesavam contra aquela mulher: O primeiro era de gênero – ela era mulher, e o segundo era de etnia – ela era samaritana. O que agravava ainda mais a situação! Isto fica provado na perplexidade dos discípulos (Jo 4.27). No entanto, neste dialogo, Jesus acabara de quebra alguns paradigmas humanos que atrapalhavam o avanço do Reino de Deus!
Além desses fatos, para os judeus ortodoxos, a mulher não podia ter participação ativa no culto. Nas sinagogas deviam sentar-se ao fundo. Em vez de participarem dos atos religiosos, elas tinham que se manter a certa distância dos homens. Elas não podiam ler, nem ter outro tipo de atuação. No templo havia uma área denominada “pátio das mulheres”. Entretanto, no Santo dos Santos, elas nunca poderiam entrar. O Pr. Elinaldo Renovato ainda acrescenta, dizendo: “Entre os judeus, de modo geral, as mulheres eram vistas como inferiores aos homens. O historiador Flávio Josefo relata que as mulheres podiam dar graças, desde que houvesse um homem presente, e que cem mulheres não valeriam mais do que dois homens. A mulher não podia ler as Escrituras na sinagoga, mas um escravo, homem, podia”. Vale ressaltar ainda que entre os rabinos havia uma oração que dizia: “Senhor, obrigado por não ter nascido nem gentio, nem publicano e nem mulher!” Diante de tais relatos, vemos que Jesus não se limitou aos excluídos economicamente, mas também aos excluídos socialmente, como a mulher por exemplo. Ele, na verdade, promoveu uma “inversão” de valores nos seus dias!


II. AS MULHERES E O MINISTÉRIO DE JESUS
Lucas é o único evangelista a mencionar a existência de mulheres entre o grupo que acompanhava Jesus em suas viagens (Lc 8.1-3). Como já vimos anteriormente, os rabinos não ensinavam as mulheres e muito menos ainda possuía discípulas. Para eles, isto era algo impossível de acontecer! Todavia, precisamos compreender que, como descreve Lucas, os discípulos de Jesus eram constituídos de homens e de mulheres. Embora nos Evangelhos a nomenclatura para tal descrição seja “discípulos”, sem especificar a composição do grupo, deve-se, contudo, observar que em seu Evangelho, Lucas, não utiliza o substantivo grego “mathetes” que especifica os discípulos homens, e nem o substantivo feminino “mathetria” especificando as discípulas mulheres. Lucas utiliza o substantivo masculino em sua forma plural “hoi mathetai” que pode ser usado tanto para homens como para mulheres. Assim, ele enfatiza que muitas mulheres compunham os “discípulos” de Jesus, como por exemplo, Maria Madalena, Joana, Suzana, Marta e Maria, entre outras. 
Embora Mateus não enfatize a pessoa da mulher, como fez Lucas em seu evangelho, contudo, Mateus menciona os nomes de mulheres na genealogia de Jesus: Tamar, Raabe, Rute, a que foi mulher de Urias - Bate-Seba e Maria, mãe de Jesus (Mt 1.3,5,6,16). Este fato é algo totalmente incomum, visto que toda genealogia, segundo a cultura judaica, era composta apenas com os nomes dos chefes de famílias. Logo, só há dois meios de entendermos este inusitado fato: 1) Mateus absorveu os ensinos do Mestre Jesus; e 2) Por intervenção divina, ou seja, ação do Espírito Santo. Vejamos, agora, a participação de algumas mulheres no ministério de Jesus:

1. Maria, mãe de Jesus (Lc 1.26-38).
Esta mulher recebeu de Deus a grande honra e também o privilégio de tornar-se a mãe do Messias, ou seja, a mãe do Salvador do Mundo. Portanto, Maria teve participação direta no Plano da Salvação, motivo este que a fez receber do anjo uma saudação diferenciada: “Salve agraciada! O Senhor é contigo. Bendita és tu entre as mulheres” (Lc 1.28). Embora não seja bíblico venerar ou adorar a Maria como ensinam os dogmas católicos (Lc 4.8; Ef 5.5; Cl 3.5; 1 Jo 5.21; Ap 22.8,9), contudo, é inquestionável o seu valor para o cristianismo, como também é inegável sua participação no ministério de Jesus (Mc 3.31-35; Jo 2.1-5; 19.25-27).

