terça-feira, 17 de abril de 2012

ESMIRNA – A IGREJA PERSEGUIDA (100 – 312 d.C.)



A cidade de Esmirna foi fundada em cerca de 3 a.C. por Alexandre Magno. A cidade era considerada o centro comercial da Ásia menor e se situava como ponto estratégico da rota direta de todo comércio que fluía entre Roma, Pérsia e Índia. Portanto, a cidade era considerada muito rica na época em que sua igreja é citada no livro de Apocalipse.


PERFIL DA IGREJA DE ESMIRNA
Historicamente falando, pouco se sabe sobre a Igreja de Esmirna, mas o que se sabe ao certo é que foi uma igreja que permaneceu fiel em meio à perseguição implacável dos imperadores romanos.
Comparando a igreja de Esmirna com os períodos históricos pelos quais passou a igreja de Jesus Cristo, ela corresponde ao período de 100 a 312 d.C., quando sofreu intensa perseguição dos imperadores romanos que tinham o objetivo de banir o Cristianismo da face da terra. Foi talvez a maior perseguição sofrida pela Igreja de Jesus Cristo até os dias de hoje. Atribui-se, então, à igreja de Esmirna o título de igreja perseguida.
Revela-se aqui, a primeira estratégia de Satanás para freiar e destruir o Cristianismo: a perseguição. No período de 30 d.C. a 100 d.C., vimos através da igreja apostólica, representada pela igreja de Éfeso, que ela era eficiente: pregou o evangelho por toda a Ásia, era fiel a Cristo. Os membros amavam mais a Cristo do que suas próprias vidas - uma lição para a igreja atual!
Porém, Satanás aprendeu que quanto mais perseguia a igreja, mais ela crescia! Portanto, a estratégia da perseguição falhou, de início. Veremos, no estudo sobre a igreja de Pérgamo, que Satanás muda sua estratégia e infelizmente dá um golpe de mestre no Cristianismo: ele contamina a igreja Cristã, através do imperador Constantino, que se declarou cristão, mas fundiu as religiões politeístas (vários deuses) greco-romanas com o Cristianismo.
Tamanha era a perseguição sofrida no período representado pela igreja de Esmirna que a Igreja de Jesus Cristo sofreu oito dos dez períodos de perseguição por parte dos imperadores romanos. A tabela abaixo mostra que, fora os imperadores Nero e Domiciano, todos os outros perseguiram a Igreja de Jesus Cristo entre 100 e 312 d.C:


Nero
54-68 d.C.
Decapitou Paulo e crucificou Pedro
Domiciano
81-96 d.C
Exilou João na ilha de Patmos
Trajano
98-117 d.C.

Marco Aurélio
161-180 d.C.

Severo
193-211 d.C.

Maximino
235-238 d.C.

Décio
249-251 d.C.

Valeriano
253-260 d.C.

Aureliano
270-275 d.C.

Diocleciano
284-305 d.C.


Fonte: Apocalipsis sin velo. Autor: Tim Lahaye. Editorial Vida, 2000.

Apenas para se ter uma idéia de como Satanás usava os imperadores para matar cristãos, citaremos algumas atrocidades cometidas no período:
Nero fazia "cristãos-tocha", ou seja, amarrava cristãos em mastros no jardim de seu palácio e os queimava vivos em público
A maioria dos imperadores levaram centenas de cristãos à arena do anfiteatro de Roma para serem devorados por leões, o que era visto pela cidade toda como platéia
Diocleciano foi considerado o maior opositor do cristianismo. Ele assinou um decreto para se eliminar as escrituras bíblicas da face da terra. Muitas cidades faziam cerimônias públicas para incineração das primeiras Bíblias
Alguns dos imperadores queimavam cristãos em fogueiras. Outros eram ainda mais sanguinários: cubriam cristãos com peles de animais e os lançavam aos cães selvagens, que os devoravam até a morte.


                                                                                                      Por Ev. Luiz Henrique

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