2. Isabel, mãe do precursor do Messias (Lc 1.41-45).
Enquanto Maria tronou-se a mãe do Salvador, Isabel, por sua vez, tornou-se a mãe do precursor do Salvador e, também, do último profeta do Antigo Testamento (Lc 1.76; 16.16). O próprio Senhor Jesus reconheceu o valor e importância da pessoa de João, ao dizer: “Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; contudo, o menor no reino dos céus é maior do que ele” (Mt 11.11). Será que Jesus estava também se incluindo nesta estatística?
   
3. A sogra de Pedro (Lc 4.38-40).
O texto sagrado diz que ela “os servia”. O termo “servo” no grego é “doulos” que significa “alguém que se rende à vontade de outro; aqueles cujo serviço é aceito por Cristo para estender e avançar a sua causa entre os homens”. As únicas informações que temos dessa mulher é que ela era sogra de Pedro e que morava em Cafarnaum, além disto, não sabemos mais nada sobre ela, nem sequer o seu nome. Os evangelistas, contudo, mostram que essa mulher contribuiu muito para o ministério de Jesus. A forma dessa contribuição foi sem dívida nenhuma, além do serviço que ela prestou a Jesus e seus discípulos suprindo-os com água e alimento. Sabe-se que Cafarnaum era a cidade onde Jesus estabeleceu o seu ministério terreno (Mt 9.1; Mc 2.1; Lc 7.1). Assim, segundo a narrativa de Marcos 1.29-39, parece-nos, pois, que essa casa ficou sendo o lugar de hospedagem de Jesus durante seu ministério (Mt 4.13; 13.1; Mc 9.33).

4. As mulheres que serviam com seus bens (Lc 8.1-3).
Neste texto bíblico, em que Lucas narra à presença feminina no ministério de Jesus, Ele destaca três das muitas mulheres que serviam ao Mestre, as quais mencionam seus nomes: Maria Madalena, Joana e Suzana (vv.2,3). O que sabemos sobre elas? Sobre Maria Madalena, Lucas enfatiza que fora liberta de sete demônios e a destaca das demais, pois ela foi uma das mulheres que esteve presente na crucificação de Jesus (Mt 27.55,56; Mc 15.40; Jo 19.25), viu onde colocaram o corpo de Jesus (Mt 27.61; Mc 15.47; Lc 23.55), e intentou ungir o corpo de Jesus no raiar do domingo (Mt 28.1; Mc 16.1; Lc24.10). Além disso, ela não imaginava que seria a primeira pessoa a quem o Cristo ressurreto apareceria (Jo 20.1-18). Champlin sobre ela comenta: “Seu nome deriva-se de sua cidade natal Magdala, a qual também era conhecida pelo nome de Taricheae, uma aldeia de pescadores na barriga ocidental do lago da Galileia. Essa menção de seu nome parece ter a intenção de ser a primeira menção sobre ela, e disso colhemos uma pequena evidência positiva de que essa Maria não pode ser identificada com a mulher pecadora que aparece em Lc 7.36-50”.  Verdade! E nem o texto citado por Champlin deve ser confundido com João 12.1-8.
Quanto à Joana, Lucas informa apenas, além de seu nome, é claro, de quem ela é esposa. Era esposa de Cuza, procurador de Herodes (v.3). O Herodes aqui citado é Herodes Antipas, filho de Herodes – o Grande. Antipas deu continuidade ao reinado de seu pai reinando na Galileia durante 4 d.C. até 39 d.C. Champlin sobre Joana diz: “Joana, esposa de Cuza, um dos funcionários de Herodes, sem dúvida era mulher de prestígio e influência social. Esta narrativa mostra que Jesus tinha seguidores até mesmo no palácio de Herodes (Entre eles estava Manaem, irmão de criação de Herodes, ver Atos 13.1). Joana também é mencionada, em companhia de Maria Madalena, em Lc 24.10”. Já Suzana, o que se sabe desta mulher? Nada se sabe dela, apenas seu nome e o significado do mesmo “lírio”.  
Todavia, o fato de que estas e outras mulheres serviram a causa do Mestre Jesus é inquestionável. Por isso, Stamps comenta: “Essa mulheres, que tinham recebido cura e atendimento especial da parte de Jesus, honravam-no, contribuindo fielmente para o seu sustento, e dos seus discípulos. O serviço e a devoção delas continuam sendo um exemplo para todas as mulher que nEle crê. As palavras de Jesus em Mt 25.34-40 aplicam-se a nós na proporção em que lhe servimos”.

5. Marta e Maria (Lc 10.38-42).
Neste texto, como já dito anteriormente, Jesus faz o que nenhum rabino jamais imaginou em intentar fazer na época, ensinar e ministrar para mulheres. Porém, para Jesus era algo simples e comum. No entanto, elas eram consideradas pelos homens, principalmente os religiosos, como “coisas” e não como “pessoas”. Jesus, porém, não as enxergava assim, para Ele elas eram pessoas tão necessitadas de Deus como os homens. Na verdade, aqui, Jesus quebra paradigmas e realiza um verdadeiro discipulado em Marta e Maria. Vejamos, pois, as lições ensinadas pelo Mestre:
a) É possível hospedar Jesus e ainda assim não possuir nenhum relacionamento com Ele – “Recebeu em sua casa” (v.38).
b) É possível possuir algum parentesco com alguém piedoso e mesmo assim não ter Jesus como residente nela e não apenas como um convidado – “E tinha esta uma irmã, chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra” (v.39).
c) É possível ter orelhas para escutar e mesmo assim não ouvir o que o Senhor está dizendo – “Maria... ouvia a Palavra” (v.39).
d) É possível estar tão ocupado que até mesmo Deus passa a ser um problema – “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir só?” (v.40).
e) É possível estar à sombra do Evangelho e mesmo assim possuir valores invertidos – “respondendo Jesus, disse-lhes: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada” (vv.41,42). Que maravilha te ensino!

6. A pecadora na casa de Simão, o fariseu (Lc 7.36-50). 
Neste texto, temos uma das mais belas e fascinantes histórias narrada nos Evangelhos. Na qual, Jesus mostra o valor que tinha para com as mulheres, ocasião em que restaura a dignidade perdida dessa mulher. É razoável indagarmos: Quem era essa mulher? Qual o seu nome? De que cidade pertencia? Porém, a única coisa que sabemos é que ela era da cidade de Naim, segundo o contexto (Lc 7.1). Além disso, essa mulher por ser uma prostituta era excluída da vida religiosa e também da sociedade. Por isso, foi ignorada e repreendida pela indiferença de todos, exceto por Jesus que censurou Simão, dizendo: “Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou com lágrimas os meus pés, e os enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo, mas ela, desde que entrou, não cessou de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiste-me os pés com unguento. Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, pois muito amou. Mas aquele a quem pouco é perdoado, pouco ama” (Lc 7.44-47). Desse modo, Jesus mudou o paradigma que mostrava a mulher como simples objeto, e a dignificou elevando-a a sua devida posição, a de ser especial criada por Deus (Gn 1.27; 1 Co 11.12).   
Assim, no relato lucano, também menciona-se: Ana, a profetisa, a viúva de Naim, a viúva pobre, a mulher do fluxo de sangue, a mulher encurvada, Maria de Betânia, entre outras.


III. AS MULHERES E AS FUNÇÕES ECLESIÁSTICAS
Ainda hoje, no contexto evangélico, existe um debate acalorado sobre a questão de a mulher exercer funções eclesiásticas na igreja, especialmente o de pastora. Foi exatamente pensando em responder, à luz das Escrituras, a esta questão que compartilho um artigo escrito pelo Pastor Ciro Sanches intitulado “O que a Bíblia diz (ou não diz) sobre o chamado ministério pastoral feminino”. Sendo as Escrituras Sagradas nossa única regra de fé e prática, é, pois, dever do autêntico cristão tê-la como sua bússola. Portanto, vejamos o que diz nosso estimado Pastor: “Há ou não respaldo bíblico para a ordenação de mulheres? Reitero que nada tenho contra as mulheres, mas peço às minhas amadas leitoras que não fiquem bravas comigo. Afinal, como eu já disse, a minha fonte primacial é a Bíblia. Se fosse o meu raciocínio a minha fonte máxima de autoridade, com certeza afirmaria, sem medo de errar, que as mulheres têm todo o direito de reivindicarem a ordenação pastoral. Mas, quem sou eu ante a infalível e inerrante Palavra de Deus?

1) Na Bíblia, a única pastora mencionada é Raquel, uma pastora de ovelhas (Gn 29.9). E o termo “bispa”, em voga na atualidade, sequer existe. Foi uma certa “episcopisa” que, ao lado de seu marido “apóstolo”, o popularizou.
2) Muitos têm dito que as mulheres sequer eram citadas nas genealogias, pois entre os judeus elas eram desprezadas. Isso em parte é verdadeiro. Contudo, esse argumento não é válido para o que está escrito na Lei, pois foi Deus quem entregou todos os preceitos da Lei a Moisés. Seria Deus machista?
3) Os defensores da ordenação feminina citam como exemplo a valorosa cooperadora de Paulo e esposa de Áqüila, Priscila (At 18.26). Mas tudo não passa de conjectura, haja vista não haver nenhuma referência que confirme o seu apostolado.
4) Também citam Júnias, que — pelo que tudo indica — era um cooperador de Paulo (Rm 16.7). Mesmo que fosse mulher, o texto não afirma, categoricamente, que se tratava de alguém que exercesse o ministério pastoral ou apostólico.
5) Na igreja primitiva, as mulheres se ocupavam da oração (At 1.14) e do serviço assistencial (At 9.36-42; Rm 16.1,2). E algumas se notabilizaram como fiéis cooperadoras do apóstolo Paulo, como Febe, a mencionada Priscila, Trifena, Trifosa, etc. (Rm 16), além de Lídia, a vendedora de púrpura (At 16.14). Não há nenhuma referência a mulheres exercendo atividades pastorais.
6) Alguns teólogos feministas — de maneira precipitada e infeliz — afirmam que Paulo era machista, contrário às mulheres, em razão de sua formação. Isso não resiste a uma exegese, pois nenhum machista aconselharia os homens a amarem a sua própria mulher, como em Efésios 5.25. Nenhum machista citaria tantas mulheres, como em Romanos 16. Paulo, como imitador de Cristo (1 Co 11.1), tratou as mulheres da mesma maneira que o Senhor. E, quem dentre nós, tem autoridade para dizer que Jesus era machista?
7) Se Paulo era machista, o que dizer de Jesus, que escolheu doze homens para compor o ministério da igreja nascente, de acordo com Mateus 10.2-4? Ele teria se enganado? Ou o Mestre tinha algum vínculo com fariseus, saduceus, escribas ou quaisquer grupos machistas de sua época?
8) Na escolha dos primeiros diáconos, que poderiam vir a ser ministros, caso tivessem chamada de Deus para tal e servissem bem ao ministério (Hb 5.4; 1 Tm 3.13), os apóstolos disseram: “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões…” (At 6.3).
9) No primeiro concílio, em 52 d.C., os rumos da igreja foram traçados por homens (At 15).
10) Em Apocalipse 2 e 3, são mencionados os pastores das igrejas da Ásia. Como se vê, apesar de toda a polêmica em torno desse assunto, a Bíblia é clara. Embora as mulheres tenham importante papel ao longo das páginas do Novo Testamento, aparecendo na linhagem e no ministério de Cristo (Mt 1.3,5,6,16; Lc 8.1-3), Deus conferiu aos homens, em regra geral, o exercício da liderança eclesiástica (Ef 4.8-11)”.
Diante do exposto, pelo Pastor Ciro, reitero que minha intenção foi apenas compartilhar as evidências bíblicas apresentadas neste artigo. Aconselho, contudo, lê-lo na integra no Blog do Ciro para um entendimento melhor do mesmo. No entanto, a polêmica só existe porque não nos submetemos a Autoridade das Escrituras, fato existe que tem causado muitos prejuízos à obra do Senhor.


CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos, com Jesus, a importância e o valor que a mulher possui na obra do Senhor, bem como seu lugar na mesma. Diferentemente dos da sua sociedade, Jesus sempre tratou com amor, respeito e dignidade a mulher ao conversar, ensinar, curar e libertar cada uma delas. Como asseverou Paulo: “Pois como a mulher proveio do homem, assim também o homem nasce de mulher, mas tudo vem de Deus” (1 Co 11.12). Por isso, Jesus as tratava como criaturas de Deus e não como objetos! Graças damos a Deus por esta maravilha de ajudadora – a mulher, e desejamos a todas as que já são mães – Um Feliz Dias das Mães! Que Deus abençoe a todos!



REFERÊNCIAS
Ø CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado. MILENIUM.
Ø STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø GONÇALVES, José. Lucas – O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD.
Ø GONÇALVES, José. Lições Bíblicas. (2º Trimestre de 2015). CPAD.
Ø RENOVATO, Elinaldo. Lições Bíblicas. (2º Trimestre de 2000). CPAD.

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